terça-feira, 15 de outubro de 2013
AQUI E AGORA: AOS PROFESSORES, HOJE E SEMPRE COM CARINHO!
AQUI E AGORA: AOS PROFESSORES, HOJE E SEMPRE COM CARINHO!: Desejo, hoje e sempre, aos professores que tive, que... (CLIQUE NO LINK ACIMA PARA LER NA ÍNTEGRA)
sábado, 12 de outubro de 2013
QUANDO CRESCER, QUERO REALIZAR MEU SONHO DE INFÂNCIA!
Quando crescer, quero realizar meu sonho de infância, de, um dia, ser uma super pessoa, incrível e capaz de ajudar tantas outras com meus livros e poesias.
Quando me perguntavam o que queria ser quando crescesse, eu, criança, também sonhava em ser várias coisas, como professora, escritora e poetisa, mas, no geral, só valia e os adultos só queriam escutar se eu falasse de alguma profissão que "desse dinheiro", como advogada e médico... Hoje, depois de adulta - numa idade, como bem diz a cantora Sandy: "muito velha para ser jovem e muito jovem para ser velha..." - me questiono: existe alguma profissão que "dê" dinheiro, assim, de graça? E qual o motivo de ninguém gostar de escutar uma criança falar: "adulto!"?! Por que podamos os sonhos e dizemos que tudo é impossível, que só é feliz aquele que "ganha dinheiro"? Já vi muita gente com contas pagas e sem amor dos filhos, porque não deu amor... Mas, também tem muita gente com grana e que tem amor, também... ou seja, não é o dinheiro, é o sentimento!
Pois é, é por essas e outras que me questiono mais: o sonho de infância tem que caber em, no máximo 2 páginas - ou 1 e meia - de um belo curriculo? Só pode sonhar com a vida profissional? E, é errado sonhar com uma profissão brilhante? É errado sonhar em ser professor? Médico? Bombeiro? Policial? Astronauta? Artista? Raramente, escutamos alguma criança falar que quer ser diplomata, político, presidente de uma multinacional... falar dois, três idiomas... Isso é coisa de adulto que coloca na mente da criança - ou, filho de alguém que trabalhe nessas áreas.
No geral, criança quer brincar - quando deixamos e quando as permitimos serem crianças, mesmo nos dias de hoje e dentro da concorrência feroz no mercado de trabalho... isso é coisa de adulto!
Criança demanda de boa orientação, limite, bons exemplos - com os quais elas aprendem muito mais... - , ambiente saudável e AMOR. Criança precisa do lúdico, da fantasia, e precisa crescer, sim, no tempo de cada fase, num processo saudável e natural - nem infantilizar eternamente e prender no mundo ilusório e de fantasia, nem os tornar mini adultos... nada antes da hora!
No dia das crianças, tudo é alegre e colorido, cheio de bombons e jujubas... como se só pudesse ser nesse dia. E nos outros dias? As frutas são coisas chatas, de todo o dia; e guloseima é coisa legal, só para dias especiais... é isso?!
Sou super a favor de tecnologia, desde que não exageradamente e que não deixem de viver a vida lá fora para se fechar no virtual. Sou a favor de atividades física e extracurriculares, desde que seja uma parte do dia e que a criança sempre tenha tempo e muito para lazer e diversão.
Achei super interessante uma conversa que tive com uma senhora muito distinta, que teve 5 filhos e, hoje, ainda trabalha e ajuda a cuidar dos netos e ela perguntou a Peu: "E você, rapazinho lindo e encantador, como vai? Adoro conversar com você, sabia? Você é muito espertinho para a sua idade. E, me diga, quando você chega da escola em casa, o que você faz? Você tem tempo para brincar?...". Conversamos muito e ela me disse o quanto se preocupa com essa geração atual, que só fica com fone de ouvido e celular e sem tempo para mais nada de lazer e diversão. Concordei com ela, lógico! Não existe "choque" de gerações, quando se há amor e necessidade de compreensão. Ela me disse que hoje existe muita coisa melhor do que antes, mas que o banal é algo a ser considerado. E, cá entre nós, seja a época que for, mais espertos e "high-techs" que sejam, são crianças! Hoje, ontem ou amanhã, criança é criança! Com ou sem estatuto, criança é criança! E criança não tem que ter seus horários numa agenda diária de atividades mil. Uma conhecida, certa vez, me disse que a filha de 6 anos estava estressada, com a patologia, mesmo, quais com estafa... aí, ela me disse: "...deve ser o ballet 3 vezes na semana, a natação nos outros dois dias, a aula de inglês após a natação... Ela chega em casa exausta. Não sei de quê? Não faz nada, só se diverte!". Será que o excesso de atividade é saudável? Exigir tanta qualificação da criança, é bacana?
Assim, que possamos realizar nossos sonhos de infância, resgatar a parte boa da nossa essência e nos tornarmos adultos mais legais, em vez de seres estressados e estressantes, que querem deixar esse legado para as novas gerações!
Também, não é largar a criança sem observação... largar à toa, relegado à sorte. A criança precisa da presença do adulto, sim. Não como carrasco, mas como orientador, mediador... referência!
Correr, brincar, gritar - ainda que me enlouqueçam os gritos exagerados do meu filho... -, perguntar, ser curioso... tudo isso faz parte do mundo de descobertas da infância. Com pais mais conscientes do seu papel e, incluir neste, a condição de entender que criança demanda de liberdade - uma liberdade vigiada, como toda e qualquer liberdade, onde seu direito termina onde começa o meu, sabe como é? - e limite! E isso não é contraditório, isso é dualidade e uma das melhores condições desses dois lados de coisas boas!
Saudações maternais,
Pat Lins.
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