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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

LIÇÃO DIÁRIA: APRENDER - ENSINAR - APRENDER - ENSINAR - APRENDER...


Pois é... a gente aprende muito enquanto ensina. E ensina muito, enquanto aprende!

A vida é movimento, rigidez é morte.

É por essas e outras, que a maternidade me ensinou muito. Enquanto aprendia, também ensinava..., que a vida é um livro aberto e com folhas em branco à vontade. Caso a gente vá e perceba não é ali, temos como voltar e reescrever, sem precisar rasgar, apenas, virar a página e (re)começar.

Com criança a gente relembra que tudo é mais simples do que pensamos... o problema é que pensamos demais e em demasia excessiva - redundância necessária. E acabamos pensando tanto que nos perdemos no pensamento e no mundo imaginário, que passa a ser real.

Pat Lins - mudanças maiores, pensamentos mais profundos... aprendizados mais frequentes com ensinamentos, consequentemente.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

HOJE, COMPLETO 6 ANOS DE "MATER´N´IDADE"


Há exatos 6 anos, nasci para a maternidade. 

Me lembro do dia. Da falta de jeito. Da ansiedade. Da vontade louca de carregar meu pingo de gente no colo... Me lembro da angústia. Me lembro da frustração de não poder tê-lo tido como queria - parto normal e como algumas pessoas me cobraram por isso... Até hoje, não entendo o porquê... Mas, existe gente assim, e, hoje, após 6 anos, é que consegui começar a entender que essas pessoas precisam de auto-carinho, de auto-amor... ou amor próprio! Me lembro da calma do meu médico em me dizer: "Você vai ter seu filho e é isso que mais importa!". Me lembro da dor... Do medo... de todos os medos juntos e de vez. Me lembro dos tremores e temores. Me lembro do apoio, carinho e amor da minha família, que são meu tudo! E isso incluí meus grandes amigos! Me lembro de tudo que esqueci, naquele instante, onde tudo se tornou real. Um novo real. Me lembro do meu sorriso em lágrimas ao vê-lo, pela primeira vez e escutar o som do seu chorinho mais lindo! Me lembro da primeira mama. Daquela sensação sem explicação de poder amamentar. De dar o alimento àquele pequeno ser. Foi estranho. Estranhamente, estranho, mesmo. Sentir o leite sair e ele se saciar. Não me sabia capaz de ser capaz. De mim, jorrava aquele líquido que não existia antes e que, naquele momento saía. Me lembro da gente, naquele primeiro instante! Como eu queria te agarrar e te dizer tanta coisa, sobre o mundo que adentrava! Me lembro do seu olhar, dentro dos olhos e da enfermeira que disse: "Nossa, parece que ele está olhando minha alma!". Ali, você já dizia a que veio, e que não foi a passeio... Ali, você nos mostrou a sua marca registrada: "Ninguém que cruze meu caminho ficará estagnado!". Realmente, foi "para sacudir e abalar"!

Tive a sensação de ter colocado um mundo para fora. Pensei numa galinha, numa vaca, numa coruja, numa leoa... Pensei na sensação de cada ser vivo capaz de colocar um novo mundo, no mundo, através do seu mundo EU.

Me lembro de cada momento daquele dia, como hoje. Ops! É hoje, só que há 6 anos... De TU-DO. Tive vontade de apagar a parte ruim... os primeiros sintomas da DPP. De uma DPP que não me impediu de ser mãe. Nem me refiro aos erros. Afinal, toda mãe erra. Nem se iludam, amigas, amadas. Por melhor que sejamos e façamos, ainda assim, erros cometemos. E não só como mães, mas, como pessoas. Não tem como apagar. Foi real. Um novo real em meio àquela nova realidade. Uma realidade paralela de dor e amor. De caída e de vontade de ver aquela luzinha no fim do túnel e subir, emergir... Mas, que fim de túnel se o fim nunca chegava? Foi quando entendi que não havia fim. Havia um novo começo. Mudei o foco. Mudei o rumo. Mudou meu rumo. Mudei. Tive que mudar. Não sei dizer exatamente em quê, mas, mudei. A gente só descobre que mudou depois que muda. Quanta gente nem faz idéia do quanto tem para mudar e nem se mexe... Não se sabe, porque não se vê. Eu precisei me ver. Me vejo, Me verei.

Hoje, me vejo diferente. Me digo: "Se fosse hoje, eu agiria de outra maneira... Eu saberia e entenderia que era aquilo mesmo e que iria passar". Hoje, já passou. O tempo passou. O tempo fez tudo melhorar, mesmo aparentando ter piorado. Na vida tudo é lição. Eu aprendi isso vivendo. E vivo, cada dia!

Peu, você me trouxe um novo sentido: o sentido de entender que temos que descobrir o real sentido das nossas vidas. E que esse sentido não é apenas ser mãe. Não é o ato e fato de colocar um filho no mundo que nos torna MÃES NA PRÁTICA. É a jornada e a consciência alcançada, senão hoje, amanhã. É a descoberta de que sempre se tem algo novo a descobrir. É entender que se você exclama: "Filho, você não existe!" e ele te diz: "Mãe, você não queria ter tido filho, não, é? Você não queria uma filho? Você não me queria como filho?" você não deve repetir, ainda que lhe explique o que essa expressão quer dizer... ele não gostou. Eu repeti, tempos depois, sem perceber e ele me disse: "Mãe, se você me disser isso de novo, que eu não existo, eu sumo de sua vida!". Entendi que não tenho que me chatear e tentar explicá-lo, de novo, o que a expressão quer dizer. Ele entendeu a minha explicação, mas, deixou claro que não gosta dela... O que me cabe, não é afrontar e entrar numa de briga de ego, é respeitar aquele pequeno ser dotado de opinião própria e que merece ser levado a sério, mesmo em meio a um mundo lúdico e de fantasia.

Há seis anos, comecei a entender muito mais coisa que, só sendo mãe, para entender. Eu sei porque já fui "não mãe" e sei como a gente pensa, julga, condena e acha que sabe o que é ser... até ser, mesmo. Foi quando entendi que "só se é sendo". 

Já são 6 anos. E estamos apenas no começo. Já passamos por tanta coisa... e tantas mais por vir... Este ano foi especialmente penoso, mas, conseguimos dar o primeiro passo rumo à virada! Juntos! Ele nos mostrou que precisava muito mais de nós do que pensávamos. Nos diz, claramente, o quanto somos importantes para ele e o quanto nos ama! Isso é único! Isso é mágico! Isso é ser mãe! Isso é ser mãe de Pedro Henrique! Ele completa 6 anos de idade. Eu, 6 anos de "mater´n´idade". 

A cada dia, aprendo que a vida é feita de fases e que nenhuma delas tem um tempo cronológico e cartesiano de expectativas vãs. Fases constantes e novas. Algumas colidem, outras terminam, para novas começarem. O tempo não para! Sinto cada fase que descobrimos: desde o carregar ao nascer até o primeiro dente de leite trocado. Desde o se arrastar pelo chão, em busca de liberdade, até os passos seguros correndo solto, rumo ao desconhecido, destemido, corajoso e, acreditem, cauteloso! Custei a entender, mas, ele sabe até onde pode ir. Logico que isso não me exime a responsabilidade em estabelecer limites e estar atenta. Ele é independente, de natureza, mas, sabe que pode contar comigo! Isso é gratificante demais! Sou mãe chata e legal. Boba e boa! Sou mãe! Bruxa e fada. E vamos velejando pela vida! Aprendendo a aprender sempre e mais.

Parabéns, meu filho! Por cada avanço! Por cada lição que aprende e que nos ensina! Por ser capaz de, do seu jeito, nos - nós, adultos ao seu redor - fazer ver que nada é por acaso e que criança tem um jeito peculiar de dizer: "Ei, não é esse o caminho...Você pode fazer melhor!". Obrigada, por crescer cada dia mais lindo, por dentro e por fora. Obrigada, por me fazer entender o que quer dizer VIVER AQUI E AGORA! Se ontem agia de determinado jeito, hoje, vejo que não deveria ser bem assim, hoje mesmo começo a me vigiar, para amanhã, mudar. Tudo começa AQUI E AGORA, principalmente para as MÃES NA PRÁTICA! Que se houve um dia de sofrimento, angústia... ele não deve perdurar. Mudar não é motivo de vergonha. Manter-se estagnado o é. Seguir em frente é assumir o risco de um novo rumo, rumo à felicidade! Nem todo mundo entende. Nem todo mundo entenderá. Mas, ser feliz não requer magoar... requer apenas que aceitemos e sejamos. Essa é a luta mais legítima que conheço, hoje, na prática diária de ser mãe, que ser feliz vale a pena! Cansar é consequência natural do ser humano. Recarregar, também! Obrigada, meu Deus, por essa dádiva! Por essa oportunidade de gerar um outro ser fora e dentro de mim - Pedro e EU!

Pedro, parabéns pelos seus 6 anos!!!! Mãe te ama, filho! Quando você nasceu, um novo ser em mim nasceu, também!

E, pedindo licença a Roberto Carlos, posso resumir esses 6 anos com a frase: "SE CHOREI OU SE SORRI, O IMPORTANTE É QUE EMOÇÕES EU VIVIIII"  e vivo! E viveremos! Vamos que vamos!

Saudações maternais,

Pat Lins - mãe, na prática, a 6 lindos anos!

sábado, 7 de maio de 2011

FELIZ DIA DAS MÃES

Bom, nem precisa repetir, dia das mães é todo dia... mas, ter um dia especial é bom!

Este ano, estou duplamente feliz, mas, estou cansada, por conta dos enjôos e não consigo escrever direito. 

Mas, desejar um FELIZ DIA DAS MÃES a todas as MÃES NA PRÁTICA, porque essa prática é uma arte de se fazer e refazer em tantas funções e papéis.

Saudações maternais,

Pat Lins.

quarta-feira, 9 de março de 2011

FILMES - influenciam, mas, não são determinantes - PARTE II

Pois é, a saga do filme continua, mas, melhorou. A estratégia da negociação foi surpreendente: ele não só concordou, como entendeu e, o melhor: aceitou. Melhor que isso, só dois disso! E, sendo assim, ele voltou a pedir os filmes que antes gostava tanto, como "A Era do Gelo", "Toy Story 1, 2 e 3", "Shrek", 'Lucas, um invasor no formigueiro" e etc - se eu for listar a dvdoteca dele, não termino hoje. 

Com relação ao comportamento, normalizou. Ou seja, diminuiu o excesso do que já é excessivo. Graças a Deus, porque eu já estava esgotada e, confesso, sabe Deus de onde tirei forças, porque, minha gente, careca era só o começo dos meus problemas. 

Visitando, como de costume, os blogs amigos - tenho uma lista aqui ao lado - li um texto emocionante da Sueli, - BLOG DO DESABAFO DE MÃE - e me vi ali. Só quem tem um filho de personalidade forte e dono de si pode imaginar o que passo. Por mais que eu escute e saiba que ele não é um menino ruim, afinal, não é malvado, "só" agitado, isso não diminui em nada meu desgaste. Todo dia eu vivo tensa e pressionada. Estou sempre alerta e tenho que ser flexível e legal; e ainda rigorosa e firme; carinhosa e amorosa; mãelimite no limite. Só por um tempo, queria refresco - risos. Sabe o que é pior - ou melhor ? Eu não resisto aquele safadinho lindo. Ele é elétrico, me mata de cansaço, mas, se não fossem as críticas que dou ouvido e reverberam em minha mente, talvez, quem sabe, eu me cansasse menos. Também, quem manda ser humana e dar ouvidos ao que não deveria ser escutado, já que se sabe que quem fala apenas extravasa sua própria dor, infelicidade, fraqueza e pequenez através da tentativa de diminuir o outro para se sentir maior?! E isso me incomoda muito: mania de me ocupar com a língua dos outros. Acho que sou assim por conta de minha mama querida. Ela é do tipo de pessoa que prefere se machucar a ter que dizer a verdade a alguém. Eu vivo uma contradição: quero falar - e, quando não dá para segurar, eu falo - e me sinto péssima por magoar alguém, ainda que esse alguém tenha me magoado. Aquela história da pessoa sacana que sacaneia, provoca e ainda sai como vítma, porque soube fazer seu lobby. Meu lobby é queimado, porque eu explodo mais do que me contenho e quem provoca fala baixo, com voz mansa e incubado. Odeio falsidade. Pois sim, o que isso tem a ver com Peu? Essas pessoas e lidar com isso me desgasta tanto, nesse embate que minha resistência diminui. E eu? Preciso estar sempre em alta, para conseguir lidar com Peuzinho. 

É muito cansativo ter um filho ultra elétrico, que parece saber o que quer e só descansa quando consegue - leve o tempo que levar, ele consegue alguém que ceda... principalmente quando não está em minha frente - e tentar lidar com algo que já é desgastante por si só e ainda ter que lidar com gente desocupada e sem "setocômetro". Gente que, se estivesse em meu lugar, o que faria? Sim, porque essas pessoas são cheias de dicas, receitas, fórmulas de sucesso, "jeito", "ciência", técnica - diga-se de passagem, teoria da técnica -, de experiência - nos casos que me refiro, malsucedidas experiências, mas, como os filhos cresceram e não matam, nem roubam, acham que fizeram um bom trabalho... ainda que sejam pessoas problemáticas e difíceis, imaturas, infantis, egoístas... isso me incomoda mesmo e de verdade. Cuidar de Peu não é facil, mas, se ele é assim, eu tenho que encarar os fatos e lidar com isso. Quando consigo manter uma distância saudável - como me refiro a me afastar daquilo que me compadece, para o meu próprio bem e que não é tão bem visto pelos outros, mas, paciência para eles - eu mantenho minha taxa de resistência equilibrada e minha rotina cansativa é puxada, mas, "vivível" - risos. Infelizmente, algumas vezes essa distância saudável é quebrada e levo dias para me recuperar, até estabilizar. Bom é que cada vez que faço o esforço, assim que passa a fase crítica do estresse instalado, me sinto infinitamente melhor e mais forte e, detalhe, mais convicta de que estou certa em manter minha distancinha, viu? Sorte a minha que ainda posso e consigo fazer isso com, pelo menos, 90% dessas pessoas inconvenientes, mas, que fazem parte do ciclo social e familiar. 

Essa questão do filme, mesmo, nem todo mundo acredita e acha que é proque ele é assim mesmo. Será? Não sei, acho que sou observadora demais, minha veia crítica e exploradora da alma humana me faz ser assim, de natureza. Isso faz com que eu me abra para as possibilidades, em vez de fechá-las e visualizar tudo de um panorama mais holístico - não como as pessoas dizem que fazem, sem fazer... eu sinto a dor de quem se esforça para colocar em prática o movimento de mudança, de observação, de planejamento e de desenvolvimento de estratégias e ações. Sou, praticamente, um plano de marketing - risos. Ou, uma monografia - risos. Nem por isso, obtenho sempre êxito... O empirismo me guia e entre tentativas e erros, vou chegando lá. Como sempre me falo: quem vai saber o que é certo ou errado no que tange a educação de um filho? O que deu certo para A - quando deu certo mesmo, ou seja, a criança cresceu e se tornou um adulto equilibrado, sensato, sereno... o que não quer dizer que seja apenas mérito dos pais, mas, do ambiente, da característica pessoal, do empenho individual, das oportunidades bem aproveitadas... Complexos é o que somos - não quer dizer que vá dar certo para B, C... Z. Cada um é um. Tem uma pessoa que vive pregando essa premissa e, na hora do "vamo ver" é a primeira a já estar comparando e, cá entre nós, sem critério algum... Comparar é necessário, para que tenhamos parâmetro, mas, o que é - ou quem é - o parâmetro para comparação, mesmo? Só Jesus, mesmo. Ou Gandhy, Madre Tereza... Pessoas que abriram mão de si, por já serem tão evoluídos que não tinham mais o que crescer, apenas orientar e facilitar crescimentos.

Ai, quero vomitar minha irritação, para que essas reverberações me deixem em paz. Eu já vivo uma vida desgastante - não, eu graças a Deus não passo fome, nem sede... mas, a educação de Peu requer um ritmo em mim que não é o meu e exige um estado mental sempre alerta que, de vez em quando, pede descanso e não encontra. Tudo seria menos pesado se as pessoas se tocassem e, se querem ajudar, ajudem. Porque, muito ajuda quem não atrapalha, já dizia minha avó. Ajudar colocando mais pedra para a pessoa carregar a sadismo, né ajuda não, viu?

Meu filho é agitado, sim, mas a "culpa" não é minha. Ele é como é. Não é por falta de diálogo, nem de limite - ou tentativa de dar alguns. A educação de Peu é a longo prazo. Já percebi isso. Essa natureza geniosa dele insiste e testa meus limites, mas, eu quase sempre estou lá, segura e firme. Caio, por diversos motivos, porque, apesar de ser mãe - e todo mundo exige perfeição  sem o ser - eu sou gente e vivo outras coisas além da maternidade. Caio, por diversos fatores pessoais e íntimos. Caio como qualquer pessoa. Mas, o que mais me derruba, com relação a lidar com Peu são essas intromissões descabidas, desorientadas e sem sentido, que invadem como uma chuva ácida - não comparao com acidentes naturais, porque acidentes naturais são reações da natureza gritando socorro. A mãe natureza pede socorro para que nós, filhos, vivamos melhor e nós, filhos, somos extremamente desobedientes e impetuosos, como Peu é comigo... - e terminam por alterarem o rumo de meus afazeres, do meu ritmo... Tanta cobrança. Todo mundo devia fazer terapia. Tantas ações infantis, de adultos que não se desenvolveram e cresceram em idade, mas, não em identificar sua identidade... Tanta gente que briga por tão pouco. Tanta gente que se diminui em vez de crescer. Tanta gente que cria situações sem necessidades. Tanto malentendidos, por falta de uma coisa simples, chamada "comunicação" - falar, ouvir e entender. As pessoas têm má vontade em compreender. Em aceitar. Em respeitar. 

Difícil! Mas, vou indo, porque, como disse a própria Sueli, mãe nunca desiste. E, acabo sendo mãe de mim, porque não desisto de mim, nunca! Nem quando penso que assim o fiz.

Vou terminar aqui, senão, uma coisa puxa a outra e este post era só para dizer que educar um filho é zelar por tudo que o envolve, sabendo que não temos controle total do que eles captam, mas, temos co controle total de fazê-los entender que por mais legal que uma mãe seja, ela precisa ser respeitada e reconhecida como tal. Só para dizer que eu luto todos os dias para que meu filho cresça um homem virtuoso, de bem, mesmo que hoje ele brade com os limites, que teste os meus limites, amanhã, seja ele o que for, eu fiz o que pude, com a melhor intenção. Só para dizer a mim mesma que eu preciso recarregar e triplicar minhas forças. Só para me dizer que educar um filho é identificar os sinais - quando problemas - e se abrir para as soluções, porque não existe um única solução, mas, sim, uma que dê jeito.

Depois, talvez, volte a extravasar de novo. Afinal, na prática, somos isso: gente querendo ser melhor, mesmo sem se dar conta e sem se dar conta dos caminhos que seguimos para tal. E, no filme de nossas vidas, tudo deve ser dirigido por nós mesmos e com ajuda, sim, porque ninguém vive sozinho, mas, ajuda é uma coisa, manipulação, controle e intromissão é outra...

Saudações maternais,

Pat Lins - uma mãe na prática diária de se construir e desconstruir; num desabafo de mãe e que só coisa de mãe pode entender. E, fica a pergunta: "what mommy needs?" Afinal, somos mãe e  muito mais, não é não?! E sempre em mãetamorfose. E haja inventando com a mamãe para alegrar a filharada. Principalmente os kids indoors da vida moderna, de crianças que não dormem e vivem acesas, como se não tivessem tempo a perder. Que um dia vão virar adolescentes - e, alguns saírão dessa fase... Afinal, todas vivemos um sonho de ser mãe e, no final, toda mãe é igual! A cada mãe, mãeblogeira, bipolar ou não, aqui, meus parabéns! Fui tecendo o fio de ariadne para agradecer com este último parágrafo, a maioria dos blogs que sigo, por conta desse meu pequeno, nessa pequenópolis. Para quem não entendeu, vide a lista de blogs que sigo, porque este blog é para mães de ninas e ninos do meu coração. Minha homenagem a cada uma de vocês! Beijos!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

CRIANÇAS MAIORES E CRIANÇAS MENORES


Este post foi sugestão especial de uma amiga muuuiiiitttto querida - Catia Martins -, para começarmos bem essa troca em 2011.

Estávamos falando da relação entre crianças maiores e crianças menores. Das diferenças e de como a maioria das crianças maiores não gostam de brincar com as menores. A faixa etária que mais me chama a atenção são entre as crianças de 6, 7, 8 e 9 anos, mais ou menos, com os entre 3 e 4. Como se fosse uma necessidade de afirmar que já saíram dessa fase e, portanto, não têm mais a característica de criancinha... - risos.

Quando meu irmão caçula - hoje, já com quase 30 anos - era pequeno, os meninos maiores, nessa diferença que citei acima, o "ignoravam", ou, tentavam. Diziam que ele era "café-com-leite", só para ver se ele "parava de encher o saco, fingindo que brincavam com ele". Pior, que a gente sabe que é uma situação delicada. Cada fase tem sua característica, só que os menorzinhos precisam admirar os maiores e sentem uma vontade danada de estar com essas crianças maiores, que podem brincar como eles não podem. E como fazer para que haja equilíbrio? Deixar a criança menor ser rechaçada, aprendendo a se defender ou pedimos que os maiores - que também não têm consciência, ou maturidade, por ainda serem crianças, também - deixem a criança menor brincar um pouco? Voltando ao meu irmão, ele cresceu e passou a fazer parte desse mesmo grupo que o chutava para escanteio sempre... Como ele mesmo me disse: "depois que cresci, me vinguei..." - risos. Claro que era brincadeira, mas a "vingança" foi ver que depois dessa fase, as diferenças diminuem consideravelmente. 

Vi isso se repetir entre meus primos, os maiores queriam brincar entre eles. E, hoje, os que eram menores, são maiores que o meu pequeno e, hoje, Peu que é colocado de lado, quando lhes convêm. Sim, porque, por conveniência, eles sabem se "aproximar" de Peuzinho. Mas, Peu não conta conversa e faz seu espetáculo e, mesmo entre "bicos e resmungos", fora as caras feias, alguém o coloca no meio e ele se esbalda, seja num "playstation" - que ele nem sabe jogar direito -, seja num bate-bola, seja numa "pega-pega"... enfim, as mães dos maiores são de suma importância, nesse momento, para nós, mães dos menores - risos. O que é certo ou errado a gente não sabe. Eles - os maiores - se sentem injustiçados, não entendem, ainda, que as diferenças precisam ser respeitadas e para manter a paz, ceder um pouco ajuda. Por isso, a presença de mães mais conscientes ajuda. Nessas horas de impasse, o que mais falamos é lembrar aos maiores, que eles já forma pequenos e acontecia a mesma coisa e eles também agiam do mesmo jeito.

Sinceramente, eu não sofro ao ver isso acontecer, porque, dentro de mim rege a certeza de que daqui a alguns anos, Peu vai fazer isso com outra criança. Por mais que eu diga que a orientação que passo para ele não pé essa, parece fazer parte do "ser" criança - risos. Lógico que agirei dizendo a ele o mesmo que dizemos, hoje, aos maiores e por aí vai. Costumo dizer que quando os "assolans" chegarem - os futuros primos de Peu, que não vejo a hora de entrarem na barriga da mãe... risos - serão eles as vítmas,e, justamente, filhos do meu irmão caçula - ops! não, ele não está grávido, nem sua digníssima noiva, que tanto adoro! Mas, gosto tanta dessa cunha, que desejo muito a gravidez dela... Detalhe, bem provável que sejam gêmeos... Mas, gosto dela mesmo. Um amor de pessoa. Ticaaaaaa, amiga, amiga... risos. E aí?! Como será que ele agirá? Lembrará que passou por isso ou cobrará de Peu? Cenas dos próximos capítulos - kkkkkkkkkkk. Pelo que vejo das repetições, todos nós cairemos em cima de Peu, lembrando a ele que os "assolans" precisam da atenção do primo maior e que quando ele passou por isso, teve defesa, também. E a história continua. Mas, me refiro a diferenças de idade nessas fases, não as rixas e divergências comuns entre crianças dentro da mesma faixa. Para mim, depois dos três anos, as diferenças são muito poucas.

Bom, a vantagem é que Peu não fica muito preso a esses detalhes. Ele dá logo o jeito dele.

O mais legal é que depois eles crescem e tudo vira diversão. Passa tão rápido. Se nós, os adultos, não soubermos lidar com isso de maneira mais leve, sem entrar em atritos, sem acirrar guerras, podemos criar uma situação muito desagradável. Precisamos estar atentos a esses pequenos detalhes para ajudarmos nossos pequenos de hoje, se tornarem os adultos de amanhã, da melhor maneira possível. Não precisamos passar - já passando - nossos medos e angústias para eles. Nós precisamos nos melhorar e, naturalmente, eles aprendem que melhorar é possível.

Vamos compreender mais e, com isso, ajudar mais nossos pequenos de hoje. Alguém já parou para pensar em quanto repetimos muito do que criticamos dos nossos pais? Não necessariamente da mesma maneira, mas, o contexto. Por exemplo, minha mãe sempre foi muito zelosa e nos super-protegia - não é uma crítica, era como ela sabia agir - e isso nos bloqueou um pouco. Claro que podemos mudar, depois de adulto e donos da nossa vida. Mas, eu, por exemplo, já tive vontade de morar fora, quando mais jovem, e nunca investi nesse sonho, por temer ficar sem a proteção dela. Com Peu, acabo sendo controladora. Ela - minha mãe - era mais suave, eu, sou mais intensa. Mas, de qualquer maneira, o zelo dela era uma tipo de controle sobre nós - eu e meus irmãos - e eu, o repito em Peu. Muitas mães dizem: deixa o menino solto, o que é que pode acontecer? E me vem mil respostas na cabeça, como argumento ou como réplica... Na verdade, eu o deixo ficar solto, desde que dentro do meu ângulo de visão. Nesse caso, penso o seguinte: o juízo da criança é o adulto responsável... Ou seja, um adulto sem juízo, que responsabilidade ele tem e qual passará. para que o pequeno de hoje já comece a entender e internalizar que para tudo há uma consequência? Isso, para muitos é controle, para mim, é zelo... Viu, repito até a justificativa. Estou certa? Errada? Minha mãe, certa ou errada? Deus é quem sabe. De resto, nenhuma mãe deve julgar a outra, muito menos querer impor a sua maneira de educar como a melhor. Isso não existe. A melhor, para mim, é aquela onde passamos nosso amor, sem podar a criança e passar limite sem limitaçõe. Alguém? Alguém? Alguém tem esse equilíbrio perfeito aí? Não. Mas, com certeza, educamos nossos filhos com o amor que temos e da maneira que conseguimos. Fora que entra aí, também, um lance deveras importante: valores, ética, relações familiares, exemplos, educação social, educação acadêmica, meio social, crenças, etc. Ou seja, muita coisa. Somos infinitamente complexos, portanto, quase impossível estabelecer certos e errados. Mas, sempre existe um "bocão", descompensado e sem "sitocômetro" que insiste em estabelecer seus próprios paradigmas como um norte... E, na maioria dos casos, trata-se de alguém que a maioria das pessoas "condena"... Bom mesmo é "se tocar" e se for para ajudar, fale algo que ajude, mas, se for para se colocar como "a boa" ou "o bom", cai fora. Como exemplo, tem uma pessoa próxima a mim que vive dizendo: "deixa o menino solto, Patricia. Os meus cresceram, aí, oh, e eu, nunca deixei de curtir. Tem que deixar a criança livre..." O detalhe: quem disse que os filhos dela lá são referência para algo? Pois é, melhor não sair atirando pedra no telhado dos outros, porque todos nós temos nossas telhas de vidro. Duro é segurar a língua. Porque, se eu ceder a tentação de "jogar na cara" da pessoa as verdades que vejo do meu ângulo... vai doer. Mas, isso é bom? É nesse sentido que me esforço para ser alguém melhor? O meu "não saber ouvir" também já não denota em mim uma fraqueza que precisa ser trabalhada: mania de me preocupar com o que os outros acham?! Um "que se dane" é infantilidade, então, um "deixa para lá" casa melhor. Portanto, nós, mães mais conscientes do nosso papel e de nossas imperfeição humana, "DEIXEMOS PARA LÁ E SIGAMOS EM FRENTE", porque, literalmente, atrás - ou, ao lado - vem gente: nossos pimpolhos e pimpolhas. Na prática, só o que fica é aquilo feito de coração aberto. o resto que vá para onde tem que ir... Não, não fica bonito dizer aqui neste espaço tão legal - risosssss. Bom, as crianças crescem, né?! Ao menos, é o que se espera... Outras congelam a idade mental e só crescem a idade cronológica...

Então, deixemos que a compreensão seja algo mais forte do que a dor do sofrimento e da auto-punição. Nos libertemos em cada conflito desse. E, com relação às crianças, elas é que sabem nos conduzir. Observemos para agir. Porque, o instinto de sobrevivência permite que a criança cresça, mas, como nós queremos e o que oferecemos para que elas não seja mais um adulto "criança sobrevivente" e sim, um adulto com bons valores?

Saudações maternais e, até os próximos capítulos,

Pat Lins.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

FÉRIAS 2011 - REVIGORANTES

AQUELE ABRAÇO E NOSSOS DESEJOS DE PAZ
Pois é, estávamos de férias! Muita coisa aconteceu do meio do ano passado para cá e nada mais justo do que uns ajustes e férias para revigorar.

Peu está cada dia mais engraçado e com cada tirada que só ele mesmo. Eu, cada dia mais mãe apaixonada. Tenho aprendido muito com ele a ser alguém melhor - mesmo que isso signifique ser "pior" para algumas pessoas... rs.

Como uma mãe na prática, estou na fase de colocar em dia cada aprendizado. Dei uma parada geral aqui e em meu outro blog para me (re)ler mais e mais e, melhor, fazer uma (re)leitura aplicada.

Pedro reflete muito como sou, como me expresso e obervá-lo brincar com seus bonecos ou com seus amigos e primo e repetir muito do que falo me fez parar para reavaliar meu comportamento. Nossa relação está cada vez melhor e mais enriquecedora. Estamos construindo algo muito bacana, mesmo que, nas horas em que lhe nego algo, eu me torne a "malvada"... Mas, é em mim que ele confia e recorre quando o caldo engrossa. E, vá falar mal de mim para ele... Briga na certa. 

O amor de Peu e o meu por ele tem nos ajudado a sermos duas pessoas melhores a cada dia, mesmo que eu continue com inúmeros defeitos, como qualquer ser humano, mas, a auto-observação tem me ajudado muito. Como falei, mesmo que para algumas pessoas isso seja incompreensível... Bom, viver o hoje e o cada dia, se esforçando ao máximo para respeitar o outro como ele é, sem precisar deixar que deitem e rolem no espaço que só diz respeito a mim e a quem eu autorizar. 

É isso, em 2011, começamos com o pé direito e caminhando. Como diz Peu, imitando Buzz Lightyear - Toy Story -: "ao infinito e além!".

Em breve, volto a este cantinho tão especial e retomo nossas trocas.

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

TRAUMAS, TRAUMATIZAÇÕES, TRAUMATIZADOS, "TRAUMATIZADORES"... - COMO (NOS) LIBERTAR DESSAS DORES (?)

Apesar de vivermos na "era da informação", o cuidado como esta circula, como é elaborada e propagada é bastante preocupante. Ainda mais para nós, mães, tanto neste papel, como no papel de ser humano.

Uma "amiga" blogueira, certa vez, postou um comentário, aqui no blog, expondo esse temor, onde, por ser psicóloga, acabou criando uma "barreira" de como educar o filho. E, me peguei pensando, por ter conhecimento, muitas vezes esquecemos de que, na prática, a aplicação das informações não seguem o mesmo ritmo que desejamos...

E, como estava/estou com muito pouco tempo para me permitir mergulhar aqui, neste espaço que amo escrever meus pensamentos, para me encontrar e me organizar, acabei deixando passar o tal tempo e, hoje, me "obriguei" - no bom sentido... talvez caiba melhor, me comprometi comigo mesma - a escrever um breve esboço do que me veio em mente:

TRAUMAS, TRAUMATIZAÇÕES, TRAUMATIZADOS, "TRAUMATIZADORES"... - COMO (NOS) LIBERTAR DESSAS DORES (?)

Não existe apenas uma causa para se desendaear um trauma... E quem é o agente traumatizador? Os pais, como referência primária, carregam e são cobrados, como reais e possíveis agentes traumatizadores. A questão é que não só os pais atuais, mas, de toda a história. E o "Pai do Céu"? Será que fica feliz em ver o quanto fazemos utilizando do Seu nome????

Fui percebendo que vivemos reféns do "medo" de traumatizar, haja vista tanta informação sobre "como educar seus filhos" de inúmeros e renomados estudiosos do assunto. A ciência, como acredito, tem seu papel fundamenal, de traçar um paralelo, ou, um levantar de informações ou dados, que se repetem e, para isso, busca-se uma explicação para a origem - quando não se deseja provar a própria origem - como única maneira de se encontrar uma solução. Detalhe: como somos bilhares - ou bilhões - de pessoas nessa esfera achatada nos pólos, chamada de Terra - onde se caberia, por coerência à "realidade científica" de que existe mais água, ser chamda de Água... risos -, o que quer dizer, que não tem como algo, ou, alguma manifestação, ser originada de um único ponto... Ter como origem uma única causa. Lógico que para se tratar um problema, é preciso saber qual o problema, para, após diagnosticado, ou, prognosticado, se receitar o remédio mais adequado - mesmo assim, precisamos entender que a ciência (também) é limitada... ela é feita por nós: humanos e os remédios não são elaborados para se resolver um problema... As misturas químicas agem sobre determinado sintoma, ou seja, ele trabalha na consequencia, não na causa... O que resolve parte do problema, bem como a maneira como resolvemos os diversos problemas, em nossas vidas.

Mas, de volta a terra - ou, terra virtual... risos - sobre o tema, refleti que a descoberta de que carregamos "traumas" de infância - ou, qualquer trauma - de maneira inconsciente e que eles se manifestam na nossa consciência através de nossa maneira de agir ou reagir, me levou a ver que não temos para onde correr, a não ser nos cuidar e nos perguntar: POR QUE COSTUMO AGIR DE DETERMINADA MANEIRA? COMO FAÇO PARA COMPREENDER MELHOR A SITUAÇÃO? COMO FAÇO PARA JULGAR MENOS? COMO FAÇO PARA NÃO ME MACHUCAR COM O OUTRO?... Enfim, temos várias perguntas para nos fazermos e, nem sempre, aparecerá uma única resposta, nem virá como palavras escritas... SIMBOLOGIA. Teremos respostas em forma de signos e precisamos saber como decodificar. Essa é a questão que levanto: PODEMOS LEVANTAR AS PERGUNTAS, BUSCAR AS RESPOSTAS, ESPERÁ-LAS E, ENQUANTO O PROCESSO SE DESENCADEIA, PODEMOS IR AGINDO, COM PEQUENAS MUDANÇAS. Muitas vezes, coisas pequenas, palavras escutadas de maneira inesperada... toquem em algum conteúdo magoado e ainda em forma de ferida aberta, e a gente caia, sem saber a razão. Aliás. RAZÃO é algo muito mal empregado pela gente. A razão não é sinônimo de frieza, muito menos de ausência de emoção. Ela é uma capacidade de se refletir a maneira como a emoção funciona e tentar equilibrá-la, ou, administrá-la.

Cheguei no ponto que queria, nos dizer que sempre seremos agentes traumatizadores, que somos seres traumatizados... e, isso tudo, porque somos humanos e nunca saberemos, ao certo, o que está lá dentro, bem guradado e lá no fundinho de nossa cabeça, seja no âmbito da razão, seja no âmbito da emoção. Nós, todos e cada um de nós, não somos apenas os seres individuais, nem apenas o indivíduo em meio ao coletivo - o que nos torna um ser social, além do individual e que coexistem. Nós somos resulado do que trazemos, do que desenvolvemos, do que aprendemos, do que esperam que sejamos, do que queremos ser... Administrar isso requer habilidade que ciência alguma dá conta! Somos demanda de nós mesmos para a vida toda. E, é por isso, que venho aqui, através deste espaço - kkkkkkk, me lembrei dos abaixo-assinados que fazia na época de escola... - clamar que nos ajudemos neste aspecto: NOS CULPAR, NÃO! Chega de carregar na culpa, chega de culpar os outros! Chega! Somos capazes de fazer algo melhor. Somos capazes de usar a tão repetida RAZÃO da meneira racionalmente correta: a nosso favor, enquanto ser individual, ser coletivo e mãe! A culpa é uma consequência emocional de cobranças externas. A gente cresce em meio à cultura do medo. E, em pelna "era da informação" e, em pleno século XXI, a gente ainda trilha e reproduz a cartilha do medo e do julgamento, "em nome de Deus"! Deus quer que sejamos felizes, minha gente! Foi para isso que nos criou! E ser feliz é viver e se entregar ao movimento de ser feliz! De ser e fazer coisas boas e melhores para o bem comum, não se subjugando ou sendo subjugado pelo crivo da severidade desmedida que nos entranharam. Somos reflexo do medo e do temor a uma criação humana. Mas, não vou entrar muito por essa seara. O que quero, de fato, lembrar, aqui, é que, dentro ou fora do papel de mãe, o que caracteriza um trauma é algo não conhecido, ou seja, um mistério e que sempre vai acontecer. O que quero dizer é que a CURA é não se culpar, nem culpa o outro. A CURA é se abrir e se auto-ajudar, com pensamentos melhores, com o esforço de acender a esperança e a ação diária de se fazer uma coisinha boa aqui, outra ali... com o coração aberto e acreditar que podemos mudar o mundo. Não, não agora e imediatamente... Assim como nossos traumas  não surgiram agora e imediatamente, muito menos essa prática mais do que abusiva de julgamento e condenação da vida alheia, surgiram de uma hora para outra... Põe, por baixo, aí, milhares de anos. E olha, não cabe em uma única fase histórica... Está em todas.

Como pessoa, precisamos nos permitir a libertação das dores causadas por traumas, que, na maioria das vezes, nem sabemos que oriundam de trauma... Muitas vezes nem recordamos ou sabemos o que foi esse trauma. Como mãe, precisamos nos libertar do medo de errar com nossos filhos. NÓS VAMOS ERRAR! NÓS ERRAMOS O TEMPO INTEIRO, COM TANTA COISA... Mãe não traz a perfeição. MÃE NÃO É PERFEITA! A gente só pode fazer aquilo que está dentro da gente. Para fazer diferente - de preferência, melhor, é preciso muita busca e muito empenho e se querer melhorar, senão, só poderemos dar esse pouquinho que temos para oferecer, que está na zona do que repetimos vida afora. Eu tive a honra de conhecer uma senhora, dessas muito firmes, porém doces e suaves - o que prova de que firmeza e inflexibilidade e atitudes rudes não são sinônimos - que nasceu em meio ao holocausto e dentro de um campo de concentração. Seus pais a conceberam ali, e, ali, ela nesceu. Seus pais, muito provavelmente, foram executados, mas, ela, fora salva e adotada por um casal de norte-americanos, se não me engano. Segundo informou, era uma criança muito pequena, menos de dois anos, se não me engano. Cresceu num lar mais tranquilo, com pessoas boas e alegres. Teve "de tudo", como nos referimos quando uma criança cresce num ambiente economicamente favorável e que permite que se compre e crie um ambiente confortável. Estudou. Trabalha. Vive bem - em todos os sentidos - porque sabe administrar os percaulços. Ser feliz é ser feliz mesmo com problemas, mas, não quer dizer que tenhamos que ficar sorrindo a toa, ou, fingindo que o empecilho não exista. É encarar e ver como melhor resolver. Pois bem, ela relatou que sentia um medo e uma tristeza que não sabia de onde vinha. Com o tempo, descobriu que era trauma de infância. Tá, nem por isso se deixou abater. Sofreu e sofre as consequências, porque, aquilo que fora vivido/é não se apaga... Mas, ela detecta as recaídas ou os primeiros sintomas - ou sinais - e, não os ignora. Os abraça e se entrega ao movimento de libertação - ou, melhor: auto-libertação. Nós temos isso, do mesmo modo que ocorrem os traumas, temos o kit supera trauma. Isso não impede as manifestações das dores, mas, não podemos nos permitir a perpetuação do sofrimento.
  
Ainda temos muito o que aprender, nessa vida. Agora, que já foi descoberta o estresse pós-traumático, onde a reação/consequência, não se dá no instante, a ciência aceita que algumas ondas de estresse e seus derivados sejam consequência de algo muito anterior. Ou seja, se as gerações anteriores se "gabavam" de educar melhor os filhos, bom se auto-vasculhar aí. Não estou condenando as gerações, mas, lembrando que só podemos dar aquilo que nos permitmos e que acreditamos que só temos aquilo para dar. Impossível dar o que não tem, mesmo sabendo-se que, em algum lugar dentro de nós, tem muito mais a oferecer. Mas, existe um julgamento cruel e uma condenação forte e severa dessas gerações em conflito com a atual, de que "antigamente, não era assim..." Muita coisa não era assim antigamente, muita coisa não precisa ser assim hoje... mas, o que já foi feito, vai reverberar de alguma maneira em algum lugar. Daí a necessidade de assumirmos a responsabilidade pelo caos no mundo. Nós somos seres muito mais coletivos do que individuais, por estarmos em constantes relações sociais, mas, a subjetividade é algo a ser trabalhado individualmente, para se melhorar o coletivo.

Educar um filho é não desistir - nem de você, nem dele. Olha, eu "peno" com Peu, viu?! Ele é turrão, só quer fazer o que acha - e muitas vezes ele tem "razão" - que sabe. Falo, repito, brigo... Mas, sei que um dia ele vai entender que é minha maneira de educá-lo e de protegê-lo. A gente, às vezes, exagera, porque esquecemos que limite é proteção e carregamos no poder. E poder é ego puro. Pior, ego desequilibrado. Muita gente não entende algumas atitudes minhas e, confesso, não "perco meu tempo", tentando explicar... Tem coisas que a gente precisa fazer e não se ocupar com o que se ouve. Depois, entro no processo de compreender que a reação da pessoa foi porque ela age diferente e não sabe respeitar as opções alheias e etc. Enfim, muitas vezes estou exausta e, apesar de manter a minha postura, nessas horas de cansaço, tudo quer emergir e sair pela portinha da baixa de resistência... e acabo carregando nas tintas e na maneira como dou vazão ao que acredito - mas, tem gente que merece que a gente dê uns gritos, né, para ver se, pelo menos assim, mesmo sem consciência, pare um pouquinho... porque, oh gente invasiva, meu Deus... - pois bem, voltando a Peu, duas coisas me chamaram atenção, nesses últimos dias: 1 - estamos nos mudando - aliás, já nos mudamos, apenas em ajuste de casa nova - e isso mexe com tudo, apesar de ter a alegria da novidade motivando, a característica humana de desgaste e cansaço não mudam como chave de voltagem... - pois, nesse processo, precisei pedir água na casa da antiga vizinha - um amor de pessoa - e, ela me deu um copo de vidro. Perguntei, antes de beber, se ele queria, também, e estendi meu copo, ele falou: "não, porque esse não é de plástico".Então, me fiz de esquecida e disse: "Verdade, filho! Olha a cabeça da mamãe. Obrigada, por me lembrar." Ele simplesmente me deu um lindo sorriso e eu entendi: MANIFESTAÇÃO DA EDUCAÇÃO. Por mais que tenha que "brigar" com ele, em casa, explicando que ele ainda é pequeno para beber em copo de vidro, porque o vidro quebra e tal, só na "rua" pude ver o resultado do meu trabalho, que não é só meu, é conjunto. O fato das pessoas ao redor - ao menos algumas - além de terem essa consciência, algumas que acham bobagam não dar copo de vidro a criança, porque não se pode privar... algumas destas, também, respeitam minha conduta e colaboram isso reforça. Mas, aquilo que passamos para eles, as referências primárias, saem da gente - mães/pais - para eles. Tanto coisas boas, quanto coisas, ruins, ou, não tão boas... Isso me levou à segunda percepção: 2 - não existe uma linha rígida, muito menos única, a seguir que determine como o outro, ainda que seja um filho, vai receber o que passamos em nossas ações. Quem recebe é que "determina" se aquilo é condizente ou não.

Mesma coisa as "brincadeiras" que fazemos. Quem acha graça é quem recebe, porque, se você faz, é porque para você é engraçado. Talvez você não se incomode que brinquem com você do mesmo jeito, ou, acha que é tão melhor que pode fazer tudo... Está na hora de perceber e aceitar que o outro tem seu EU e que cada um tem seu jeito. Assim como EU, EU/VOCÊ, VOCÊ/EU, NÓS, ELES/ELAS... Tem gente que conta pidas de humor questionável e chata é a pessoa que não sabe brincar e/ou aceitar aquela brincadeira... Isso cabe aos nossos filhos, também. Minha irmã tem mania de brincar com Peu apertando, "futucando", como ele fala e ele gosta. Mas, quando ele está sonolento, que está desacelerando, ela, adulta, faz a mesma brincadeira e ele não gosta, se irrita. Não adianta avisar que ele está com sono, o que fica é que ele é "chato" e não sabe brincar...  Nos falta bom senso. Nos falta entender que tem hora para tudo, inclusive hora de parar e não se meter! Mania de nos acharmos sempre com "a" "razão". Isso, também traumatiza, mas, há garantias de que traumatize? Como Peu recebe as brincadeiras que fazemos com ele? Como ele recebe as "orientações"? Como ele recebe os "sente ali para refletir o que você fez" - logo após a explicação de que o que ele fez está "errado"? O que é ERRADO - se para ele era certo? Deixa a criança "bater cabeça" para aprender ou interfir? Até onde um limite é um l.imite e não uma limitação? Temos equilíbrio emocional e capacidade - ou maturidade - para dar uma educação pautada na harmonia dessa gama de informações, em meio a rotina diária... ? Muita gente se acha "madura" porque sabe se comportar nos lugares; não falam besteiras; mantêm a aparência de sobriedade... Muita gente confunde maturidade com aparência... Serenidade, bom senso... vai além do básico: educação formal e cordialidade, é questão coerência de desenvolvimento intelectual - tudo que aprendemos - e prática desse desenvolvimento. Quantos de nós faz isso de verdade? Se você nem exitou e gritou: "Eu", um bom começo para se trabalhar. Eu nunca saberei como meu filho recebe o que passo, porque o que vai não é só o que falo, mas, como falo, com a frequência que falo, como faço diante da mesma situação, quem sou, como sou... Engana-se quem acha que o resultado do progresso do outro cabe a nós. Isso não quer dizer para deixarmos "ao léu". Pelo amor de Deus, apenas quero dizer que importa mais a honestidade - se me permite frisar: auto - honestidade primeiro... - e o esforço diário com crescimento gradativo de se dedicar ao movimento de

DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO, a partir de cada ser individual e subjetivo, em prol do coletivo!

A nós, cabe fazer a cada dia, o melhor que pudermos fazer, não aquilo que dói menos. Só assim, com amor e consciência do que é amor, podemos nos libertar e libertar as dores dos traumas, das decepções, das cobranças e dos julgamentos! Amar e educar é muito mais que dizer: "os psicólogos dizem que tem que fazer assim..." É entender que a psicologia, como qualquer outra área do conhecimento, estuda, levanta dados, traça paralelos, reflete, identifica reações comuns... mas, como toda área do conhecimento, também redescobre a pólvora, se adapta a novas realidades, as estuda... Está sempre em evolução, mas, uma nova vertente não anula, por completo uma outra. Tudo se encaixa. Tudo está conectado. Tudo está interligado. Crescer está acima de qualquer teoria. Crescer é movimento pessoal e esforço diário. É trabalho para a vida inteira. O começo de uma novidade não é o fim de algo que já existe. Isso é que é "massa" a gente poder desenvolver nossa maneira de ser, agir e pensar dentro da diversidade, respeitando e sendo respeitado! Um dia, humanidade, chegaremos lá!

Poxa, tanto tempo sem escrever, que hoje, "perdi a mão" e nem falei tudo que queria, nem como queria... Mas, depois volto para desabafar mais e trocar idéias reais aqui no mundo virtual.

Nem todo caminho nos leva a Roma, mas, leva para outro lugar... Quem vai saber qual e melhor maneira de educar um filho? Mal sabemos nos educar... Não podemos empurrar nossos filhos para o sucesso... Precisaríamos saber o que é "sucesso" para ele... Podemos dar base de confiança e firmeza de caráter. Não podemos trilhar o caminho do outro.

Saudações maternais,

Pat Lins.

domingo, 12 de setembro de 2010

MINHA MÃE FICOU DOENTE... LEMBREI QUE ELA, TAMBÉM, É GENTE!

mamis e eu
Interessante!

Falo tanto de mim e de minha dificuldade em reestabelecer minha vida após a chegada de minha preciosidade - Pedro Henrique -... conto tanto com a ajuda de minha mãe, que, mesmo sabendo - em teoria - que ela é humana, na prática, me esquecia... Precisou ela ficar doente - virose - para eu me lembrar disso...

Foi lindo quando eu perguntei: "mãe, você estava mal assim? E viajou assim mesmo, mãe?" E ela me respondeu, daquele jeito que só ela mesma - porque eu sou um "pedaço de cavalo"... kkkk -: "...foi. Mas, foi melhor. Se eu ficasse aqui, quem ia cuidar de mim? Lá, mainha fez sopa para mim; os meninos me traziam água de coco o tempo todo..." Gente, minha mãe é GENTE, também! Eu havia, em meio ao meu egocentrismo - eu sei, tá, é humano - só queria tê-la para mim. E, o que achei lindo, é que minha avó - MÃE DE MINHA MÃE - ainda cuida da filha! Já viu lição mais linda? Mãe, minha gente, é um ser a parte, mas, também adoece, tenha a idade que tiver e, quando tem a sorte de ter a própria mãe viva, ainda é uma mãe cuidada pela própria mãe.

eu e mamis
Colo de mãe é um santo remédio. Filha ingrata, eu sou. Vou me esforçar para melhorar. Mamis já está bem, graças a Deus e a "vóvis".

Quero dedicar esse post a essa jóia rara que é minha MÃEEEEE! E dizer para ela que a amo muito. E sim, aprendo muiiitttaaa coisa com ela - exceto criticar os torcedores do Vitória, viu?! kkkkk. Deus te abençoe e proteja, sempre!






Saudações maternais,

Pat Lins.
eu e mamis

sexta-feira, 30 de julho de 2010

MÃE SEMPRE TEM CULPA POR TUDO?

Nos últimos tempos, Pedro tem se machucado muito mais... pancadas, esbarrões... E, mesmo assim, ele não para.

Bom, graças a Deus, vou começar um trabalho e terei grana para pagar uma atividade física para ele - e vou seguir a orientação super dez de meu amigo André Leitte - cito-as em "HIPERATIVIDADE OU HIPER ATIVIDADE?".

Sei que existe muita mãe/pessoa imprudente por aí - isso não vai mudar com a maternidade, só pela maternidade... só mudamos nossas características com consciência, entrega, esforço e dedicação - o que não é o meu caso. Beiro mais a neurose do zelo, do que a imprudência. Fora que tenho uma grande bússola de 3 anos e 10 meses em minha frente que se mostra como é e ele é ligado no 220 - risos.

Pois bem, eis aqui meu questionamento/desabafo: MÃE É CULPADA POR TUDO? Lógico que sei e concordo completa e plenamente, que somos responsáveis e que criança pensa que tem sapiência de tudo, mas, ainda falta aprender muito; que são indefesas; que por mais inteligentes que sejam, são CRIANÇAS. Mas, não é disso que falo. Me refiro a eterna atmosfera de crítica pela crítica - sem intensão de contribuir. Levantar uma polêmica sem propor solução. Isso é leviandade.

Olha, vou falar da minha prática, que, talvez, seja mais comum do que se pensa. Como sei que Peu é como é - já que já nasceu assim - eu redobro minha atenção. Mesmo me esforçando para "respeitar" sua individualidade, estou sempre por perto, numa "liberdade vigiada" - como sempre fez minha mãe - para, justamente, ele continuar sendo um indivíduo vivo e inteiro. Ah, mas, essa é a maior queixa contra mim e minha maior "condenação": não deixar Pedro sozinho. Os sábios ignorantes ao meu redor repetem isso insistentemente. Como já estou saturada e não sou uma florzinha de pessoa, dou uma amostra grátis: vou ao sanitário mais próximo - xiii, entreguei o ouro... risos - e peço que olhe meu tesouro - porque Peu é meu tesouro,sim. Sua eletricidade não diminui suas qualidades, muito menos, meu amor por ele - e "batata", ou a pessoa se cansa ou deixa Peu solto e prestes a se machucar... Santo Deus que já o salvou de poucas e boas - e, a mim também... - até de pular de uma varanda num primeiro andar... Como essas pessoas não têm uma capacidade de análise auto-crítica, tenho que que ser "a chata" que não confia neles - "eles", não são todos... são pessoas específicas - e, por uma questão de proteção, mantenho minha postura e me trabalho para compreender que eles são como são e eu como sou... E Peu... é como é!

Retomando minha linha de raciocínio, quando, mesmo assim, ele consegeu furar o cerco - afinal, toda criança é sagaz e inteligente - e se machucar, sou condenada - muitas vezes pelas mesmas pessoas que me culpam pela vigilância - por não ter prestado MAIS atenção. Em substituição ao "deixa o menino, Pat", vem "Pat, não pode vacilar. Olha, criança requer atenção constante...Com fulano de tal foi assim, ela virou as costas e..." É, mas, isso só acontece com o filho dos outros, porque com os de quem levanta a crítica destrutiva, os filhos nunca se machucaram...deviam viver "dopados", então. E aí, a mãe é falha e culpada. Quando iremos compreender que nem sempre o binômio "culpa/culpado" precisa existir? Que acidente já se auto-define: a-ci-den-te. Dói, machuca, a gente sofre, se preocupa, pensa horrores, entra em pânico... enfim, aquele "Deusnosacuda", mas, não necessariamente, alguém causou aquilo ou tenha sido descuido ou desatenção. Me refiro a acidente, não a descaso e afins.

A última dele foi quase quebrar o nariz, da maneira mais boba, tropeçando no vento e caindo "de cara" no pé da cama. Houve culpa, intensão ou descuido, aí? Mas, o que já escutei de gente que nem ouve o que diz - sabe como é? Daquelas pessoas que falam se contradizendo, achando que estão cheio de moral - risos - me dizer que eu deveria ter mais cuidado, que criança nessa idade cega a gente... tudo que já sei, que já evito e, mesmo assim, aconteceu. Então, penso: reajo ou ignoro? Não é fácil, mas ignoro, engolindo a seco... Detalhe maior é que eu sempre fui "manteiga derretida", mas, tem horas que sangue frio é necessário - e, só Deus sabe o quanto é penoso para uma mãe se manter "fria" para socorrer o próprio filho - e, ainda me vem uma "cobrança" subliminar, em forma de alfinetada do tipo: "ela nem chorou..." Eu me esforço para segurar o choro e manter um pouco de racionalidade em alta e, ainda assim... deixemos para lá. Nós temos mania de procurar "culpado" - de preferência, culpando...

Pois bem, aqui fica meu questionamento/desabafo/alerta: MÃE SEMPRE TEM CULPA POR TUDO????

Saudações maternais,

Pat Lins.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

PAIS NA PRÁTICA - mãenifesto pelos PAIS

Nada mais justo do que lembrarmos que, nesse movimento para a maternidade consciente e a "re-valorização" da mãe,inlcuindo toda a abordagem e realidade contemprânea, dos PAIS. Se para tudo na vida, as referências primárias - binômio pai/mãe ou responsável - são as mais significativas, se desejarmos fazer algo para melhorar esse mundão de meu Deus, que comecemos pela base: família. E, família quer dizer pessoas individuais coexistindo num ambiente, praticamente, coletivo e social. Com papéis e funções legais para todos os envolvidos. Ambas as partes têm o direito de serem felizes juntos ou separados.

No MANIFESTO PELAS MÃES, do GRUPO CRIA, erguemos a bandeira para a chamada de atenção da importância e (re)valorização do papel da mulher, enquanto mãe.

Lógico, peculiaridades a parte, ser mãe muda completamente a vida da mulher - de dentro para fora e de fora para dentro. Outras mudanças em nossas vidas não são tão significativas e radicais quanto esta. Trata-se de um êxodo de nós mesmas para um mundo maior e mais amplo, repleto de diferenças, divergências, dicotomias e pluralidades... sem esquecer da divisa permanente e ainda de difícil ajuste entre individual e coletivo... risos. E isso não quer dizer que não gostemos. Não. Aliás, NÓS AMAMOS! Só não podemos mais continuar a negar o "outro lado" que aparece dia-a-dia em paralelo a todas as nossas tarefas diárias, a verdade que ser mãe é PADECER NO PARAÍSO. Se a "mulher-mãe" trabalha fora - realidade comum e cada vez mais crescente - ela não interrompe o papel de mãe... Já, quando ela sai do trabalho, ela deixa de ser a funcionária, empresária, seja lá o que for... até o dia seguinte e o recomeço do expdiente - salvo algumas situações, como reuniões de negócios e trabalhos informais... horas extras... Enfim... - Mas, não existe uma carga horária limite para ser MÃE, somos o tempo inteiro, estando ou não fisicamente ao lado do filho.

Com todo avanço no papel e reconhecimento - isso ainda é uma estrada longa e labuta constante - da importância e "utilidade" da mulher, os homens também passam por reajustes - ainda estão na fase do desajuste, mas, chegam lá... afinal, nós também estamos ajustando essa nova realidade diária de estabelecermos nosso espaço e exigirmos a justa igualdade, enquanto seres humanos e suas funções... E isso não só no âmbito profissional. No ambiente doméstico, também. Fora no ambiente INDIVIDUAL.

Pois bem, antes de começar o "MÃENIFESTO PELOS PAIS", proposto pelo BLOG DO DESABAFO DE MÃE preciso passar por uma questão de conflito de gerações, que interfere, e muito, em nosso avanço. A "aceitação" das gerações anteriores - nada contra, cada um tem seu jeito e sua(s) necessidade(s), além de maneiras de viver a realidade e saber tirar proveito - acabam sendo um entrave para o nosso avanço. Não radicalizo, afirmando que todas aceitavam e se encontravam no papel de submissão e/ou mãe/mulher. Sei que todo início dessa mudança que hoje despojamos originou-se de alguma precurssora - vixe! Parece discurso feminista... Mas, se cabe,que seja... risos. Não sou contra o feminismo, sou contra qualquer atitude radical. Não penso que precisemos desmerecer a "classe" masculina para "erguer" a feminina... Isso não é justiça, é vingança e igualdade, para mim, não é bem por aí... Por favor, nada de polêmica, apenas pincelo uma situação com fragmentos de minha maneira de pensar... o que pode dar margens para diversas conclusões... Portanto, não há outra conclusão, senão, a de que sou  A FAVOR DA IGUALDADE! - pois bem, de volta ao ponto, antes da interrupção - risos. Esse entrave não é pouca coisa. Uma das grandes dificuldades que a geração de mães atuais encontra é a eterna comparação entre as próprias mães de gerações anteriores, que, entre outros argumentos, acham que nós padecemos da "falta de paciência crônica", porque queremos ser "mulheres modernas" e antigamente não havia nada disso... VERDADE. Mas, também, não havia respeito às nossas vontades... Debates a parte, recebi um e-mail, quase um manifesto, onde mulheres desabafam e se colocam contra a realidade atual da mulher e expressam sua "saudosidade" à época em que o maior trabalho que a mulher tinha era "qual o menu para o jantar?" o que, é uma propagação e nutrição para o machismo, afinal, muitas mulheres são machistas! De fato, em respeito às diferenças, elas têm razão e todo o direito... Mas, diante de minha total parcialidade... ihhh, para mim, são um entrave gigantesco e voz ativa que gera resquícios da repetição de valores do tipo: "Menino veste azul e menina rosa. Meninos brincam de carro e bola. Meninas de boneca e têm que aprender a cozinhar..." Entre outros. Enquanto esse ecos durarem, nossa luta terá um agravante: conflito de interesses no universo materno. E a gente vai continuar a ser "mães diferentes"...

Ora, para os "pais" trata-se de um "prato cheio". Mas, não dá mais para aceitar isso. Meu marido me ajuda muito a cuidar de nosso filho. Arruma os brinquedos espalhados pela casa; falta de jeito a parte, lava os pratos, coloca roupa na máquina, esquenta comida, dá o café de Peu... algumas vezes, dá o almoço... Enfim, ele é companheiro mesmo. Como eu estou desempregada, a gente arruma a casa - na verdade, eu arrumo... Mas, é por uma questão de consciência - não é justificativa ao machismo - de que ele trabalha o dia todo e ainda tem que fazer o grosso das tarefas domésticas? A gente divide muita coisa. E, ele também não "exige" de mim a casa tinindo de limpa. Alguém precisa arrumar a deixar o ambiente limpo. Não é porque eu sou a mulher. Isso é um ponto positivíssimo para ele. Algumas vezes me pego sendo "mãe" dele e volto atrás. Essa questão de que toda mulher tem que ser "meio mãe" do marido é MITO. Balela! A gente é companheira, esposa... Do mesmo jeito que eles são nossos companheiros, esposos. Mas, existem algumas condições para se manter tudo em ordem e quem tem mais jeito estabelece as diretrizes. Em nosso caso, eu, porque ele tem a grande característica nata da bagunça. Mas, com olhares e "delicados" gritos de pedidos para não pendurar camisa nas portas e toalha de banho, após o uso é para estender, tudo se ajeita. Do mesmo jeito que evito deixar calcinhas penduradas no banheiro... DIVISÃO DE TAREFAS. Esse é o ponto do respeito e equilíbrio em qualquer lar. Mas, uma divisão justa. E, divisão justa é aquela onde se pode fazer o que gosta e, caso tenha que abrir mão e fazer o que não gosta, porque alguém tem que fazer, que cada um veja o que é "menos pior" para cada.


A gente conversa muito - algumas vezes não são bbeeemmmmm conversas, né?! Ops! Deixa para lá... risos - e isso ajuda. Ele é aberto e poucas coisas do machismo se entranharam nele. Nesse aspecto a conviência é mais harmoniosa e pacífica.

Ah, quando nos tornamos PAI e MÃE - ou MÃE e PAI... tanto faz - ele me ajudou muito com Peu e, quando eu agradecia, pelo fato de ter levantado para dar mamadeira, um banho ou qualquer coisa que fosse para nosso pequeno, ele sempre me dizia/diz: "não precisa agradecer, Peu também é meu filho. Faz parte..." E fala de uma maneira muito legal. O que me fez ver que eu, sim, estava sendo "machista" em achar que só eu - mãe - posso e sei cuidar da criança. Não, os pais também sabem. Quando nasce a criança, nascem juntos o pai e a mãe. O que antes era o casal, e, aí dentro, já existem necessidades de ajustes permanentes, agora são: dois seres individuais + um casal + um novo ser individual + pai~e mãe + família + universo pluripeculiar  e só a equação RESPEITO + CONSCIÊNCIA + COMPREENSÃO + DIVISÃO JUSTA DE TAREFAS + EQUILIBRIO + HONESTIDADE + ENTREGA + AMOR (não o amor fantasioso e irreal de novelas e filmes... o amor em mais uma faceta... Imensamente maior e mais sublime. Um amor que ainda não aprendemos como viver...) = família feliz e em paz! Ou seja, base de bons valores!

Durante a gravidez ele enchia mais o saco do obstetra - e o meu... risos - do qeu eu! Era uma necessidade de saber o dia exato do nascimento... Não entrava que em gravidez e exames pré-natais, trabalha-se na escala das previsões, não certeza. A natureza é sábia e ciência alguma consegue exatificá-la. Ultrasson mostra o feto, e, em base a "médias", se calcula a provável data/expectatica para o nascimento. Para isso a velha margem de erro: pode nascer duas semanas antes ou duas depois da data "prevista". Ele me acompanhou em cada ultra, em cada consulta. Entrou - e não aceitaria um NÃO que o impedisse de ver o parto - e acompanhou todo o nascimento e grudou na enfermeira, levando Peu para o berçário. Foi me ver no quarto algumas vezes, mas, estava encantado com a "cria". É muito comovente e bonito ver a relação dos dois. Ele sempre se questiona como o pai dele não se permitiu ser assim com ele. "Assim" = amigo, pai, presente, companheiro firme. E Peu se entrega a esse amor.

Foi interessante o conselho que ele deu a um amigo, que é mais jovem, de que ele desse mais atenção à família; que estivesse mais presente, não só para o filho, mas, pela esposa. Se fazemos a opção de casar, é para estar juntos. O amigo ficou de pensar, mas, o argumento e a repatição dos arquétipos machistas estão impregnados nos DNA de muitos homens - e mulheres - o que nos serve como alerta na educação dos filhos - meninas ou meninos - para não alimentarmos essa corrente de perpetuação. Um casal amigo próximo, também mantém essa chama machista acesa. Ele só come se ela colocar... Pelo amor de Deus! Em pleno século XXI? Se fosse uma pessoa com limitação física, vá lá, mas, uma pessoa "inteira"... E ele acha o cúmulo a esposa não saber cozinhar e nem ter jeito para as "prendas" do lar... Ah, isso é característica pessoal. Mas, vamos deixar a vida dos outros, né?! Esses exemplos são só consternação de minha parte e alerta: por que isso continua? Como fazer para extinguir o machismo e estabelecermos a igualdade entre gêneros?

Eu penso que a educação da geração atual vai ser mais um aliado. Vejo os pais levando os filhos para a escola, dando afetuosos beijos de despedida e com muito carinho. Nas reuniões - foram poucas até agora - eles estão lá. Nas festinhas, também. Na festa em homenagem ao "Dia da Mães", meu marido foi e ajudou filmando e fotografando tudo. Qualquer decisão com relação a Peu é discutida entre nós dois. Pitacos externos a parte, dentro de casa a gente fortalece esse vínculo.

Ser pai é aceitar que a vida dele também muda. Meu marido não entende muito a fundo meus "recalques" com a mudança em meu corpo... mas, compreende e me apóia. Já erramos muito. Mas, mais conscientes, estamos no processo de auto-vigilância, num esforço mútuo de nos tornarmos pessoas melhores e, assim, sermos uma referência natural, espontânea e coerente para nosso filho. Isso é muito legal! E, escrever este post PARABENIZANDO-O por ser o paizão que ele é, para mim, é uma pequena homenagem! Não digo justa, porque não consegui expressar em palavras a alegria que tenho em enxergar essa realidade.

Pois bem, entraves e dificuldades naturais a parte, todos nós - mães, pais, avós, tios, tias... - todos, temos papéis importante na construção de um novo ser, sempre partindo de cada um de nós, através de entrega e esforço diário para melhorar como ser.

Na prática, ser mãe, pai ou afim é um "pouco" mais complexo do que ser pessoa, esposo, esposa... é ser um ser humano responsável por boa parte da formação de caráter de um pequeno ser em crescimento. Todos nós somos eternos aprendizes, mas, nessas horas, mesmo sem saber, somos um pouco "mestres" na arte de educar. Precisamos nos esmerar mais. E, PAIS, levem isso mais a sério. Hora de refletir mais sobre a divisão de tarefas, compreensão da pressão emocional nata da mãe - não endosso a justificativa de que devamos viver em surtos... mesmo que assim vivamos, cabe a nós mudarmos essa realidade e, com apoio externo, é uma coisa a menos que precisamos lutar. Para uma maternidade consciente, uma paternidade consciente, também.

Vamos fortalecer essa corrente.

Saudações maternais - inclusive aos pais,

Pat Lins - por um mundo mais justo!

SUGESTÃO DE LEITURA - BLOG - PARA MÃES E PAIS


Gente, na prática, boas leituras enriquecem e nos ajudam a refletir. Uma boa reflexão conduz a prática de uma ação coerente e honesta.

Minha sugestão, hoje, vai para dois blogs BLOG DO DESABAFO DE MÃE e  ENQUANTO ESPERAMOS, com os posts sobre a participação dos PAIS, a paternidade consciente,em resultado de muitos MANIFESTOS PELAS MÃES: PAIS PELA BUSCA DA CONSCIÊNCIA MATERNA, da Ceila Santos (Blog do Desabafo de Mãe) e o  "MANIFESTO PELAS MÃES QUE INCLUI OS PAIS", da Carol Pombo (Enquanto Esperamos).
Carol faz uma descrição de sua prática diária enquanto mãe, mulher, esposa e profissional - uma mãe na prática como todas nós - muito sincera, clara e objetiva, para nós, mães responsáveis por uma nova geração que vem para começar a mudar os rumos do mundo... Pretensão? De jeito algum! Nossos filhos serão o ponto de partida. Por isso nós estamos em busca de uma maternidade consciente, honesta e com mmuuiittoo amor! O amor necessita de ambiente sincero para prosperar! Já Ceila, que faz uma abordagem sobre o comportamento do homem, enquanto PAI e levanta a bandeira para o MANIFESTO PELOS PAIS, de maneira bastante interessante.

Pois, bem, mergulhe nas leituras, pois vale a pena!

Saudações maternais,

Pat Lins.

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