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domingo, 11 de setembro de 2011

"PAI, EU TÔ SENTINDO UMA COISA AQUI NO PEITO QUE NÃO SEI EXPLICAR..."

Aproveitamos a úlitma semana para curtir um Hotel Fazenda maravilhoso, onde todos - eu, Peu e marido - pudemos curtir.

Lógico que quem mais aproveitou foi nosso pequeno. Inclusive, ele fez uma amizade tão linda e emocionante, que precisei registrar aqui, para que, no futuro, lendo este blog, veja um pouco mais sobre sua infância, além dos meus desabafos de sua aceleração... (risos). Lá, ele conheceu uma linda garota, que chama carinhosamente de Lou e se encantou. Não posso deixar que minha racionalidade de adulto queira definir ou conceituar tamanho sentimento numa palavra. Eles brincavam juntos numa entrega e cumplicidade muito linda e livre de qualquer preocupação com o que significa aquilo, apenas, estavam juntos, brincavam e queriam estar juntos o tempo inteiro. Corriam de mãos dadas, livres e felizes. Seja lá o nome desse sentimento, é lindo, forte e muito puro. 

Já em casa, após 5 dias juntos, ao tomar banho com o pai, ele começou a chorar e disse: "Pai, eu quero falar com Lou. Tô com saudade dela. Tô sentindo uma coisa aqui, ó pai - subia e descia o dedinho entre a altura do estômago e  peito - que eu não sei explicar..." Eu precisei telefonar - sorte que troquei o telefone com a tia dela - e deixá-los falar, ao menos, para dar um boa noite. Ele ficou tão emocionado que nem sabia o que falar e mandava ela mudar o canal para ver Faustão... Depois, desligou o telefone, todo nervoso, sem saber o quê fazer. Antes de voltarmos, ele procurou algo no carro e saiu com um carrinho de plástico que encontrou e deu a ela, para que ela lembrasse dele. Ela, por sua vez, guardou com carinho entre seus pertences.

Gente, tem coisa mais linda do que sentimento puro? É isso que falta na gente, essa ausência da maldade e entrega. A nobreza da cumplicidade e da inocência, ali, de mãos dadas, entre brincadeiras e vontade de estarem juntos, unidos por um feriadão, em meio ao "acaso", e ali, se instalou um forte amizade, união, entrega de almas. Foram cúmplices da alegria e da diversão de ter alguém especial com quem compartilhar. Daí, me vi, como a maioria dos adultos, relacionando aquilo com amor de casal, quando eles viveram apenas um amor desempedido de não ter que conceituar nada, apenas, sentir e viver. Ali, nasceu uma grande amizade, um amor que esperamos que continue a crescer, junto com o passar dos anos. Caso não passe desses dias, Vinicius - de Moraes - terá ainda mais razão: "QUE SEJA ETERNO, ENQUANTO DURE". Isso é viver o aqui e agora, apenas cada momento, entregue, livre de ter a obrigação de se enquadrar em algo, apenas, o verbo: ser. Sendo felizes, naquele instante. O instante não é breve, ele é, em sua totalidade, o tempo necessário. O instante é que importa, porque o depois, depende dele. 

Daqui para frente, só mesmo o tempo e o que faremos dele ou com ele, para dizer. Só os próximos instantes é que contam. Toda eternidade está ali, aqui, na hora em que acontece. 

Nesses dias, precisei repensar tanta coisa, e, em meio aos meus instantes, eis que me vêm duas figurinhas me dar um lição de moral: pode não pegar celular, pode não ter internet, mas, quando se tem algo sincero e verdadeiro, o resto é apenas algo que não faz falta, porque tudo está ali: no aqui e agora. O resto fica para depois, para a hora que voltarem à rotina. 

Eu, simplesmente, parei e curti a curtição deles. Não furtando deles o que só era deles e para eles, mas, a lição que as crianças nos passam e nos lembram daquilo que esquecemos no dia a dia e passamos todo o resto do tempo como se fosse todo o tempo. 

Que fique essa lição, onde, daquilo que não se sabe explicar, vive o inexplicável sentimento do gostar, do apenas querer ver, falar ou saber se está bem alguém a quem desejamos todo o bem e que a companhia nos faz bem! Lembrei dos meus amigos de sempre. Hoje, não andamos de mãos dadas, nem abraçados. Nos encontramos quando o "tempo" do nosso tempo dá, permite ou em datas comemorativas. Não corremos e vivemos o ócio produtivo de nos curtirmos sem demais preocupações, sem demais conceitos, sem nada que ultrapasse a linha do estar junto e entregue ao mometo, cúmplices do instante mágico da eternidade de cada momento. Isso sim é. É e pronto. É e nada mais.

Sejamos, pois, pessoas mais livres de entraves. Não digo ingênuos, a ponto de estar vulnerável... o mundo adulto requer de nós um pouco de alerta, mas, podemos ser mais livres de tabus, preconceitos, formatações... Vivamos a liberdade de sermos mais nós mesmos, sem medo do que os outros vão pensar; sem perder a oportunidade de ser feliz, apenas, sendo e vivendo. Sejamos nossa essência e passemos isso para os nossos filhos. O excesso de pudor pode nos privar da busca sincera e da crença que é possível ser feliz, sim e que todos nascemos para sermos felizes, sim. Precisamos saber até onde é maldade de mentes poluídas e como permitir que nossos filhos vivam esses momentos de cumplicidade, com zelo, sem medos descabidos. Lições de instantes eternizados por sentimentos puros, nobres, plenos, totais e completos, ali, no envolver do que se sente e se pode viver: a felicidade!


Não temamos a morte, nem nos apeguemos apenas às tristezas, vivamos cada instante, com totalidade, com verdade; vivamos a vida! Hoje, 11 de setembro, o mundo lembra que devemos viver e seguir em frente. Hoje, não sei se existem anjos, como imaginamos, mas, o que eles representam estão aqui, dentro de cada um de nós, num lugar onde a gente não sabe explicar a razão, mas, que sentimos com força, com a chave que abre esse caminho: o AMOR! Sigamos em frente, de mãos dadas com a liberdade, sem medo. Que a vida nos conquiste e que nos permitamos ser conquistados por aquilo que realmente importa: AMOR.

Saudações maternais,

Pat Lins.

quarta-feira, 9 de março de 2011

FILMES - influenciam, mas, não são determinantes - PARTE II

Pois é, a saga do filme continua, mas, melhorou. A estratégia da negociação foi surpreendente: ele não só concordou, como entendeu e, o melhor: aceitou. Melhor que isso, só dois disso! E, sendo assim, ele voltou a pedir os filmes que antes gostava tanto, como "A Era do Gelo", "Toy Story 1, 2 e 3", "Shrek", 'Lucas, um invasor no formigueiro" e etc - se eu for listar a dvdoteca dele, não termino hoje. 

Com relação ao comportamento, normalizou. Ou seja, diminuiu o excesso do que já é excessivo. Graças a Deus, porque eu já estava esgotada e, confesso, sabe Deus de onde tirei forças, porque, minha gente, careca era só o começo dos meus problemas. 

Visitando, como de costume, os blogs amigos - tenho uma lista aqui ao lado - li um texto emocionante da Sueli, - BLOG DO DESABAFO DE MÃE - e me vi ali. Só quem tem um filho de personalidade forte e dono de si pode imaginar o que passo. Por mais que eu escute e saiba que ele não é um menino ruim, afinal, não é malvado, "só" agitado, isso não diminui em nada meu desgaste. Todo dia eu vivo tensa e pressionada. Estou sempre alerta e tenho que ser flexível e legal; e ainda rigorosa e firme; carinhosa e amorosa; mãelimite no limite. Só por um tempo, queria refresco - risos. Sabe o que é pior - ou melhor ? Eu não resisto aquele safadinho lindo. Ele é elétrico, me mata de cansaço, mas, se não fossem as críticas que dou ouvido e reverberam em minha mente, talvez, quem sabe, eu me cansasse menos. Também, quem manda ser humana e dar ouvidos ao que não deveria ser escutado, já que se sabe que quem fala apenas extravasa sua própria dor, infelicidade, fraqueza e pequenez através da tentativa de diminuir o outro para se sentir maior?! E isso me incomoda muito: mania de me ocupar com a língua dos outros. Acho que sou assim por conta de minha mama querida. Ela é do tipo de pessoa que prefere se machucar a ter que dizer a verdade a alguém. Eu vivo uma contradição: quero falar - e, quando não dá para segurar, eu falo - e me sinto péssima por magoar alguém, ainda que esse alguém tenha me magoado. Aquela história da pessoa sacana que sacaneia, provoca e ainda sai como vítma, porque soube fazer seu lobby. Meu lobby é queimado, porque eu explodo mais do que me contenho e quem provoca fala baixo, com voz mansa e incubado. Odeio falsidade. Pois sim, o que isso tem a ver com Peu? Essas pessoas e lidar com isso me desgasta tanto, nesse embate que minha resistência diminui. E eu? Preciso estar sempre em alta, para conseguir lidar com Peuzinho. 

É muito cansativo ter um filho ultra elétrico, que parece saber o que quer e só descansa quando consegue - leve o tempo que levar, ele consegue alguém que ceda... principalmente quando não está em minha frente - e tentar lidar com algo que já é desgastante por si só e ainda ter que lidar com gente desocupada e sem "setocômetro". Gente que, se estivesse em meu lugar, o que faria? Sim, porque essas pessoas são cheias de dicas, receitas, fórmulas de sucesso, "jeito", "ciência", técnica - diga-se de passagem, teoria da técnica -, de experiência - nos casos que me refiro, malsucedidas experiências, mas, como os filhos cresceram e não matam, nem roubam, acham que fizeram um bom trabalho... ainda que sejam pessoas problemáticas e difíceis, imaturas, infantis, egoístas... isso me incomoda mesmo e de verdade. Cuidar de Peu não é facil, mas, se ele é assim, eu tenho que encarar os fatos e lidar com isso. Quando consigo manter uma distância saudável - como me refiro a me afastar daquilo que me compadece, para o meu próprio bem e que não é tão bem visto pelos outros, mas, paciência para eles - eu mantenho minha taxa de resistência equilibrada e minha rotina cansativa é puxada, mas, "vivível" - risos. Infelizmente, algumas vezes essa distância saudável é quebrada e levo dias para me recuperar, até estabilizar. Bom é que cada vez que faço o esforço, assim que passa a fase crítica do estresse instalado, me sinto infinitamente melhor e mais forte e, detalhe, mais convicta de que estou certa em manter minha distancinha, viu? Sorte a minha que ainda posso e consigo fazer isso com, pelo menos, 90% dessas pessoas inconvenientes, mas, que fazem parte do ciclo social e familiar. 

Essa questão do filme, mesmo, nem todo mundo acredita e acha que é proque ele é assim mesmo. Será? Não sei, acho que sou observadora demais, minha veia crítica e exploradora da alma humana me faz ser assim, de natureza. Isso faz com que eu me abra para as possibilidades, em vez de fechá-las e visualizar tudo de um panorama mais holístico - não como as pessoas dizem que fazem, sem fazer... eu sinto a dor de quem se esforça para colocar em prática o movimento de mudança, de observação, de planejamento e de desenvolvimento de estratégias e ações. Sou, praticamente, um plano de marketing - risos. Ou, uma monografia - risos. Nem por isso, obtenho sempre êxito... O empirismo me guia e entre tentativas e erros, vou chegando lá. Como sempre me falo: quem vai saber o que é certo ou errado no que tange a educação de um filho? O que deu certo para A - quando deu certo mesmo, ou seja, a criança cresceu e se tornou um adulto equilibrado, sensato, sereno... o que não quer dizer que seja apenas mérito dos pais, mas, do ambiente, da característica pessoal, do empenho individual, das oportunidades bem aproveitadas... Complexos é o que somos - não quer dizer que vá dar certo para B, C... Z. Cada um é um. Tem uma pessoa que vive pregando essa premissa e, na hora do "vamo ver" é a primeira a já estar comparando e, cá entre nós, sem critério algum... Comparar é necessário, para que tenhamos parâmetro, mas, o que é - ou quem é - o parâmetro para comparação, mesmo? Só Jesus, mesmo. Ou Gandhy, Madre Tereza... Pessoas que abriram mão de si, por já serem tão evoluídos que não tinham mais o que crescer, apenas orientar e facilitar crescimentos.

Ai, quero vomitar minha irritação, para que essas reverberações me deixem em paz. Eu já vivo uma vida desgastante - não, eu graças a Deus não passo fome, nem sede... mas, a educação de Peu requer um ritmo em mim que não é o meu e exige um estado mental sempre alerta que, de vez em quando, pede descanso e não encontra. Tudo seria menos pesado se as pessoas se tocassem e, se querem ajudar, ajudem. Porque, muito ajuda quem não atrapalha, já dizia minha avó. Ajudar colocando mais pedra para a pessoa carregar a sadismo, né ajuda não, viu?

Meu filho é agitado, sim, mas a "culpa" não é minha. Ele é como é. Não é por falta de diálogo, nem de limite - ou tentativa de dar alguns. A educação de Peu é a longo prazo. Já percebi isso. Essa natureza geniosa dele insiste e testa meus limites, mas, eu quase sempre estou lá, segura e firme. Caio, por diversos motivos, porque, apesar de ser mãe - e todo mundo exige perfeição  sem o ser - eu sou gente e vivo outras coisas além da maternidade. Caio, por diversos fatores pessoais e íntimos. Caio como qualquer pessoa. Mas, o que mais me derruba, com relação a lidar com Peu são essas intromissões descabidas, desorientadas e sem sentido, que invadem como uma chuva ácida - não comparao com acidentes naturais, porque acidentes naturais são reações da natureza gritando socorro. A mãe natureza pede socorro para que nós, filhos, vivamos melhor e nós, filhos, somos extremamente desobedientes e impetuosos, como Peu é comigo... - e terminam por alterarem o rumo de meus afazeres, do meu ritmo... Tanta cobrança. Todo mundo devia fazer terapia. Tantas ações infantis, de adultos que não se desenvolveram e cresceram em idade, mas, não em identificar sua identidade... Tanta gente que briga por tão pouco. Tanta gente que se diminui em vez de crescer. Tanta gente que cria situações sem necessidades. Tanto malentendidos, por falta de uma coisa simples, chamada "comunicação" - falar, ouvir e entender. As pessoas têm má vontade em compreender. Em aceitar. Em respeitar. 

Difícil! Mas, vou indo, porque, como disse a própria Sueli, mãe nunca desiste. E, acabo sendo mãe de mim, porque não desisto de mim, nunca! Nem quando penso que assim o fiz.

Vou terminar aqui, senão, uma coisa puxa a outra e este post era só para dizer que educar um filho é zelar por tudo que o envolve, sabendo que não temos controle total do que eles captam, mas, temos co controle total de fazê-los entender que por mais legal que uma mãe seja, ela precisa ser respeitada e reconhecida como tal. Só para dizer que eu luto todos os dias para que meu filho cresça um homem virtuoso, de bem, mesmo que hoje ele brade com os limites, que teste os meus limites, amanhã, seja ele o que for, eu fiz o que pude, com a melhor intenção. Só para dizer a mim mesma que eu preciso recarregar e triplicar minhas forças. Só para me dizer que educar um filho é identificar os sinais - quando problemas - e se abrir para as soluções, porque não existe um única solução, mas, sim, uma que dê jeito.

Depois, talvez, volte a extravasar de novo. Afinal, na prática, somos isso: gente querendo ser melhor, mesmo sem se dar conta e sem se dar conta dos caminhos que seguimos para tal. E, no filme de nossas vidas, tudo deve ser dirigido por nós mesmos e com ajuda, sim, porque ninguém vive sozinho, mas, ajuda é uma coisa, manipulação, controle e intromissão é outra...

Saudações maternais,

Pat Lins - uma mãe na prática diária de se construir e desconstruir; num desabafo de mãe e que só coisa de mãe pode entender. E, fica a pergunta: "what mommy needs?" Afinal, somos mãe e  muito mais, não é não?! E sempre em mãetamorfose. E haja inventando com a mamãe para alegrar a filharada. Principalmente os kids indoors da vida moderna, de crianças que não dormem e vivem acesas, como se não tivessem tempo a perder. Que um dia vão virar adolescentes - e, alguns saírão dessa fase... Afinal, todas vivemos um sonho de ser mãe e, no final, toda mãe é igual! A cada mãe, mãeblogeira, bipolar ou não, aqui, meus parabéns! Fui tecendo o fio de ariadne para agradecer com este último parágrafo, a maioria dos blogs que sigo, por conta desse meu pequeno, nessa pequenópolis. Para quem não entendeu, vide a lista de blogs que sigo, porque este blog é para mães de ninas e ninos do meu coração. Minha homenagem a cada uma de vocês! Beijos!

terça-feira, 1 de março de 2011

"QUEM NÃO TIVER PECADO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA"

Fonte: JESUS UM AMIGO VERDADEIRO
Não tem frase mais "tapa na cara" do que essa: "QUEM NÃO TIVER PECADO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA".

A gente esquece isso para criticar e quem nos critica, também. Ou seja, todas nós, sempre achamos que somos mães melhores do que a outra e a outra, sempre acha que é melhor do que a gente e parece que há uma competição, com forte apelo ao método comparativo entre os filhos - pobres vítmas da guerra dos egos mal resolvidos - para se medir o "mãeômetro". Lógico que essa característica não é apenas das "mães", é do ser humano. Desde sempre rezamos a cartilha do mundo das aparências. 


Toda criança tem seu ritmo e suas características. Os pais, mães, avós... também têm seu ritmo e características. E o ambiente em que se vive, interfere, influencia - apesar de não ser determinante -, enfim, o ser humano é muito complexo. Venho passando por uma situação muito chatinha, para não usar outro termo mais pesado, de gente mal resolvida que adora se meter onde não deve e nas horas mais inadequadas. Pedro está numa fase que, de repente, não quer comer nada. Sempre foi muito fácil para mim essa parte, porque ele comia tudo - até pedra, se amolecesse. Pois bem, pessoas que pouco convivem comigo - na verdade, UMA  pessoa, de grau de importância elevado na hierarquia familiar... - e pouco dou abertura em minha vida - haja vista o tanto que já tentou interferir, argumentando querer me "ajudar" e mal soube lidar com suas próprias intempéries pessoais e de vida, mas, queria "resolver" a minha vida... - esqueceram de que ele era - ou ainda é, afinal, crianças têm fases e fases, mesmo que fiquemos doidinhas... rs - "bom de boca" e só registrou o aqui e agora, generalizando essa fase de Peu como se sempre tivesse sido assim. Sou defensora do viver aqui e agora, mas, nunca disse que o passado não deva ser levado em consideração. Neste caso, em específico, SABER que meu filho sempre - quer dizer, sempre em seus 4 anos de vida... rs - teve um hábito alimentar maravilhoso e, há pouco tempo - quase 1 (um) ano - está cheio de "manias", "gostos" e "desgostos", é importante enxergar o panorama geral para saber que houve uma mudança - e significativa - em seu comportamento. Pois bem, pessoas movidas pela superficialidade e conveniências - na verdade, essa pessoa em específico - A-DO-RAM encher o saco, acreditando que estão ajudando, mesmo sendo alertadas DIRETAMENTE que não o está, e, já não basta meu dilema e minha dificuldade para tentar compreender o que acontece(u) para essa mudança radical no hábito alimentar do meu pequeno, ainda vem essa enchorrada de encheção de saco. Não adianta eu explicar que eu não sei lidar com isso e já tentei de um tudo, até obrigá-lo a comer e ele colocar tudo para fora - vomitando mesmo -, num ato desesperado e que a única coisa que não posso fazer é abrir a cabecinha dele, portanto, a mim cabe fazer o que venho fazendo: ofereço, coloco no prato, como na frente dele, converso - para saber o que está havendo... - eu deixo claro para Peu que ele pode contar comigo. Pois bem, diante da maneira insuportável dessa pessoa, aliada a minha raiva que vem crescendo por suas atitudes desvairadas e descompensadas de quem foge de si..., até eu estou quase deixando de comer coisas saudáveis - rs. Gente, vocês não têm noção do que é se deparar com essa criatura num almoço, por exemplo, e sentir seu olhar fixo e arregalado em meu filho e seus suspiros exagerados de "hummmm! que delícia! olha, que comida boa! hummmm!". Olha, um dia, dou um ataque de fúria e vomito nela - kkkkkkkkkkkkkk. Vamos ver para onde vão seus "hummmssss". Eu acredito que o movimento precise ser sincero. Se você come algo saboroso, é natural os "hummmmmmmmmmmmm". Ana Maria Braga que o diga - rsrsrsrs. Mas, a cada garfada forçar o diacho do "hummmm" para "estimular" a criança a comer, no caso do meu pequeno, não dá certo e ainda incomoda as pessoas ao redor. Por mais difícil que seja, preciso acreditar que trata-se de uma fase - bem difícil - mas, uma fase. Leve o tempo que levar. Vou rebolando sem baixar a guarda. Respeito o tempo dele, sem deixar de apresentar as opções e instruir sobre a importância de comer bem. Sei que vou errar - como devo estar errando - mas, faço o que está ao meu alcance e me esforço para fazer mais. Ouço algumas sugestões e tento inovar. Mas, sugestões produtivas e edificantes são uma coisa... "hummmmsss" de encheção de saco são encheção de saco e nada mais!

Fonte: MANIAS DE MÃE
Para piorar, ela foi inventar de levantar outra questão: as birras de Peu. Qual criança não faz birra? E, qual pai e mãe que gosta? Ele - Peu - tenta, é o que ele pode fazer e, genioso como é e esperto, como é, quer impor a vontade dele... Não vou negar que muitas vezes perco a paciência e dou uns gritos de "levanta, Peu, senão vai ficar de castigo" e dou aquele olhar de "mãedoida" - rs. Mas, na maioria das vezes, faço uma coisa que me corrói as entranhas, mas, faço das tripas coração e "ignoro", até ele perder a força - essa parte ainda é pior porque sou julgada como quem não tem pulso firme... É fico entre a cruz e a espada. Depois a gente senta e conversa. Algumas vezes, seguro-o firme, olho em seus olhos e chamo a atenção de maneira muito rísída e severa. Normalmente, são as três maneiras que lido com suas birras. Só que, quando ele vê "platéia", as birras extrapolam um pouco. Ele arremeça o que tiver em mãos no chão  e grita, para chamar a atenção. Bom, a depender do meu humor - isso eu não nego, sou humana e, muitas vezes, cedo ao cansaço - chamo a atenção de maneira "curta e grossa" e dou o ultimato: "Para com isso! Coisa mais feia! Parece menino bobo! Levante dái A-GO-RA!" E o "mando" fazer o que havia pedido antes da reação dele. Na maioria das vezes, a gente senta e conversa de verdade. Só que, na frente da pessoa em destaque no parágrafo anterior, parece que a coisa piora - ou, eu já ando tão pilhada que vejo mais do que de fato é... - e ele carrega nas tintas das birras. Então, a pessoa, delicadamente, chamou meu marido para conversar e disse que achava estranho ele agir desse jeito - como já disse, ela convive pouco com ele, portanto, bigbrothermente falando, qualquer atitude dele, é A atitude, não UMA atitude pontual... toma uma proporção muito maior do que de fato vem a ser - e o comparou com uma outra criança, a qual ela convive mais e, mesmo assim, pouco enxerga da criança. Primeiro, ela precisa se manter imparcial diante dessas duas crianças, haja visto que, em experiências anteriores, ela já despertou a inveja na relação de seus dois filhos e eles não se dão bem até hoje... Quando uma parte da relação tem essa característica da inveja é necessário saber lidar, para não alimentar... E, mãe - assim como o amor - precisa ser multiplicado, não dividido... Pois bem, a outra criança também faz birra e chora muito, quando contrariado. De fato, ele não arremeça coisas no chão, como Peu, ele joga direto em quem estiver a frente dele. Ao escutar isso, se calou, como quem opta por não falar mais, afinal, para ela, meu marido não soube aceitar o fato de que o que Peu faz é feio. Isso, a gente não só sabe, como, também, não gosta. Só que nós não negamos que Peu FAZ birra. A gente só não está sabendo como lidar com isso de maneira tranquila. Mas, a gente VÊ quem é o nosso filho, sem máscara porque é nosso filho. A raiva nem foi pela comparação em si, entre as duas crianças, mas, porque eu entendo comparação com critérios e um deles, para mim, é a afinidade. Pessoas diferentes não podem ser comparadas, justamente, porque são pessoas diferentes. Numa seleção de emprego, vá lá, mas entre duas crianças tão diferentes, chega a ser uma crueldade. Ainda mais na posição que ela tem... Mas, voltando ao detalhe pior da comparação é que a criança com a qual Peu foi comparado não é santo. Ele é uma criança como outra qualquer, só que tem um perfil de criança que faz tudo caladinho, mas, faz. E não gosta nem um pouco de ser contrariado, como qualquer criança. Aí, ela foi que  não gostou de escutar que comentar sobre o comportamento de Peu, tudo bem, demonstra preocupação, mas, compará-lo com outra criança, a qual ela encobre suas ações, vamos dizer, negativas, falando que ele não fez nada é que incomoda. Certa vez, ele chutou Peu e, mesmo o menino afirmando e confirmando o que fez, ela dizia: "não, você não chutou não". Onde se pode escutar uma coisa dessa pessoas e aceitar aquilo como "apoio"? Eu penso que quando as crianças se desentedem, cabe aos pais orientarem seus filhos a não repitirem certas ações e tentar explicar o porquê. Agora, negar o que a criança admite ter feito, remete a uma loucura de querer levar adiante a idéia de trabalhar a imagem do que ela quer passar que a criança seja, em vez de ver quem ela é... O problema é: quem vai ser essa criança, educada a esses moldes? Se ele fala: "eu chtei" e escuta de um adulto relevante em sua vida: "não, você não fez" e todo mundo viu que a criança fez, o que vai ser da cabeça dessa criança? Quando falo que nós adultos precisamos nos trabalhar mais para educar uma criança, falo sério. Nossas loucuras podem enlouquecer a criança. O meio pode não ser determinante, mas interfere.

Fonte: Minha história, minha vida!

Pois é, julguei essa outra mãe de mãe, mãe de filho, mãe de filha, pessoa, avó... como defesa, por ter sido tão mal julgada. Ridículo, porque, em geral, não me incomodo com críticas a Peu, porque, provavelmente, já as fiz antes de todo mundo e tento me resolver com ele diretamente. Mas, julguei a comparação mal feita, julguei a maneira injusta como ela age e pelo fato de ter comparado sem critério - rs. E, detalhe, me peguei dizendo: "e ela lá é exemplo para nada? O que ela disser, faço o contrário, para não ver meu filho igual aos dela...". Acho que é por isso que a gente julga tanto: a gente esquece que também erra e que errar faz parte. O problema é errar, comprovar que errou e continuar errando. Para piorar, querem levar seu erro tão adiante que levam para as novas gerações. Mesmo sabendo que acabo perpetuando meu erro, através de minhas ações, ao menos, admito que erro e abro para meu filho: "sua mãe não é perfeita. Eu erro, mas, é importante que você entenda que eu vou aprender. Eu quero muito que você entenda que como sua mãe, preciso te orientar. Quando você for grande, aí sim, você faz o que quiser...". Lógico que ele não entende, só tem 4 anos, mas, sei lá, eu sempre converso com ele sobre isso. São minhas dúvidas, são meus valores. Sou eu. Meu filho e eu temos uma relação muito firme e aberta. Sou a mãe dele e minha vontade é que ele cresça um homem cheio de boas virtudes!

Me sinto mal por ter julgado outra mãe... Mas, sou gente. Por mais que me esforce em ser uma pessoa melhor, é um caminho, é um caminhar... Levanto tanto a bandeira do respeito e feri minha própria "lei magna": desrespeitei e por razões tão pequenas. Bom, na prática, sou gente, de carne e osso. 

Refletindo, vejo que fiz mais tempestade em copo d´água. Um tsunami é preocupante, uma gotinha aqui pode fazer transbordar um cálice cheio, mas, só esvaziar e pronto. Um tsunami inunda e não temos opção. O copo d´água, eu bebo ou derramo. Liberar espaço. As pessoas são o que são, como são e como insitem em ser. Preciso me voltar para mim e deixar o outro ser quem e/ou como é. Na prática, mesmo errando, toda mãe só quer uma coisa: o melhor para seu filho. Só não temos a capacidade real de saber exatemente o que é esse melhor. É, acabei enveredando pelo desabafo que esqueci o real motivo desse post... Talvez este seja o real motivo... Enfim, aceitar as diferenças é mais complicado que realmente nos conscientizamos.

Vou concluir aqui esse post, afinal, ele é mais uma maneira d´eu refletir e ver que tudo isso é tão pequeno.

Para concluir, termino como comecei: 

"QUEM NÃO TIVER PECADO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA"

Cuidado para não atiramos em nós mesmas...

Saudações maternais,

Pat Lins.
Fonte: POEMAS E ENCANTOS

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

CRIANÇAS MAIORES E CRIANÇAS MENORES


Este post foi sugestão especial de uma amiga muuuiiiitttto querida - Catia Martins -, para começarmos bem essa troca em 2011.

Estávamos falando da relação entre crianças maiores e crianças menores. Das diferenças e de como a maioria das crianças maiores não gostam de brincar com as menores. A faixa etária que mais me chama a atenção são entre as crianças de 6, 7, 8 e 9 anos, mais ou menos, com os entre 3 e 4. Como se fosse uma necessidade de afirmar que já saíram dessa fase e, portanto, não têm mais a característica de criancinha... - risos.

Quando meu irmão caçula - hoje, já com quase 30 anos - era pequeno, os meninos maiores, nessa diferença que citei acima, o "ignoravam", ou, tentavam. Diziam que ele era "café-com-leite", só para ver se ele "parava de encher o saco, fingindo que brincavam com ele". Pior, que a gente sabe que é uma situação delicada. Cada fase tem sua característica, só que os menorzinhos precisam admirar os maiores e sentem uma vontade danada de estar com essas crianças maiores, que podem brincar como eles não podem. E como fazer para que haja equilíbrio? Deixar a criança menor ser rechaçada, aprendendo a se defender ou pedimos que os maiores - que também não têm consciência, ou maturidade, por ainda serem crianças, também - deixem a criança menor brincar um pouco? Voltando ao meu irmão, ele cresceu e passou a fazer parte desse mesmo grupo que o chutava para escanteio sempre... Como ele mesmo me disse: "depois que cresci, me vinguei..." - risos. Claro que era brincadeira, mas a "vingança" foi ver que depois dessa fase, as diferenças diminuem consideravelmente. 

Vi isso se repetir entre meus primos, os maiores queriam brincar entre eles. E, hoje, os que eram menores, são maiores que o meu pequeno e, hoje, Peu que é colocado de lado, quando lhes convêm. Sim, porque, por conveniência, eles sabem se "aproximar" de Peuzinho. Mas, Peu não conta conversa e faz seu espetáculo e, mesmo entre "bicos e resmungos", fora as caras feias, alguém o coloca no meio e ele se esbalda, seja num "playstation" - que ele nem sabe jogar direito -, seja num bate-bola, seja numa "pega-pega"... enfim, as mães dos maiores são de suma importância, nesse momento, para nós, mães dos menores - risos. O que é certo ou errado a gente não sabe. Eles - os maiores - se sentem injustiçados, não entendem, ainda, que as diferenças precisam ser respeitadas e para manter a paz, ceder um pouco ajuda. Por isso, a presença de mães mais conscientes ajuda. Nessas horas de impasse, o que mais falamos é lembrar aos maiores, que eles já forma pequenos e acontecia a mesma coisa e eles também agiam do mesmo jeito.

Sinceramente, eu não sofro ao ver isso acontecer, porque, dentro de mim rege a certeza de que daqui a alguns anos, Peu vai fazer isso com outra criança. Por mais que eu diga que a orientação que passo para ele não pé essa, parece fazer parte do "ser" criança - risos. Lógico que agirei dizendo a ele o mesmo que dizemos, hoje, aos maiores e por aí vai. Costumo dizer que quando os "assolans" chegarem - os futuros primos de Peu, que não vejo a hora de entrarem na barriga da mãe... risos - serão eles as vítmas,e, justamente, filhos do meu irmão caçula - ops! não, ele não está grávido, nem sua digníssima noiva, que tanto adoro! Mas, gosto tanta dessa cunha, que desejo muito a gravidez dela... Detalhe, bem provável que sejam gêmeos... Mas, gosto dela mesmo. Um amor de pessoa. Ticaaaaaa, amiga, amiga... risos. E aí?! Como será que ele agirá? Lembrará que passou por isso ou cobrará de Peu? Cenas dos próximos capítulos - kkkkkkkkkkk. Pelo que vejo das repetições, todos nós cairemos em cima de Peu, lembrando a ele que os "assolans" precisam da atenção do primo maior e que quando ele passou por isso, teve defesa, também. E a história continua. Mas, me refiro a diferenças de idade nessas fases, não as rixas e divergências comuns entre crianças dentro da mesma faixa. Para mim, depois dos três anos, as diferenças são muito poucas.

Bom, a vantagem é que Peu não fica muito preso a esses detalhes. Ele dá logo o jeito dele.

O mais legal é que depois eles crescem e tudo vira diversão. Passa tão rápido. Se nós, os adultos, não soubermos lidar com isso de maneira mais leve, sem entrar em atritos, sem acirrar guerras, podemos criar uma situação muito desagradável. Precisamos estar atentos a esses pequenos detalhes para ajudarmos nossos pequenos de hoje, se tornarem os adultos de amanhã, da melhor maneira possível. Não precisamos passar - já passando - nossos medos e angústias para eles. Nós precisamos nos melhorar e, naturalmente, eles aprendem que melhorar é possível.

Vamos compreender mais e, com isso, ajudar mais nossos pequenos de hoje. Alguém já parou para pensar em quanto repetimos muito do que criticamos dos nossos pais? Não necessariamente da mesma maneira, mas, o contexto. Por exemplo, minha mãe sempre foi muito zelosa e nos super-protegia - não é uma crítica, era como ela sabia agir - e isso nos bloqueou um pouco. Claro que podemos mudar, depois de adulto e donos da nossa vida. Mas, eu, por exemplo, já tive vontade de morar fora, quando mais jovem, e nunca investi nesse sonho, por temer ficar sem a proteção dela. Com Peu, acabo sendo controladora. Ela - minha mãe - era mais suave, eu, sou mais intensa. Mas, de qualquer maneira, o zelo dela era uma tipo de controle sobre nós - eu e meus irmãos - e eu, o repito em Peu. Muitas mães dizem: deixa o menino solto, o que é que pode acontecer? E me vem mil respostas na cabeça, como argumento ou como réplica... Na verdade, eu o deixo ficar solto, desde que dentro do meu ângulo de visão. Nesse caso, penso o seguinte: o juízo da criança é o adulto responsável... Ou seja, um adulto sem juízo, que responsabilidade ele tem e qual passará. para que o pequeno de hoje já comece a entender e internalizar que para tudo há uma consequência? Isso, para muitos é controle, para mim, é zelo... Viu, repito até a justificativa. Estou certa? Errada? Minha mãe, certa ou errada? Deus é quem sabe. De resto, nenhuma mãe deve julgar a outra, muito menos querer impor a sua maneira de educar como a melhor. Isso não existe. A melhor, para mim, é aquela onde passamos nosso amor, sem podar a criança e passar limite sem limitaçõe. Alguém? Alguém? Alguém tem esse equilíbrio perfeito aí? Não. Mas, com certeza, educamos nossos filhos com o amor que temos e da maneira que conseguimos. Fora que entra aí, também, um lance deveras importante: valores, ética, relações familiares, exemplos, educação social, educação acadêmica, meio social, crenças, etc. Ou seja, muita coisa. Somos infinitamente complexos, portanto, quase impossível estabelecer certos e errados. Mas, sempre existe um "bocão", descompensado e sem "sitocômetro" que insiste em estabelecer seus próprios paradigmas como um norte... E, na maioria dos casos, trata-se de alguém que a maioria das pessoas "condena"... Bom mesmo é "se tocar" e se for para ajudar, fale algo que ajude, mas, se for para se colocar como "a boa" ou "o bom", cai fora. Como exemplo, tem uma pessoa próxima a mim que vive dizendo: "deixa o menino solto, Patricia. Os meus cresceram, aí, oh, e eu, nunca deixei de curtir. Tem que deixar a criança livre..." O detalhe: quem disse que os filhos dela lá são referência para algo? Pois é, melhor não sair atirando pedra no telhado dos outros, porque todos nós temos nossas telhas de vidro. Duro é segurar a língua. Porque, se eu ceder a tentação de "jogar na cara" da pessoa as verdades que vejo do meu ângulo... vai doer. Mas, isso é bom? É nesse sentido que me esforço para ser alguém melhor? O meu "não saber ouvir" também já não denota em mim uma fraqueza que precisa ser trabalhada: mania de me preocupar com o que os outros acham?! Um "que se dane" é infantilidade, então, um "deixa para lá" casa melhor. Portanto, nós, mães mais conscientes do nosso papel e de nossas imperfeição humana, "DEIXEMOS PARA LÁ E SIGAMOS EM FRENTE", porque, literalmente, atrás - ou, ao lado - vem gente: nossos pimpolhos e pimpolhas. Na prática, só o que fica é aquilo feito de coração aberto. o resto que vá para onde tem que ir... Não, não fica bonito dizer aqui neste espaço tão legal - risosssss. Bom, as crianças crescem, né?! Ao menos, é o que se espera... Outras congelam a idade mental e só crescem a idade cronológica...

Então, deixemos que a compreensão seja algo mais forte do que a dor do sofrimento e da auto-punição. Nos libertemos em cada conflito desse. E, com relação às crianças, elas é que sabem nos conduzir. Observemos para agir. Porque, o instinto de sobrevivência permite que a criança cresça, mas, como nós queremos e o que oferecemos para que elas não seja mais um adulto "criança sobrevivente" e sim, um adulto com bons valores?

Saudações maternais e, até os próximos capítulos,

Pat Lins.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

MÃE SEMPRE TEM CULPA POR TUDO?

Nos últimos tempos, Pedro tem se machucado muito mais... pancadas, esbarrões... E, mesmo assim, ele não para.

Bom, graças a Deus, vou começar um trabalho e terei grana para pagar uma atividade física para ele - e vou seguir a orientação super dez de meu amigo André Leitte - cito-as em "HIPERATIVIDADE OU HIPER ATIVIDADE?".

Sei que existe muita mãe/pessoa imprudente por aí - isso não vai mudar com a maternidade, só pela maternidade... só mudamos nossas características com consciência, entrega, esforço e dedicação - o que não é o meu caso. Beiro mais a neurose do zelo, do que a imprudência. Fora que tenho uma grande bússola de 3 anos e 10 meses em minha frente que se mostra como é e ele é ligado no 220 - risos.

Pois bem, eis aqui meu questionamento/desabafo: MÃE É CULPADA POR TUDO? Lógico que sei e concordo completa e plenamente, que somos responsáveis e que criança pensa que tem sapiência de tudo, mas, ainda falta aprender muito; que são indefesas; que por mais inteligentes que sejam, são CRIANÇAS. Mas, não é disso que falo. Me refiro a eterna atmosfera de crítica pela crítica - sem intensão de contribuir. Levantar uma polêmica sem propor solução. Isso é leviandade.

Olha, vou falar da minha prática, que, talvez, seja mais comum do que se pensa. Como sei que Peu é como é - já que já nasceu assim - eu redobro minha atenção. Mesmo me esforçando para "respeitar" sua individualidade, estou sempre por perto, numa "liberdade vigiada" - como sempre fez minha mãe - para, justamente, ele continuar sendo um indivíduo vivo e inteiro. Ah, mas, essa é a maior queixa contra mim e minha maior "condenação": não deixar Pedro sozinho. Os sábios ignorantes ao meu redor repetem isso insistentemente. Como já estou saturada e não sou uma florzinha de pessoa, dou uma amostra grátis: vou ao sanitário mais próximo - xiii, entreguei o ouro... risos - e peço que olhe meu tesouro - porque Peu é meu tesouro,sim. Sua eletricidade não diminui suas qualidades, muito menos, meu amor por ele - e "batata", ou a pessoa se cansa ou deixa Peu solto e prestes a se machucar... Santo Deus que já o salvou de poucas e boas - e, a mim também... - até de pular de uma varanda num primeiro andar... Como essas pessoas não têm uma capacidade de análise auto-crítica, tenho que que ser "a chata" que não confia neles - "eles", não são todos... são pessoas específicas - e, por uma questão de proteção, mantenho minha postura e me trabalho para compreender que eles são como são e eu como sou... E Peu... é como é!

Retomando minha linha de raciocínio, quando, mesmo assim, ele consegeu furar o cerco - afinal, toda criança é sagaz e inteligente - e se machucar, sou condenada - muitas vezes pelas mesmas pessoas que me culpam pela vigilância - por não ter prestado MAIS atenção. Em substituição ao "deixa o menino, Pat", vem "Pat, não pode vacilar. Olha, criança requer atenção constante...Com fulano de tal foi assim, ela virou as costas e..." É, mas, isso só acontece com o filho dos outros, porque com os de quem levanta a crítica destrutiva, os filhos nunca se machucaram...deviam viver "dopados", então. E aí, a mãe é falha e culpada. Quando iremos compreender que nem sempre o binômio "culpa/culpado" precisa existir? Que acidente já se auto-define: a-ci-den-te. Dói, machuca, a gente sofre, se preocupa, pensa horrores, entra em pânico... enfim, aquele "Deusnosacuda", mas, não necessariamente, alguém causou aquilo ou tenha sido descuido ou desatenção. Me refiro a acidente, não a descaso e afins.

A última dele foi quase quebrar o nariz, da maneira mais boba, tropeçando no vento e caindo "de cara" no pé da cama. Houve culpa, intensão ou descuido, aí? Mas, o que já escutei de gente que nem ouve o que diz - sabe como é? Daquelas pessoas que falam se contradizendo, achando que estão cheio de moral - risos - me dizer que eu deveria ter mais cuidado, que criança nessa idade cega a gente... tudo que já sei, que já evito e, mesmo assim, aconteceu. Então, penso: reajo ou ignoro? Não é fácil, mas ignoro, engolindo a seco... Detalhe maior é que eu sempre fui "manteiga derretida", mas, tem horas que sangue frio é necessário - e, só Deus sabe o quanto é penoso para uma mãe se manter "fria" para socorrer o próprio filho - e, ainda me vem uma "cobrança" subliminar, em forma de alfinetada do tipo: "ela nem chorou..." Eu me esforço para segurar o choro e manter um pouco de racionalidade em alta e, ainda assim... deixemos para lá. Nós temos mania de procurar "culpado" - de preferência, culpando...

Pois bem, aqui fica meu questionamento/desabafo/alerta: MÃE SEMPRE TEM CULPA POR TUDO????

Saudações maternais,

Pat Lins.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

PIADINHA PARA REFLEXÃO - RISOS: "SOGRA DO GENRO E SOGRA DA NORA"

Gente, hilária e reflexiva!

Nossa, nós seremos/somos sogra... Meu filho de 3 anos já me disse que está apaixonado pela Dafne - do desenho animado Sooby Doo - e que tem três namoradas na salinha dele... Bom, ante minha preocupação com o futuro - risos - falei para ele que seria bom escolher uma, a não ser que elas concordassem em "dividí-lo" - risos. Brincadeira?!

Mas, diante do e-mail delicado que recebi, segue uma piada para aprendermos gargalhando, para que não sejamos assim - ahhhhhhhhhhhhhh - risos:

DIFERENÇA ENTRE SER SOGRA DO GENRO E SOGRA DA NORA


"Duas distintas senhoras encontram-se após um bom tempo. Uma delas pergunta à outra:

- Como vão seus dois filhos, a Rosa e o Francisco?

- Ah! querida... a Rosa casou-se muito bem. Tem um marido maravilhoso! É ele quem levanta de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, faz o café da manhã, lava as louças e ajuda na faxina. Só depois é que sai para trabalhar. Um amor de genro! Benza-o, ó Deus!

- Que bom, hein, amiga! E o seu filho, o Francisco? Casou também?

- Casou sim, querida. Mas tadinho dele, deu azar demais. Casou-se muito mal... Imagina que ele tem que levantar de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, fazer o café da manhã, lavar a louça e ainda tem que ajudar na faxina! E depois de tudo isso ainda sai para trabalhar, para sustentar a preguiçosa da minha nora - aquela porca nojenta!"
Pois é, e assim somos nós, seres humanos...

Saudações - gargalhando - maternais,

Pat Lins.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

EU TINHA UMA WEBCAM, UM MICROFONE... HOJE, EM COMPENSAÇÃO, EU TENHO PEU...

Peu com 9 meses

Este post é um daqueles pots que parecem "nada a ver"... risos. Mas, para mim, diz muito, porque na prática, a gente esquece muitas vezes de ver o lado bom de tudo.

Estava conversando com um grande amigo e irmão por opção, Marquinhos, tentando remarcar uma reunião, por não ter quem ficasse com Peu. Como os outros integrantes do projeto não podiam remarcar e, se protelássemos, correria o risco de "debandar", a reunião ficou marcada e eu participarei através de "vídeo conferência". Chique, né?! Coisas boas que a tecnologia nos permite. A gente vai, mesmo não estando - kkkkkkk.

Detalhe: após solução encontrada, novo problema surge... Eis que eu não me recordava que a webcam está quebrada, o microfone fora babado e, portanto, inutilizado... e me lembrei que havia perdido dois celulares, um armário de banheiro, feches das janelas, o pc por pouco não pifou... Ops! Isso não vem ao caso... ou vem? Talvez. O autor das minhas novelas "era uma vez... eu tinha" é meu filhote amado.

Pois é, antes eu tinha tudo em ordem - quando eu era pequena eu tinha, mas, precisava esconder de minha irmã para continuar tendo, qualquer coisa, porque ela tinha a mania de quebrar, perder, destruir... - e vi que é minha sina! Em compensação, hoje eu "tenho" Peu, que não me deixa faltar nada, só a paciência e a razão - risos. Ele não me deixa faltar alegria, motivo para querer ser melhor... Me falta um monte de coisa, na verdade, mas, ele me faz sentir que já tenho TUDO que preciso: eu mesma.

Só ele tem a capacidade de me fazer entrar em desespero com suas traquinagens intermináveis, mantendo minha taxa de estresse sempre elevada e sem pausa para recuperação, o que causa em mim um descontrole natural e diminuição na capacidade de ser algo próximo de "normal" - risos - e, ainda assim, só ele consegue me fazer rir, tempos depois, do que antes era motivo de reclamação, cenho franzido e voz "grossa" - como ele descreve. Ele me ensinou o que é amar de verdade. Sem fingir, sem máscaras. Amar através dos desgaste do dia-a-dia, de toda fúria pela perda de controle da situação... amar, amar e amar. Muita gente estranha, porque vivo chamando a atenção dele - lógico, mãe também precisa exercer o papel chato de "regrar", dar limites, reclamações... - para quem está de fora, fica o julgamento; para quem está por dentro, o necessário e o que eu, mãe/pessoa, posso e sei fazer; para Peu, mamãe reclamando de novo; para mim, Peu aprontando de novo; para nós dois, situação pontual - ou, situações pontuais, após sequência desvairada... risos -; para nós dois, passado o tempo de chamar a atenção, tempo de dar carinho, sentar no chão e brincar de carrinhos, bolas, montar... criar... a gente se entrega a plenitude em tudo. É, só a gente se entende. E, na prática, para quê mais alguém entender?

minha vidinha: te aaammmooo!!!

Mãe e filho é isso, um binômio eterno regado a dicotomias intermináveis. Mas, guiados e protegidos pelo amor que só essa dupla - ou trio, quarteto... - sabe tirar proveito!

Pois é, eu tinha um monte de coisa que ele quebrou aprontando das suas, mas, tenho outro monte de coisa em mim que só ele é capaz de me fazer lembrar e enxergar. O material se compra, quando der, mas, o que já existe... JÁ EXISTE e está em cada uma de nós: um ser, SER MÃE.

Na prática, eu sou uma mãe na prática como toda mãe, que tinha uma vida e hoje tem duas, pelo menos.

Saudações maternais,





Pat Lins.

terça-feira, 6 de julho de 2010

FALANDO UM POUCO SOBRE DPP - DEPRESSÃO PÓS PARTO

O depoimento abaixo escrevi para fazer parte da série "O Primeiro Ano de Maternidade Não é Um Carrossel" - ENQUANTO ESPERAMOS, um blog maravilhoso que a blogosfera me permitiu conhecer. Através do blog aliado ao universo materno, tenho conhecido pessoas lindas e fantásticas, sempre com algo de bom e edificante a acrescentar.

Foi com dor e prazer que escrevi o texto, para tentar levar a outras mães de primeira viagem a mensagem de que é difícil, sim, mas, a gente supera. Se a maternidade em si já é algo complexo, agravada por uma DPP é um buraco aparentemente sem fundo... Sei que muita gente não me compreendeu/compreende, mas, hoje, me esfoço para compreender que as pessoas são o que são e como podem ser, já sendo... afinal, se pudéssemos fazer/ser melhores, já o seríamos... podemos, sim, nos tornarmos melhores e, aí, seremos.

Enfim, vale a pena dar uma conferida no blog ENQUANTO ESPERAMOS e saciar-se um pouco com a sensibilidade e consciência da Carol - íntima, já - risos. E divulgar seu blog, que fala do quanto podemos aprender ENQUANTO ESPERAMOS.

Postei o depoimento aqui, porque devia isso ao "Mães na Prática", falar um pouco mais da minha prática em ser mãe e me aprender a cada dia, bem como do que foi para mim ter vivido a DPP. O depoimento é um resumo mínimo e com mais beleza do que a realidade foi...

Segue, agora, meu depoimento:

primeiro mês de Peu

Era uma vez um primeiro ano e, depois, apesar de tudo e muito mais, ainda somos felizes sempre!!!



Ao descobrir-se grávida, imediatamente, a mulher se apresenta a uma nova mulher, uma nova realidade, um novo ser. Realidade esta que nos é apresentada como o auge, plenitude e máxima realização de e para toda mulher. Isso lá tem suas verdades... como tal, apresentam vários ângulos, nuances e outras verdades coexistentes. Uma delas é que para curtir o amor pela cria, o ambiente não se transforma em algo tão fácil, bonitinho e sempre perfeito. Associado ao ajuste de vida do rebento, vem nosso desajuste e reajuste... Costumo descrever esse “primeiro” “encontro” entre nós, as mães com o(s) filho (s) como uma colisão entre mundos, onde, por melhor, mágico e mais bonito que seja, geram alguns abalos.

Se para toda mãe esse momento sublime já vem acompanhado de dificuldade e só a força do amor indescritível pode explicar como “sobreviver” a tantas ambigüidades, imagine para as mães, que, como eu, deparam-se com um fator surpresa, nada gratificante, que é a DPP – Depressão Pós Parto. Céu e “inferno” se encontram e nessa berlinda, o caos impera e o desespero se manifesta em escalas macro e microamibientais. Nesse momento, apesar de toda alegria que se sente e quer explodir, uma tristeza amarga, crônica e, aparentemente, infinita se instala e domina o ambiente. Ver seu filho chorar de fome, porque está de cocô ou com a fralda molhada de xixi são tormentos insuportáveis, mesmo sabendo-se ser natural. Enquanto razão grita que “é assim mesmo, a criança está se ajustando ao mundo aqui fora. Vai passar”, o buraco escuro e íngreme onde estamos caindo sem parar dispara o alarme de incêndio e desespero, abrindo fogo cerrado e a guerra começa. Isso, só considerando o “meu” mundo interno. Tudo vira dor, culpa, amargura, escuridão, queda... infinita ausência de expectativa e destruição de tudo que havia, de tudo que há e de tudo que haveria... Todo instante se torna eterno instante de vazio. Um buraco se abre, se abre e se abre... Me questionava: “em meio a tanto amor que recebo, tanto amor que tenho para dar e que explode em meu coração, porque a dor é tão maior e mais forte?” E isso me gerava culpa e culpa. Precisei parar de amamentar e a culpa aumentava. Cada fase daquele primeiro ano foi marcada por lutas, quedas e subidas. Só quando aceitei “A” verdade de que estava “doente” – seja lá qual fosse a origem – comecei a entrar no processo de voltar a enxergar. Com muito pouca lucidez, cuidava do meu filho diretamente. O amava e me sentia tão pequena perto dele. Cada fase em que ele “crescia”, eu crescia junto, debaixo de lágrimas e dor intensa em cada esforço. Permitir que aquela luzinha da inocência, chamada Pedro Henrique, me iluminasse com toda sua perseverança – todo bebê vem com imensa força e capacidade de superação... são desbravadores natos e guerreiros naturais – foi uma escalada sobre as feridas abertas em minh´alma, que sangrava e gritava a cada vontade de me erguer. Não podia perder o foco de recuperar e reconstruir toda ruína que era EU, transferindo para aquele pequeno ser essa carga e responsabilidade.

O primeiro ano é o mais difícil, porque nele cada dia equivale a meses ou anos. Cada dia uma mudança, um aprendizado intensivo, uma nova fase para a criança e para nós, mães. Vivemos a linha limítrofe entre dor e superação a todo instante e cada vitória vem regada a satisfação de ver nossa sementinha germinar e crescer. Passamos a sentir cólicas que não doem em nosso corpo; a engatinhar com eles; a sentar; a andar; a encarar o novo a cada novo segundo. A minha primeira grande batalha foi superar as dificuldades naturais com as “impostas”, pelo acaso, destino, hormônios, genéticas, distúrbios... naquele primeiro ano. Hoje, digo que aquele foi o primeiro ano do resto de nossas vidas. A DPP não interferiu e machucou apenas a mim, mas, a todos os envolvidos, principalmente, ao filho recém-chegado ao mundo. Se uma mãe se emociona com o primeiro: “mama”, eu me emocionei ainda mais, porque “acreditava” que ele não me reconheceria como “mãe”, porque eu não era a imagem perfeita da Santa Mãe que a tudo suporta, supera e compreende. Eu era a imagem de um ser humano destruído e me colocava como “desqualificada”. Olhar para mim, naquele primeiro ano – até meados do segundo... como interrompi o tratamento, durou mais do que se “esperava”. Uma depressão mal curada é pior do que uma recaída – era o mesmo que ver uma cidade destruída por um tornado. Para meu filho, noites e dias eram apenas instantes entre acordar e dormir no claro e no escuro... Para mim, era a perpetuação da dor interminável – me permitam a redundância.

As oscilações de humor doíam como facas apunhalando meu coração e minha mente disparava uma condenação perpétua por cada momento mal vivido... Mas, algo aconteceu naquele ano, que me tocou tanto e me ajudava muito, a alegria pura de Pedrinho. Parecia que ele não se deixava atingir pela angústia e reagia com a mais pura demonstração de leveza: seu sorriso e olhar brilhante. Então, vi que eu não era só lado ruim, eu ainda carregava em mim minha essência, a “Patricia” que sempre fui e que queria emergir nova e renovada. Essa “Patricia” precisou reaprender a engatinhar, andar, falar e, acima de tudo, SORRIR. Não foi a melhor aula que tive em minha vida, ao menos, não através da didática imposta pela dor, mas, com certeza, aquele primeiro ano foi a maior lição de toda a minha vida.

Se alguma mãe ou pessoa envolvida num processo similar estiver lendo este depoimento – não muito específico, porque ainda carrego muita dor... algumas feridas/seqüelas foram abertas e hoje, após 3 anos e 9 meses do parto, estão sendo devida e conscientemente bem tratadas – por favor, redobre a força do amor e compreensão – nada é exato e linear – e se esforce para “calar” a boca do orgulho, do julgamento, da razão sem razão... lembre-se de deixar passar, aceitar-se doente e, por isso, terapia – com profissional competente e humano - é um bom caminho, e, acima de tudo, repita para si: A DOR SÓ DÓI ENQUANTO ESTÁ DOENDO... DEPOIS, PASSA! E deixa a dor passar. Talvez nunca vá saber, exatamente, o ponto, a origem da DPP, mas, mesmo em busca constante para essa resposta, me entrego ao esforço diário de viver cada instante e aprender mais sobre mim, em busca de me libertar e redefinir como ser humano, resgatando os bons valores e levando-se a sério e como possíveis de viver, sim. Tudo passa! E o que a gente não deixa ir, vai passando e levando mais do que deveria.

Saudações maternais,



Pat Lins.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

SER MÃE É PADECER NO PARAÍSO

Olha, de todas as máximas que tentam descrever o que é SER MÃE, esta é a que consegue resumir sem suprimir: SER MÃE É PADECER NO PARAÍSO.

Se, hoje, lutamos por uma m(p)aternidade consciente, comecemos sabendo que ser mãe não pinta o mundo de rosa ou azul, como o quarto do bebê. Toda beleza consiste em compreender que vamos viver uma realidade diferente, apesar de tão disseminada e comum: a realidade do nosso mundo pessoa, mulher, profissional, esposa... coexistindo com o mundo supremo MÃE e com o(s) mundo(s) do(s) filho(s). Poucas mães da geração anterior se permitem informar que a maternidade é tão difícil e desafiadora como qualquer outra novidade. Que como tudo que é novo, assusta e traz suas condições. Diferente de qualquer outra escolha - sim, os filhos do "descuido" e do "acaso" também são escolhas... quem não usa preservativo ou algum método contraceptivo já está fazendo uma escolha - que façamos na vida, a maternidade não tem volta... não é permitido arrependimento - e, bem verdade, nem cabe se arrepender - e assumir parte responsabilidade da evolução de um novo ser é praticamente nossa obrigação. Entretanto, todos os pontos maravilhosos e mágicos vêm juntos no pacote, onde aprender a amar, antes mesmo de conhecer, nos guia sempre.

Após o nascimento da mãe, o acoplamento dos mundos gera abalos fortíssimos, mas, é nesse momento que aprendemos que di(poli)cotomia passa a ser nosso primeiro nome e essa condição irá nos reger por toda a vida. A gente entende o que quer dizer "viver o aqui e agora" a todo momento. A gente começa a ser capaz de ver uma linha tênue, porém real e significativa, de que existe uma enorme diferença entre ser e parecer; entre teoria e prática. E vê que real e imaginário são sinônimos, porque o mundo passa a ser regido pelo universo lúdico - e, muitas vezes, depois que eles crescem, a gente esquece de entrar numa nova realidade, que nos coloca em nosso próprio lugar... que é quando estaremos ao lado deles para sempre, mas, eles precisam seguir, assim como nós seguimos.

 A gente se cansa, sim. Se aborrece, sim. Perde o controle, sim. Mas, quando a gente deixa isso tudo passar, a maior parte do tempo é iluminada pela presença de uma semente germinando a cada dia, bem diante dos nossos olhos e, por mais que esteja fora de nós, temos a capacidade de sentir o bater dos seus corações, como se fosse em nossos peitos. Podemos sentir escorrer as lágrimas que ainda nem desceram, como se saíssem dos nossos olhos. Podemos rir com suas gargalhadas, sentindo o vibrar de sua alegria. Um filho é o maior tesouro que podemos ter, mesmo não sendo propriedade nossa...


E é por isso que ser mãe é padecer no paraíso, porque a gente ri de angústia e medo, chora de alegria e emoção, mas, também, a gente ri com muita alegria, chora de dor, teme e sente tudo ao mesmo tempo e só outra mãe, por mais diferente que seja, é capaz de saber do que estamos falando. A gente padece porque as dificuldades não deixam de existir e a realidade não vira uma mar calmo e tranquilo, com dias de sol ameno e noites fresquinhas todos os dias... Infelizmente, as portas precisam ser trancadas; nem todas as contas conseguem ser pagas; nem sempre sobra dinheiro para aquele passeio tão desejado; nem todos conseguem realizar o sonho da casa própria - e muitos vivem em condições periclitantes -; nem todo dia é sábado; os contratempos continuam; as cobranças não diminuem; as diferenças e divergências nas convivências diárias ainda precisam ser administradas; comida não pula do fogão pronta; a casa não aparece arrumada sozinha; as roupas só saem da máquina de quem tem; o ferro precisa de uma mão humana para estar por cima das roupas; os brinquedos espalhados precisam ser reorganizados; estabelecer limite e disciplina é papel chato, mas, cabe a mãe - e aos pais, também...; os intrometidos não deixam de existir; febres surgem quando estamos exaustas; dentes incomodam para nascer; dentes incomodam depois que nascem... a lista é interminável de fatores que colaboram e estimulam e dos que são verdadeiros obstáculos constantes e, muitos, quase intransponíveis. Mesmo assim, só sendo mãe para saber o prazer que dá superar cada um desses desafios. Cada mãe ao seu jeito. Cada mãe com sua história de vida. Mas, todas as mães com um órgão anexo ao coração que consegue ser mais importante e vital do que ele, que é a presença desse(s) pequeno(s) ser(er) em nossas vidas.


O paraíso é quando a gente deixa passar todas as intempéries e consegue curtir. Sentar no chão e jogar aquele joguinho chaaaatttoooo, mas, que para ver um olhinho brilhando e entretido com tanta devoção e felicidade por nos ter ali, a gente senta, joga e ainda se diverte.

 
Padecer no paraíso é isso: nascer e desfalecer todos os dias; dia após dia; todos os dias do ano; durante toda a vida! A gente passa a entender um pouco mais o que significa vida porque ela passa a ser mais intensa e cheia de emoções - de todos os tipos... risos - para sempre! 


A gente carrega tanta expectativa, que quando eles nascem, nossa, sonhamos com aquele que vai descobrir a cura para todos os males... Na verdade, muitas vezes, a gente espera que eles sejam quem não fomos... A gente não deixa de ser complexa, caracteristcazinha infame de nós, seres humanos, porque nos tornamos mães. Não é a criptônita que irá nos destruir, é a realidade - se a gente deixar, claro - e a verdade de sabermos que não somos super, mas, precisamos ser supers.

A gente aprende com eles mesmos, a melhor maneira de cuidar deles, de nos doarmos... mesmo que entre em conflito com nossa realidade. Levamos um tempo de ajuste. Algumas mães mais rápido, outras, com um pouco mais de tempo. Cada uma tem seu ritmo, sua história de vida, seus anseios, suas frustrações, complexos, virtudes, valores...; cada criança tem seu temperamento... Uma lição que poucas de nós apreende é a do respeito às diferenças... mas, isso, é questão de cada pessoa... a gente é obrigada a mudar, porque nossa vida muda por completo. A gente nasce outra vez. Recomeça e reaprende com a nova realidade. Crescemos com nossos babies. Mas, continuamos sendo quem já éramos. Quando a gente conseguir educar com equilíbrio e harmonia, aí sim, poderemos dizer que alcançamos a plenitude e a perfeição. Porque ser mãe é o caminho para o paraíso! Detalhe, o caminho a caminho e caminhando dia-a-dia.

Como tudo na vida, a gente vai viver vários lados... mas, sendo mãe, tem uma coisa indescritível que faz tudo parecer diferente. E quando a gente consegue fazer esse "parecer", ser, a gente alcança o verdadeiro nirvana, que, muitas vezes, podemos chamar de paraíso! E, é nesse momento que as cores explodem e tudo que estava cinza passa a mostrar seu lado encantador. O paraíso a gente constrói, como qualquer escolha que fazemos em sermos felizes, independente de qualquer coisa. O paraíso é a superação. Aliás, a pós superação! Afinal, o que é fácil nessa vida? E ser mãe, é sempre uma nova história para começar!

Saudações maternais,

Pat Lins.

domingo, 13 de junho de 2010

O CASAL APÓS O NASCIMENTO DOS "PAIS"

Mais um econtro do Grupo Mãe e Muito Mais, lá no MUSEU "FOR THE CHILDREN", desta vez, refletindo sobre o "nascimento" dos pais.

Tema muito importante para o despertar da m(p)aternidade consciente - ou, pós-consciente... risos. A gente sempre vai em busca de temas sobre "a mulher após o nascimento do filho" e afins. Mas, o casal em si, também sofre abalos, mudanças.

O texto de Nádia, em seu blog MÃE E MUITO MAIS, toca no assunto, uma síntese da palestra e da importância desses encontros, com muita propriedade, tato e verdade. Vale muito a pena dar uma lida. Em clima de Dia dos Namorados, Copa do Mundo e São João, o encontro se dividiu em várias instâncias - que aconteciam paralela e simultaneamente - risos. A palestra ficou por conta da Psicóloga Fátima Santa Rosa, que conduziu a reflexão sobre "o casal após o nascimento dos pais" e, logo em seguida, o forró pé-de-serra "comeu no centro", onde aconteceu nosso lanche junino e ainda teve espaço para os bate-papos e brincadeiras com as crianças.

Um ponto abordado e que me chamou muita atenção, sendo é muito bem colocado por Nádia - criadora e coordenadora do encontro - foi que:

 "quando nasce um filho soma-se ao casal, ao homem e a mulher, um outro 'casal' o pai e a mãe! Esse novo 'casal', o pai e a mãe, já nasce com uma carga de expectativa maior que tem a ver com as nossas relações familiares, a nossa ancestralidade, os nossos próprios pais e o que vivenciamos como filhos. E, então, o casal precisa renovar-se, amadurecer, reler os próprios pais, apaixonar-se de novo dentro dessa nova realidade ou confrontar-se com o próprio limite. (...) Na verdade, eu acho que a missão de criar um ser humano é complexa demais para duas pessoas! Os pais estão à frente dessa missão, mas precisamos estar em comunidade para suportar e realizar bem essa responsabilidade. Acho que parte do problema de sermos pais hoje é que estamos muito sozinhos, isolados, 'ilhados' na nossa m(p)aternidade individualista! Os casais precisam dessa privacidade, mas os pais precisam de comunidade e, na medida que aprendemos a equilibrar essas duas realidades, nos tornamos mais inteiros."
A questão do equilíbrio deve ser o norte para todas as nossas ações. Somos seres individuais, mas, não precisamos ser individualistas; somos seres sociais, mas, isso não nos dá o direito de invadir, pura e simplesmente, o espaço do outro; precisamos nos conhecer muito, para conhecer o outro e conhecer o outro para nos aproximarmos mais de nós mesmos! Precisamos estabelecer e compreender melhor os conceitos que erramos tanto na prática.
Alguns pais e suas crias 

Depois que nasce um filho, a gente aprende é coisa. Pena que poucos de nós tenha a capacidade maior de apreender com a lição diária da construção e desenvolvimento de um novo indivíduo - o filho - a partir da referência prática de um indíduo duplo - os pais. Nossa responsabilidade é saber gerenciar isso e administrar o EU, o NÓS, o NOSSO, o DELE, os NOSSOS... é saber ter e dar espaço e ainda ter um espaço maior e mais constante de coexistência - já viu que eu amo essa palavra, né?! - risos - e o que ela representa na prática, também.

A gente muda, mesmo. A gente muda sozinho, junto... Solteiro, casado, com ou sem filho... mas, mudar com os filhos, dá um sabor especial. Só experimentando essa prática para saber. Só sendo para compreender nossos pais, avós e etc e entender que eles, assim como a gente, também precisaram passar por tantos ajustes, após nosso nascimento. Nossos pais também nasceram depois da gente. E não é fácil, pelo contrário, como todo nosso caminho e opção, é complexo demais! E desafiador. O futuro, a gente cai na real que é no agora, no hoje, no presente a cada instante.

Nós perdemos um pouco a individualidade pessoal, o espaço do casal e passamos a viver a realidade do filho, crescendo com ele. Só com muito amor para entender isso e saber que é verdade!

Nau, mais uma vez, obrigada pela experiência de dividirmos e nos apoiarmos uns aos outros, todo mês.

"Saudações maternais",

Pat Lins.

PS - para quem quiser conhecer o museu para crianças, basta clicar no link aqui ao lado. Ele funciona de terça a sexta - grupos agendados, como escolas; sábado para o público em geral e domingos para festas e eventos diversos.

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