sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

"Infância não é carreira e filho não é troféu"


Lendo o TODA CRIANÇA PODE APRENDER fiquei encantada com a colocação de algo que penso ser fundamental: o respeito às crianças, enquanto crianças e como crianças!

Eis o texto:


Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. Nesse mundo, alguns pais e algumas mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso sim seria então sinal de adequação e o mais importante: de sucesso.
O que uma criança deve saber aos 4 anos de idade? Essa foi a pergunta feita por uma mãe, em um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.
Segundo Alicia Bayer, no artigo publicado em um conhecido portal de notícias americano – The Huffngton Post -, o que não só a entristeceu mas também a irritou foram as respostas, pois ao invés de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com 4 anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.
Para contrapor às listas indicadas pelas mães, em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100, Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem que uma criança deve saber.
Veja alguns exemplos abaixo:
  • Deve saber que a querem por completo, incondicionalmente e em todos os momentos.
  • Deve saber que está segura e deve saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas e em distintas situações.
  • Deve saber seus direitos e que sua família sempre a apoiará.
  • Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilão e utilizar sua imaginação.
  • Deve saber que nunca acontecerá nada se pintar o céu de laranja ou desenhar gatos com seis patas.
  • Deve saber que o mundo é mágico e ela também.
  • Deve saber que é fantástica, inteligente, criativa, compassiva e maravilhosa.
  • Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética. Melhor dizendo, muito mais importante.
E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. A lista do que os pais devem saber:
  • Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos a seu próprio ritmo, e que isso não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente.
  • Que o fator de maior impacto no bom desempenho escolar e boas notas no futuro é que se leia às crianças desde pequenas. Sem tecnologias modernas, nem creches elegantes, nem jogos e computadores chamativos, se não que a mãe ou o pai dediquem um tempo a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se e ler com ela bons livros.
  • Que ser a criança mais inteligente ou a mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Estamos tão obstinados em garantir a nossos filhos todas as “oportunidades” que o que estamos dando são vidas com múltiplas atividades e cheias de tensão como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.
  • Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos e a liberdade para explorá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e eles nem sentiriam falta.
  • Que nossos filhos necessitam nos ter mais. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e prever um sábado ao mês dedicado à família. Que horror! Nossos filhos necessitam do Nintendo, dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé, do grupo para jogar futebol muito menos do que necessitam de nós. Necessitam de pais que se sentem para escutar seus relatos do que fizeram durante o dia, de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Necessitam que passeiem com eles nas noites de primavera sem se importar que se ande a 150 metros por hora. Têm direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que tardemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho. Têm o direito de saber que para nós são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com eles.
Então, o que precisa mesmo – de verdade – uma criança de 4 anos?
Muito menos do que pensamos e muito mais!
Para ver o artigo completo, clique aqui.
Fica a dica!
Saudações maternais,
Pat Lins.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

NATAL: "BENDITO É O FRUTO DO VOSSO VENTRE, JESUS!"


A gente esquece, mas Natal é a comemoração do nascimento do Cristo há 2013 anos.

Minha versão para a versão que conhecemos:

Era uma vez, há 2013 anos, uma jovem mulher, chamada Maria. Um jovem homem, chamado José. Eles eram noivos. Maria, através de um sonho, descobre que está grávida!

- Grávida?! Como assim?

E Gabriel, o anjo de Deus, avisa que Jesus é o filho dos céus, do Pai Celestial.

José, apesar de bom, tomou um baita susto!

- Maria! Como assim?

- Pois é, José!

E José aceita, acredita e assume ser o pai do filho do Pai. Dizem que Gabriel precisou aparecer para ele...

Foi difícil! O machismo é coisa antiga.

Para Jesus nascer, eles precisaram fugir da cidade, para proteger o pequeno rebento que estava ameaçado de morte... bem antes de nascer.

Jesus veio com uma linda missão, mas com a marca de ser DIFERENTE! Não liberaram nem a ele... rotularam, pesado!

Nasceu numa manjedoura, em meio a um ambiente simples. Viveu de maneira simples. Morreu de maneira complexa...

Seu nascimento é comemorado numa data aproximada, aqui no Ocidente, no dia 25 de dezembro.

Mas, a data certa não importa, importa o espírito natalino. Importa o nascimento. Importa a mensagem. Importa a fé. Importa o amor. Importa a amizade. Importa o caminho, a verdade e a vida.

Maria foi uma mãe na prática árdua - para nós, mas para ela apenas era a vida dela - de colocar no mundo um filho ameaçado de morte pelo terror do poder do mal. Sem medo de ser feliz, Maria, José e Jesus seguiram suas vidas e se fez a mudança que conhecemos... deturpada pelos que ficaram. Deturpada pelos que deturparam.

Jesus nasceu, cresceu e morreu com 33 anos, mas isso fica para depois.

Salve, Maria, mãe de Jesus!

Saudações maternais,

Pat Lins.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

DESABAFO DE UMA MÃE NA PRÁTICA


Pois é, 2013... muitos anos até aqui. Muitos desafios. Muita dor. Muitas perdas. Muitas alegrias. Muito aprendizado... Muito de tudo... que vai ficar por aqui. Não por uma questão temporal, por uma questão moral: chega de tudo igual! Já começamos a mudar.

Sabe, algumas vezes nos deparamos - não é bem essa a palavra... não é algo consciente ou que se escolha... é algo que vem, por algum motivo, só que a gente nem sabe, nem sabe como fazer e o que fazer... - com desafios tão grandes que esbarramos no desânimo do cansaço diário de uma prática desgastante por conta de tanta prova. "Prove que é capaz! Acredite, você é! E só há uma maneira de descobrir: passando por isso. Escolha como!". Geralmente, é isso que fica "entendido" diante da realidade.

Às vezes, me questiono se é falta de amor ou apenas desgaste... Não permitem às mães o cansaço. Se cansa, nos impõem que é falta de amor. Daí, vem o dilema: será? Discordo! Eu me canso e amo! E amo muito! Meu amor é humano, eu cobro, cobro que se ame, se cuide, se zele.

Às vezes, entender e aceitar que existe um limite de ação, que desafios que envolvem as "escolhas" do "outro", requerem do outro a própria força para transformar, ou, saber lidar. Quando essa dificuldade do outro vira um problema no coletivo, me pergunto: o que fazer? Mania de ser correta em tudo. Isso me cria um quê de inflexibilidade, me parece. 

Não é fácil fazer escolhas, muito menos, concretizá-las.

Não é fácil manter acesa a chama de uma esperança comprometida pela razão, pelas cobranças externas, e por obstáculos externos que pressionam os frágeis obstáculos internos. Essas provas de resistência diárias na vida de um ser humano já é puxado, imagina na vida das mães na prática atual de ser mãe?

Sim, não é falta de amor! É cansaço! É cansaço humano. É frustração diante de umas simples e "inocentes" expectativas: como ajudar o meu filho em seu processo de crescimento e desenvolvimento? Como ajudá-lo a ser uma pessoa melhor, mesmo sendo eu uma pessoa em processo de crescimento e desenvolvimento como todo ser humano? Como protegê-lo dele mesmo e das suas ações sem consciência dos atos e suas consequências? Como criar um ambiente limpo para um filho? E quando esse filho vem com uma energia inesgotável - e não se trata de hipérbole... - , como dar conta sem cansar? Como deixar solto? Como dar limite? O que é limite? O que é castração por pressão social?

Em meu caso: como não admirá-lo? Como não amá-lo? Como não sentir raiva? Como não deixar a raiva passar? COMO NÃO CANSAR? Como? O quê?

Meu Deus, muitas vezes me vejo fraquejar: não sei se dou conta. O tempo passa e: dei! Não sozinha. Não estou só. Não sou só. Muita gente ajuda. A educação de um filho é muito maior do que um casal de pai e mãe. Interessante, volto a questionar, como a sociedade cruel cobra tanto, tantos papéis a exercer, tantas regras castradoras, tantas exigências, tantas cobranças sociais e individuais e além de não ajudar, ainda cria um obstáculo muito maior para pressionar o que já é pressão por si só. Conto com apoio e colaboração de tanta gente, que motiva continuar. Em contrapartida, muita gente precisando de ajuda a atrapalhar... (feridas abertas e revolta... porque diante de tanto empenho, tanto esforço de anos e 1 ano e meio de destruição... ai, arrependimento! Vai passar!) retardou o que estava em progresso e, simplesmente, atrapalhou. Tudo tem conserto, eu sei. Mas, e o cansaço? E a indignação que causa um cansaço ainda maior? Passa. Passa. Passa. Até uva passa...

Certos desafios parecem, num primeiro, segundo, terceiro e muitos instantes, punição, castigo e, ao mesmo tempo, uma bênção, uma oportunidade para se melhorar. Profundo? Filosófico? Retórica? Real! Cai/levanta/cai/levanta. Impossível odiar o que mais se ama! Mesmo que se percam as estribeiras de tanta raiva, de tanta pressão, mesmo que caia no desespero de tanto cansaço, de tantas crenças limitantes - afinal, como humana, penso que minhas forças são esgotáveis e, quando a gente acredita, passa a ser - a vontade de continuar surge, emerge!

Estou já nem sei onde... porque já ultrapassei o meu limite do limite do limite, há anos.

Eu canso.

Assumo.

Eu grito!

Eu choro.

Eu brado!

Eu persisto!

Desabafo. Coloco para fora o peso do que não conheço, a dor do que não dou conta, o desespero de ter que entender e aceitar que eu só posso fazer o que consigo fazer, entendendo que sou pequena diante de quem sou, diante de tanta coisa que ainda tenho para viver!

Peço perdão a Deus por reclamar, por me enfurecer, por me cansar, por achar que não tenho mais forças, nem fé. Agradeço! Gratidão, meu Deus porque sei e confio, ainda que cansando, que em algum momento, ainda que não seja permitido o entendimento do porquê, saberei como lidar! Epifanias acontecem de tempo em tempo... chego lá!

É preciso ser livre para libertar!

Me libero da culpa e do culpar.

Cansaço de final de ANOS. Final de ciclo! Renovar!

Mães na prática, somos humanas, gente, de carne e osso, com demandas emocionais, sociais, profissionais, interpessoais, espirituais, culturais, políticas, econômicas, materiais... somos demais! Somos ultra mega super! Somos MÃES, NA PRÁTICA REAL DE QUEM EDUCA E AMA SEUS FILHOS!

Fácil? Difícil? Vou vivendo!

Saudações maternais,

Pat Lins.


sábado, 14 de dezembro de 2013

AMAMENTAÇÃO - RUMO A 2014 E OS MESMOS TABUS?


A foto "polêmica" da top brasileira. (Foto: Reprodução/ Instagram) - CLIQUE AQUI PARA ENTENDER MAIS
 Engraçado que as pessoa vão as ruas reivindicar direitos, mas ninguém fala de cumprimento do dever.

Gritam, manifestam e exigem liberdade de expressão, mas uma mãe não pode amamentar seu filho, um ato super natural, sem maldade ou segundas intenções.

Pois é, a amamentação em público, hoje em dia, é UM GRANDE TABU. Logo um ato tão natural, que espanta esse tipo de reação, de questionar que uma mãe deveria procurar um lugar mais reservado para dar mama ao filho... seria o machismo ainda mais egoísta e tapado do que é, a ponto de só querer o "peito" para eles? Francamente, isso me choca profundamente! Essa maneira de ver esse ato como vulgar...

Eu não entendo o motivo de tanta gente ter pavor ao ato de amamentação... A tendência ao superficial e não natural já subiu e se instalou na cabeça das pessoas. Gente, essas atitudes, esse pavor em ver uma mãe amamentar... é pura estupidez.

Caras de nojo e "eca", como se a mãe estivesse dando alguma porcaria ao filho. Essas pessoas não sabem o que é respeito! Só sabem, nesse caso, o que é "peito". O "res" é resto, é nada!

Imagino quando se depararem com o ato natural dos pinguins de alimentar seus filhotes, dedicando a própria vida para conseguir se alimentar, numa jornada dura de meses indo e vindo, debaixo de um frio congelante, caso estejam sozinhos, onde a força do amor e união provam que o mais importante é entender que "juntos somos mais!".  Essas pessoas vão sair exigindo que a extinção dos pinguins seja imediata... E os partos? Serão proibidos e vão desenvolver uma técnica de materialização de bebês do nada? Ou, apenas robôs serão aceitos?

O que falta é AMOR. Simples assim. Falta capacidade de olhar e não julgar, nem condenar. Garanto que se fosse a cena de um homem espancando uma mulher, ficariam parados, olhando e pensando: "ela merece!". 

Isso me assusta!

Essas pessoas - qua estão em todos os lugares,  níveis acadêmicos, classes sociais, econômica e credos -  são a destruição, o verdadeiro FIM DO MUNDO! São pessoas tão vazias que qualquer atitude de amorosidade é como uma facada no fígado e outra em cada rim! Essas pessoas devem colocar um saco na cabeça para se olharem nos espelho. Não devem ter mau hálito ao acordar e nem soltam gases... Provavelmente, não fazem as necessidades fisiológicas número 1 e número 2... vivem tão cheios e entupidos de resíduos tóxicos e dejetos que se sentem mal por existirem e chama isso de felicidade! Devem chegar ao êxtase quando tomam um laxante para a mente... porque é lá que estão os dejetos que deveriam SAIR do nosso corpo... nesses casos, sobe para a cabeça! Francamente! Eu não penso assim só porque eu sou mãe... isso é porque eu sou filha, sou pessoa e sou mãe, também! Isso é porque eu penso e sinto! Isso é porque eu não sou doente.

Essas pessoas carecem de colo, e, quando descobrirem que colo é deitar num busto sem conotação ou denotação sexual, vão tomar um susto! Mas, se se permitirem sentir as batidas do coração que pulsa logo ali, debaixo do peito, quem sabe se sintam acolhidos e tocados,  e sintam algo de bom e sintam que também têm coração batendo neles/nelas. 

O SENTIR sempre foi ensinado como prazer e pecado... ou seja, é um erro em cima do outro. A solução é muito simples, porém, desafiadora: consciência!  Não se é possível ver as coisas com olhos limpos e bons?

Para agora e que continue em 2014, 2015, 2016... desejo um mundo mais amoroso! Um mundo onde as pessoas aceitem que são imperfeitas e aceitem que sempre podem e têm - podemos e temos - muito a aprender. Que as virtudes deixem de ser palavras em um dicionário e se tornem vivas e ativas, em nossas ações. Que bons valores deixem de ser relacionadas a contas bancárias com muito dinheiro ou preços altos e sejam o que são: valores, normas de conduta baseadas em virtudes!

Amemos! Amamentemos! 

Pat Lins.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

RETROSPECTIVA 2013 QUE VENHA 2014!



Pois é... este ano foi meio puxadinho para a mamãe aqui, daí o blog ter ficado meio que negligenciado... Foi fácil, não. EM NADA! Com relação ao âmbito mãe, tivemos - em família - que fazer grandes mudanças - inclusive, de casa... Limpamos o ambiente geral. Lógico que as consequências e os resultados se estabeleceram, mas, novas tentativas e novos sucessos. Fracasso? Lógico: a relação com uma escola que confiei tanto... que nos fez Experimentar o amargo e o doce de ter que ser muito firme e consciente num processo conturbado. Mas, está tudo melhorando e dando certo - ainda que muitas perdas sendo colhidas... mas, nada melhor do que reverter em ganho. Sem falso otimismo, com pés no chão e seguindo em frente, para frente! 

Essa geração de hoje em dia é um grande desafio a pais, amigos, educadores e coordenadores pedagógicos, também - aquelas que carregam a arrogância de saberem tudo, porque aprenderam em algum mestrado, essas acabam sabotando e muito essas crianças.

Mas, isso não é desculpa para não dar limite e ser firme, muito menos me impede de dar LIMITE com AMOR - mesmo que perca as estribeiras muitas vezes e fale "grosso", como diz Peu.


Eles são ávidos por viver. São ansiosos elevados à 18ª potência. Não desligam fácil. Geralmente, são arrebatados pelo sono. Acordam cedíssimo e sempre elétricos. Mas, quando bem conduzidos, usam seu potencial de segurança e autonomia, com capacidade de investigar e descobrir - Peu diz que vai ser cientista.

São artistas, EM TUDO. Sensíveis, ligados, antenados... porém, geniosos e prepotentes, porque acham que sabem de tudo. Eles vêm sabendo muito mais do que a gente sabia que sabia na infância.

As crianças de hoje em dia não apenas sabem o que querem, como sabem brigar por isso. Eles precisam de DIÁLOGO. Explicando eles COMPREENDEM. Mas, explicando com HONESTIDADE. A gente não convence essas crianças, elas já são convencidas de si... a gente expande consciência, com DIÁLOGO, sempre! E isso nos leva, algumas vezes a quase perda de auto controle... Toca fundo e não para. É um excesso de atenção e extrema vigilância que desgasta, sim. Eles, sim, nos ensinam o que a máxima "padecer no paraíso" quer dizer... a gente morre de cansaço. Mas, eles clamam por cultura, por arte, por beleza, por sol, por alegria! Eles clamam por CONTEÚDO! E um conteúdo que não seja estanque. Um conteúdo que se atualize e que considere que existe o "Muito mais do que isto aqui!"

Pois é, eles querem nos dizer algo. Eles querem nos fazer sair desse lugar chato e entediante, chamado de "zona de conforto". Na companhia deles, das duas uma: ou você ama ou você cai fora... É duro afirmar, até para uma pessoa autoritária, líder e firme como eu, mas eles SABEM o que querem e não aceitam ordens. Descobri com Peu que ele aceita orientação. Só que são crianças e também tem a questão da birra, da pirraça... do TESTAR LIMITES, como qualquer criança. A diferença? Eles só querem saber em quem confiar, porque, afinal, eles já sabem o que querem... 

Penei muito, ano passado, 2012, com relação à escola - ah, a propósito, precisei tirá-lo no meio do ano, mesmo confiando muito na professora deste ano, mas, existe uma coisa que se chama ranço e falta de humildade em (re)conhecer as próprias falhas da direção e coordenação e o quanto comprometeram o desenvolver de Pedrinho, apenas por não saberem que não sabiam o que fazer e duvidavam de quem o acompanhava, como a psi, uma equipe que trabalha com equoterapia, etc... Enfim, estávamos todos errados, apenas elas certas... e errando e eu, que precisei ser radical, pensei: "Melhor salvar meu filho! Limpar ambiente! Começar do zero!". Isso foi necessário, porém, tardio, porque o estrago estava feito. Mas, tudo ao seu tempo e sempre tem solução - e retomando sobre o início do parágrafo: e vi, na prática, o quanto a parceria com pessoas interessadas faz diferença. Tudo o que batalhamos, para lidar com o comportamento do meu filho - que é um grande desafio, diante de tamanha inteligência e capacidade de articular o que pensa e como pensa e do quanto ele entende o que acontece ao seu redor - foi comprometido em 2012 e início de 2013 por conta da falta de preparo e boa vontade da equipe da escola - que é muito boa, sim, porém, está comprometida pela cegueira e falta de humildade em assumir as próprias limitações... êta, que esse fechamento de ano está amargo... por enquanto. Pois sim, isso quer dizer que essas crianças atuais demandam de um tratamento igual, mas diferenciado... Falta equilíbrio, porque ainda não se sabe como lidar com eles, mas uma coisa já é comprovada: os métodos conhecidos não são efetivos de maneira positiva e construtiva... Caminhemos! A luta foi por compreensão e parceria... mas, virou briga e medição de forças, por falta de profissionalismo e humanismo. Para ser profissional, não tem que deixar de ser humano. E para ser humano não precisa ser cego e tacanho... Entende?! 

Um profissional seguro, aberto... é capaz de ter afeto, sim, mas isso não o impede de ser eficiente... já alguns que se gabam de "manter a distância" como sinônimo de frieza e incompetência, esses, perdem MUITO com essa nova geração, porque não conseguem fazer o que precisa ser feito e perdem a chance de conhecer um mundo novo que surge já, agora! Pena que nos faz perder, também...

Fazer escolhas conscientes e o processo constante de auto busca e autoconhecimento me ajudam muito a lidar com meu filho. A melhor maneira de ensinar é SENDO exemplo. Olha o verbo no gerúndio: é enquanto estamos crescendo e isso é todo o dia.

A nova escola me remete aos cuidados que ele teve com a equipe inicial da escola anterior: assume o desafio como desafio, assume o que se sabe até ali e assume que está ali, junto, em parceria, sem julgamento e condenação, com o tom pesado de culpa e culpado... retomamos, com essa parceria, o tom de "estamos juntos para ajudar!". 

A mudança foi positiva, apesar das consequências do que fora feito e os danos causados... daqui para frente é reconstruir. Melhor, construir. Precisamos derrubar as paredes tortas e erguemos novas e retas.

Estou escrevendo e preparando meus livros, para lançar ano que vem - assim espero!

O que mais aprendi, como mãe, é que filhos diferentes dão um mega trabalho, mas quando olhamos bem para eles e os sentimos, acredite, um mundo rico, lindo e novo é aberto. 

Para 2014? Desejo que os frutos, agora plantados, apareçam. Desejo a paz no mundo, começando pelos apaziguamentos dos mundos individuais de cada ser humano. Desejo desejar apenas o necessário! Nada de ilusão e fantasia que desviem do real. Consciência! Clamo pela consciência em todos nós!

Que 2014 venha com portas abertas para o apaziguar de ânimos. Que venha com AMOR, gente! Isso está sendo esquecido. Logo o AMOR... Desejo "queda aos rótulos"! Isso é para produtos, para nos orientar... não serve para nós, humanos!

Enfim, caso eu não consiga voltar no Natal, fica aqui o meu voto de um mundo mais acolhedor! Desejo acolhimento com consciência e amor!

Pois é: levanta, sacode a poeira e faz o que precisa ser feito!

Ano que vem, algumas novidades...

Saudações maternais,

Pat Lins.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O MAIOR DESAFIO DE SER MÃE NA PRÁTICA...

Imagem: Google
Gente, na vida a gente precisa ter cuidado com o que se dispõe a fazer... Quando falamos em respeitar os filhos como eles são é sério, mesmo.

Para romper com todas as normas, com tudo que nos é imposto em forma de cobrança de perfeição, hoje em dia, ser mãe é estar sempre "hiper vigilante" - como está na moda essa expressão e eu adorei, porque é o que vivemos, é uma adrenalina que não cessa, que não tem tempo e espaço para baixar.

Nossa, entender que determinados desafios que passamos não é fracasso, é apenas o que é é simples, mas dói em tanta parte no corpo de vez que a gente não sabe precisar de onde vem e para onde vai.

Com Peu,acabei abrindo tanto mão da minha vida, para cuidar dele, que é como se fosse minha vida, também. Nossa vida, nossas vidas. 

Por ele eu sou capaz de fazer tanta coisa, principalmente APRENDER. Ele me obriga - algumas vezes de maneira dolorosa, porque bate numa dimensão orgulhosa e vaidosa... - a sair do lugar comum do discurso pronto e viver na prática, ali, aqui, no real, na hora.

Graças a ele eu me resgato. Ele me obrigou, no melhor dos sentidos, em me assumir, em aceitar minha veia artística que está se manifestando, após tantos anos adormecida, que nem lembrava que tinha.

Aquilo que mais venero, que é o amor que tenho pelo mundo literário, o mundo mágico da fantasia - com consciência do que é fantasia e do que é real... e outras vezes, um desejo doido de que o real fosse fantasia, que até fantasio, para aliviar o peso... - que me fora despertado desde menina, tem nele, mas do jeito dele.

Pedro tem me ensinado e custei a entender, a apreender que ser mãe é ajudar o filho, mas que o filho é um indivíduo e um indivíduo especial. Saber respeitar o filho em seu ritmo deveria ser mais fácil, mas ele diz: "eu sou como sou! Eu sou quem eu sou!".

Graças a ele, aprendi esse caminho da blogosfera para me ler, me escrever, me (re)encontrar.

Tarefa desafiadora ser mãe e ter que lutar para salvar o filho. Salvar do quê? "Perigos sempre hão de pintar por aí...". 

Sou grata a tanta gente nesse processo de crescimento e tenho que lidar com o que fizeram irresponsavelmente com ele, no ano passado e com as sequelas e marcas que o impediram de ir além. Justamente quando estávamos numa crescente, a equipe da escola, que nunca reconheceu as falhas nas ações, puxou a corda. Mas, agora é passado e o presente é que importa.

Estamos seguindo e cada pequeno avanço, vibro! O desbloqueio leva tempo e tempo é o que darei ao meu filho. Tempo de ser quem ele é. Tempo e espaço para crescer. E isso é o que conta. Apesar da dor da sensação de "poderia ter feito mais". A gente sempre quer que o filho se enquadre num patamar de perfeição.

Pois, mesmo com as dificuldades de Pedrinho, ele me fez o maior favor: me fez sentir a vontade de adentrar o mundo literário e estou a caminho, filho!

A vida é dual, né verdade?

Justamente por isso, tenho vindo pouco aqui, interagir com as outras mães que me dão apoio nessa troca saudável de experiências.

Em breve volto com novidades!

Saudações maternais,

Pat Lins - fracasso é nem tentar! Tentar, mesmo que não consiga, é meio caminho para o sucesso de se alcançar a vitória!

sábado, 12 de outubro de 2013

QUANDO CRESCER, QUERO REALIZAR MEU SONHO DE INFÂNCIA!




Quando crescer, quero realizar meu sonho de infância, de, um dia, ser uma super pessoa, incrível e capaz de ajudar tantas outras com meus livros e poesias.

Quando me perguntavam o que queria ser quando crescesse, eu, criança, também sonhava em ser várias coisas, como professora, escritora e poetisa, mas, no geral, só valia e os adultos só queriam escutar se eu falasse de alguma profissão que "desse dinheiro", como advogada e médico...  Hoje, depois de adulta - numa idade, como bem diz a cantora Sandy: "muito velha para ser jovem e muito jovem para ser velha..." - me questiono: existe alguma profissão que "dê" dinheiro, assim, de graça? E qual o motivo de ninguém gostar de escutar uma criança falar: "adulto!"?! Por que podamos os sonhos e dizemos que tudo é impossível, que só é feliz aquele que "ganha dinheiro"? Já vi muita gente com contas pagas e sem amor dos filhos, porque não deu amor... Mas, também tem muita gente com grana e que tem amor, também... ou seja, não é o dinheiro, é o sentimento!

Pois é, é por essas e outras que me questiono mais: o sonho de infância tem que caber em, no máximo 2 páginas - ou 1 e meia - de um belo curriculo? Só pode sonhar com a vida profissional? E, é errado sonhar com uma profissão brilhante? É errado sonhar em ser professor? Médico? Bombeiro? Policial? Astronauta? Artista? Raramente, escutamos alguma criança falar que quer ser diplomata, político, presidente de uma multinacional... falar dois, três idiomas... Isso é coisa de adulto que coloca na mente da criança - ou, filho de alguém que trabalhe nessas áreas.

No geral, criança quer brincar - quando deixamos e quando as permitimos serem crianças, mesmo nos dias de hoje e dentro da concorrência feroz no mercado de trabalho... isso é coisa de adulto!

Criança demanda de boa orientação, limite, bons exemplos - com os quais elas aprendem muito mais... - , ambiente saudável e AMOR. Criança precisa do lúdico, da fantasia, e precisa  crescer, sim, no tempo de cada fase, num processo saudável e natural - nem infantilizar eternamente e prender no mundo ilusório e de fantasia, nem os tornar mini adultos... nada antes da hora!

No dia das crianças, tudo é alegre e colorido, cheio de bombons e jujubas... como se só pudesse ser nesse dia. E nos outros dias? As frutas são coisas chatas, de todo o dia; e guloseima é coisa legal, só para dias especiais... é isso?!

Sou super a favor de tecnologia, desde que não exageradamente e que não deixem de viver a vida lá fora para se fechar no virtual. Sou a favor de atividades física e extracurriculares, desde que seja uma parte do dia e que a criança sempre tenha tempo e muito para lazer e diversão.

Achei super interessante uma conversa que tive com uma senhora muito distinta, que teve 5 filhos e, hoje,  ainda trabalha e ajuda a cuidar dos netos e ela perguntou a Peu: "E você, rapazinho lindo e encantador, como vai? Adoro conversar com você, sabia? Você é muito espertinho para a sua idade. E, me diga, quando você chega da escola em casa, o que você faz? Você tem tempo para brincar?...". Conversamos muito e ela me disse o quanto se preocupa com essa geração atual, que só fica com fone de ouvido e celular e sem tempo para mais nada de lazer e diversão. Concordei com ela, lógico! Não existe "choque" de gerações, quando se há amor e necessidade de compreensão. Ela me disse que hoje existe muita coisa melhor do que antes, mas que o banal é algo a ser considerado. E, cá entre nós, seja a época que for, mais espertos e "high-techs" que sejam, são crianças! Hoje, ontem ou amanhã, criança é criança! Com ou sem estatuto, criança é criança! E criança não tem que ter seus horários numa agenda diária de atividades mil. Uma conhecida, certa vez, me disse que a filha de 6 anos estava estressada, com a patologia, mesmo, quais com estafa... aí, ela me disse: "...deve ser o ballet 3 vezes na semana, a natação nos outros dois dias, a aula de inglês após a natação... Ela chega em casa exausta. Não sei de quê? Não faz nada, só se diverte!". Será que o excesso de atividade é saudável? Exigir tanta qualificação da criança, é bacana?

Assim, que possamos realizar nossos sonhos de infância, resgatar a parte boa da nossa essência e nos tornarmos adultos mais legais, em vez de seres estressados e estressantes, que querem deixar esse legado para as novas gerações!

Também, não é largar a criança sem observação... largar à toa, relegado à sorte. A criança precisa da presença do adulto, sim. Não como carrasco, mas como orientador, mediador... referência!

Correr, brincar, gritar - ainda que me enlouqueçam os gritos exagerados do meu filho... -, perguntar, ser curioso... tudo isso faz parte do mundo de descobertas da infância. Com pais mais conscientes do seu papel e, incluir neste, a condição de entender que criança demanda de liberdade - uma liberdade vigiada, como toda e qualquer liberdade, onde seu direito termina onde começa o meu, sabe como é? - e limite! E isso não é contraditório, isso é dualidade e uma das melhores condições desses dois lados de coisas boas!

Saudações maternais,

Pat Lins.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ANIVERSÁRIO DE MATERNIDADE - 7 ANOS!


Quando os filhos nascem, nascem os pais, também! Assim, quando eles fazem aniversário, fazemos nós, também. Hoje, 7 anos de mãe, esse novo ser que emergiu de mim após a chegada do meu pequeno - que, agora, acha uma ofensa chamá-lo de criança! - Pedro. Nesses 7 anos, morri, nasci, renasci... aprendi uma nova maneira de viver que é parecida, mas diferente. Entendi que impossível é algo que a gente ainda não tentou e que não conseguir  é apenas uma consequência, não uma fatalidade. 

Como mãe, aprendi a fazer até um crocodilo de sucata, cortar unhas, enfrentar alguns medos - inclusive o de dirigir, de cachorro... -, dormir pouco, me senti exausta e não poder dormir... Enfim, é tanta coisa que a gente passa a fazer, para se libertar e aprender que AMOR é livre e libertador. Se eu trago meu filho para os meus medos, a prisão se faz. O AMOR que tenho me faz aceitar meus erros e querer acertar. Me faz ver ele como é e entrar no mundo dele para entende-lo, respeitá-lo e, assim, conhecê-lo. E, justamente por isso: AMÁ-LO, como ele é! 

Faz 7 anos que meu maior tesouro nasceu e entre caídas e levantadas, encontrei o melhor mestre de todos: EU MESMA! Precisei me ver, desconstruir, reaprender... fiquei parada, sem andar, engatinhei, dei meus primeiros passos, andei, corri, caí, levantei e segui! E sigo! Precisei me ajudar para poder ajudá-lo! Me reeduco, para educá-lo! Me conheço, me futuco, me reviro, me busco, para ensiná-lo uma coisa que ele me ensina: a importância de se encontrar! De saber que quem somos é, nada mais, nada menos, do que uma busca constante.

Cada fase, cada mudança, cada transformação... cada dia é uma novidade, ainda que igual!

Pois é, Pedro, meu filho, hoje você completa 7 anos e eu, também! Eu nasci uma nova pessoa no dia em que você nasceu! TE AMO, MEU FILHO!

Parabéns, para nós!

Pat Lins.



sábado, 21 de setembro de 2013

APRENDENDO COM MARIA

Essa eu precisava compartilhar com todas nós!

Imagem: internet: http://giselefmaciel.blogspot.com.br/2011_09_18_archive.html

Uma colega da pós postou essa mensagem linda e que me tocou muito:

"Maria, 5 anos, gritou para mim em plenos pulmões: 'você não pode me testar (se referindo a minha tentativa frustrada de tentar faze-la comer o almoço todo) eu vou viver como eu quiser!' . Cinco minutos depois resolveu me dar novamente a flor que já tinha me dado e tomado de volta. Maria pergunta: 'Alana, você quer merecer a minha flor?'; Alana: 'Maria você já me deu, já tomou, o que é essa flor finamente?'; Maria responde: 'é uma especia de Amor! Alana!! Você tem que aceitar e cuidar dela!' ".

Daí, sabe, me tocou e acabei embarcando. Maria me lembra meu filho Pedro, em sua maneira firme e assertiva em questionar. As crianças de hoje em dia, são crianças, claro, precisam de limites, claro, mas acima de tudo, o que Pedro vem me ensinando - e, agora, Maria - é que eles são diferentes da nossa geração. Não temos como negar. Como é tudo novo, estamos tateando em como educá-los da melhor maneira. Porém, quais são as nossas referências? Os padrões anteriores. Como usar algo que está aí, que já estava aqui... em algo que "acabou" de surgir?

Nenhum de nós - pais, mães... família, amigos, educadores, psicólogos... - está firme e convicto de que damos conta dessa geração. Estamos?! Mas, com base no que temos, damos sequência. Eu "penei" muito até começar a entender uma coisa. Conversando com uma senhora que tinha um filho diferente, por ter uma "patologia" - se é que existe isso... mas, é como a ciência ainda consegue afirmar... - que é o autismo, ela me disse uma coisa que me marcou: "precisamos entrar no mundo deles e não trazê-los para o nosso!". Daí, pensei: É ISSO!

Essa nova geração vem sem patologia - em geral -, no que se refere aos laudos médicos, mas com uma inteligência acima da média, que mais parecem mini adultos. Isso, ao meu ver - não sei se estou certa ou errada, mas estou aprendendo nesse tempo - não os torna adultos e nós precisamos agir como adultos e deixar claro que eles são crianças e, por mais espertas e atentas, são crianças... 

O que me levou a refletir mais foi o fato de como TODOS  eles - me refiro com que conheço com essas características ímpares e alguns que algumas mães me enviam relatos - clamam o AMOR. É como se eles dissessem: esse é o caminho AMAR. E o que vem a ser amar? É aceitar o outro como é e conviver com as DIFERENÇAS. Não é trazer ninguém para o nosso mundo, é estar no mundo. O Universo é tão vasto, se bem observarmos, e representa o infinito, em sua plenitude e harmonia, da diversidade. Tememos tanto as diferenças que se alguém fala que viu um ET, a gente ri... 

Não aceitamos as diferenças porque elas exigem ação - reflexão - ação - reflexão - ação... As diferenças nos fazem andar e movimentar. Essa nova geração traz isso: movimento. A acomodação, as velhas crenças - que não estavam nem erradas, nem  certas, era o que tinha em cada época - tudo isso precisa ser derrubado. Derrubar de vez? Não. Percebamos que eles chegam aos poucos e vão aumentando. Inevitável essa comparação entre gerações, mas no que se refere a atual, ela rompe com tudo e com todas as anteriores! Creio que isso esteja assustando muito, em vez de nos fazer aceitar! Por conta deles? Não, por conta da nossa limitação.

Quando Maria afirma - assim como Peu - que sabe o que quer e, depois, vem nos lembrar que aquilo é passado, agindo dali para a frente, a gente pensa que eles estão brincando ou zoando... Pedro, hoje em dia, me pergunta: "Ué! E o que foi que eu fiz de errado dessa vez? Como é o certo para vocês?". Eles se sabem e se vêm diferentes... sentem o baque, sofrem, agindo de maneira agressiva, muitas vezes, mas lidam com uma libertação e ruptura com o que prende que impressiona. Eles não guardam rancor. Isso me impressiona.

Me recordo dos problemas que tivemos, ano passado, com relação a antiga escola e, ainda que compreenda que eram humanos, e faziam o que davam conta - me incomodou, confesso, a falta de humildade e se reconhecerem como tal, agindo como juízes supremos e sábios plenos, em vez de assumirem que estavam tão perdidos como qualquer outro mortal, humano e aprendiz da vida - eles atingiram Pedro, a ponto de desencadear alguns bloqueios que, hoje, estão sendo tratados e trabalhados. Porém, ele não traz raiva, rancor ou qualquer sentimento assim. Ele sente carinho, inclusive, e fala dessas pessoas, como se me dissesse: "Mãe, deixa para lá! Passou! Agora, limpamos o ambiente e recomeçamos!". 

Ele me perguntou: "O que são emoções, mãe? É só tristeza?". Porque ele sentiu uma dor na barriga e eu perguntei: "Tem algo te inquietando, filho? Você está muito agitado, pode ser emoção, por conta do seu aniversário que está perto..." - ele a-do-ra festas e o aniversário dele, então, ele AMA! 

Daí, expliquei para ele, do meu jeito, pega de surpresa, como sempre, e sem tempo de racionalizar para enrolar, apenas com tempo de raciocinar o que senti e elaborar uma maneira de explicar honesta: "Filho, emoções são essas coisas que a gente sente e não sabe explicar muito bem, como quando ficamos alegres demais; ou tristes demais; ou pensativos demais; ou querendo ficar sozinho, de vez em quando, sem saber o motivo... é quando a gente sente tocar no coração e na barriguinha, bem no estômago e a gente só sente, mas nem sabe o que sente, apenas reage!". E ele entendeu.

Desde que eu "entrei" mais no mundo dele, diminuindo julgamentos, me vendo, honestamente, mesmo, como pessoa que ama, mas que também cobra com base nos padrões sociais - e reafirmo: não entro, aqui, no mérito de certo ou errado - vigentes, e falando sempre às claras com ele, estabelecemos uma parceria mais vibrante, mais forte e mais livre, também. Imponho os limites, a rotina, me canso - porque preciso estar "sempre alerta!" - mas, me renovo com essa relação, e isso vem dando sinais mais positivos!

Hoje, ao ler o relato de Alana sobre sua pequena cunhada de apenas 5 anos, provar que amor é ir e vir várias vezes, sem reclamar, apenas aceitando e cuidando, recomeçando..., agindo e não reagindo, vi um filme em minha mente, desde o dia em que Peu nasceu, de como ele iluminou tudo a sua/nossa volta e de como foi/é difícil, para mim, entrar nessa frequência e isso sacudiu, para valer, e me fez querer ser uma pessoa melhor do que eu já vinha tentando ser minha vida inteira. Me senti num intensivão. Vi o quanto eu reagia, muito mais por medo de exposição ao social, de como as pessoas menos abertas e mais cruéis - hoje, entendo que são as mais presas e sofredoras - necessitam saber se ele é doente e, convivendo, apenas vêm que ele é "normal" - de acordo com os exames neurológicos e afins - porém, diferente. Como me disse uma vizinha querida e que me ajudou muito nesse processo de aceitação da realidade - Sandra Márcia - ele é "diferenciado, nitidamente!". 

Pedro se ofendeu, esta semana, porque foi chamado de criança e disse: "Nunca fui tão ofendido em minha vida!". Mas, ele É criança. Por mais esperto que seja, é importante que ele se veja como tal. E é aí que porca torce o rabo, mesmo!

Hoje, entendo de que não precisamos temer essa geração... devemos temer a nossa geração, quando fica presa aos velhos padrões.

Que muitas Marias e Pedros e outros nomes - coisas que eles exigem que seja proferido, seus nomes, Pedro não gosta muito que outras pessoas o chamem por apelidos ou nome trocado... e faz questão de chamar as pessoas pelo nome... até os tios... - espalhem essas flores de amor, com firmeza e determinação; ensinando e aprendendo, sempre! Eles estão trazendo um novo "paradigma" - sem rotulações, apenas por ser a palavra mais próxima, dentre as que conheço até aqui, do que pretendo dizer - para nossas vidas. Aceitemos e entremos em nossos mundos, nos aceitemos para, depois, adentrar e aceitar o mundo do outro! Se não houver essa honestidade - ou auto honestidade, inclusive em reconhecer nossas limitações, até para superá-las - essa fase atual será de lamentos e sofrimentos! 

Eu mudo a cada dia. Cresço e aprendo, e ensino para aprender ainda mais com ele. Isso, sim, me ajudou a tomar melhores decisões e ir em frente - e não, atrás - dos meus sonhos! De tanto ensinar a Peu que ele é capaz de ser e fazer mais, desde que pelo bem dele e de todos, estou eu aceitando isso em mim, também. Juntos, crescemos e aprendemos, e ensinamos e seguimos!

Então, aceitemos mais e cuidemos mais! Lógico que as flores irão murchar, um dia, assim é a vida tal qual conhecemos, mas isso, um dia, vai mudar: em vez de dor, entendimento e aceitação - não acomodação ou submissão, aceitar, como entender que é assim e pronto!

Saudações maternais,

Pat Lins.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

LIÇÃO DIÁRIA: APRENDER - ENSINAR - APRENDER - ENSINAR - APRENDER...


Pois é... a gente aprende muito enquanto ensina. E ensina muito, enquanto aprende!

A vida é movimento, rigidez é morte.

É por essas e outras, que a maternidade me ensinou muito. Enquanto aprendia, também ensinava..., que a vida é um livro aberto e com folhas em branco à vontade. Caso a gente vá e perceba não é ali, temos como voltar e reescrever, sem precisar rasgar, apenas, virar a página e (re)começar.

Com criança a gente relembra que tudo é mais simples do que pensamos... o problema é que pensamos demais e em demasia excessiva - redundância necessária. E acabamos pensando tanto que nos perdemos no pensamento e no mundo imaginário, que passa a ser real.

Pat Lins - mudanças maiores, pensamentos mais profundos... aprendizados mais frequentes com ensinamentos, consequentemente.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

APRENDENDO COM OS FILHOS: MENOS É MAIS!


Pois é, quando a gente nasce mãe e pai, a gente tem a uma grande oportunidade de reaprender a viver e a ver as coisas à nossa volta.

Assim, a gente aprende que a simplicidade é a melhor solução e que todo problema só aumenta se a gente der força... 

Com meu filho, tenho aprendido que MENOS É MAIS!

Quanto menos vaidade, menos dureza, menos rigidez, menos pessimismo... mais perto da felicidade estaremos!

TUDO  o que eles REALMENTE querem de nós? Nós! O resto é a gente que ensina... é a gente que cria e repassa e afirma e instala desejos com nome de necessidade. Afinal, isso foi feito conosco, com os nossos pais, com os pais dos nossos pais e por aí segue, porque atrás vem é gente!

O tempo que nos rege é o AGORA. Que nosso "foi" seja de boas lembranças de boas bases firmadas!

Saudações maternais,

Pat Lins.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

"MÃES" EM PAUSA


Dei uma pausa e já, já, retorno!

O "Mães na Prática" deu um tempo, para a mãe na prática aqui se reorganizar.

Novos projetos em ação. Novos projetos em erupção. Dia a dia, rotina, inovação, renovação. Êta! Preciso racionar o gás, porque, nessa turbulência, meu pequeno continua na ativa... e como!

Em breve, retorno!

Obrigada pelos e-mails e obrigada pelas sugestões. Já, já, organizo e escreveremos aqui.

Saudações maternais,

Pat Lins.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

"PRESS START" AND LET'S GO! - VAMOS DETONAR COM O QUE LIMITA E PRENDE!




Tenho gostado muito das produções/animações infantis! Me refiro aos que trazem algo de bom, ainda que através da indústria cinematográfica e com apelo comercial. Porém, mesmo assim, muitos estão trazendo belas mensagens e reflexões para os nossos pequenos sobre virtudes e valores; escolhas e consequências; bem e mal; desafios e superação; verdades e mentiras; ciúmes e admiração; poder e responsabilidade; respeito... entre outros.

Fora que são vídeos muito bem produzidos e de uma beleza estética que completa o quadro e agrada aos olhos. Para mim, tem que ser bonitinho, também.  

Hoje, Pedro locou "Detona Ralph", um dos filmes que ele mais gostou  de assistir, para ver de novo e de novo e de novo. Dentre seus preferidos, do cinema, estão: "Os croods" - foi duas vezes ao cinema ver e já quer locar, assim que sair e "A origem dos guardiões". 

Me encantei com "Detona Ralph". Lindo! Que mensagem belíssima!

Quantos de nós se questiona sobre nossas missões, nossos papéis? Pedro sempre me disse: "mãe, cada um de nós tem uma missão aqui na Terra, sabia? A minha vai ser descobrir um 'inatron' que cure as doenças..." - que seja!

Ralph é um vilão de um game, chamado "Conserta Felix Jr". Ele tem 3 metros de altura, 300 quilos, mãos enormes e pés gigantescos. Sua aparência é rude e grosseira. Cabelos assanhados, pés descalços, roupa suja e rasgada... Foi criado para destruir tudo, enquanto Félix conserta tudo com o seu machadinho dourado. Felix é pequeno, limpinho, branquinho, redondinho, todo bonitinho e bonzinho. É preciso que  Ralph destrua para Felix consertar... senão, o jogo não acontece... Terminado o jogo, quando a loja fecha, cada um dos personagens volta para casa, onde os vilões vivem na terra dos vilões, um lugar feio e sombrio - Ralph mora num lixão, onde são jogados os restos, o que sobra depois das destruições...  - e os "bonzinhos", vivem em lugares belos, casas limpas e com conforto e glamour. 

As reuniões entre os vilões, tipo terapia de grupo, são muito interessantes. Mostra que os vilões não precisam ser "maus", mas que precisam aceitar a missão deles, para que os heróis possam ser heróis, senão, como os heróis serão heróis? Têm como lema: "Sou mau e isso é bom. Nunca serei bom e isso não é mau. Não quero ser ninguém, além de mim!". Um deles, durante uma sessão desse grupo, grita: "Bom, mau... isso tudo são apenas rótulos!". E Ralph coloca o quanto desejaria participar das festas e dos bons eventos, como comer um bolo, receber carinho dos amigos, ser querido e não temido... como Felix. 

Ralph, então, vê a festa de comemoração de aniversário do game, do qual faz parte, e não é convidado. Decide ir até a casa do Félix, para comemorar, junto com os "bonzinhos". Interessante é que apenas Félix gosta dele... os outros personagens "do bem", são como as pessoas "normais" da vida real. Ali, a ficção mostra uma parte da realidade... dizem que realidade e ficção não se encontram, mas, quando a ficção mostra, ainda que de maneira lúdica, essa realidade, ali se faz um caminho de reflexão real. Ralph vive isolado. Só os mocinhos podem ganhar medalhas... os que não estão nesse padrão, são vilões malvados e que não merecem o convívio social com as pessoas "boazinhas". Cria-se um padrão de competição e uma falsa necessidade de se querer conseguir o que não tem para ser quem não é e agradar a quem não vale a pena... 

Voltando às minhas impressões sobre o filme, Ralph é mordido pela picadinha da subestimação. Ao ser subestimado, ele se sente desafiado e vê, ali, uma oportunidade de se "tornar" alguém bom. Ao contrário do Turbo - um herói de um game que fora desativado por obsolência - que alimentou a raiva e a inveja, abandonou seu jogo e se infiltrou num jogo mais modernos, destruindo ambos..., Ralph apenas quer revelar que ele é mais do que todos insistem em ver e fazê-lo ser. Ele quer ser parte do grupo.

Daí, a saga começa! Ele vê a oportunidade de ganhar uma medalha - que apenas os heróis e fortes recebem - e, com isso, morar num apartamento, conforme foi proposto, ironicamente, pelo diretor do jogo. Entra num novo grupo, disfarçado de recruta, em outro jogo - o "Missão de heróis", que combate os "insetrônicos", que são invasores do mal no jogo. Com isso, ele não aparece no próprio jogo. Sem ele, os outros personagens percebem que o jogo não existe. Nada acontece! Felix dispara em sua procura. E o dono do "Fliperama"coloca o adesivo de manutenção, que é a ameaça maior para qualquer jogo - serão desligados, para sempre! Pois a razão de existir do jogo é divertir e entreter as crianças, sem funcionar, são desligados e deixam de existir.

Não posso contar o filme todo, senão, perde a graça. Mas, o desejo de ter a medalha de herói, apenas para provar que apesar de assumir o papel de vilão, ele não é mau, desperta em Ralph um desejo de provar algo a alguém e mordido por essa gana de ter que provar quem é, ele acaba se perdendo e ajuda, ainda que sem querer, a disseminar os "insetrônicos" em outro jogo... Se o vírus se espalhar, o jogo acaba e, com ele, uma bela menininha pode sofrer muito, graves consequências. Assim, diante de todas as aventuras que começam a viver - ele e Vanellope, a menininha que tem parte da sua memória apagada, assim como os personagens do seu game - um processo de busca e (re)descoberta. E as melhores lições e aprendizado brotam. Inclusive, como as crianças julgam o mundo adulto como algo chato e malvado, como se todo adulto que, ainda errando, tenta ensinar e proteger os pequenos, são vilões. É como se, sendo grande, tem que ser chato. Mostra a dor das perdas que carregamos e condicionamos nossas vidas. Meio que um alerta de que devemos aceitar as escolhas, bem como os acontecimentos da vida e viver a vida seguindo em frente e consertando o que tem conserto. O que não tem, refazer!

Só assistindo ao filme para se deixar picar pelo bichinho da reflexão. Uma corrida rumo ao auto conhecimento; um mergulho nos doces da vida sem preconceito - Vanellope aceita Ralph como ele é. Ela mesma, apesar de ser uma fofura e muito sagaz, é diferente e discriminada. Mesmo com seus defeitos, suas qualidades superam suas limitações -; uma viagem entre os mundos de possibilidade que podemos ser até nos encontrarmos de verdade com a nossa essência: quem e como somos!

O dever, a responsabilidade e o senso de justiça e equilíbrio permeiam toda a trama, com doçura, ainda que doces azedinhos, cores, alegrias e conquistas! Governar não é impor ou manipular, é administrar o bem coletivo! 

Cruzar a linha de chegada é entender que não se termina... se começa! Nem tudo que parece ser um bug precisa ser punido, ou banido. Devemos acolher as características de cada um e todos convivermos em harmonia!

Vence e consegue a medalha aquele que merece e entende que ser líder está além de comandar, está em colaborar! É escutar a voz interior que nos comanda e que tenta nos conduzir ao nosso encontro conosco! E os vilões grandes, feios e desajeitados, podem ajudar uma pequena princesa a conseguir recuperar o que lhe fora roubado: sua vida! 

Acima de tudo, Ralph ensina que ninguém precisa vencer sozinho e que, por amor, damos a nossa vida por quem amamos e, naquele momento, não morremos, mas abrimos as portas para que o milagre da vida aconteça e se faça VIDA! O AMOR liberta e cura! Ele é o equilíbrio real e natural para tudo!

Todos somos como somos e podemos ser melhores no que fazemos! Vamos detonar o que nos aprisiona! Vamos destruir o que nos prende! Vamos nos libertar e começar um mundo melhor, com menos competição e mais colaboração! 

Saudações maternais, detonando o preconceito, a mediocridade, a limitação e em busca de cruzar a linha de chegada da eterna partida de recomeçar a cada novo dia,

Pat Lins - press start and let's go!


sábado, 8 de junho de 2013

PEDRO E AS DELE...

- Mãe, você não está notando nada diferente, não?
- O quê, filho?
- Que eu estou diferente... estou mudando, mãe.
- Como assim, filho? 
- Você nem está vendo meu esforço? Eu quero ser um menino melhor, ouvir mais, entender mais... obedecer mais...

Lindo, meu amor! Eu vejo, sim! Eu sei que é verdade! 

Lógico que dei os parabéns, pelo empenho real dele. Como digo: educação é algo a longo prazo, é construção. Não falo em canonizar, mas ver o progresso que existe no tempo de cada um, ainda que tenhamos exigências reais no tempo cronológico... não estou alheia a essa realidade fantasiosa, limitada e ilusória que criamos e seguimos, como quem segue uma lista de procedimentos, mesmo sem ver sentido. 

O caminho é o de sempre: me manter firme, mesmo quando parece que tudo está errado e  muito estão contra, porque querem resultados imediatos e pré-estipulados... É continuar sempre, nunca sozinha, e buscar apoio - e tenho tido, graças a Deus e de muita gente. É recusar e brigar com alguns mundos que nos oferecem o caminho mais curto e digo: "Não! Se me disser que tem alguma patologia, medico, mas se for preciso que eu me dedique 200% para dar limite, com firmeza, amor e carinho, assim farei, leve o tempo que levar!" Assim faço! Me vejam como queiram... falem o que quiserem. Quem sabe de mim, sou eu. Quem sabe de Peu, além dele, sou eu e quem está próximo e convivendo com ele por inteiro, não com os recortes e estigmas criados, impostos e implantados - esse são os mais perigosos e os que me deram/dão muita dor de cabeça... não entendo determinadas posturas de profissionais de educação tão limitantes e limitadas... Isso não me irrita, me enfurece(enfurecia), o passado sempre chega, quando tem que chegar!

Pedro sempre foi muito traquina, teimoso e raramente reconhecia a autoridade de um adulto - ele se sentia no comando, quase sempre... só acatava a mim, basicamente - e se via de igual para igual e com argumentos muito fortes e precisos. Isso é um desafio constante para mim e para quem convive com ele. Escutei muito que deveria dar remédio apenas para me poupar... não quero facilidade, quero solução e dedico cada dia da minha vida a cuidar de mim e dos meus! Faço isso com amor, mesmo. Errando, acertando e seguindo para errar e acertar mais por aí. 

Não é escutar Peu me preguntar se percebo isso... no discurso é tudo muito belo, mas é ver seu empenho real. É estar ao lado dele e tentar ensinar que ele não tem que "obedecer" apenas, mas entender que os adultos, por terem mais experiência de vida, têm algo mais a passar e que ele, ao menos escute e reflita. Também não vou impor que ele acate a todo e qualquer adulto, ele também entende muito bem as coisas e existem alguns adultos que, francamente, parecem que nem sabem que são gente, de tão sem ética e moral. É me trabalhar, me conhecer sempre, porque o melhor limite é o da coerência!

Ver o crescer e aflorar de Pedrinho me ensina muito e ele mesmo me deu as deixas de como acessá-lo: com amor e verdade! Ele está cada dia mais encantador. Longe, muito longe de ser um santo - eu também não sou... - e perto, muito perto de ser um ser humano se descobrindo, se vendo diferente dos demais, mas que também não é doente, diferente desses, também... Ser diferente dos diferentes e dos iguais. É ele, como ele é e quem ele é! Dá para orientarmos a lidar com seu temperamento explosivo e canalizar essa fúria de outra maneira, mais produtiva e que não atinja ao outro. Dá para ajudá-lo a descobrir esses caminhos e alguns meios.

Pedro só é conquistado com AMOR. Quando entra a arrogância e a loucura, saia debaixo, que esse ser arrogante ou louco vai ser obrigado a se ver. Pedro tem isso, ele obriga que quem interage com ele se VEJA, de verdade. Ele vai na ferida, mesmo. Só dói em quem está doente, debilitado. Quem está sadio, forte e firme na verdade e coerência, ganha ele, porque ele rejeita a imposição do vácuo, do vazio, do dissimulado e do inventado!

Não tente ganhar Pedro, ele não se vende. Mas, está aberto para conquistar e ser conquistado. Ele tem seus dilemas e desafios e, aos poucos, consegue perceber mais as coisas - não de maneira seletiva, mas mais abrangente. Interage muito mais com seus dilemas internos, como um grande que é, mas, também tem suas "batidas de cabeça", quando perde as forças ou se sente cansado, irritado ou contrariado ao extremo. Por ser inteligente demais, é cobrado demais onde se mascaram as expectativas: "se é muito inteligente, tem que acertar sempre e aprender rápido, e a tudo!". Será que é assim?

Vou vivendo. Vamos crescendo, agindo, seguindo e aprendendo, a cada dia! E é isso que caracteriza a boa construção: objetivo - uma base sólida de formação ética, moral e educacional! Com saúde, amor, ambiente limpo e gente qualificada - no bem! 

Ele está cada dia mais gostoso, mais amoroso, mais dedicado - do jeito dele! Amo! Amo! Amo!

Pat Lins.

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