sábado, 24 de novembro de 2012

"...MÃE, AÍ, EU VIREI UMA ESTRELA CADENTE E VIM PARA A TERRA! ..."

Imagem: ALIBABA.COM

Olha, Peu tem umas artes que, quem dera, eu tivesse como registrar tudo.

Hoje, estávamos tomando nosso café da manhã juntos e ele com o pé na parte de vidro da mesa. Eu falo: 

- Peu, meu filho, se você se desequilibrar e empurrar esse pé da mesa, ela cai, o vidro quebra e... - ele me interrompe.

- A gente pode morrer, né, mãe? Aí, quando meu pai chegar onde a gente vai estar?

- Onde, meu filho? - perguntei eu, curiosa pela resposta. Já que ele tem essa inquietação com a morte, preferi deixá-lo colocar para fora.

- Quando ele chegar, teria uma parte nossa, o esqueleto, no mundo dos mortos - o "mundo dos mortos" que ele se refere é o cemitério, ele chama assim - e a outra parte, lá em cima, com Deus. E ele iria sofrer, mãe?

- Penso que sim, filhote, porque quando as pessoas que a gente ama partem, a gente sente tanta saudade   e acha que nunca mais vai ver, que acaba sofrendo, mas, depois, entende que é natural e um dia a gente vai se reencontrar.

- É, eu sei. Eu vim de uma estrela. Eu era um anjo.

- Como assim, Peu, se você veio de uma estrela, como pode ser um anjo? - brinquei com ele, até mesmo para ver o que sairia daquela cabecinha criativa.

- Entenda: - e usa os dedos para desenhar no ar - a estrela é como um ovo de tartaruga, só que sem ser circular, é em forma de estrela. Depois, o ovo se parte e o anjo sai voando. Depois, eu virei uma estrela cadente e vim para a Terra, para realizar desejos...

- Ah, filho, que coisa boa, então, eu posso fazer meu pedido? Eu desejo... - ele me interrompe.

- Não, mãe. Eu não posso mais realizar desejos. Eu não sou mais uma estrela cadente. Agora, eu sou apenas um menino. Quando passar uma estrela cadente eu vou fazer um pedido, sozinho, e sem ninguém ouvir. Vou pedir que eu possa fazer um raio laser para todo mundo viver e outro para ninguém ficar velhinho...

Uma figura rara! Interessante é que a gente aqui em casa pouco fala de morte e, quando fala, em geral, é com carinho aos que se foram. E ele, desde pequenininho tem essa coisa. Vai saber o que ele viu. Meu avô faleceu quando ele nasceu, ele tinha em torno de um mês quando meu avô veio a óbito. Será que todo aquele clima, minha DPP, minha família o rodeá-lo de atenção e carinho - coisa natural, quando se perde alguém e nasce uma criança, vê-se essa criança como uma bênção maior e uma mensagem de continuação de vida, assim foi o que eu pude perceber das nossas ações - será que isso o tocou de alguma forma? Impossível saber com certeza... A questão é que ele tem essa inquietação com a morte, com a dor da perda. Ele gosta de chegar, por exemplo, mas, não gosta de despedidas. Isso eu já venho observando a um certo tempo. Ele, geralmente, chega muito alegre nos lugares, ou, quando recebemos visitas, ele fica eufórico, mas, nas despedidas ele muda e fica triste, chateado e, algumas vezes, bastante resistente.

Teve um episódio, no dia de aniversário de morte do meu avô, minha família foi até a cidade onde ele está enterrado e levaram Peu, para visitar alguns parentes que moram lá. Lá, na cidade, próximo ao cemitério, tem uma fonte de água natural chamada "Milagres" e dizem que a água é milagrosa. Como estava quase vazia e o dia muito quente, Peu e minha sobrinha tomaram banho lá e brincaram muito - tem bastante espaço - e as pessoas que passavam achavam graça - ver criança feliz é muito bonito e essas pessoas mais velhas conseguem entender isso melhor do que a gente... Minha tia foi encher uma garrafa com a água para beber. Peu perguntou para quê e ela explicou que era a "água dos milagres", prontamente, ele perguntou: "E se a gente levar e derramar nos mortos, eles voltam a viver?". Essa questão é muito forte nele. Não forço, nem fico com apelos do tipo: "meu filho, deixa de falar disso...". Eu o permito esgotar. Digo que não tenho essas respostas, porque existem coisas que são como são desde sempre e, sabe Deus se um dia a gente vai entender. E vou conversando com ele, desse jeito assim, aparentemente solto. Aos poucos percebo que ele vem mudando o jeito de lidar. Antes, ele chegava a chorar ao tocar no assunto. Hoje, ele já fala, para para pensar um pouco e cria essas histórias. Hoje, ele já fala em Deus com carinho. Coisa que, desde que eu perdi o bebê, no ano passado, ele não falava mais, pelo contrário, ele dizia que "não quero mais esse papo de Deus. Ele levou meu irmãozinho e não devolveu nunca mais...". 

Pois é, esse é Pedro Henrique... ou, uma das partes dele. Filho, mais um registro para você, quando for grande poder se ler aqui.

Como não posso fazer um pedido para estrela cadente Peu, peço a alguma que esteja passando por aí: DEUS, PROTEGE ESSA E TODAS AS CRIANÇAS DE TODO MAL, AMÉM! E PROTEGE A NÓS, TAMBÉM. DÁ-NOS SABEDORIA PARA CONDUZIR PELO MELHOR CAMINHO ESSES PEQUENOS GRANDES SERES EM FORMAÇÃO, QUE, POR MAIS ESPERTOS E INTELIGENTES QUE SEJAM, SÃO CRIANÇAS E TÊM AS LIMITAÇÕES DA POUCA IDADE. 

Filhos nos fazem pensar, mesmo...

Saudações maternais,

Pat Lins.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

TEMPO CERTO E DIFERENTE



Ser mãe é não ter pressa. Ter TEMPO! 
Tempo para entender. Tempo para acolher. Tempo para aprender. Tempo para refletir. Tempo para agir, sempre agindo...

Saudações maternais,

Pat Lins
dando um tempo, pelo Tempo chegar a Tempo de dar Tempo de se fazer Justiça, mas, acima de tudo, esperando e fazendo o Tempo da mudança positiva. Tempo de esperar as coisas se resolverem no Tempo certo!



terça-feira, 20 de novembro de 2012

20 DE NOVEMBRO - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA (?) NEGRA


Como mães, temos o dever de nos trabalharmos e melhorarmos como pessoa para passarmos bons e reais valores aos nosso pequenos, pois eles serão capazes de fazer um amanhã melhor.

Sendo assim, consciência sobre RESPEITO, IGUALDADE E LIBERDADE dará base a uma nova civilização, uma civilização de gente civilizada - redundância enfática - e JUSTA. 

Aprendamos a não discriminar, que nossos filhos entenderão que não há porque diferenciar as pessoas por conta da cor da sua pele, da sua crença e etc.

Façamos de nós, mães na prática, um mundo melhor e nosso filhos darão continuidade!

Saudações maternais, nesse 20 de novembro, um dia para se refletir - como outras datas, que, infelizmente, se tornaram comerciais e perderam seu foco original...,

Pat Lins - uma mãe multirracial, de uma única raça: a HUMANA!

Lançando boas sementes, HOJE, para AMANHÃ brotarem frutos melhores do que os de hoje em dia! 
Pat Lins




quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CATAPORA


Pedro está com catapora. "Tadinho..." 

O mais legal foi a consulta com a médica, onde ele mesmo interagiu com ela, informando o que o levou, o que sentia e respondendo com presteza e riqueza de detalhes o que sentia. 

Durante as orientações, ele ficou bastante atento e tirou as dúvidas dele, tipo:

- Essa doença é horrorosa, doutora. Quantos dias isso vai ficar em mim?

e

- Eu nem vou descer para brincar no play. E vou ficar bem longe para não passar para Jade - amiguinha dele.

E quando a médica disse que poderia tomar um remedinho antialérgico que aliviaria a coceira a noite, para dormir melhor, ele fala:

- Mas, doutora, eu durmo tão bem. Né, mãe? Eu não tenho problemas com o sono, nem para dormir...

O engraçado foi quando vi a primeira pintinha, na casa dos meus pais e disse: "Ihhh, Peu, vamos ali para vovô ver se é catapora.". E ele me olha e fala: "Não entendi porque mostrar a meu avô. Ele é médico?". Pronto, o que eram duas, se tornaram 3, 4, 5, 6... No dia seguinte estava tomado.

A médica sugeriu deixar nas mãos dele um algodão embebido de álcool canforado. E ele me pergunta: "ela diz para beber o quê, mãe?" e demorei para entender: "Não, filho, não é para beber, é embebido, ou seja, molhado".

Sei que ele está reagindo bem. E repete: "vai passar, não vai mãe?". ele choraminga, quando fica febril e não quer tomar remédio. Já sabe, inclusive, que para baixar a febre, pode ficar 10 minutos debaixo do chuveiro com a água quase fria. E fica lá, parado. Esse é o outro lado dele: quando faz sentido, ele colabora de pronto. Está crescendo e entendendo mais que ele faz parte de um grupo. Por isso, diz que quer ficar bom, para poder ficar ao lado dos amigos sem passar o "dodói". Ele também aprende com a vida e com o dia a dia. Isso não me impede de perder o controle e reclamar com ele quando começa a chorar para não tomar o antitérmico e tenho que engrossar, mesmo. Depois, ele entende e a gente se entende. Tudo é lição e muito bacana, porque sempre aprendemos algo juntos.

Como sempre, alguns adultos é que não reagem bem... As perguntas: "Por que não vacinou?" ou "Se tivesse vacinado...". As vacinas do calendário ele tomou TODAS. Das particulares, só dei meningite. Ou seja, se ele está com catapora a culpa é minha, por não ter pago uma coisa que, na época, eu não tinha de onde tirar e não era tido como prioridade, como a meningite que a gente apertou e pagou. Olha, se cada adulto se esforçasse para ser menos cruel, seria mais fácil. Para mim, na prática, estou aprendendo a ponderar e deixar essas pessoas falarem e pronto, não internalizar, nem interagir. Mãe também aprende no dia a dia a lidar com todo tipo de gente...

Sei que ele está se recuperando e os carocinhos cicatrizam bem rápido.

Esses dias, estou em regime DE - dedicação exclusiva. 

Saudações maternais,

Pat Lins.




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

TIPOS DE MÃE: MÃES NA PRÁTICA!



Existem vários tipos de mãe: mãe devoradora; mãe negligente; mãe séria; mãe brincalhona; mãe guerreira; mãe/pai... só não existe mãe perfeita!

Todas, no dia a dia, sabemos o que é ser um ser humano e ter outro ser para sermos juntos seres melhores! 

Juntas, cada uma ao seu jeito, somos MÃES NA PRÁTICA! 

Porque só na prática diária se exerce, aprende, supera, renova, revê, refaz, recomeça... se cresce, junto com os filhos!

Afinal, Ser mãe não é só parir - pelo útero, pelo coração ou pela alma - e educar, é ser. Só se é sendo! E só se é, na prática diária, a cada instante, em cada fase - e haja fase... 

Saudações maternais,

Pat Lins.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

"MÃE, VOCÊ NÃO VAI MORRER POR AGORA NÃO, NÉ?"

Adoro essa foto!

Estávamos, ontem, sentados à mesa para almoçar e ele de cabeça baixa, comendo e me olhando.

De repente, ele me olha e manda:

- Mãe, a mãe de Ben 10 morreu há quase 10 anos e ele está com 10 anos... Ele não tem mãe...

- E...

- E você não vai morrer por agora, não, né? Você vai viver um tempão, né?

- Filho, cada um morre no dia certo. E não deve ser tão ruim assim, já que isso é para todo mundo, né? Depois a gente fala melhor sobre esse assunto, pode ser? Mamãe não sabe como te explicar agora. Mas, eu estou aqui, bem aqui, com você!

Ele levantou, com os olhos marejados, me abraçou um abraço super-mega-hiper apertado e disse: "EU TE AMO, MUITO, MÃE!".

Oh, gente, tem coisa mais linda?

Mãe erra, acerta, enfia os pés pelas mãos, é chamada de bruxa quando diz "não", mas, existe um algo maior compreendido pelo filho que ele pode não saber como dizer, mas, nessas horas, a gente vê que estamos unidos, sim, por uma boa base de AMOR!

Também AMO VOCÊ, filho! Isso não me impede de ser como e quem sou, mas, me motiva a querer ser melhor a cada dia e sempre me permitir a aprender mais e mais!

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

NEM TUDO É TÃO RUIM QUANTO PARECE II: SABER FALAR ...


E a saga continua:

AQUI E AGORA: NEM TUDO É TÃO RUIM QUANTO PARECE II: SABER FALAR ...: Continuando... aha, pensaram que fiquei zen e evoluída assim, de uma hora para outra? Existe a continuação da ponderação que tive que f...


Saudações maternais,

Pat Lins.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

NEM TUDO É TÃO RUIM QUANTO PARECE


Resumo do saldo da reunião na escola para mim, mãe. Para Peu, só o tempo revelará! Com paciência, vamos resolver, sim! Algo ali mudou. Algo em mim mudou. Provavelmente, algo em Peu refletirá e mudará...

Clique no link abaixo para ler o texto na íntegra:

AQUI E AGORA: NEM TUDO É TÃO RUIM QUANTO PARECE: Pois é... estava eu preocupada com os rumos de uma certa reunião que participaria - já teve, inclusive - e, em vez de ficar sofrendo,...

Saudações maternais,

Pat Lins.


domingo, 4 de novembro de 2012

SOU MÃE LEOA, MAS NÃO LEOA CEGA...


Cada mãe tem seu traço pessoal... não é a maternidade uma varinha mágica que, nasce o bebê e "pluft" a mãe se torna um ser perfeito e capaz de apenas acertar.

Bom, eu sou bem o tipo mãe LEOA, mas, agrego outros bichos, também que vieram no pacote "Pat Lins" de configuração pessoal, como: águia - capaz de ver lá a frente; coruja - visão holística, capaz de ver, compreender e se virar para vários lados... e podem me chamara de lagartixa, quando grudo nele; de jacaré, quando fico apenas olhando e observando, para bem saber a hora de agir; de centopeia, onde dou conta de ir e fazer várias coisas ao mesmo tempo, como se tivesse cem pernas; borboleta, capaz de fazer um belo espetáculo de show, beleza e surpresas; sou macaca, capaz de esquecer da vida e entrar em seu mundo de fantasia e ilusão. 

Vou errar. Vou acertar. Mas, sempre admito para mim que sou capaz de ponderar e refletir. Aprendizado é isso: não saber; passar a saber; algo fazer. 


O grande problema é quando o filho é um desafio maior do que a capacidade de muitos adultos lidarem com ele. Não cobro, nem exijo que ajam com perfeição, apenas com vontade e empenho. Fico decepcionada - como já deixei claro, sou imperfeita, graças a Deus e decepção é sentimento de quem esperava algo sendo feito - por algo ter sido combinado e não foi posto em prática pela outra parte... mesmo assim, andou. Apenas uma parte falhou e isso é recuperável! Conseguimos: eu, marido, filho, família, amigos, Suely Lobo - uma loba de verdade misturada com uma "tubaroa" ágil e voraz... sorte dele ter uma psi "do bicho!" -, toda a equipe da Equoterapia (ABAE), e até os contra! Muito está sendo feito além das sugestões da escola e muito estamos alcançando - e muito não é TUDO. O que impede alguns de enxergarem esse fato é uma coisa simples - mas, difícil de lidar no ser humano mais rude e limitado - chamada: visão obtusa. Se esperar e fazer apenas de um jeito é dar murro em ponta de faca. Existem situações especiais e que exigem mais esforço - não necessariamente desprendimento de energia, apenas um pouco de boa vontade e permitir que algo seja feito por outros já ajuda - e um tiquinho de nada de flexibilidade. Bom, só que para ter flexibilidade é preciso ter uma dose de boa vontade... ou seja, o que falta e faltou BOA VONTADE. Só que para ser flexível requer segurança, domínio de si e auto controle. Requer, também, uma pequena capacidade de autogestão, onde se avaliar e ver se fez algo ou se pode fazer mais ajuda.

Não vou brigar. Não vou querer mudar o mundo mental de ninguém, mas, vou exigir justiça! Fico passada como as profissionais de uma escola tão bem preparada criam estigmas do nada, pela incrível capacidade de elucubração  em vez de ampliarem. Não entra em minha cabeça a limitação de ver o "ponto ao centro da folha em branco" e fincar o facão no pé de "jequitibáverapenasoquefalta" e passar a vida/ano letivo preso ao que se permitem ver. A resistência e não aceitação da opinião dos pais e dos dados de "cá de fora" de nada serve porque, para eles, pais e mães são cegos e filhos manipuladores vorazes a ponto de os pais serem todos bitolados em "meu filhinho é um santo". Compreendo que muitos pais e mães colaboram com essa causa ao ocuparem o tempo de contato com exigências mil e improdutivas, assim, quando surgem pais dispostos de verdade eles colocaram a barreira protetora anti-pais/mães e pronto, adeus parceria escola/pais. Detalhe: isso sim já é um velho estereótipo, quase um arquétipo. Só falta ser aceita como verdade universal irreversível. Isso me preocupa. Para mim, profissionais da área de educação devem ter vocação, tem que sair do âmago - e do útero - para surtir efeito com a habilitação e qualificação técnica profissional. Em vez disso, haja gente que não sabe-se e/ou conhece-se a ponto de ter bom senso e ver onde se adequa. Isso, sim, é um grande obstáculo.

O problema passa a existir quando esse obstáculo se encontra de frente com um Pedro Henrique... se não houver essa caracteristicazinha pessoal acoplada, integrada, natural, oriunda do DNA do profissional, empaca e vira um embate desgastante. Problema 2: quando o desgaste impera a razão evapora... os transtornos se acumulam e não se dá vazão, se carrega nas tintas a ponto de nada que Pedro, neste caso em específico faça, está a contento e não há abertura mental para receber dados atuais... a imagem recortada é que fica colada na íris e não se vê a paisagem mudando... fora que joga a tal da "culpa" em qualquer um, desde que sua não aceitação se volte, então, bingo!, vamos descontar na criança e nos pais da criança, que é mais fácil, afinal, mães leoas são tidas como descontroladas. Não vendo-se já em descontrole. Mãe leoa é problema quando é cega, quando não é, se prepare, ela sabe agir e cuidado, entra a mutação mãe jacaré e mãe coruja... ah, e outras mães, também, que seriam deselegantes em serem citadas... Mas, como existem mães leoas inteligentes e capazes de desenvolver uma linha de raciocínio focada no BOM desenvolvimento do filho - assim: eu sei e vejo quem meu filho é, inclusive o pedaço dele descrito pela escola, mas, vejo mais... fora que vejo o que ele tem em potencial e as surpresas. Pois sim, o problema 3 começa a aparecer: as reuniões ficam mais tensas, do tipo "por que usam tantas máscaras, essa equipe pedagógica?". 

Você devem perguntar: e por que deixou terminar o ano? Por conta dele. Elas não enxergam que ele gosta de lá e, tirá-lo seria um recomeço desgastante para ele, uma nova adaptação em uma nova escola... E ele tem um apoio tanto da nossa parte quanto da psi dele de como lidar com isso. Concluímos que seria melhor persistir e tentar, do tipo "dar uma chande de ver acontecer". Não aconteceu. Não dentro das limitações e exigências deles, mas, acontece um monte de outras coisas e de outro jeito. Muito tempo foi perdido por manterem a visão no "o que falta" em vez de se permitirem ver "o que tem" e, daí, desenvolver um algo mais mais direcionado. Isso incomoda. Problema 4: falha de clareza na comunicação, falta de transparência no que é comunicado - se já é um desafio e tanto lidar com a falta de clareza, imagina com a falta de transparência...? e, a própria, falha de comunicação efetiva. Problema/Solução Geral: reunião amanhã, com essa equipe e em busca de manter o foco na "solução", que é o meu objetivo geral e específico. Bom, a mãe leoa tem que trocar idéias com a mãe coruja para que o ego humano e o orgulho ferido de ser humano que não suporta ver injustiça com qualquer um, imagina quando esse qualquer um não é qualquer um é o seu filho! Minha intensão, hoje, já é apenas me focar em "o quê fazer por Pedro Henrique" e levar os dados concretos dos reflexos de sua melhora e seu desenvolvimento, além da sua relação com o aprendizado do seu jeito. 


Bom, ser mãe leoa não é o problema... os "problemas" são os seres problemáticos que deveríam se voltar a si e admitirem, bem como suas falhas - sem medo de culpa ou de ter essa falha como um fracasso... não deveríam agir assim... deveríam, sim, reunir forças e se abrirem mesmo, com gás, para fazer o melhor a cada dia! - de que não cumpriram com a parte que lhes cabia. Elas se fecharam no estigma em vez de se abrirem para as reais possibilidades e, como sempre falo, olhar mais para "o que tem" e, a partir daí, sim, ver "o que falta" e como agir. Essa troca era o que chamávamos de parceria, onde a parte mais interessada somos nós - os pais - e nós, sim, fizemos e cumprimos com cada COMBINADO e elas? A parceria, este ano, não foi firmada e muitas "culpas" jorraram e muitos medos emergiram e muito mal entendido tomou espaço e uma bola de neve começou a rolar e o freio daremos nós, amanhã, com todo amor que tenho por meu filho mas, com toda capacidade pessoal de separar "o que é" do "que não é", ao contrário do que elas vêm fazendo e recusando-se a aceitar a melhora no comportamento - penso que esperavam um milagre, que passasse de um menino agitado de uma hora para outra para um menino estático... e o gradativo perde importância, diante da imponência perigosa da bola de neve gigante. Viu, como falo, estigmatizar é um perigo... ainda mais uma mãe. Ainda mais uma mãe na prática como eu, que de perfeita tenho nada, mas de aprendiz da vida e discípula do tempo, tenho muito. É, querer jogar para os pais em vez de assumir que não houve a troca e sim lacunas abertas. Mas, como fizemos mais e além do que COMBINAMOS - como se fala, nós corremos por fora - afinal, para nós a escola é apenas uma parte da rotina do meu filho e não o todo. Uma parte de suma importância mas a sua importância é a que lhe cabe e não excede a nossa. Não se trata de guerra ou medição de forças, se trata de ver claramente que a escola está fechada e fechada num canto complicado e perigoso... como profissional - penso que esquecem que mães leoas também são mães formigas e trabalham, têm suas expertises e suas vivências - isso tudo além do pessoal - e são capazes de observar e levantar hipóteses também... ainda mais uma mãe leoa como eu que tenho experiência em educação, em Comunicação e aprendendo psicologia organizacional... e, ainda assim, reconheço minhas limitações e vejo quais são "eu me sabotando para não ir além" e sei bem quais são: fora do meu perfil, mesmo. Portanto, assim, meu empenho é na melhora de Peu. O problema 5 está aí: elas esqueceram de Peu... elas só se lembram da imagem criada e não atualizada... Outros agregados são o medo em reconhecer que fez pouco caso e preferem carregar e manter a postura de "culpa dos pais" e da "mãe leoa" e com isso, terem suas imagens titulares abaladas.


Gente, é um perigo lidar com profissionais com títulos e mais títulos e pouca capacidade, sem vocação e sem BOA VONTADE. Como me disse uma amiga, "uma coordenação boa é aquela que suja a calça de tinta e se abaixa para ver e ouvir a criança e, dali mesmo, deixa claro quem é quem e os patamares 'hierárquicos' estabelecidos no olhar" - quem me ensinou isso foi você, Natali Costa e você, Thais Ceo - com afeto sincero, apesar de se estabelecer a distância profissional, sem distanciamento. 

Nosso objetivo principal é nosso filho e seu progresso. Não estou preocupada em provar que ele está melhorando aqui e ali para ninguém, não se trata de uma sessão judicial, de um tribunal. O único crime é o do descaso, da falta de proximidade com a franqueza e do "chega junto" que tivemos ano passado, com Aninha e Dora a frente de maneira espetacular. Este ano, está difícil... apenas lá dentro, porque de fora, medidas estão sendo tomadas e parados nós não ficamos. Se fosse uma mãe leoa cega estava de braços cruzados criando um estigma diferente para meu filho em vez de vê-lo, aceitá-lo e agir. Francamente, essa novela, agora, está no final. Para mim foi um aprendizado ímpar, principalmente na questão de como me dirigir e emitir o que penso, em vez de agir como agia, de peito aberto e às claras, agora, estabeleço em mim um foco e um tempo. Não estou interessada em fazer parte desse jogo de empurra, porque eu, leoa ocupada, tenho mais o que fazer com a minha vida e tenho minha mente tranquila e cabeça erguida, fora que tenho toda a razão... não fui eu quem comeu mosca e nada fez... aliás, eu comi, porque ao escolher "persistir", elas deram um tom que, hoje, sinto que foi mais uma insistência, mesmo, no erro evidente... mas, escolhi manter e levar até o fim. 

A semana começa com muito agito e fortes emoções! Começa com reunião em prol de uma melhora e eu luto por essa melhora, sim. Luto porque eu sei que todo mundo é mais do que aparenta e que devemos ter olhos abertos e corações livres para que a mente possa agir com maior precisão. E sorte que tenho esse perfil leoa, senão, ele estaria com sérios problemas e ninguém saberia. Quem primeiro percebeu que meu filho precisava aprender a lidar com seu temperamento e suas emoções fui eu, apenas não tinha condições para custear uma psicoterapia. Ano passado, diante de um caso agravado com a perda do meu bebê - que ele chamava de "meu irmãozinho" - ele ficou mais agressivo e isso sim, fez com que mesmo sem condições, esta fosse feita. Sempre tem um momento para começar. Fui eu quem foi pedir indicação à escola de algum psi parceiro da escola e foram eles que me indicaram a pessoa/profissional certa, chamada Suely Lobo. 

Portanto, mães na prática amigas, essa semana promete fortes emoções! Leoa sabe rugir e defender bem o seu espaço... eu sei me comportar muito bem em reuniões, bem como sou mediadora nata, além de adorar resolver problemas, mas, os delas estão apenas começando quando se depararem consigo... o meu está em fase de solução porque, agora, encontramos mais um ponto, um novo caminho... estamos desenrolando o fio de ariadne - com um pouco de tentativa-e-erro, também, já que seguimos em frente. Na vida só temos o empirismo, até mesmo para se começar uma ciência. E, olha, maternidade deveria ser uma ciência... a ciência das ciências. É uma universidade intermultipluridisciplinar. 

Pois é! Pois é! Pois é... O diferente incomoda... ele está sempre mexendo. Existem diferentes que só incomodam, esse, coitados, não vêem sentido na vida e passam a incomodar o outro por não ter sentimento de vida própria... Vou parar por aqui, senão, o veneno destila e já era... Mas, não esperem por "chumbo grosso", sou inteligente e capaz demais para me permitir perder o foco e limitar minha visão. Vou exercitar o que me proponho, porque é isso que está sendo posto em prova: um processo de crescimento em prol da melhoria!


Eu sou MÃE! Uma mãe entre muitas MÃES NA PRÁTICA. Cego é quele que não vê. E profissional cego e obtuso são os que não conseguem ver por conta da cegueira da má vontade e da arrogância de se colocar acima do que se é e dos outros. Se leoa fosse cega, não era rainha da selva!

E, outra coisa, plageando Quintana: "...Elas passarão... Eu passarinho!". 

Saudações maternais,

Pat Lins.



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