Mostrando postagens com marcador COEXISTÊNCIA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador COEXISTÊNCIA. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 1 de maio de 2012

APRENDENDO COM PEPEU - HORA E LUGAR PARA TUDO

Obrigada, "Mister Maker", Peu te adora e você, com sua arte, tem me ajudado a liberar o artista que existe nele e, assim, ele canaliza a energia dele, sem correr tanto.


Uma vez, uma pessoa me disse: "deixa Peu que ele se vira. Pode deixar que ele é assim, elétrico, mas, sabe exatamente o que quer... Veja ele; aprenda com ele a lidar com ele...". 


Na hora, como ele estava correndo para lá e para cá, sem parar, eu fiquei agoniada. Estávamos na casa dela e ele correndo. Ela me fala, ainda: "ele é criança e a gente precisa respeitar cada criança como ela é. Se ele gosta e precisa correr, deixa e vê o que é que ele quer com isso...". O mais legal foi um arremate que ela fez: "o problema é que muitos adultos esqueceram que foram criança e querem uma criança engessada, parada e obediente, como um cão adestrado e chamam isso de educação...". Não quero com isso - e nem foi o que ela disse ou quis dizer - legitimar algumas atitudes de Peu - por ser criança e meu filho - que requer uma intervenção mais firme e uma imposição de limite e deixá-lo solto para fazer o que quiser... ele é uma criança. Destemido, inteligente, esperto... mas, criança. Que fique claro: ela se referia a mania dos adultos de não quererm escutar o barulho que uma criança faz; o falar alto de uma hora para outra; o rir e gargalhar inocentes; o fantasiar e agir como seu herói favorito... Lógico que tem hora para tudo e isso a  criança precisa entender. Entretanto, como eles podem entender algo que os adultos não colocam em prática? Se tem hora e lugar para tudo, por que quando alguns pais/mães chegam em casa, cansados do trabalho, esquecem que agora é hora de estar em casa e com os filhos? Fora quando levamos as crianças para os lugares para adultos e exigimos deles um comportamento de príncipe.

Sabe aquela reunião entre amigos, onde é só para adultos? Não tem com quem deixar o filho, melhor evitar, a não ser que sejam amigos mesmo, entendam e queiram tanto sua presença que adaptam a reunião para criar um clima e um ambiente para a criança. Do que adianta a gente querer levar o filho para lugares que não têm espaço para brincar e exigir deles que se comportem como um adulto e, pior, entendam que é seu espaço? Criança pede limite, mas, a gente tem mania de dar limitações. 

Eu, por não saber lidar com o temperamento de Peu, deixei de frenquentar muitos lugares para a idade dele. Parece que os pais/mães estavam mais dispostos a julgar do que a ajudar. Seus filhos eram santos e os dos outros, crianças mal educadas. Eu procuro ver Peu como ele é, mesmo não sabendo lidar com isso muito bem, eu sei quem ele é, não fico dizendo que o filho de A, B ou C é assim ou assado para fazer com que o meu pareça ser melhor. Tem uma mãe que conheço que o filho dela é um poço de "sonsidão". Era uma criança como outra qualquer, mas, a mãe tanto fez que o menino está insuportável. Ele é criança, corre, grita e brinca. Mas, cada grito que ele dá, a mãe diz: "que coisa feia, você está aprendendo isso com fulando, né? Só pode. Você não gritava assim ...". Mas, quando o menino começa a gritar, berrar e babar de raiva por não querer ninguém perto dele e só querer o parque para ele e já ter empurrado algumas crianças menores dos brinquedos alto, ela finge que nem vê. Pois, chegou ao ponto dele quebrar uns brinquedos - coisa de criança curiosa que desmonta e depois quer montar - e disse que ele havia quebrado e ela diz e manda ele repetir: "você não fez isso nada, foi algum coleguinha seu, não foi não? Você não é de quebrar nada...". O detalhe é que o menino - imitando naturalmente o pai - adora mexer com ferramentas, acha que está consertando e seus brinquedos são, na maioria, resultados desse trabalho: tudo quebrado aos nossos olhos, mas, consertados, aos dele. Agora, o menino aprendeu a mentir e inventar. Ele quebra e diz que foi a primeira criança próximo dele. E ela prefere acreditar. Hoje, ele tem 4 anos e já age assim com muita naturalidade. Isso é nem se  ver, quanto mais ver o próprio filho. Se lidar com a natureza, o temperamento e a formação do indivíduo e social já é um trabalho, imagina incrementando desse jeito?

Eu, por  muito tempo, culpava o meu marido, meu sogro, minha sogra, minha cunhada, a avó do meu marido e todos que percebia as características nele, por Peu ser agitado, teimoso e desobediente. Isso era cômodo para mim: alegar a natureza dele, tudo isso com o agravante dele ter a minha língua solta, pavio curto e minha capacidade de expressar bem e bem argumentar, faz dele uma coisa que eu acreditava não ter solução. Entender que Pedro é como ele é e que estabelecer limite a ele, justamente por ter essa natureza, é duplamente complicado e trabalhoso tem surtido mais efeito. Eu, antes, reclamava com ele e alimentava esses pensamentos de condenar os outros. Hoje, não reclamo com ele brigando com meus pareceres sobre essas pessoas, eu entendi que não preciso brigar com os outros em Peu, apenas, ensinar para ele que ele precisa canalizar esse gás e essa teimosia dele para o bem. Comecei a mudar, aos poucos. Não adiantava apenas impor. Era preciso fazê-lo refletir sobre. É preciso que eu entenda isso. Sempre tive o hábito de conversar com ele, entretanto, por trás de cada conversa, ia o que eu não falava, mas, sentia: a raiva pelos que condeno por terem as características que Peu herdou - o que mais me incomoda é que essas são as pessoas que mais falam dele... tipo "macaco não olha para o rabo", sabe?! -. Quando percebi isso em minha ações, percebi que eu não estava sendo nem imparcial, muito menos honesta com meu filho - nem comigo. Eu precisava conversar com ele sobre ele e suas ações, não sobre as ações dos outros. Minha mãe me dizia: "não fala isso na frente dele, porque ele vai achar que está certo e pode ficar com raiva dos parentes...". Minha indignação era minha para com aquelas pessoas e, quando via em Peu a presença de cada um deles, era com eles o meu embate. Raiva ele nunca ficou, mas, agia, na frente dessas pessoas, como essas pessoas. Era impressionante. Na casa da bisavó - a avó do meu marido - ele era a teimosia em forma de gente, tal qual a bisa. Com meu sogro, a eletricidade e aceleração tipo "the flash", tal qual meu sogro. Via que eu estava era reforçando essa imagem nele e isso estava comprometendo o comportamento dele. Foi fácil e de uma hora para outra enxergar essa minha falha enorme? Nada. Todo dia é um esforço novo. Tive que observar e avaliar o tempo que cada um consegue manter na presença de Peu - porque o oposto acontecia, também, essas pessoas, diante de suas imagens refletidas, ficavam tão incomodadas com a presença de Peu que demonstravam um stress iminente. Era o "time" de cair fora. Essas pessoas não têm a menor consciência de agirem assim e não cabe a mim fazer trabalho terapêutico com eles, primeiro por eu não ser profissional da área e segundo, porque eu não teria como dar suporte. A mim cabe administrar isso. Como? De tempo em tempo, durante uma tempo planejado e determinado entre eu e meu marido, levamos Peu ao convívio com eles, na hora do "go", levantamos, começamos a criar o clima de despedida e seguimos. Se estou certa, errada ou sei lá o quê, eu não sei e  ninguém tem como afirmar, afinal, tudo está envolvido com muito mais coisas. Faço o que está ao meu alcance e deixar que vejam que Peu tem suas características próprias, ainda que composto por partes de cada um, ele é ele. E assim, vão vendo Peu. Assim como eu precisei ver Peu.

A melhora se apresenta aos poucos. Não de maneira exata: mudei aqui, ele responde aqui. Não. As mudanças vêm gradativamente, em situações diversas. Inclusive, nos diálogos dele com os "filhos" dele. Transparece nas histórias que ele cria e pede que depois eu repita para ele. Está nas histórias que ele escolhe e pede para ler e repetir e repetir e repetir. Está na escolha do filmes, que, hoje, escolhe os mais educativos, por ele mesmo. Ele gosta de arte e os programas de arte são os preferidos. Vi que, nos momentos em casa, como não tenho babá e nem toda hora dá para descer com ele, premitir que tenha os momentos de criação ajudam a dar vazão à sua energia acumulada e que precisa ser gasta. Libero papel pela casa, cola, tesoura e lápis de todos os tipos e todas as cores do quarto dele até a sala e na varanda, desde que, assim que termine, junte o lixo e jogue no lixo; guarde o que não vai mais usar. Para isso, a gente arrumou o quarto e dispôs cada categoria de brinquedo numa caixa organizadora - já fazia isso com ele desde pequeno, mas, agora, ele interage mais e mostra entender a importância de procurar e saber onde encontrar - juntos. Certo dia, uma dessas pessoas enxeridas, chegou aqui em casa e viu aquele monte de papel espalhado - e, confesso, para deixar eu tive que me trabalhar, porque eu odeio bagunça, mas, se é a fase dele, aquela bagunça é funcional e tem as condições de depois colocar tudo de volta em seu lugar, eu preciso deixar e deixar com o coração aberto e entendimento - me disse: "ave maria, que menino bagunceiro" - como se a casa dela fosse organizada... se ela não sabe organizar a própria cabeça, imaginem a casa e a bagunça que o filho faz e ela prefere dizer que aquilo não é bagunça... - e eu disse: "Não. Ele é artista. Esse é o momento arte dele. Depois, a gente arruma tudo, porque tem hora para tudo nesse lar.". E é verdade. Lógico que como criança elétrica, esse processo é mais trabalhoso, tenho que lembrar que combinamos e, em alguns casos, ser bastante incisiva. No geral, entramos numa missão de arrumar tudo e vira brincadeira. Agora, é a fase dele com o pai. Bom, confesso que fico louca, mas, tenho que deixar, porque os dois bagunceiros juntos se batem muito para arrumar, mas, estão aprendendo a se entender. Espero que antes d´eu enlouquecer... (risos). Está sendo mais legal aprender com Peu. Entendi que eu não preciso ser mandona para estabelecer o limite. Minhas ações e como conduzo a educação dele é que falam. Precisei/preciso aprender a todo instante: vendo como os que trazem características parecidas agem e como as pessoas ao redor lidam com isso; observando as atitudes do meu marido e minha cunhada e a relação deles com os pais; observando como os meus pais agiram com meu temperamento e dos meus irmãos; como meus pais são; como outras mães e pais lidam com os próprios filhos; escutando o que me dizem e diluindo o pré-julgamento, antes que eu pense no que eles querem dizer, em vez de escutar o que estão dizendo; observo os que falam comigo como agem entre si, os seus e com seus filhos... enfim, estou sempre ponderando. Lógico que isso tem um preço e que cansa. Não fico em alerta e tensa demais, apenas, faz parte da minha natureza ter essa capacidade de observar e ponderar. Para mim isso não é esforço. O esforço em mim consiste em ter consciência do que coloco em prática. Têm coisas que realmente eu ainda não consigo. Têm horas que estou exausta. Eu não sou só a mãe de Pedro, nem a esposa que precisa permitir e orientar seu marido a saber lidar com o filho... eu sou uma pessoa, gente, de carne e osso. 

O bom é que estou tendo a oportunidade de aprender muito mais sobre mim, aprendendo a respeitar o pequeno indivíduo em formação em minha frente. Não estou afirmando que filho sirva para isso. Pelo amor de Deus! Para depois um bando de mulher sair parindo por aí e colocar no mundo crianças com essa missão... Não foi para isso que quis ter meu filho. A gente precisa se cuidar - como vamos ao médico e fazemos exames para monitorar nossa saúde física - com ou sem filho. Senão, bastaria ser mãe para evoluir... E quantas mães conhecemos que são mais crianças que os filhos? Eu estou aproveitando a oportunidade de crescer na Vida e isso me faz passar isso para o meu filho. Todo mundo sai ganhando. Essa troca virtual, aqui no universo virtual materno, tem ajudado bastante. Quem me conhece na prática sabe que o que escrevo aqui é o que estabeleço em minha vida prática. Por isso: mães na prática. Porque na prática, a teoria é outra.

Tudo é aprendizado diário, inclusive ser mãe.

Este é o nosso mês de homenagem, porque todo dia é dia de índio, de negro, de branco, de homem, de mulher, de criança, de adulto, de pais, de filhos... de todo mundo! Todo dia é dia de começar. Portanto, mães, aproveitemos para captar essa onda de bons pensamentos e mudemos nossos padrões de pensamentos castradores de nós mesmos e sejamos mais leves, deixando essa mensagem para os nossos pequenos. Quem sabe assim, possmos colaborar com uma melhora significativa nesse mundo de meu Deus! 

VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO! Começando por cada uma de nós!

Saudações maternais,

Pat Lins.

PS - Não sou partidária de deixar a criança na frente da TV o dia inteiro. Há de se ter hora para tudo. Nós temos uma rotina e a TV, os jogos eletrônicos e o computador têm hora e espaço, também.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

SER MÃE É PADECER NO PARAÍSO

Olha, de todas as máximas que tentam descrever o que é SER MÃE, esta é a que consegue resumir sem suprimir: SER MÃE É PADECER NO PARAÍSO.

Se, hoje, lutamos por uma m(p)aternidade consciente, comecemos sabendo que ser mãe não pinta o mundo de rosa ou azul, como o quarto do bebê. Toda beleza consiste em compreender que vamos viver uma realidade diferente, apesar de tão disseminada e comum: a realidade do nosso mundo pessoa, mulher, profissional, esposa... coexistindo com o mundo supremo MÃE e com o(s) mundo(s) do(s) filho(s). Poucas mães da geração anterior se permitem informar que a maternidade é tão difícil e desafiadora como qualquer outra novidade. Que como tudo que é novo, assusta e traz suas condições. Diferente de qualquer outra escolha - sim, os filhos do "descuido" e do "acaso" também são escolhas... quem não usa preservativo ou algum método contraceptivo já está fazendo uma escolha - que façamos na vida, a maternidade não tem volta... não é permitido arrependimento - e, bem verdade, nem cabe se arrepender - e assumir parte responsabilidade da evolução de um novo ser é praticamente nossa obrigação. Entretanto, todos os pontos maravilhosos e mágicos vêm juntos no pacote, onde aprender a amar, antes mesmo de conhecer, nos guia sempre.

Após o nascimento da mãe, o acoplamento dos mundos gera abalos fortíssimos, mas, é nesse momento que aprendemos que di(poli)cotomia passa a ser nosso primeiro nome e essa condição irá nos reger por toda a vida. A gente entende o que quer dizer "viver o aqui e agora" a todo momento. A gente começa a ser capaz de ver uma linha tênue, porém real e significativa, de que existe uma enorme diferença entre ser e parecer; entre teoria e prática. E vê que real e imaginário são sinônimos, porque o mundo passa a ser regido pelo universo lúdico - e, muitas vezes, depois que eles crescem, a gente esquece de entrar numa nova realidade, que nos coloca em nosso próprio lugar... que é quando estaremos ao lado deles para sempre, mas, eles precisam seguir, assim como nós seguimos.

 A gente se cansa, sim. Se aborrece, sim. Perde o controle, sim. Mas, quando a gente deixa isso tudo passar, a maior parte do tempo é iluminada pela presença de uma semente germinando a cada dia, bem diante dos nossos olhos e, por mais que esteja fora de nós, temos a capacidade de sentir o bater dos seus corações, como se fosse em nossos peitos. Podemos sentir escorrer as lágrimas que ainda nem desceram, como se saíssem dos nossos olhos. Podemos rir com suas gargalhadas, sentindo o vibrar de sua alegria. Um filho é o maior tesouro que podemos ter, mesmo não sendo propriedade nossa...


E é por isso que ser mãe é padecer no paraíso, porque a gente ri de angústia e medo, chora de alegria e emoção, mas, também, a gente ri com muita alegria, chora de dor, teme e sente tudo ao mesmo tempo e só outra mãe, por mais diferente que seja, é capaz de saber do que estamos falando. A gente padece porque as dificuldades não deixam de existir e a realidade não vira uma mar calmo e tranquilo, com dias de sol ameno e noites fresquinhas todos os dias... Infelizmente, as portas precisam ser trancadas; nem todas as contas conseguem ser pagas; nem sempre sobra dinheiro para aquele passeio tão desejado; nem todos conseguem realizar o sonho da casa própria - e muitos vivem em condições periclitantes -; nem todo dia é sábado; os contratempos continuam; as cobranças não diminuem; as diferenças e divergências nas convivências diárias ainda precisam ser administradas; comida não pula do fogão pronta; a casa não aparece arrumada sozinha; as roupas só saem da máquina de quem tem; o ferro precisa de uma mão humana para estar por cima das roupas; os brinquedos espalhados precisam ser reorganizados; estabelecer limite e disciplina é papel chato, mas, cabe a mãe - e aos pais, também...; os intrometidos não deixam de existir; febres surgem quando estamos exaustas; dentes incomodam para nascer; dentes incomodam depois que nascem... a lista é interminável de fatores que colaboram e estimulam e dos que são verdadeiros obstáculos constantes e, muitos, quase intransponíveis. Mesmo assim, só sendo mãe para saber o prazer que dá superar cada um desses desafios. Cada mãe ao seu jeito. Cada mãe com sua história de vida. Mas, todas as mães com um órgão anexo ao coração que consegue ser mais importante e vital do que ele, que é a presença desse(s) pequeno(s) ser(er) em nossas vidas.


O paraíso é quando a gente deixa passar todas as intempéries e consegue curtir. Sentar no chão e jogar aquele joguinho chaaaatttoooo, mas, que para ver um olhinho brilhando e entretido com tanta devoção e felicidade por nos ter ali, a gente senta, joga e ainda se diverte.

 
Padecer no paraíso é isso: nascer e desfalecer todos os dias; dia após dia; todos os dias do ano; durante toda a vida! A gente passa a entender um pouco mais o que significa vida porque ela passa a ser mais intensa e cheia de emoções - de todos os tipos... risos - para sempre! 


A gente carrega tanta expectativa, que quando eles nascem, nossa, sonhamos com aquele que vai descobrir a cura para todos os males... Na verdade, muitas vezes, a gente espera que eles sejam quem não fomos... A gente não deixa de ser complexa, caracteristcazinha infame de nós, seres humanos, porque nos tornamos mães. Não é a criptônita que irá nos destruir, é a realidade - se a gente deixar, claro - e a verdade de sabermos que não somos super, mas, precisamos ser supers.

A gente aprende com eles mesmos, a melhor maneira de cuidar deles, de nos doarmos... mesmo que entre em conflito com nossa realidade. Levamos um tempo de ajuste. Algumas mães mais rápido, outras, com um pouco mais de tempo. Cada uma tem seu ritmo, sua história de vida, seus anseios, suas frustrações, complexos, virtudes, valores...; cada criança tem seu temperamento... Uma lição que poucas de nós apreende é a do respeito às diferenças... mas, isso, é questão de cada pessoa... a gente é obrigada a mudar, porque nossa vida muda por completo. A gente nasce outra vez. Recomeça e reaprende com a nova realidade. Crescemos com nossos babies. Mas, continuamos sendo quem já éramos. Quando a gente conseguir educar com equilíbrio e harmonia, aí sim, poderemos dizer que alcançamos a plenitude e a perfeição. Porque ser mãe é o caminho para o paraíso! Detalhe, o caminho a caminho e caminhando dia-a-dia.

Como tudo na vida, a gente vai viver vários lados... mas, sendo mãe, tem uma coisa indescritível que faz tudo parecer diferente. E quando a gente consegue fazer esse "parecer", ser, a gente alcança o verdadeiro nirvana, que, muitas vezes, podemos chamar de paraíso! E, é nesse momento que as cores explodem e tudo que estava cinza passa a mostrar seu lado encantador. O paraíso a gente constrói, como qualquer escolha que fazemos em sermos felizes, independente de qualquer coisa. O paraíso é a superação. Aliás, a pós superação! Afinal, o que é fácil nessa vida? E ser mãe, é sempre uma nova história para começar!

Saudações maternais,

Pat Lins.

domingo, 13 de junho de 2010

O CASAL APÓS O NASCIMENTO DOS "PAIS"

Mais um econtro do Grupo Mãe e Muito Mais, lá no MUSEU "FOR THE CHILDREN", desta vez, refletindo sobre o "nascimento" dos pais.

Tema muito importante para o despertar da m(p)aternidade consciente - ou, pós-consciente... risos. A gente sempre vai em busca de temas sobre "a mulher após o nascimento do filho" e afins. Mas, o casal em si, também sofre abalos, mudanças.

O texto de Nádia, em seu blog MÃE E MUITO MAIS, toca no assunto, uma síntese da palestra e da importância desses encontros, com muita propriedade, tato e verdade. Vale muito a pena dar uma lida. Em clima de Dia dos Namorados, Copa do Mundo e São João, o encontro se dividiu em várias instâncias - que aconteciam paralela e simultaneamente - risos. A palestra ficou por conta da Psicóloga Fátima Santa Rosa, que conduziu a reflexão sobre "o casal após o nascimento dos pais" e, logo em seguida, o forró pé-de-serra "comeu no centro", onde aconteceu nosso lanche junino e ainda teve espaço para os bate-papos e brincadeiras com as crianças.

Um ponto abordado e que me chamou muita atenção, sendo é muito bem colocado por Nádia - criadora e coordenadora do encontro - foi que:

 "quando nasce um filho soma-se ao casal, ao homem e a mulher, um outro 'casal' o pai e a mãe! Esse novo 'casal', o pai e a mãe, já nasce com uma carga de expectativa maior que tem a ver com as nossas relações familiares, a nossa ancestralidade, os nossos próprios pais e o que vivenciamos como filhos. E, então, o casal precisa renovar-se, amadurecer, reler os próprios pais, apaixonar-se de novo dentro dessa nova realidade ou confrontar-se com o próprio limite. (...) Na verdade, eu acho que a missão de criar um ser humano é complexa demais para duas pessoas! Os pais estão à frente dessa missão, mas precisamos estar em comunidade para suportar e realizar bem essa responsabilidade. Acho que parte do problema de sermos pais hoje é que estamos muito sozinhos, isolados, 'ilhados' na nossa m(p)aternidade individualista! Os casais precisam dessa privacidade, mas os pais precisam de comunidade e, na medida que aprendemos a equilibrar essas duas realidades, nos tornamos mais inteiros."
A questão do equilíbrio deve ser o norte para todas as nossas ações. Somos seres individuais, mas, não precisamos ser individualistas; somos seres sociais, mas, isso não nos dá o direito de invadir, pura e simplesmente, o espaço do outro; precisamos nos conhecer muito, para conhecer o outro e conhecer o outro para nos aproximarmos mais de nós mesmos! Precisamos estabelecer e compreender melhor os conceitos que erramos tanto na prática.
Alguns pais e suas crias 

Depois que nasce um filho, a gente aprende é coisa. Pena que poucos de nós tenha a capacidade maior de apreender com a lição diária da construção e desenvolvimento de um novo indivíduo - o filho - a partir da referência prática de um indíduo duplo - os pais. Nossa responsabilidade é saber gerenciar isso e administrar o EU, o NÓS, o NOSSO, o DELE, os NOSSOS... é saber ter e dar espaço e ainda ter um espaço maior e mais constante de coexistência - já viu que eu amo essa palavra, né?! - risos - e o que ela representa na prática, também.

A gente muda, mesmo. A gente muda sozinho, junto... Solteiro, casado, com ou sem filho... mas, mudar com os filhos, dá um sabor especial. Só experimentando essa prática para saber. Só sendo para compreender nossos pais, avós e etc e entender que eles, assim como a gente, também precisaram passar por tantos ajustes, após nosso nascimento. Nossos pais também nasceram depois da gente. E não é fácil, pelo contrário, como todo nosso caminho e opção, é complexo demais! E desafiador. O futuro, a gente cai na real que é no agora, no hoje, no presente a cada instante.

Nós perdemos um pouco a individualidade pessoal, o espaço do casal e passamos a viver a realidade do filho, crescendo com ele. Só com muito amor para entender isso e saber que é verdade!

Nau, mais uma vez, obrigada pela experiência de dividirmos e nos apoiarmos uns aos outros, todo mês.

"Saudações maternais",

Pat Lins.

PS - para quem quiser conhecer o museu para crianças, basta clicar no link aqui ao lado. Ele funciona de terça a sexta - grupos agendados, como escolas; sábado para o público em geral e domingos para festas e eventos diversos.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails