Cada mãe tem seu traço pessoal... não é a maternidade uma varinha mágica que, nasce o bebê e "pluft" a mãe se torna um ser perfeito e capaz de apenas acertar.
Bom, eu sou bem o tipo mãe LEOA, mas, agrego outros bichos, também que vieram no pacote "Pat Lins" de configuração pessoal, como: águia - capaz de ver lá a frente; coruja - visão holística, capaz de ver, compreender e se virar para vários lados... e podem me chamara de lagartixa, quando grudo nele; de jacaré, quando fico apenas olhando e observando, para bem saber a hora de agir; de centopeia, onde dou conta de ir e fazer várias coisas ao mesmo tempo, como se tivesse cem pernas; borboleta, capaz de fazer um belo espetáculo de show, beleza e surpresas; sou macaca, capaz de esquecer da vida e entrar em seu mundo de fantasia e ilusão.
Vou errar. Vou acertar. Mas, sempre admito para mim que sou capaz de ponderar e refletir. Aprendizado é isso: não saber; passar a saber; algo fazer.
O grande problema é quando o filho é um desafio maior do que a capacidade de muitos adultos lidarem com ele. Não cobro, nem exijo que ajam com perfeição, apenas com vontade e empenho. Fico decepcionada - como já deixei claro, sou imperfeita, graças a Deus e decepção é sentimento de quem esperava algo sendo feito - por algo ter sido combinado e não foi posto em prática pela outra parte... mesmo assim, andou. Apenas uma parte falhou e isso é recuperável! Conseguimos: eu, marido, filho, família, amigos, Suely Lobo - uma loba de verdade misturada com uma "tubaroa" ágil e voraz... sorte dele ter uma psi "do bicho!" -, toda a equipe da Equoterapia (ABAE), e até os contra! Muito está sendo feito além das sugestões da escola e muito estamos alcançando - e muito não é TUDO. O que impede alguns de enxergarem esse fato é uma coisa simples - mas, difícil de lidar no ser humano mais rude e limitado - chamada: visão obtusa. Se esperar e fazer apenas de um jeito é dar murro em ponta de faca. Existem situações especiais e que exigem mais esforço - não necessariamente desprendimento de energia, apenas um pouco de boa vontade e permitir que algo seja feito por outros já ajuda - e um tiquinho de nada de flexibilidade. Bom, só que para ter flexibilidade é preciso ter uma dose de boa vontade... ou seja, o que falta e faltou BOA VONTADE. Só que para ser flexível requer segurança, domínio de si e auto controle. Requer, também, uma pequena capacidade de autogestão, onde se avaliar e ver se fez algo ou se pode fazer mais ajuda.
Não vou brigar. Não vou querer mudar o mundo mental de ninguém, mas, vou exigir justiça! Fico passada como as profissionais de uma escola tão bem preparada criam estigmas do nada, pela incrível capacidade de elucubração em vez de ampliarem. Não entra em minha cabeça a limitação de ver o "ponto ao centro da folha em branco" e fincar o facão no pé de "jequitibáverapenasoquefalta" e passar a vida/ano letivo preso ao que se permitem ver. A resistência e não aceitação da opinião dos pais e dos dados de "cá de fora" de nada serve porque, para eles, pais e mães são cegos e filhos manipuladores vorazes a ponto de os pais serem todos bitolados em "meu filhinho é um santo". Compreendo que muitos pais e mães colaboram com essa causa ao ocuparem o tempo de contato com exigências mil e improdutivas, assim, quando surgem pais dispostos de verdade eles colocaram a barreira protetora anti-pais/mães e pronto, adeus parceria escola/pais. Detalhe: isso sim já é um velho estereótipo, quase um arquétipo. Só falta ser aceita como verdade universal irreversível. Isso me preocupa. Para mim, profissionais da área de educação devem ter vocação, tem que sair do âmago - e do útero - para surtir efeito com a habilitação e qualificação técnica profissional. Em vez disso, haja gente que não sabe-se e/ou conhece-se a ponto de ter bom senso e ver onde se adequa. Isso, sim, é um grande obstáculo.
O problema passa a existir quando esse obstáculo se encontra de frente com um Pedro Henrique... se não houver essa caracteristicazinha pessoal acoplada, integrada, natural, oriunda do DNA do profissional, empaca e vira um embate desgastante. Problema 2: quando o desgaste impera a razão evapora... os transtornos se acumulam e não se dá vazão, se carrega nas tintas a ponto de nada que Pedro, neste caso em específico faça, está a contento e não há abertura mental para receber dados atuais... a imagem recortada é que fica colada na íris e não se vê a paisagem mudando... fora que joga a tal da "culpa" em qualquer um, desde que sua não aceitação se volte, então, bingo!, vamos descontar na criança e nos pais da criança, que é mais fácil, afinal, mães leoas são tidas como descontroladas. Não vendo-se já em descontrole. Mãe leoa é problema quando é cega, quando não é, se prepare, ela sabe agir e cuidado, entra a mutação mãe jacaré e mãe coruja... ah, e outras mães, também, que seriam deselegantes em serem citadas... Mas, como existem mães leoas inteligentes e capazes de desenvolver uma linha de raciocínio focada no BOM desenvolvimento do filho - assim: eu sei e vejo quem meu filho é, inclusive o pedaço dele descrito pela escola, mas, vejo mais... fora que vejo o que ele tem em potencial e as surpresas. Pois sim, o problema 3 começa a aparecer: as reuniões ficam mais tensas, do tipo "por que usam tantas máscaras, essa equipe pedagógica?".
Você devem perguntar: e por que deixou terminar o ano? Por conta dele. Elas não enxergam que ele gosta de lá e, tirá-lo seria um recomeço desgastante para ele, uma nova adaptação em uma nova escola... E ele tem um apoio tanto da nossa parte quanto da psi dele de como lidar com isso. Concluímos que seria melhor persistir e tentar, do tipo "dar uma chande de ver acontecer". Não aconteceu. Não dentro das limitações e exigências deles, mas, acontece um monte de outras coisas e de outro jeito. Muito tempo foi perdido por manterem a visão no "o que falta" em vez de se permitirem ver "o que tem" e, daí, desenvolver um algo mais mais direcionado. Isso incomoda. Problema 4: falha de clareza na comunicação, falta de transparência no que é comunicado - se já é um desafio e tanto lidar com a falta de clareza, imagina com a falta de transparência...? e, a própria, falha de comunicação efetiva. Problema/Solução Geral: reunião amanhã, com essa equipe e em busca de manter o foco na "solução", que é o meu objetivo geral e específico. Bom, a mãe leoa tem que trocar idéias com a mãe coruja para que o ego humano e o orgulho ferido de ser humano que não suporta ver injustiça com qualquer um, imagina quando esse qualquer um não é qualquer um é o seu filho! Minha intensão, hoje, já é apenas me focar em "o quê fazer por Pedro Henrique" e levar os dados concretos dos reflexos de sua melhora e seu desenvolvimento, além da sua relação com o aprendizado do seu jeito.
Bom, ser mãe leoa não é o problema... os "problemas" são os seres problemáticos que deveríam se voltar a si e admitirem, bem como suas falhas - sem medo de culpa ou de ter essa falha como um fracasso... não deveríam agir assim... deveríam, sim, reunir forças e se abrirem mesmo, com gás, para fazer o melhor a cada dia! - de que não cumpriram com a parte que lhes cabia. Elas se fecharam no estigma em vez de se abrirem para as reais possibilidades e, como sempre falo, olhar mais para "o que tem" e, a partir daí, sim, ver "o que falta" e como agir. Essa troca era o que chamávamos de parceria, onde a parte mais interessada somos nós - os pais - e nós, sim, fizemos e cumprimos com cada COMBINADO e elas? A parceria, este ano, não foi firmada e muitas "culpas" jorraram e muitos medos emergiram e muito mal entendido tomou espaço e uma bola de neve começou a rolar e o freio daremos nós, amanhã, com todo amor que tenho por meu filho mas, com toda capacidade pessoal de separar "o que é" do "que não é", ao contrário do que elas vêm fazendo e recusando-se a aceitar a melhora no comportamento - penso que esperavam um milagre, que passasse de um menino agitado de uma hora para outra para um menino estático... e o gradativo perde importância, diante da imponência perigosa da bola de neve gigante. Viu, como falo, estigmatizar é um perigo... ainda mais uma mãe. Ainda mais uma mãe na prática como eu, que de perfeita tenho nada, mas de aprendiz da vida e discípula do tempo, tenho muito. É, querer jogar para os pais em vez de assumir que não houve a troca e sim lacunas abertas. Mas, como fizemos mais e além do que COMBINAMOS - como se fala, nós corremos por fora - afinal, para nós a escola é apenas uma parte da rotina do meu filho e não o todo. Uma parte de suma importância mas a sua importância é a que lhe cabe e não excede a nossa. Não se trata de guerra ou medição de forças, se trata de ver claramente que a escola está fechada e fechada num canto complicado e perigoso... como profissional - penso que esquecem que mães leoas também são mães formigas e trabalham, têm suas expertises e suas vivências - isso tudo além do pessoal - e são capazes de observar e levantar hipóteses também... ainda mais uma mãe leoa como eu que tenho experiência em educação, em Comunicação e aprendendo psicologia organizacional... e, ainda assim, reconheço minhas limitações e vejo quais são "eu me sabotando para não ir além" e sei bem quais são: fora do meu perfil, mesmo. Portanto, assim, meu empenho é na melhora de Peu. O problema 5 está aí: elas esqueceram de Peu... elas só se lembram da imagem criada e não atualizada... Outros agregados são o medo em reconhecer que fez pouco caso e preferem carregar e manter a postura de "culpa dos pais" e da "mãe leoa" e com isso, terem suas imagens titulares abaladas.
Gente, é um perigo lidar com profissionais com títulos e mais títulos e pouca capacidade, sem vocação e sem BOA VONTADE. Como me disse uma amiga, "uma coordenação boa é aquela que suja a calça de tinta e se abaixa para ver e ouvir a criança e, dali mesmo, deixa claro quem é quem e os patamares 'hierárquicos' estabelecidos no olhar" - quem me ensinou isso foi você, Natali Costa e você, Thais Ceo - com afeto sincero, apesar de se estabelecer a distância profissional, sem distanciamento.
Nosso objetivo principal é nosso filho e seu progresso. Não estou preocupada em provar que ele está melhorando aqui e ali para ninguém, não se trata de uma sessão judicial, de um tribunal. O único crime é o do descaso, da falta de proximidade com a franqueza e do "chega junto" que tivemos ano passado, com Aninha e Dora a frente de maneira espetacular. Este ano, está difícil... apenas lá dentro, porque de fora, medidas estão sendo tomadas e parados nós não ficamos. Se fosse uma mãe leoa cega estava de braços cruzados criando um estigma diferente para meu filho em vez de vê-lo, aceitá-lo e agir. Francamente, essa novela, agora, está no final. Para mim foi um aprendizado ímpar, principalmente na questão de como me dirigir e emitir o que penso, em vez de agir como agia, de peito aberto e às claras, agora, estabeleço em mim um foco e um tempo. Não estou interessada em fazer parte desse jogo de empurra, porque eu, leoa ocupada, tenho mais o que fazer com a minha vida e tenho minha mente tranquila e cabeça erguida, fora que tenho toda a razão... não fui eu quem comeu mosca e nada fez... aliás, eu comi, porque ao escolher "persistir", elas deram um tom que, hoje, sinto que foi mais uma insistência, mesmo, no erro evidente... mas, escolhi manter e levar até o fim.
A semana começa com muito agito e fortes emoções! Começa com reunião em prol de uma melhora e eu luto por essa melhora, sim. Luto porque eu sei que todo mundo é mais do que aparenta e que devemos ter olhos abertos e corações livres para que a mente possa agir com maior precisão. E sorte que tenho esse perfil leoa, senão, ele estaria com sérios problemas e ninguém saberia. Quem primeiro percebeu que meu filho precisava aprender a lidar com seu temperamento e suas emoções fui eu, apenas não tinha condições para custear uma psicoterapia. Ano passado, diante de um caso agravado com a perda do meu bebê - que ele chamava de "meu irmãozinho" - ele ficou mais agressivo e isso sim, fez com que mesmo sem condições, esta fosse feita. Sempre tem um momento para começar. Fui eu quem foi pedir indicação à escola de algum psi parceiro da escola e foram eles que me indicaram a pessoa/profissional certa, chamada Suely Lobo.
Portanto, mães na prática amigas, essa semana promete fortes emoções! Leoa sabe rugir e defender bem o seu espaço... eu sei me comportar muito bem em reuniões, bem como sou mediadora nata, além de adorar resolver problemas, mas, os delas estão apenas começando quando se depararem consigo... o meu está em fase de solução porque, agora, encontramos mais um ponto, um novo caminho... estamos desenrolando o fio de ariadne - com um pouco de tentativa-e-erro, também, já que seguimos em frente. Na vida só temos o empirismo, até mesmo para se começar uma ciência. E, olha, maternidade deveria ser uma ciência... a ciência das ciências. É uma universidade intermultipluridisciplinar.
Pois é! Pois é! Pois é... O diferente incomoda... ele está sempre mexendo. Existem diferentes que só incomodam, esse, coitados, não vêem sentido na vida e passam a incomodar o outro por não ter sentimento de vida própria... Vou parar por aqui, senão, o veneno destila e já era... Mas, não esperem por "chumbo grosso", sou inteligente e capaz demais para me permitir perder o foco e limitar minha visão. Vou exercitar o que me proponho, porque é isso que está sendo posto em prova: um processo de crescimento em prol da melhoria!
Eu sou MÃE! Uma mãe entre muitas MÃES NA PRÁTICA. Cego é quele que não vê. E profissional cego e obtuso são os que não conseguem ver por conta da cegueira da má vontade e da arrogância de se colocar acima do que se é e dos outros. Se leoa fosse cega, não era rainha da selva!
E, outra coisa, plageando Quintana: "...Elas passarão... Eu passarinho!".
Saudações maternais,
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