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terça-feira, 6 de setembro de 2011

"MÃE, O MAL TAMBÉM SABE FAZER CARINHO..." - Pedro assistindo "Cordunda de Notre Dame"

 

Criança sempre nos surpreende. Peu sempre foi muito elétrico e era/é difícil para mim lidar com isso, porque ele nunca cansa e eu, canso... Já nem vou repetir que ainda tem o cansaço das cobranças externas, porque, finalmente, aos poucos, estou começando a saber como lidar com isso EM MIM. 

Mas, não foi para falar do que já falo aqui repetidas vezes que sentei para registrar esse momento. É que, como ele está crescendo, nossa relação melhora a cada dia. E, não sei se o fato d´eu aceitá-lo como é - elétrico, mesmo - ajuda ou o fato dele estar crescendo a eletricidade vai diminuindo... Elocubrações a parte, é fato que ele vem melhorando, mas, a esperteza cresce, também. Já haviam me dito - duas psicólogas - que ele tem uma capacidade cognitiva de uma criança com o dobro da idade dele. Bom, isso não tem a ver com inteligência... Inteligente, todo ser humano é, só que esquece isso no decorrer do crescimento cronológico... Inteligência, para mim, é a capacidade de discernimento do que é, do que o que não é e aplicação, na prática, do que sabemos o quê, como e quando dever ser feito. Enfim, não era para falar sobre, isso, também... Retomando a capacidade cognitiva, a percepção dele vem ficando cada vez mais aguçada. E, como todo filho, ele tráz muita característica genética, muita característica própria e muita característica desenvolvida e apreendia no meio onde vive, ou seja, o ser humano já nasce na complexidade dos outros seres ao seu redor... Essa falta de consciência dos adultos é que faz com que os novatos - os bebês - cresçam por repetição de complexidade... Eles até insistem em nos lembrar o que é importante para educá-los, mas, a gente já está num grau de cegueira tão elevado que só o esforço em querer enxregar já dói e muitos de nós para no primeiro desafio. Parando, também, a possibilidade de resgate pessoal e de outro tipo de construção para a criança. 

Mas, sim, Peu está numa fase ainda melhor para "troca" de idéias. Ele sempre quis trocar, mas, era tanta informação de vez que seu corpinho não dava conta. Agora, mais articulado, ele consegue falar e fazer muito do que a cabecinha manda. Bom, com relação às emoções, tem a vida inteira para aprender e praticar. Impossível eu passar para meu filho um manual de algo que nem eu, adulta, tem domínio e que nenhum adulto ou idoso o tenha... temos até o final da vida para descobrirmos tanta coisa em nós. Ainda assim, não conheceremos tudo. Daí eu já diminuo a culpa em 90% - risos. Voltando: além das histórias que ele adora ouvir - seja de livros, seja as que criamos juntos, com um tema que vem na cabeça dele na hora e desenvolvemos -, curtimos muito incenar e assistir filmes juntos. E é bárbaro! Ontem, mesmo, ele que raramente para para assitir a TV aberta - normalmente, assiste mais DVD ou canal de desenho animado - , estava falando comigo: "chora, neném..." Por causa da propaganda, onde a mulher vê seu time ganhando e o do marido perdendo... Pois, fomos locar alguns DVD´s, como costumanos fazer. Ele viu e pediu o "Corcunda de Notre Dame", mas, era o 2 e ele falou: "se tem esse dois, aqui, tem um antes..." Como estava locado, ele propôs na locadora - risos: "vou levar esse e, na volta, vocês guardem o 1 para mim, viu?" . Quando fomos locar novos filmes, ele viu o 1 e pegou: "Olha, mãe! É esse que vem antes?" Imagino que, como o 1 não tem o algarismo 1, ele ficou na dúvida... Assistiu com muita atenção e concentração. Parecia buscar relação com o que aconteceu no 2. Muito lindo! O mais legal foi quando ele me chamou para ver uma cena que estava "pausada". Sentei e fui ver. Ele me disse: "Você tá vendo, mãe? O mal também sabe fazer carinho..." - se referindo a Frollo, o arquidiácono da Catedral de Notre Dame, que criou Quasimodo, um bebê cigano que Frollo matou os pais. Bom, Frollo matava em nome de Deus e da Igreja, mas, na verdade, estava tomado pela ilusão de que "tudo podia", já que tinha o "poder". Enfim, ele aprisiona o pequeno Quasimodo na catedral e o ensina que "lá fora" só tem gente má... Daí, Quasimodo, o corcunda de Notre Dame, que toca divinamente os sinos daquela catedral, sente-se "tentado" a conhecer mais e ir além das portas e janelas, ele sente necessidade de fazer parte da vida "lá fora" e, com isso, Frollo o deixa sofrer graves situações, sem ajudá-lo... depois, vai ter uma conversa com um Quasimodo grato pela "proteção" que o sarcástico Frollo lhe dava e magoado com as pessoas "lá de fora" e, nessa cena, Frollo coloca as mãos nas costas do corcunda e começa a conversar e fazer o jovem se sentir culpado por ter desejado viver além daquele "santuário", como lhe é colocado por toda a vida. Percebi sua dúvida e disse: "Filho, o mal gosta de enganar. Aquilo que ele faz não é carinho, é apenas um toque. Um carinho vem daqui, do coração e sai até as pontas dos dedos. Por isso você gosta dos meus carinhos, porque vão com todo meu amor, para você, pelo meu toque...". Ele me deu um sorriso tão lindo e seus olhinhos traziam um brilho tão "brilhante" - essa redundância era nacessária... - que eu vi que ele havia entendido a diferença. Daí, associei a tal capacidade cognitiva avançada que ele tem... Mas, depois, constatei que não, que se tratava da transparência em nossa relação. Na troca de olhares, não vi apenas um menino esperto e sagaz, mas, um indivíduo sensível e que confia tanto na mãe a ponto de dizer, num simples olhar que acredita e entende o que falo para ele, porque falo com meu coração. Vi ali uma parte de mim se manifestando. Como se fossemos um, apenas. Um entendimento tão lindo e perfeito que não se faziam mais necessárias palavras, apenas, era. O tal do "verbo", que quando é, é.

Pedro e eu temo trocado muitas lições. E, por mais que seja traquina e desobediente, que eu perca as "estribeiras" com ele, que me desgaste, que canse e peça socorro a Deus para ter forças e sabedoria para responder seus eternos "Por quê? ... E se?", de um questionamento inesgotável e insaciável, de uma profunda e sedenta vontade de saber, nós temos uma relação forte e de confiança sólida. Naquela troca de olhares, eu vi isso, vi o quanto sou o porto-seguro dele. Daí, me veio a mente as duas vezes que ele teve - suponho eu - pesadelo e me gritou: "Mãeeee!" Correndo para o meu colo, no escuro e se jogando por cima de mim e me abraçando aos soluções, apenas me abraçando. Quando eu perguntei o que havia acontecido, ele apenas me dizia:"Nada, mãe. Já passou. Posso dormir abraçado com você?". Essa confiança, essa base, essa troca é resultado não só do meu amor, mas, do cuidado, mesmo na época das minhas crises de DPP que ele vivenciou, em ser franca e honesta com ele. Isso me fez ser e querer sempre ser coerente no que falo e faço, nem que seja afirmar para ele que tenho minhas dificuldades e não sei de tudo, mas, posson produrar saber, sempre. 

Penso que tudo isso fez com que ele entendesse que o mal também sabe fazer carinho. Mas, o que me veio depois é que, se todos nós temos a essência boa e viemos para fazer o bem, o carinho sincero pode ser a arma contra o mal. Só o amor constrói os caminhos do bem! Veja que ele nem quetionou o fato de o corcunda ser "feio" e deformado... ele só via que Quasi - como Peu já chama - era uma pessoa boa e Frollo, todo bem vestido e falando bem, era uma pessoa "má". Ou, uma pessoa que não sabia mais o que era o "bem".

Muita cosia pode ser apreendida através dos símbolos. Isso, com as crianças, é ainda mais forte. Então, precisamos de muito cuidado em nossas ações, porque elas trazem as verdades que estão dentro de cada um de nós!

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 13 de julho de 2010

SER MÃE É... SABER ERRAR... - manifesto pelas mães II


SER MÃE É... SABER ERRAR...

Será que a gente sabe disso, na prática?

Por mais que tentemos ser supers, não somos! Por mais que acreditemos poder resolver tudo... não, não podemos!

A gente não pode evitar que nossos filhos adoeçam - e isso não significa que não sejam saudáveis e fortes, bem alimentados e cuidados -, porque, eles adoecem. E isso não é erro, nem culpa nossa.

Vamos "errar"  tentando acertar muitas vezes. Nem me refiro aos críticos de plantão, esses, sempre "estão" com a "razão" e "certos", portanto, a gente não precisa deles, mesmo eles acreditando que são de suma importância... - Eles, provavelmente, tiveram algum problema na educação e não aprenderam o que quer dizer RESPEITO... Eles, muitas vezes, somos nós... - Falo de nossa auto-exigência.

Será que nossos filhos "concordam" com a maneira como os educamos? Será que existe UMA maneira certa, ou A maneira certa? Existe o CERTO? Me questiono muito isso. Mas, existe o MELHOR que podemos fazer e é o que a gente pode fazer.

Sempre há quem acredite, piamente, que deu a educação mais perfeita para os filhos. Até eles crescerem e dizerem: "não, não foi... eu não gostava de... e hoje, posso fazer o que quero...". Isso deve ser uma bomba para qualquer mãe/pai! Mas, cabe a cada uma de nós compreender que a educação que recebemos foi a que puderam nos dar. A educação que passamos é a que podemos e temos em nós, em nossos valores, em nossas crenças... como referência de CERTA.

Uma amiga me disse - e ela, para mim, é uma referência de pessoas, viu?! - que tem consciência que "erra" e muito com os filhos - eu, cá entre nós, não acredito... mas, quem vai saber disso, são os filhos dela... não eu -, porque a gente já erra muito como ser humano, como mãe, a gente erra muito mais e, como ela me disse: "porque não erraíamos?". Ela falou para os filhos: "quando vocês crescerem, o que não gostarem de como os eduquei, joguem no lixo e andem para a frente... " - risos. E é verdade. Eles crescem, como nós crescemos. Vão tocar suas vidas, como nós tocamos. Aí, sim, por "melhor" que tenha sido a educação esmerada que demos, caberá a eles "julgar" se foi CERTA ou ERRADA... Julgar é uma  palavra muito pesada, talvez, colocar na balança... avaliar...

Enfim, cada um traz em si sua essência única. Talvez, a maneira como eu eduque meu filho não case perfeitamente com a essência dele... Entretanto, como MÃE e RESPONSÁVEL, EU preciso tomar decisões e fazer escolhas. Quem vai me dizer o "quê" e "como" fazer? EU. Apenas eu. Ninguém pode tomar essa decisão por mim - mesmo que tentem, que se "metam", dêem pitacos, críticas, sugestões... - apenas EU.

Mas, será que, na prática, é fácil para a gente - MÃE - admitir que ERRA com o filho? Não, não é. Será que temos consciência de que erramos ou onde erramos? Não é simples assim. Educar um filho é muito complexo, apesar de perfeitamente natural e possível. O que eu comecei a reletir foi que, se eu sei que vou errar - se já não estiver errando -, o mínimo que posso fazer é ser HONESTA comigo e com meu filho. Outra coisa, o que vem a ser CONSCIÊNCIA DE QUE ESTÁ ERRANDO? Não sei se existe isso. Talvez, no âmbito mental, teórico, filosófico... a gente possa abrir a boca e argumentar, mas, na prática, na nossa vivência diária, isso é possível?

A gente não sabe acertar com a gente mesmo sempre, imagine com um filho, que por maior e mais forte o amor que nos una, é outro ser?!

Responda, rapida  e sinceramente:

- QUAL O MELHOR HORÁRIO PARA A CRIANÇA DORMIR?
- FAZ BEM DORMIR A TARDE?
- MELHOR HORÁRIO PARA ESCOLA: MANHÃ, TARDE OU NOITE?
- QUAL A MELHOR, MAIS PERFEITA E MAIS COMPLETA ALIMENTAÇÃO?
- COMO FAZER O FILHO COMER TUDO E GOSTAR DO QUE COME?
- QUAL O MELHOR HORÁRIO PARA O BANHO? QUANTAS VEZES AO DIA?
- QUAL O MELHOR SABONETE? COM OU SEM PERFUME?
- QUAL A MELHOR EDUCAÇÃO FORMAL? QUAL MELHOR ESCOLA?
- MELHOR BABÁ, CRECHE OU CASA DA AVÓ?
- MÃE PODE TRABALHAR NA RUA OU MELHOR SER DONA DE CASA E MÃE?
- COLOCAR EM ALGUM ESPORTE: NATAÇÃO, KARATÊ, CAPOEIRA, FUTEBOL, BALÉ...
- AI, E O REFORÇO ESCOLAR? BANCA, KUMON...
- COMO DIVIDIR O TEMPO DA CRIANÇA PARA QUE ELA "APRENDA" E SEJA CRIANÇA?
- COMO NÃO SOBRECARREGAR MEU FILHO E MANTÊ-LO ESTIMULADO?
- COMO ESTIMULAR SEM SOBRECARREGAR?
- É MELHOR SEGUIR A VOZ DA CIÊNCIA, DA INTUIÇÃO OU O QUE "DIZIA MINHA AVÓ"?
- MINHA INTUIÇÃO É NEUTRA OU INFLUENCIADA POR TUDO EM MIM - INTERNA E EXTERNAMENTE????
- O QUE MINHA AVÓ FALA(VA) É EXPERIÊNCIA DELA OU ACHISMO?
- A CIÊNCIA, CADA HORA DESCOBRE UMA COISA NOVA, QUE CONTRADIZ A OUTRA E TODAS COEXISTEM... COMO SABER O QUE OUVIR E SEGUIR????? ...

Essas perguntas são infinitas e constantes. Responder cada uma requer uma habilidade acima do normal. Tanta coisa influencia, interfere, modela... cultura, religião, meio social, situação econômica, ambiente familiar... arquétipos, estereótipos, conceitos, preconceitos, tabus, medos, traumas, frustrações... buracos... expectativas...

Quando pontuamos um problema, parece que ele é único e fato isolado. Quando nos permitimos olhar de um panorama geral, a gente vê é o todo. Como equilibrar e lidar da melhor maneira com TUDO AO MESMO TEMPO, como é na vida de qualquer pessoa? Por isso que é tão fácil falar e tão complexo agir! - deve ser por isso que tanta gente fala do outro... para não se ocupar consigo... - risos.


Será que ser mãe é ter resposta para tudo e todas as infindáveis perguntas? Alguém é capaz disso? Interessante é que a gente pode estourar diante de tanta pressão, mas, a gente não surta o tempo inteiro. Porque, olha, vou te contar, é muta coisa que mãe administra, viu?! E, apesar de tantos entraves naturais, artificiais, mistos e sintéticos - risos - a gente sabe e sente o que é AMAR! Errando, acertando, gritando, chorando, cantando, sorrindo, brincando... a gente AMA esses pequenos notáveis. Qualquer "perda", falta, ausência, problema... é nada para eles, tudo é superável - até eles crescerem, assim como nós... Por que deixamos essa lição tão linda passar? A gente cresce e tudo desaba a todo instante. Como recuperar esse bom senso e leveza da infância para evoluirmos e crescermos como gente?

Quantas vezes tapamos nossos "vazios" com eles? E, quantas vezes temos real consciência disso? À medida que conseguimos enxergar com clareza e sem culpa, aí, sim, a gente pode mudar o rumo e retomar o caminho. E, para isso, HONESTIDADE E RESPEITO, sempre.


SER MÃE É... FAZER O MELHOR QUE SE PODE FAZER, PENSANDO NO MELHOR PARA O FILHO, MESMO QUE, NO FUTURO PRÓXIMO, ELE OPTE POR JOGAR TUDO NO LIXO - risos -  E SEGUIR EM FRENTE. E nós? Ao lado deles, sempre!

SER MÃE É SABER ACERTAR, MESMO ERRANDO!




Saudações maternais,

Pat Lins.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

EU TINHA UMA WEBCAM, UM MICROFONE... HOJE, EM COMPENSAÇÃO, EU TENHO PEU...

Peu com 9 meses

Este post é um daqueles pots que parecem "nada a ver"... risos. Mas, para mim, diz muito, porque na prática, a gente esquece muitas vezes de ver o lado bom de tudo.

Estava conversando com um grande amigo e irmão por opção, Marquinhos, tentando remarcar uma reunião, por não ter quem ficasse com Peu. Como os outros integrantes do projeto não podiam remarcar e, se protelássemos, correria o risco de "debandar", a reunião ficou marcada e eu participarei através de "vídeo conferência". Chique, né?! Coisas boas que a tecnologia nos permite. A gente vai, mesmo não estando - kkkkkkk.

Detalhe: após solução encontrada, novo problema surge... Eis que eu não me recordava que a webcam está quebrada, o microfone fora babado e, portanto, inutilizado... e me lembrei que havia perdido dois celulares, um armário de banheiro, feches das janelas, o pc por pouco não pifou... Ops! Isso não vem ao caso... ou vem? Talvez. O autor das minhas novelas "era uma vez... eu tinha" é meu filhote amado.

Pois é, antes eu tinha tudo em ordem - quando eu era pequena eu tinha, mas, precisava esconder de minha irmã para continuar tendo, qualquer coisa, porque ela tinha a mania de quebrar, perder, destruir... - e vi que é minha sina! Em compensação, hoje eu "tenho" Peu, que não me deixa faltar nada, só a paciência e a razão - risos. Ele não me deixa faltar alegria, motivo para querer ser melhor... Me falta um monte de coisa, na verdade, mas, ele me faz sentir que já tenho TUDO que preciso: eu mesma.

Só ele tem a capacidade de me fazer entrar em desespero com suas traquinagens intermináveis, mantendo minha taxa de estresse sempre elevada e sem pausa para recuperação, o que causa em mim um descontrole natural e diminuição na capacidade de ser algo próximo de "normal" - risos - e, ainda assim, só ele consegue me fazer rir, tempos depois, do que antes era motivo de reclamação, cenho franzido e voz "grossa" - como ele descreve. Ele me ensinou o que é amar de verdade. Sem fingir, sem máscaras. Amar através dos desgaste do dia-a-dia, de toda fúria pela perda de controle da situação... amar, amar e amar. Muita gente estranha, porque vivo chamando a atenção dele - lógico, mãe também precisa exercer o papel chato de "regrar", dar limites, reclamações... - para quem está de fora, fica o julgamento; para quem está por dentro, o necessário e o que eu, mãe/pessoa, posso e sei fazer; para Peu, mamãe reclamando de novo; para mim, Peu aprontando de novo; para nós dois, situação pontual - ou, situações pontuais, após sequência desvairada... risos -; para nós dois, passado o tempo de chamar a atenção, tempo de dar carinho, sentar no chão e brincar de carrinhos, bolas, montar... criar... a gente se entrega a plenitude em tudo. É, só a gente se entende. E, na prática, para quê mais alguém entender?

minha vidinha: te aaammmooo!!!

Mãe e filho é isso, um binômio eterno regado a dicotomias intermináveis. Mas, guiados e protegidos pelo amor que só essa dupla - ou trio, quarteto... - sabe tirar proveito!

Pois é, eu tinha um monte de coisa que ele quebrou aprontando das suas, mas, tenho outro monte de coisa em mim que só ele é capaz de me fazer lembrar e enxergar. O material se compra, quando der, mas, o que já existe... JÁ EXISTE e está em cada uma de nós: um ser, SER MÃE.

Na prática, eu sou uma mãe na prática como toda mãe, que tinha uma vida e hoje tem duas, pelo menos.

Saudações maternais,





Pat Lins.

domingo, 30 de maio de 2010

PULSEIRINHAS DO SEXO - ALERTA PARA MÃES, PAIS E FAMÍLIA DESAVISADOS


Estava eu lendo o blog de uma colega, da época do curso de radialismo, TEM QUE SER AGORA?, e vi esse assunto lá colocado. Fazia tempo que queria falar sobre o tema, mas, ia deixando passar, já que, dentro de minha realidade, não convivo com jovens tão imaturos e inconsequentes, desse jeito. Porém, vi, um menino, que não passava de 10 anos de idade, perguntando a outro jovem onde comprar mais daquelas pulseiras pretas... A jovem com a qual ele interagia - e eu, mãe, tia, amiga, vizinha... cidadã, pessoa... fiquei "de butuca"... sim, era da minha conta. Ele era morador do condomínio onde mora minha mãe e onde residem crianças e jovens de diversas idades, incluindo minha sobrinha e volta e meia meu filho e seus amigos... onde muitos pais, mães e/ou responsáveis ignoram o que fazem seus filhos, alegando uma "confiança" fundamentada no vago da incredibilidade de que "seu filho" fosse capaz de fazer algo errado...- vasculho alguns orkuts desses jovens e as mães ignoram as comunidades das quais fazem parte. Meninas de 9 anos, inscritas como maiores de 18 e fazendo parte de comunidade pornográficas, com apelos sexuais fortíssimos e "baixo-astral", e as mães nem se dão o mínimo trabalho de olhar. Os filhos se fazem de vítma, falam com voz infantil, quase beirando o "tati bi tati" e os adulto - mães, pais, avós... responsáveis em geral... - caem e não se dão o benefício da dúvida, afinal, confiam tanto na educação que dão que esquecem que criança tem arte.

Pois sim, o menino de 10 anos, foi alertado sobre o teor da pulseira, e falou: "eu quero assim mesmo!" E a jovem interlocutora, parecia ser possuidora de bom senso, afirmou que não sabia onde vendia e que não fazia parte desse círculo de jovens "desmiolados". O pequeno guri saiu injuriado... pelo visto, estava "na seca"... risos.

Isso me fez pensar, em que mundo nossos filhos estão crescendo.Aliás, nós, atuais adultos, também crescemos em mundos diversos... Conhecendo, interagindo e convivendo com colegas, amiguinhos(as), vizinhos... gente. Urge a necessidade  de nos doarmos às nossas crianças, fazendo um trabalho de base honesto, sincero e cercado de amor e informação. Não falo em ficarmos bobos/bobas e sucumbirmos à ingenuidade descabida, afinal, os "lobos maus" continuam a espreita, esperando por jovens "espertos" e "sagazes" que se acham tão "maduros" e "safos", que caem fácil, fácil na teia na própria arrogância e se atropelam em si pela necessidade de auto-afirmação... sendo presas fáceis e vítmas de um orgulho inundado de querer ser mais velho do que é... Qual jovem não tem essa sede de ser "adulto" antes da hora e viver aquele mundo de possibilidades que os adultos vivem? Qual jovem não alimenta essa fantasia?

Não, não precisamos nos tornar neuróticos, desconfiados... precisamos estar alerta, confiar em nossos jovens, mas, CONHECÊ-LOS, também, em todas as suas variações! Eu sempre vivi muito próximo aos jovens, é um mundo que me agrada sempre. Sei o que é ser jovem, porque já fui uma e nunca tive medo de ser careta - e nunca fui - mas, mantinha minha postura firme. Nunca precisei "encher a cara" para fazer parte de grupo algum. Nunca precisei provar droga alguma, nem curiosidade tinha. Sempre fui alegre, muito bem relacionada e aceita. Porque eu me aceitava. Minha educação contribuiu muito nesse aspecto. Aqui, no Mães na Prática, falo como mãe e como filha, também. Porque, na prática, a gente vive a vida "lá fora", em contato com diversas pessoas, diversos mundos! E, quantas vezes, além dos limites familiares, queremos ser "algo" mais, para chamar atenção? Sei que existe a característica pessoal, né, "pau que nasce torto" é torto até o fim... Mas, uma educação honesta, dá uma oportunidade para esse "pau torto" assumir que assim o é. Eu acredito numa educação honesta, sim. Onde a gente assume que é falho, mas, que tem mais experiência de vida e que sabemos que não poderemos impedir nossos filhos de andarem nas ruas, viverem o "mundo lá fora", andarem com suas próprias pernas... Sim, dá um arrepio na espinha... um frio no estômago... Além de mãe, filha, irmã, tia, prima, amiga... pessoa... conheço vários outros tipos de pessoas e seus mundos e sei que existem mundos e opiniões diferentes das minhas, consequentemente, da educação que dou ao meu filho e da qual recebi de minha mãe e meu pai... Não precisa ir longe. Apenas se dê a oportunidade de parar alguns instantes - não, não é coisa de "desocupado"... é questão de se ocupar com a realidade onde seu/nossos filhos estão inseridos - na portaria do prédio, condomínio ou afim. Pegar seu filho na escola, chegar um pouco antes e ver como eles são em outro ambiente - ou desconhece que em nosso território a gente é quem quiser ser? A gente se utiliza de personas diferentes de acordo com os meios sociais onde estamos... isso é normal, naturalíssimo. Mas, precisamos ter cuidado com as máscaras que se apropriam e exigem mais espaço do que têm... os desvios de caráter... não vou enveredar nessa seara.

Nós, pessoas, mães, pais, família, amigos... na prática, nos envolvemos com o panorana geral que raramente nos damos tempo para averiguar e enxergar um pouquinho mais, além da miopia legitimada de "acreditarmos" nas limitações da visão de que "conhecemos" nossa prole. Precisamos ver em detalhes, sim, sem censurar, nossos filhos, porque "livres" eles são emoção pura; adrenalina; são "responsáveis" por si...

Essas pulseirinhas do sexo estão em todos os níveis sociais. Parecem simples pulseira plásticas - bem parecida com as que minha geração usava, na década de 80/90, mas, que não tinham esse teor, era apenas um acessório.

Vamos nos aproximar mais de nossas crianças. Sem lição de moral... coisa mais chata é adulto que "se acha" o umbigo do mundo... Quando me refiro a honestidade é na plenitude que essa virtude carrega, em abrir espaço, em abrir caminhos, para resolver algo; antes de tudo, desarmado, entregue, presente. Vamos mostrar para nossos jovens, que nós também já fomos jovens e que, num futuro próximo, eles serão os adultos. Não é exigir uma atitude de adulto deles, mas, reforçar que o tempo passa e esse lance de geração é atemporal. Todos passamos pelas mesmas fases: infância, adolescência, puberdade, fase adulta... Mesmo que nasçam novas terminologias, as raízes são as mesmas. Todo pai, mãe, adulto responsável, acha que tem que ser sério e ríspido para "impor" respeito. Balela! Respeito se conquista, se constrói uma relação sólida e propícia. Boa parte dos adultos acham que maturidade é falar grosso e estar sempre com a razão... Bom redefinirmos nossos valores e nos abrirmos para o crescimento. A gente não precisa ser "chato" para ter "razão". A razão existe em si... Não precisa de grandes explicações.

Pois bem, vamos nos aproximar mais de nossos jovens. Vamos nos entregar à informação, à pesquisa de campo, através da pesquisa de clima e meter as caras nas ruas, onde os jovens estão. Saber como são nossos jovens sob a ótica de outras pessoas, passando pela portaria da escola, do condomínio, das mães e pais dos coleguinhas, amiguinhos, vizinhos... Interagir! Vamos nos permitir interagir com honestidade e fazer parte da vida de nossos filhos - sem queimar o filme deles, tá?! Nada de ser inconveniente e invadir espaço individual. Conhecer um filho não é entrar a força em sua vida, é fazer parte de sua vida com respeito, limite e equilíbrio. Essa fórmula não é tão simples, requer de nós muito mais auto-conhecimento e HONESTIDADE. E aí, o bicho pega! Afinal adulto que se presa é "cheio" de razão.

Vamos estabelecer o elo da confiança, da via de mão dupla na relação com os filhos, onde eles sabem que podem contar conosco, mesmo que não passemos a mão pela cabeça, dando a devida "punição" para um erro cometido. Trabalhar isso com firmeza, sem dureza e estupidez.

Na prática, o mundo é do mundo! A gente faz parte dele, levando o nosso mundo interno e interagindo com vários outros mundos.

Com relação as pulseirinhas, pergunta se eles já viram alguém usar. Vai na internet - pesquisa no "pai dos burros" da web, o Google... rs. Procura saber o que eles acham sobre o assunto? O que quer dizer cada cor? Conversa franca e abertamente. Troca idéias. Alerta para o perigo que é. A gente sabe que cada cor é um apelo sexual, mas, como toda tribo tem sua linguagem, a informação a nosso favor é ponto positivo e confiança em construção. Vamos nos dar as mãos e levar adiante esse alerta.

"Saudações maternais",






Pat Lins.

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