Mais um econtro do Grupo Mãe e Muito Mais, lá no MUSEU "FOR THE CHILDREN", desta vez, refletindo sobre o "nascimento" dos pais.
Tema muito importante para o despertar da m(p)aternidade consciente - ou, pós-consciente... risos. A gente sempre vai em busca de temas sobre "a mulher após o nascimento do filho" e afins. Mas, o casal em si, também sofre abalos, mudanças.
O texto de Nádia, em seu blog MÃE E MUITO MAIS, toca no assunto, uma síntese da palestra e da importância desses encontros, com muita propriedade, tato e verdade. Vale muito a pena dar uma lida. Em clima de Dia dos Namorados, Copa do Mundo e São João, o encontro se dividiu em várias instâncias - que aconteciam paralela e simultaneamente - risos. A palestra ficou por conta da Psicóloga Fátima Santa Rosa, que conduziu a reflexão sobre "o casal após o nascimento dos pais" e, logo em seguida, o forró pé-de-serra "comeu no centro", onde aconteceu nosso lanche junino e ainda teve espaço para os bate-papos e brincadeiras com as crianças.
Um ponto abordado e que me chamou muita atenção, sendo é muito bem colocado por Nádia - criadora e coordenadora do encontro - foi que:
"quando nasce um filho soma-se ao casal, ao homem e a mulher, um outro 'casal' o pai e a mãe! Esse novo 'casal', o pai e a mãe, já nasce com uma carga de expectativa maior que tem a ver com as nossas relações familiares, a nossa ancestralidade, os nossos próprios pais e o que vivenciamos como filhos. E, então, o casal precisa renovar-se, amadurecer, reler os próprios pais, apaixonar-se de novo dentro dessa nova realidade ou confrontar-se com o próprio limite. (...) Na verdade, eu acho que a missão de criar um ser humano é complexa demais para duas pessoas! Os pais estão à frente dessa missão, mas precisamos estar em comunidade para suportar e realizar bem essa responsabilidade. Acho que parte do problema de sermos pais hoje é que estamos muito sozinhos, isolados, 'ilhados' na nossa m(p)aternidade individualista! Os casais precisam dessa privacidade, mas os pais precisam de comunidade e, na medida que aprendemos a equilibrar essas duas realidades, nos tornamos mais inteiros."
A questão do equilíbrio deve ser o norte para todas as nossas ações. Somos seres individuais, mas, não precisamos ser individualistas; somos seres sociais, mas, isso não nos dá o direito de invadir, pura e simplesmente, o espaço do outro; precisamos nos conhecer muito, para conhecer o outro e conhecer o outro para nos aproximarmos mais de nós mesmos! Precisamos estabelecer e compreender melhor os conceitos que erramos tanto na prática.
Alguns pais e suas crias
Depois que nasce um filho, a gente aprende é coisa. Pena que poucos de nós tenha a capacidade maior de apreender com a lição diária da construção e desenvolvimento de um novo indivíduo - o filho - a partir da referência prática de um indíduo duplo - os pais. Nossa responsabilidade é saber gerenciar isso e administrar o EU, o NÓS, o NOSSO, o DELE, os NOSSOS... é saber ter e dar espaço e ainda ter um espaço maior e mais constante de coexistência - já viu que eu amo essa palavra, né?! - risos - e o que ela representa na prática, também.
A gente muda, mesmo. A gente muda sozinho, junto... Solteiro, casado, com ou sem filho... mas, mudar com os filhos, dá um sabor especial. Só experimentando essa prática para saber. Só sendo para compreender nossos pais, avós e etc e entender que eles, assim como a gente, também precisaram passar por tantos ajustes, após nosso nascimento. Nossos pais também nasceram depois da gente. E não é fácil, pelo contrário, como todo nosso caminho e opção, é complexo demais! E desafiador. O futuro, a gente cai na real que é no agora, no hoje, no presente a cada instante.
Nós perdemos um pouco a individualidade pessoal, o espaço do casal e passamos a viver a realidade do filho, crescendo com ele. Só com muito amor para entender isso e saber que é verdade!
Nau, mais uma vez, obrigada pela experiência de dividirmos e nos apoiarmos uns aos outros, todo mês.
"Saudações maternais",
Pat Lins.
PS - para quem quiser conhecer o museu para crianças, basta clicar no link aqui ao lado. Ele funciona de terça a sexta - grupos agendados, como escolas; sábado para o público em geral e domingos para festas e eventos diversos.
Pat, agradeço de coração a sua presença no grupo e as suas palavras sempre carinhosas! Adorei o post! Essa foto da parede do Museu está show!
ResponderExcluirEu queria ter aquela coragem e lucidez sua do blog "A Dor só doi enquanto está doendo" pra traduzir o CAOS que se estabelece no casamento após o "nascimento" dos pais! rsrsrsrsr
Bjos!
Nádia
Nau, obrigada a você, por esse grupo! Para mim, aquela parede diz muita coisa - risos - por isso, precisei fotografá-la.
ResponderExcluirOlha, coragem sim, porque me exponho, né?! Quanto a lucidez, é minha maneira de buscá-la... me escrevendo e me lendo, para ir me ajustando. Você disse tudo: se estabelece um verdadeiro CAOS, por mais amor que haja entre o casal, o "nascimento" dos pais vem como uma grande onda. Penso que somos muito propensos ao egoísmo e, por isso, a necessidade de poder, de ter o outro... isso não combina com a minha maneira de ser e viver em casal, nem em qualquer relação afetiva, social, familiar... e mesmo assim, tanta coisa implodiu e explodiu em minha vida individual, pessoal, amorosa, social, profissional... rs Escrever no blog traduz a minha necessidade de ordenar minhas idéias e me livrar delas, construindo em cima delas. Tipo um soro antiofídico, que é tirado do próprio veneno da cobra... rs
Beijos, Pat.