terça-feira, 12 de abril de 2011

ENJOANDO E CUIDANDO

Oi, amigas! Estou meio ausente por conta da gravidez e os enjôos.

Desta vez está até mais branda, graças a Deus. Na de Peu, meu Pai, não ficava nem saliva.

Tudo normal e tranquilo. Estou com mais ou menos 5 semanas e ainda tenho muito que partilhar aqui, tanto da gravidez em si, quanto da relação com Peu. 

Cheia de idéias e vontade de falar sobre essa experiência tão nova. Bem que dizem que cada gravidez é única. Estou empolgadíssima! E muito feliz. Pedrinho está amando a idéia de um irmão ou uma irmã. Lógico, sente um pouco de ciúme, também. Mas, nada que o tempo não resolva.

Faz tempo que queríamos colocá-lo para fazer terapia, mas, com a grana limitada, nunca era prioridade. Agora, vendo que ele anda com alguns problemas de comportamento e para evitar que piore com a vinda de mais uma criança, a psicóloga entrou na lista de prioridades. Pedro é um menino maravilhoso, mas, viveu muita coisa com sua pouca idade. Aqui em casa, agora, todos sabemos o que é terapia e sabemos que não é coisa de doido ou "de quem precisa". Todo mundo precisa. É uma questão de auto-busca, só que com direcionamento. A gente se engana muito bem, até por toda uma vida. Mas, sempre é hora de se dar a chance. Me preocupo com o desenvolvimento emocional do meu filho e minha vontade é que ele cresça um homem de caráter firme e cheio de virtudes.

Recentemente, escutei um absurdo de uma pessoa, onde ela me dizia que seu marido não gosta que ninguém chame a atenção do filho deles porque o menino é muito esperto e sabe se virar sozinho. Daí a razão que ele não dá limites ao menino... Falei para ela que muitos bandidos também são inteligentes e espertos. A gente precisa procurar dar limites e bons exemplos aos filhos, desde humildade verdadeira e equilibrada até como lidar com as crises. Já pensou: não vou observar como Pedro é só porque ele é esperto? Quantos pais e mães sucumbem a esse tipo de pensamento? Na verdade, esse senhor é uma pessoa com idade avançada, não acompanhou de perto a educação dos outros filhos, trata-se de uma pessoa meio solitária e muito mais coisa. Provavelmente, já não tem  mais pique para educar o filho pequeno e se dá essa desculpa, se eximindo da responsabilidade e trabalho de pai como educador. É importante que os adultos observem mais as crianças ao redor. Vá a escola do filho, veja como são os colegas... Ele se surpreenderia se isso fizesse. Na turma do meu filho, mesmo, as crianças são de encomenda - risos. Tudo esperta. Eu fico feliz por Peu ser mais um. 

Precisamos aprender muito conosco para educar um filho, viu. Muito mesmo. Colocar filho no mundo e deixar crescer, dar banho e comida é fácil. Pensar que só a escola tem papel de educador é muito pouco. Pai e mãe sempre serão a referência da criança. Tudo começa dentro de casa. O menino é espertinho, mesmo, mas, é sonso, muito sonso. Não assume o que faz e culpa outra criança na maior "cara de pau". Se contrariado, dá um show: grita, fica nervoso e agressivo e até baba. Isso é saber se virar sozinho? Cadê pai e mãe para procurar compreender o motivo dele estar assim. Vão empurrando com a barriga e deixando o guri a própria sorte. Ele vai deixar de ser esperto? Não, mas, que qualidade de esperteza ele terá? 

Se tem a mínima condição de dar um acompanhamento psicológico para o filho, dê. Como pai e mãe, deixamos passar muito, para não nos vermos e não nos culparmos, porque sempre vamos por aí, pela culpa.

Eu não quero que meus filhos sejam apenas inteligentes e espertos, quero que saibam o quê e como usar essa inteligência e esperteza para o "bem". Um fora da barriga e o outro, dentro, já participando do processo. 

Tudo está interligado e as consequências não atingem apenas uma pessoa isoladamente...

Saudações maternais,

Pat Lins.

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