segunda-feira, 18 de junho de 2012

"MÃE, EU NÃO QUERO SABER DISSO DE MORRER..."


Papo cabeça com Peu. 

- Mãe, será que dá para a gente conversar um pouco sobre essa coisa de morte?

- Claro, filho! O que você quer saber?

- Eu não quero saber disso... Por que todo mundo tem que morrer? Por que isso de "todo mundo morre um dia?".

Mamãe leva uns segundos para pensar... o tom da conversa era sério e profundo. Não dava para sacar de cara qual era a dele... se era só um papinho tipo "filho, isso é normal" e deixar para lá ou "filho, isso é normal, mas veja só...". Bom, ele sacou e deu o novo tom. Era o que eu imaginava: papo seríssimo!

Respirei fundo, para ser honesta na resposta, mas, não assustar com meu ponto de vista. Mas, Peu é Peu e tempo para ele é algo que parece que o mundo vai terminar no próximo segundo. O menino tem uma sede voraz e fome destruidora de vida que valha-me Deus! E ele cobra a resposta - isso tudo é contabilizado em frações de segundo, só para situar quem estiver lendo. 

- Mãe, eu não quero morrer Nem quero que ninguém morra mais. Pronto! Vou apagar essa palavra: morrer.

- Filho, veja bem... A morte não é algo feio. Quando a gente morre, se fez tudo bonitinho aqui, em vida, vai encontrar muita coisa legal. Vai ter a oportunidade de estar perto de Deus. Você não gosta tanto de Deus?

- É, mas eu não quero ver Ele eu morto.

- Filho, você está começando a vida, pode ficar despreocupado e tranquilo. Em vez de ficar aí, pensando na morte, pense na vida. Dizem que a vida continua, um dia..., depois da morte. Aproveite cada dia a faça algo melhor para você, para os outros. Faça alegria. Seja sempre feliz! 

- É,mas Caio disse que quer destruir o céu, as estrelas e Deus. Eu não vou deixar!

- Filho, deixa Caio para lá. O que você quer fazer? Olhe lá, as estrelas brilhando. Olha o céu, que lindo. Vamos falar de mais coisas boas, vamos?

E ele acalmou. Não disse mais nada. Fomos para meu quarto - onde ele gosta de deitar para fazermos chamego antes dele ir para a cama dele. E, olhando fundo em meus olhos, pude ver mais um pouco de Peu que, raramente, permite esses momentos de quietude e reflexão. Ficamos olhos nos olhos por uns dois minutos, abraçados e com um sorriso gostoso no rosto. Depois, voltou-se para o filme dele.

Não sei o que ficou na cabecinha dele. Mas, sei que eu preciso é fazer valer a minha vida. Cada segundo, de verdade e na prática. Fazer o meu melhor, ainda mais, a cada dia. Isso é que fica. O resto, vira passado. Isso, fica no presente para sempre!

Filho, eu te amo muito! E você faz muito sentido! Um dia, quando todos nós formos capazes de entender e aceitar as diferenças e que nem todo mundo que é diferente é doente, talvez seja bem possível entender o que você diz todo dia, com suas ações: mexam-se! 

Não é fácil te educar, porque o tempo inteiro você me faz entender que só com a coerência o diálogo é possível e mamãe não consegue ser coerente full time. Mesmo assim, você entende isso. Hoje, eu pude ver o quanto a vida é importante para você e o quanto convenções rasas e superficiais não te dizem nada. Para você só faz sentido aquilo que vem da nossa alma, com muita verdade. 

Só te vendo assim posso ver que você tem muito mais aí, dentro desse corpo agitado, que veio com a pilha do mundo todo... Te amo, meu bem! Do fundo do meu coração. Pelas portas de minh´alma que você sempre vê quando conversamos e com esse carinho sincero que emite, nesses nossos momentos a sós. Obrigada por ser meu filho!

Pat.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

ERRO QUE MOTIVA ACERTAR


O legal de aprender a ser mãe, na prática, no dia a dia, é que a culpa por errar já não me consome mais.

O legal é que sei que posso errar, por ser humana, que "faz parte". O melhor é ver que esse "entender meu erro" não para por aí, me motiva a seguir em outro rumo, para acertar.

O legal de ser mãe é que o erro me motiva a acertar e seguir em frente!

O legal de ser mãe, na prática, é, hoje, entender que sou uma eterna aprendiz!

Saudações maternais,

Pat Lins.


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