quinta-feira, 31 de maio de 2012

"MÃE, VOCÊ FALOU QUE IA ME DAR UM IRMÃOZINHO, LEMBRA?"

Depois que perdi o bebê, ano passado, tive a oportunidade de repensar muitas coisas, inclusive a idéia de "dar" um irmão ao meu outro filho.

Eu não vou "dar" um irmão a ele. Eu iria ter outro filho e, consequentemente, irmão de Peu. 

O filho não é nosso, ele é um serzinho que nasce através de nós e tem vida própria, não se trata de uma coisa, um brinquedo.

Me peguei escutando outras pessoas me perguntarem ou, simplesmente afirmarem, coisas do tipo:

- "Você não vai querer tentar de novo, não? Dar um irmãozinho a Peu?"
- "Você não vai dar um irmão a Peu, não? É muito ruim ser filho único...."
- "Você tem que ter outro filho. Dar um irmão a Pedrinho. Olha, quem tem um, não tem nenhum... Vai que um morre... Você tem o outro...".

Bom, quem me conhece - principalmente essa eu que se resgatou, que se redescobriu, se recriou e surgiu - deve imaginar minha expressão e as respostas que segurei para não saírem. Ponderei. Compreendi essas pessoas que emitiram essas frases. Não tive raiva. Tive compaixão. Uma pessoa que pensa que um filho substitui outro é porque deve ter sido substituído por muitas coisas na vida... sei lá. O que me peguei refletindo mais foi o verbo DAR. 

Gente, mães amigas, mulheres, pais, homens... todo mundo... a gente não dá um irmão para o outro. Quem tem mais de um filho tem mais de um filho que, seguindo a ordem lógica, são irmãos. 

Isso me remete ao sentimento de posse que temos com relação aos nossos rebentos - em meu caso, ao meu rebento.

Eu tenho um grave problema pessoal: não sei deixar uma pergunta sem resposta, por mais bizarra que seja essa pergunta. E, hoje, respondo, diante das mesmas perguntas, a mesma resposta: "não sei se vou ter outro filho... Querer eu até quero, mas, para mim, há uma grande e enorme distância entre querer e  ser a hora de ter...".

Não posso deixar de observar as caras de espanto. Mas, isso eu já mudei em mim: já não me sinto na obrigação de responder a tudo, muito menos às perguntas não verbalizadas. Sabe, eu me dou o direito de não falar mais nada - nem me frente ao juíz... (risos). Pode parecer frieza, ou falta de educação minha, mas diante da falta de educação de quem pergunta o que não é da conta, nem me ocupo com isso, apenas, deixo a lacuna no ar. Somos muito invasivos e caras de pau, mesmo. Tento diminuir isso em mim para poder agir assim.

Enfim, quem quer ter outro filho, penso eu, que tenha, mas, com o pensamento certo: colocar mais um filho no mundo. Não "ter" um filho para si ou "dar" um irmão para o outro filho. Isso é se dividir. Mãe tem que saber se multiplicar, senão, cria filhos como concorrentes. Minha mãe se multiplicou em três, como mãe e em mil como pessoa - porque todo mundo quer um pedacinho dela, afinal, é uma fofa e gostosura de pessoa. E deu conta nas doses de amor a medida que cada um requeria e ela podia dar.

De uns tempos para cá, quando minha ficha caiu para esse pensamento, e Peu me pergunta: "mãe, você lembra que você ia me dar um irmãozinho? Eu quero um irmão!" eu, além de não me sentir cobrada e na obrigação de satisfazer esse pedido dele, coloco com calma e clareza: "filho, para mamãe ter outro filho, outras coisas precisam crescer (...) e, outra coisa, o bebê nasce pequenininho, como você nasceu e vai querer que a mamãe dê uma atenção maior, porque ele não vai saber andar, não vai saber falar... e ele não será um boneco, não. Ele é uma pessoinha como você, como seu priminho Gui - filho do meu irmão que é bebezinho (bebezão, na verdade, porque o trocinho é parrudo e gostoso que só) - e depois é que cresce..." . Essa desculpa de "querer dar um irmão" é onda. Se a mulher sente que quer ter um filho e que tem condições  de ter, que tenha, mas, com consciência, não por se sentir cobrada. 

Querer ter outro filho eu quero e muito, mas, vendo minha realidade como está, nem tenho como colocar isso em prática. E, por Deus, se eu não quiser mais ter, mesmo com essa vontade íntima, não me sinto a pior das criaturas. Pelo contrário, fico imensamente feliz por pensar assim e agir assim. Trabalho para minha situação financeira mudar, como qualquer pessoa, mas, plano de saúde, alimentos, escola, tempo para dedicar e estar perto... tudo isso eu pondero, sim. Se um dia, antes dos meus 38 anos a balança equilibrar, condição favorável. Senão, só se Deus quiser - risos.

Ah, tem outra coisa que, normalmente, vem associada a essa questão de querer "dar" essa presente ao irmão - primeiro filho - que é a idéia de que mais de um filho trabalha o "não egoismo". Gente, pelo amor de Deus! Isso impede nada? Nem vou citar exemplos aqui, para não parecer perseguição, mas, francamente, egoismo vai muito além de um filho ou uma dúzia de filhos... 

Sim, tem a questão do "tesouro". Antigamente, "macho que era macho" tinha que ter mais de um dezena de filhos, porque era sinal de que "dava no couro". Êta, "nóis", sô! E a mulher, lá, "embuxada" com um tesouro após o outro. Olha os resquícios, viu? Muda a maneira como expressamos, mas, a condição permanece sem a gente se dar conta... E as mulheres que acham que quanto mais filho maior o status... cuidado com nossa maneira de pensar. E essa de que vem pela vontade de Deus eu questiono. Deus nos criou com um propósito, certo? Mas, nos deu uma coisinha que mal sabemos utilizar: o livre arbítrio. A gente escolhe o caminho. E jogando um monte de semente e ver nascer um monte de pé de filho é descontrole e pode ser, até, fuga da responsabilidade com a própria vida... Fiquemos atentas a nós mesmas.

A gente precisa dar mais leveza a vida sem precisar fantasiar, né, não!? Um outro filho não é um presente para o anterior. Gente, em vez de fazermos promessas e promessas, devemos nos libertar e viver, sabendo o que quer fazer e fazendo o que precisa ser feito. Foco, meta, objetivo. Consciência. Entendimento.

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 22 de maio de 2012

NESSA TERRA DE GIGANTES...


Katia Lanto, uma grande amiga, atriz talentosa e mãe de Lanto - melhor amigo de Peu, mais velho do que este apenas alguns minutos - observou uma cosia muito bacana: "hoje em dia parece que não há espaço para as crianças serem crianças...".  Volta e meia eu desabafo aqui sobre esse questionamento, mas, quando vejo que outra mãe também vê e sente isso, acende a luzinha vermelha.

Lembrei do pai de um coleguinha de Peu, ano passado, os meninos recém completando 5 anos e ele questiona na roda de pais/mães: "Vocês estão satisfeitos com a escola? Eu fico preocupado com quando meu filho for fazer vestibular... Tô pensando em colocar na escola X porque já prepara o aluno desde pequeno...". Bom, o menino continua lá, graças a Deus. Na hora eu apenas disse: "Eu penso que o mundo já está tão acelerado que eu prefiro permitir meu filho ser criança e confio muito na escola. Fora que estão me ajudando a lidar com o comportamento de Peu e isso me ajuda a firmar a base de pessoa, que para mim é mais importante. Conheço um monte de gente que estudou aqui e em vez de dificuldade tiveram muita facilidade em estudar e fazer o vestibular. Fora que muitos são grandes profissinais. Depende de cada um, também.". E é verdade! Lógico que eu sei que a criança tem muito a aprender. E tem muito o que responder em avanços na escola, também. O que me preocupa é O QUE ESTAMOS FAZENDO PARA MELHORAR ESSE CAOS, ANTES QUE SE INSTALE UMA CRISE PIOR DE FALTA DE VALORES, DE FALTA DE CARÁTER, DE FALTA DE ÉTICA...? O vestibular é apenas uma parte da vida do ser humano, para ingresso na universidade e galgar a vida profissional. Infelizmente, a vida profissional vem tendo mais destaque, afinal, vivemos os estilo de vida do consumo e lembrar o quanto era bom brincar nas ruas fica apenas numa pseudo-saudade. 

Eu estava entrando numa de dar tudo o que Pedro pedisse. Me sentia culpada por ter ficado sem trabalhar por um tempo - por conta da DPP - e por termos ficado apertados por alguns anos e ouvia Peu dizer: "vou pedir ao meu pai que ele tem dinheiro..." que quando voltei ao mercado de trabalho, ele pedia, eu: "tome". Até oferecia: "quer filho?". De repente, ele começou a ver as propagandas na TV e tudo ele queria. Me dei conta de que eu caíra na teia do orgulho e estava era criando um problema maior. Pedro precisava era correr, brincar com outras crianças - coisa que eu estava sem tempo para fazer e sem condições de pagar uma babá - até hoje... pelo menos, aprendi a organizar o tempo que tenho -, para dar esse apoio logístico e de distribuição... (risos). Eu nunca acreditei que compras alegrasse uma mulher, mas bem sei que sair de um shopping cheia de sacola cheia de roupa, sapato, bolsa e etc faz a gente se sentir "uma linda mulher". Depois, chega em casa, guarda tudo, vai usando e pronto, o encanto termina... Ou seja: superficialidade. O bem estar momentâneo é momentâneo, passageiro, efêmero... volátil, fadado a terminar antes de começar. Parei. Ele reclama: "Você não quer comprar para mim, sua malvada!" e eu digo, com convicção, porque essa sou a EU de verdade: "Peu, nem tudo que a gente quer a gente precisa comprar..." e proponho algo legal para fazermos juntos. Lógico, não posso negar que vivemos a sociedade do consumo, porque não sou eu quem afirma isso, é a própria característica de nossas sociedade. Negando a realidade a gente não tem como transformá-la. Dei sorte de começar a me relacionar - ainda que virtualmente - com outras mães engajadas nessa causa de estabelecer valores universais e atemporais, e conheci algo que me deixou mais feliz: PROJETO CRIANÇA E CONSUMO. Bom, a gente precisa desconstruir muita cosia em nós, antes de tudo, aceitar e entender que vivemos na era do capitalismo, que precisamos pagar contas, mas, que dinheiro é para pagar conta e não comprar felicidade. Felicidade não vem embrulhada para presente, a gente faz o presente melhor, no dia a dia e com isso, plantamos, construímos o caminho para a felicidade. Trata-se de uma conquista, não um direito adquirido. Nem adianta entrar na justiça, juiz algum tem esse poder. 

Vivemos tanto na cobrança de ter mais, para deixar para os nossos filhos - e na medida certa, é saudável, afinal, como falei antes, a gente não pode negar a realidade e o mundo parece estar a venda... até a ciência, hoje, só recebe investimento aquilo que é comercial... Deixemos isso para o AQUI E AGORA, porque lá é o espaço, meu desabafódromo para esses assuntos -  que nos tornamos hipócritas em potencial e na prática. Queremos que nossos filhos sejam crianças, mas, os privamos de serem crianças... Em vez de sentarmos e desenharmos com eles, a gente sai e compra logo um brinquedo que só falta levar a criança ao parque - olha, que se isso acontecer e virar moda... o estilo de consumo adere e passa a fazer parte da vida... 

A gente vive um mundo com rapidez nas informações, entretanto, com pouco critério e pouco tempo para aferir se é algo que procede ou um trote generalizado. Com a web, que veio com uma boa intenção, o inferno que está cheio de boas intenções descobriu a porta aberta e se instalou entre os homens e o trote passou a ser um vírus que destrói muito mais, que invade tudo e que desrespeita a tudo e a todos. Não vejo a internet como algo ruim, pelo contrário, sabendo usá-la ela é extremamente útil - "olha 'nós' aqui!" - o que preocupa é se sabemos dar o devido lugar a ela e se sabemos passar isso aos nossos filhos: o equilíbrio. O saber entrar e sair. Toda essa rapidez, essa acessibilidade - engraçado é que os custos, mesmo com todo avanço tecnológico, onde todo avanço tem a proposta de diminuir o esforço, o gasto e o custo... , continuam altos... -, toda essa dependência do Google - o atual "pai dos burros" ou "guru" ou "sabe tudo"... há quem diga: "se não tem no google, então, não existe..." - nos poda, nos limita. Imaginemos que há grupos que querem abolir a escrita manual... Imagine quando faltar energia, nossas crianças param de viver, é isso?! Para mim, falta equilíbrio aí. Os meninos nem precisam que os ensine a digitar, já fazem isso instintivamente. Eu utilizo o ambiente virtual e tecnológico com Pedrinho, mas, sento com ele e exercitamos a escrita - coisa que ele tem a maior preguiça para fazer e demonstra desinteresse... por isso, diminuí a permissão de acesso ao computador e aos jogos. Ele pode, como digo para ele, mas, tudo tem hora. 

Nessa terra de gigantes onde gigante deve ser a fortuna que os jovens devem fazer e cada vez mais jovens, a terra real, de terra, mesmo, onde podemos pisar, onde podemos interagir, onde podemos ser muda de cenário e cede espaço para as fazendinhas virtuais e os campos repletos de verdes e sem poluição, das telas e dos jogos virtuais. E o planeta reclama dos 7 bilhões de habitantes que não cuidam dele. Nossa mãe natureza quer nos educar, mas, a gente quer é destruí-la. Como ensinar nossas filhos a respeitar o espaço onde vivem? Qual a motivação que eles terão, se crescem em meio aos caos? E aí? A gente pode mudar o mundo? Não. Não de vez, mas, aos pouquinhos, sim. Se começarmos a mudar nossas condutas, passaremos com mais verdade aos nossos pequenos e eles poderão ser crianças e não "a salvação do planeta". Muita pressão para eles. É como um político que não faz nada durante seu mandato e quando o novo assume, recebe a "galinha pulando". 

Queremos que as crianças façam silêncio sepulcral - não precisa ser como Pedrinho, que fala pelos cotovelos, pelos calcanhares e por um monte de lugar, porque além de não calar a boca, não para os pés, seu repertório de perguntas e questionamentos são inesgotáveis, seu extinto de explorador extrapola... é bonitinho, eu sei, mas, tudo em excesso é sobra, né verdade? E eu e meu marido também temos que nos ajustar nessa terra de gigantes e de contas a pagar no final do mês... - e ajam como adultos. Uma coisa é educação, cordialidade, outra coisa é querer que a criança vire estátua. Evito estar com Peu em meio a adultos que esqueceram que já foram crianças e que gritavam, corriam e faziam muito mais estripulias, até porquê tinham mais espaço... Parece que depois de adulto a gente tem que ser "chato". Como uma criança vai crescer e ser adulto? Outro chato. Repetimos a chatice... Me lembro quando eu era criança... era doida para ser adulta e achava que adulto sabia tudo, afinal era sempre a mesma coisa: "isso é coisa de adulto", "isso é assunto de adulto"... e de fato procede, mas, todo excesso é sobra... Quando entrei no mundo adulto, ninguém veio abrir a porta e dizer: "seja bem vida!". Nossa, eu vi que os adultos gostam de ser CHATOS, porque, são adultos. Que correlação é essa, eu não sei. E nunca encontrei adulto e chatice como sinônimos - antes fossem antônimos... seria mais legal. Um adulto legal é doido ou irresponsável - esclarecendo, existem adultos irresponsáveis, eu sei. Vi que os adultos não se entendem e se criticam. As crianças sabem brincar, discutir, brigar e se perdoam. Criança não quer ser melhor do que a outra - até um adulto colocar isso na cabeça delas e falar: "viu, fulano faz, você não...". Criança fica à vontade para discordar. Podem sair no tapa, mas, após a explosão, se entendem. O desentendimento faz parte do processo. O "reentendimento" é a consequência. Não falo dos exageros... Pedrinho, por exemplo, quando contrariado, explode como um leão... A gente vai ensinando que existem outras maneiras mais legais de resolver um problema e um dia ele entenderá, com fé em Deus e em nossos esforços.

Nessa terra de gigantes, onde os pequenos podem ser eles mesmos? Nos playgrounds cheios de restrições? Aqui, por exemplo, pelo regimento interno, nem velotrol é permitido. Tem o parquinho minúsculo, a mini-quadra e a piscina, mas, nem um taquinho de área verde. Preocupados com segurança, nem nos demos conta da falta de espaço. Nos inserimos na selva de pedra, entre os pés de prédio - e, de certa forma, com razão... afinal, ainda não temos condições de morar numa casa em um condomínio "fechado". Aí, me pergunto: é ou não uma tentação esse mundo virtual? Nele você nem lembra da vida que passa. Nele, você pode ser quem quiser, que nem vontade de ser quem é se faz necessária... e é aí que mora o perigo. Pedro quer correr dentro de casa e eu fico no pé: "Peu, mora gente aqui embaixo...". As vizinhas de cima só faltam derrubar o meu teto. Eu entendo que são pré-adolescentes, mas, nem à noite temos trégua. Não reclamo. A única vez que interfonei e com toda educação foi ano passado, quando estava grávida e enjoando muito. Houve um momento que o remédio fez efeito e o enjôo deu uma leve parada. Olha o arrastar de cama... Pedi que somente naquele momento, tomassem cuidados, porque eu estava muito mal e a vizinha não gostou... Eu sei que quando a gente reclama do barulho que o filho faz é depois de já ter feito... Fora que em edifícios, o barulho ecoa de um lado ao outro... Certa vez, num outro lugar que moramos, raramente parava em casa - Peu ficava mais com minha mãe - e só conhecemos uma vizinha de porta... eramos todos vizinhos e estranhos... Era tarde da noite e um barulho na casa da bomba parecia um móvel pesado sendo arrastado, a vizinha que morava logo abaixo, que nunca me dera um "bom dia", interfonou para a portaria que me interfonou e pediu que eu pedisse a meu filho que parasse de fazer barulho... Detalhe: Pedro fazia barulho era na casa de minha mãe, pois passava o dia inteiro lá; só chegava em casa dormindo. Eu disse: "Impossível, meu amigo! Meu filho está dormindo. E eu já estava deitada. O barulho é lá em cima, na casa da bomba.". A vizinha não quis me ouvir. Nunca me deu um retorno, nem para se desculpar ou esclarecer. E é nesse mundo de gigantes que vivemos: de intolerância de de falta de informação, ironicamente, em meio a era da informação... Com minha vizinha aqui de cima eu fiz questão de deixar claro para ela que sei que criança faz barulho e isso não me incomodava - e é de verdade - mas, que só naquele momento eu precisava de compreensão. Ela não gostou. Eu compreendi a vizinha que morou embaixo de mim, porque apesar de não saber quem ela é, ela sabia que eu tinha um filho pequeno e julgou por ela mesma, que ele estava fazendo barulho... - na época ele nem tinha 2 anos... - e, também, não quis escutar nada além do que ela queria ver e que era, então, "a verdade!". Eu que nem parava em casa devia ter a fama de barulhenta, porque aquela casa de máquina fazia um barulho horrível e não sei o que era, mas, parecia um barulho de mesa pesada sendo arrastada... A criatura nem para imaginar que um menino de menos de 2 anos nem teria como arrastar algo que fizesse aquele barulhão. Hoje, eu reclamo muito, porque ele corre, pula, saltita e vive a infância que, se fosse na rua, não teria problema algum. Mas, chamo a atenção dele. Sorte da vizinha que quando ela chega, ele já desacelerou... Mas, vejamos o que somos e como agimos em nossas relações, imagine o que passamos aos nossos pequenos, nessa terra de gigantes fechados em si?


Tudo isso é para lembrar que, se você achou esse texto denso, pesado, cansativo... imagine a realidade dos nossos filhos, reféns da realidade dessa sociedade do consumo e do medo e sem espaço entre os gigantes para serem crianças? Como podemos nos educar melhor, nos ajudarmos para, assim, ajudarmos nossos pequenos a terem uma oportunidade melhor e não o peso de "salvarem" o planeta do que fazemos com ele? Que gigante para uma criança seja a possibilidade de um futuro melhor, dentro de uma bela e gigantesca roda gigante!

Saudações e reflexões maternais,

Pat Lins.


Vale a pena ler:

quinta-feira, 17 de maio de 2012

VAMOS AJUDAR OS NORDESTINOS DA SECA

Imagem: Diário de Pernambuco

É impressionante: quando acontece alguma tragédia lá para as bandas do sul do país, sabe-se que todos os veículos de comunicação se voltam e divulgam a miséria catastrófica como notícia de última hora - o que de fato o é! Reconheço que, nessas ocasiões, cumprem - apesar de em troca alcançarem altos índices de audiência - com seu papel social e conseguem levar um pouco de luz e ajuda para os necessitados.

Pois bem, acontece que a seca no nordeste não se trata de uma catástrofe momentânea - que já é uma tristeza de se ver, imagina para quem passa -... talvez por isso, não mereça o destaque que as demais catástrofes recebem. Com certeza, do mesmo jeito que todo o Brasil - representado pelo seu povo brasileiro - ajuda-se nas catástrofes como os deslizamentos de terra, as enchentes e outras tantas que vêm ocorrendo, assim o faria com a pior seca em seu Nordeste se houvesse essa divulgação, esse alerta em rede nacional, em todos os canais de TV, sites e afins de grande audiência. 

O povo Nordestino é povo. É gente! É Brasileiro, também. Viver na seca não se trata de uma opção, mas uma condição. Imagine você se cada sertanejo abrisse mão de sua raiz e fosse tentar a sorte nas outras regiões do país? Esse êxodo poderia causar um desequilíbrio sério e grave para eles e para a economia. Qual seria, então, a melhor solução? O que se pode ser feito para ajudar esse povo guerreiro e tão solidário? Vá ao sertão e chegue com fome ou sede e receberá de qualquer sertanejo a comida que ele iria comer e a água que iria beber. Esse povo merece não só o nosso respeito, nossa admiração, mas, nossa AJUDA! Esse povo não quer esmola, migalhas ou algo parecido, porque eles labutam muito e têm orgulho de serem quem e de onde são. Esse povo sabe ir a busca da subsistência, apesar de todos os contratempos praticamente naturais. Não são acomodados. Muito menos preguiçosos. São guerreiros! Mesmo assim, esse povo precisa da nossa ajuda. Esse povo precisa que enviemos água, alimentos e o que mais pudermos.

Infelizmente, esperar do Governo - seja ele de qual esfera for - talvez seja o mote e, por isso, imagino eu, pedir ajuda com ênfase nesses veículos de massa seria fazer o que o Governo não faz... e isso, provavelmente, eles não queiram...

Sendo assim, vamos procurar coletar em nosso condomínio, em nossa rua, em nossa região - por menor que seja - água mineral, roupa, alimentos não perecíveis e o que mais for necessário. Eu não sei onde entregar, ao certo, mas, procurar um quartel do exército na cidade e pedir ajuda pode ser um caminho. 

A gente não vai acabar com a seca, mas, podemos colaborar, fazer algo, em vez de apenas ver, se comover e chorar! Melhor secar uma lágrima por falta d´água mandando uma garrafa d´água para matar a sede.

Eu já comecei aqui no condomínio! 

Forte abraço,

Pat Lins.

sábado, 12 de maio de 2012

FELIZ DIA DAS MÃES

Mãe, para mim, é aquele ser que sabe CHORAR DE ALEGRIA e SORRIR DIANTE DA TRISTEZA.

É aquele ser que sabe MULTIPLICAR o que tem de melhor no coração e dividir suas angústias com o vento para ter mais força a cada dia.

Mãe é uma FONTE INESGOTÁVEL de FORÇA NA FRAGILIDADE e FRAGILIDADE NA FORÇA. Cada uma a sua maneira.

Somos, na verdade, dotadas de poderes extraordinários de SUPERAÇÃO, mesmo quando achamos que estamos fazendo "tão pouco"... e quase toda mãe acha que faz pouco...

Mãe, cada uma tem um valor a passar, mas, todas têm grande e verdadeiro VALOR, só em ser mãe e demonstrar seu AMOR.

Mãe aprende com seus filhos e os ensina. Portanto, cabe a uma mãe a característica da RENOVAÇÃO.

Mãe é cheia de SABEDORIA, quando descobre que ser mãe é continuar sendo humana e que sua perfeição está na imperfeição natural do ser; errar querendo acertar e acertar quando erra.

Por isso, por tudo isso, e por muito mais, MÃE É PERFEITA, porque é capaz de fazer:
  • o/a filho/filha sorrir;
  • seu coração bater em outro corpo;
  • um olho brilhar com sua presença;
  • uma lágrima secar com seu sorriso;
  • a dor passar, através de um abraço, um beijinho e uma frase estimulante - "passa, filho, já, já, passa. Mamãe tá aqui";
  • os problemas ficarem menores, ou, no mínimo "resolvíveis", simplesmente por carregar com seu amor seu/sua filho/filha, para diminuir o peso;
  • o melhor diante de uma catástrofe;
  • -se presente, mesmo distante;
  • sua dor congelar - sem deixar de sentí-la - para socorrer;
  • o exercício de física quântica do/da filho/filha, até aquela que mal sabe assinar seu próprio nome, quando eles estão atarefadíssimos e sempre "sem tempo" para nada...;
  • uma simples coruja se transformar numa leoa... e, ainda ser um canguru, colocando a prole na bolsa;
  • seu radar, ultra sensível e captador daquilo que não foi dito e mal foi pensado pelo filho, desligar, para respeitar sua privacidade - ops! algumas mães de fato fazem isso...;
  • uma roupa 38 caber num manequim 48... sabe fazer o IMPOSSÍVEL SER POSSÍVEL, de alguma maneira criativa, afinal, impossível é apenas uma palavrinha boba;
  • de tudo um pouco e um pouco de tudo... afinal, mãe GOSTA DE SABER... de tudo... 

 Mãe, para mim, já nasce sabendo que pode saber sempre mais. Porque, na prática, toda mãe é um ser multiplicado quando tem fora de si um pouco/muito de si, germinando em outro ou outros corpo(s).


Não dá para falar TUDO que uma mãe pode ser, afinal, na prática, MÃE É TUDO IGUAL E COMPLETAMENTE DIFERENTE!!!



 FELIZ DIA DAS MÃES
hoje e sempre, afinal, todo dia é dia das mães, dos filhos, dos pais... de todos e cada um de nós, comemorarmos mais um dia de vida!!!
Bom mesmo é ter na vida, vida para comemorar!


MÃE É A MELHOR ALUNA DOS CÉUS! CUIDA DE CADA UMA DE NÓS, PAI, AFINAL, SOMOS SUAS MAIS COMPLETAS CRIAÇÕES - AS CAPAZES DE CRIAR E REPRODUZIR!!!









Minha homenagem as MÃES,

Pat Lins.

terça-feira, 1 de maio de 2012

APRENDENDO COM PEPEU - HORA E LUGAR PARA TUDO

Obrigada, "Mister Maker", Peu te adora e você, com sua arte, tem me ajudado a liberar o artista que existe nele e, assim, ele canaliza a energia dele, sem correr tanto.


Uma vez, uma pessoa me disse: "deixa Peu que ele se vira. Pode deixar que ele é assim, elétrico, mas, sabe exatamente o que quer... Veja ele; aprenda com ele a lidar com ele...". 


Na hora, como ele estava correndo para lá e para cá, sem parar, eu fiquei agoniada. Estávamos na casa dela e ele correndo. Ela me fala, ainda: "ele é criança e a gente precisa respeitar cada criança como ela é. Se ele gosta e precisa correr, deixa e vê o que é que ele quer com isso...". O mais legal foi um arremate que ela fez: "o problema é que muitos adultos esqueceram que foram criança e querem uma criança engessada, parada e obediente, como um cão adestrado e chamam isso de educação...". Não quero com isso - e nem foi o que ela disse ou quis dizer - legitimar algumas atitudes de Peu - por ser criança e meu filho - que requer uma intervenção mais firme e uma imposição de limite e deixá-lo solto para fazer o que quiser... ele é uma criança. Destemido, inteligente, esperto... mas, criança. Que fique claro: ela se referia a mania dos adultos de não quererm escutar o barulho que uma criança faz; o falar alto de uma hora para outra; o rir e gargalhar inocentes; o fantasiar e agir como seu herói favorito... Lógico que tem hora para tudo e isso a  criança precisa entender. Entretanto, como eles podem entender algo que os adultos não colocam em prática? Se tem hora e lugar para tudo, por que quando alguns pais/mães chegam em casa, cansados do trabalho, esquecem que agora é hora de estar em casa e com os filhos? Fora quando levamos as crianças para os lugares para adultos e exigimos deles um comportamento de príncipe.

Sabe aquela reunião entre amigos, onde é só para adultos? Não tem com quem deixar o filho, melhor evitar, a não ser que sejam amigos mesmo, entendam e queiram tanto sua presença que adaptam a reunião para criar um clima e um ambiente para a criança. Do que adianta a gente querer levar o filho para lugares que não têm espaço para brincar e exigir deles que se comportem como um adulto e, pior, entendam que é seu espaço? Criança pede limite, mas, a gente tem mania de dar limitações. 

Eu, por não saber lidar com o temperamento de Peu, deixei de frenquentar muitos lugares para a idade dele. Parece que os pais/mães estavam mais dispostos a julgar do que a ajudar. Seus filhos eram santos e os dos outros, crianças mal educadas. Eu procuro ver Peu como ele é, mesmo não sabendo lidar com isso muito bem, eu sei quem ele é, não fico dizendo que o filho de A, B ou C é assim ou assado para fazer com que o meu pareça ser melhor. Tem uma mãe que conheço que o filho dela é um poço de "sonsidão". Era uma criança como outra qualquer, mas, a mãe tanto fez que o menino está insuportável. Ele é criança, corre, grita e brinca. Mas, cada grito que ele dá, a mãe diz: "que coisa feia, você está aprendendo isso com fulando, né? Só pode. Você não gritava assim ...". Mas, quando o menino começa a gritar, berrar e babar de raiva por não querer ninguém perto dele e só querer o parque para ele e já ter empurrado algumas crianças menores dos brinquedos alto, ela finge que nem vê. Pois, chegou ao ponto dele quebrar uns brinquedos - coisa de criança curiosa que desmonta e depois quer montar - e disse que ele havia quebrado e ela diz e manda ele repetir: "você não fez isso nada, foi algum coleguinha seu, não foi não? Você não é de quebrar nada...". O detalhe é que o menino - imitando naturalmente o pai - adora mexer com ferramentas, acha que está consertando e seus brinquedos são, na maioria, resultados desse trabalho: tudo quebrado aos nossos olhos, mas, consertados, aos dele. Agora, o menino aprendeu a mentir e inventar. Ele quebra e diz que foi a primeira criança próximo dele. E ela prefere acreditar. Hoje, ele tem 4 anos e já age assim com muita naturalidade. Isso é nem se  ver, quanto mais ver o próprio filho. Se lidar com a natureza, o temperamento e a formação do indivíduo e social já é um trabalho, imagina incrementando desse jeito?

Eu, por  muito tempo, culpava o meu marido, meu sogro, minha sogra, minha cunhada, a avó do meu marido e todos que percebia as características nele, por Peu ser agitado, teimoso e desobediente. Isso era cômodo para mim: alegar a natureza dele, tudo isso com o agravante dele ter a minha língua solta, pavio curto e minha capacidade de expressar bem e bem argumentar, faz dele uma coisa que eu acreditava não ter solução. Entender que Pedro é como ele é e que estabelecer limite a ele, justamente por ter essa natureza, é duplamente complicado e trabalhoso tem surtido mais efeito. Eu, antes, reclamava com ele e alimentava esses pensamentos de condenar os outros. Hoje, não reclamo com ele brigando com meus pareceres sobre essas pessoas, eu entendi que não preciso brigar com os outros em Peu, apenas, ensinar para ele que ele precisa canalizar esse gás e essa teimosia dele para o bem. Comecei a mudar, aos poucos. Não adiantava apenas impor. Era preciso fazê-lo refletir sobre. É preciso que eu entenda isso. Sempre tive o hábito de conversar com ele, entretanto, por trás de cada conversa, ia o que eu não falava, mas, sentia: a raiva pelos que condeno por terem as características que Peu herdou - o que mais me incomoda é que essas são as pessoas que mais falam dele... tipo "macaco não olha para o rabo", sabe?! -. Quando percebi isso em minha ações, percebi que eu não estava sendo nem imparcial, muito menos honesta com meu filho - nem comigo. Eu precisava conversar com ele sobre ele e suas ações, não sobre as ações dos outros. Minha mãe me dizia: "não fala isso na frente dele, porque ele vai achar que está certo e pode ficar com raiva dos parentes...". Minha indignação era minha para com aquelas pessoas e, quando via em Peu a presença de cada um deles, era com eles o meu embate. Raiva ele nunca ficou, mas, agia, na frente dessas pessoas, como essas pessoas. Era impressionante. Na casa da bisavó - a avó do meu marido - ele era a teimosia em forma de gente, tal qual a bisa. Com meu sogro, a eletricidade e aceleração tipo "the flash", tal qual meu sogro. Via que eu estava era reforçando essa imagem nele e isso estava comprometendo o comportamento dele. Foi fácil e de uma hora para outra enxergar essa minha falha enorme? Nada. Todo dia é um esforço novo. Tive que observar e avaliar o tempo que cada um consegue manter na presença de Peu - porque o oposto acontecia, também, essas pessoas, diante de suas imagens refletidas, ficavam tão incomodadas com a presença de Peu que demonstravam um stress iminente. Era o "time" de cair fora. Essas pessoas não têm a menor consciência de agirem assim e não cabe a mim fazer trabalho terapêutico com eles, primeiro por eu não ser profissional da área e segundo, porque eu não teria como dar suporte. A mim cabe administrar isso. Como? De tempo em tempo, durante uma tempo planejado e determinado entre eu e meu marido, levamos Peu ao convívio com eles, na hora do "go", levantamos, começamos a criar o clima de despedida e seguimos. Se estou certa, errada ou sei lá o quê, eu não sei e  ninguém tem como afirmar, afinal, tudo está envolvido com muito mais coisas. Faço o que está ao meu alcance e deixar que vejam que Peu tem suas características próprias, ainda que composto por partes de cada um, ele é ele. E assim, vão vendo Peu. Assim como eu precisei ver Peu.

A melhora se apresenta aos poucos. Não de maneira exata: mudei aqui, ele responde aqui. Não. As mudanças vêm gradativamente, em situações diversas. Inclusive, nos diálogos dele com os "filhos" dele. Transparece nas histórias que ele cria e pede que depois eu repita para ele. Está nas histórias que ele escolhe e pede para ler e repetir e repetir e repetir. Está na escolha do filmes, que, hoje, escolhe os mais educativos, por ele mesmo. Ele gosta de arte e os programas de arte são os preferidos. Vi que, nos momentos em casa, como não tenho babá e nem toda hora dá para descer com ele, premitir que tenha os momentos de criação ajudam a dar vazão à sua energia acumulada e que precisa ser gasta. Libero papel pela casa, cola, tesoura e lápis de todos os tipos e todas as cores do quarto dele até a sala e na varanda, desde que, assim que termine, junte o lixo e jogue no lixo; guarde o que não vai mais usar. Para isso, a gente arrumou o quarto e dispôs cada categoria de brinquedo numa caixa organizadora - já fazia isso com ele desde pequeno, mas, agora, ele interage mais e mostra entender a importância de procurar e saber onde encontrar - juntos. Certo dia, uma dessas pessoas enxeridas, chegou aqui em casa e viu aquele monte de papel espalhado - e, confesso, para deixar eu tive que me trabalhar, porque eu odeio bagunça, mas, se é a fase dele, aquela bagunça é funcional e tem as condições de depois colocar tudo de volta em seu lugar, eu preciso deixar e deixar com o coração aberto e entendimento - me disse: "ave maria, que menino bagunceiro" - como se a casa dela fosse organizada... se ela não sabe organizar a própria cabeça, imaginem a casa e a bagunça que o filho faz e ela prefere dizer que aquilo não é bagunça... - e eu disse: "Não. Ele é artista. Esse é o momento arte dele. Depois, a gente arruma tudo, porque tem hora para tudo nesse lar.". E é verdade. Lógico que como criança elétrica, esse processo é mais trabalhoso, tenho que lembrar que combinamos e, em alguns casos, ser bastante incisiva. No geral, entramos numa missão de arrumar tudo e vira brincadeira. Agora, é a fase dele com o pai. Bom, confesso que fico louca, mas, tenho que deixar, porque os dois bagunceiros juntos se batem muito para arrumar, mas, estão aprendendo a se entender. Espero que antes d´eu enlouquecer... (risos). Está sendo mais legal aprender com Peu. Entendi que eu não preciso ser mandona para estabelecer o limite. Minhas ações e como conduzo a educação dele é que falam. Precisei/preciso aprender a todo instante: vendo como os que trazem características parecidas agem e como as pessoas ao redor lidam com isso; observando as atitudes do meu marido e minha cunhada e a relação deles com os pais; observando como os meus pais agiram com meu temperamento e dos meus irmãos; como meus pais são; como outras mães e pais lidam com os próprios filhos; escutando o que me dizem e diluindo o pré-julgamento, antes que eu pense no que eles querem dizer, em vez de escutar o que estão dizendo; observo os que falam comigo como agem entre si, os seus e com seus filhos... enfim, estou sempre ponderando. Lógico que isso tem um preço e que cansa. Não fico em alerta e tensa demais, apenas, faz parte da minha natureza ter essa capacidade de observar e ponderar. Para mim isso não é esforço. O esforço em mim consiste em ter consciência do que coloco em prática. Têm coisas que realmente eu ainda não consigo. Têm horas que estou exausta. Eu não sou só a mãe de Pedro, nem a esposa que precisa permitir e orientar seu marido a saber lidar com o filho... eu sou uma pessoa, gente, de carne e osso. 

O bom é que estou tendo a oportunidade de aprender muito mais sobre mim, aprendendo a respeitar o pequeno indivíduo em formação em minha frente. Não estou afirmando que filho sirva para isso. Pelo amor de Deus! Para depois um bando de mulher sair parindo por aí e colocar no mundo crianças com essa missão... Não foi para isso que quis ter meu filho. A gente precisa se cuidar - como vamos ao médico e fazemos exames para monitorar nossa saúde física - com ou sem filho. Senão, bastaria ser mãe para evoluir... E quantas mães conhecemos que são mais crianças que os filhos? Eu estou aproveitando a oportunidade de crescer na Vida e isso me faz passar isso para o meu filho. Todo mundo sai ganhando. Essa troca virtual, aqui no universo virtual materno, tem ajudado bastante. Quem me conhece na prática sabe que o que escrevo aqui é o que estabeleço em minha vida prática. Por isso: mães na prática. Porque na prática, a teoria é outra.

Tudo é aprendizado diário, inclusive ser mãe.

Este é o nosso mês de homenagem, porque todo dia é dia de índio, de negro, de branco, de homem, de mulher, de criança, de adulto, de pais, de filhos... de todo mundo! Todo dia é dia de começar. Portanto, mães, aproveitemos para captar essa onda de bons pensamentos e mudemos nossos padrões de pensamentos castradores de nós mesmos e sejamos mais leves, deixando essa mensagem para os nossos pequenos. Quem sabe assim, possmos colaborar com uma melhora significativa nesse mundo de meu Deus! 

VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO! Começando por cada uma de nós!

Saudações maternais,

Pat Lins.

PS - Não sou partidária de deixar a criança na frente da TV o dia inteiro. Há de se ter hora para tudo. Nós temos uma rotina e a TV, os jogos eletrônicos e o computador têm hora e espaço, também.

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