sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

"Infância não é carreira e filho não é troféu"


Lendo o TODA CRIANÇA PODE APRENDER fiquei encantada com a colocação de algo que penso ser fundamental: o respeito às crianças, enquanto crianças e como crianças!

Eis o texto:


Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. Nesse mundo, alguns pais e algumas mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso sim seria então sinal de adequação e o mais importante: de sucesso.
O que uma criança deve saber aos 4 anos de idade? Essa foi a pergunta feita por uma mãe, em um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.
Segundo Alicia Bayer, no artigo publicado em um conhecido portal de notícias americano – The Huffngton Post -, o que não só a entristeceu mas também a irritou foram as respostas, pois ao invés de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com 4 anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.
Para contrapor às listas indicadas pelas mães, em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100, Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem que uma criança deve saber.
Veja alguns exemplos abaixo:
  • Deve saber que a querem por completo, incondicionalmente e em todos os momentos.
  • Deve saber que está segura e deve saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas e em distintas situações.
  • Deve saber seus direitos e que sua família sempre a apoiará.
  • Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilão e utilizar sua imaginação.
  • Deve saber que nunca acontecerá nada se pintar o céu de laranja ou desenhar gatos com seis patas.
  • Deve saber que o mundo é mágico e ela também.
  • Deve saber que é fantástica, inteligente, criativa, compassiva e maravilhosa.
  • Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética. Melhor dizendo, muito mais importante.
E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. A lista do que os pais devem saber:
  • Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos a seu próprio ritmo, e que isso não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente.
  • Que o fator de maior impacto no bom desempenho escolar e boas notas no futuro é que se leia às crianças desde pequenas. Sem tecnologias modernas, nem creches elegantes, nem jogos e computadores chamativos, se não que a mãe ou o pai dediquem um tempo a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se e ler com ela bons livros.
  • Que ser a criança mais inteligente ou a mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Estamos tão obstinados em garantir a nossos filhos todas as “oportunidades” que o que estamos dando são vidas com múltiplas atividades e cheias de tensão como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.
  • Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos e a liberdade para explorá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e eles nem sentiriam falta.
  • Que nossos filhos necessitam nos ter mais. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e prever um sábado ao mês dedicado à família. Que horror! Nossos filhos necessitam do Nintendo, dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé, do grupo para jogar futebol muito menos do que necessitam de nós. Necessitam de pais que se sentem para escutar seus relatos do que fizeram durante o dia, de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Necessitam que passeiem com eles nas noites de primavera sem se importar que se ande a 150 metros por hora. Têm direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que tardemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho. Têm o direito de saber que para nós são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com eles.
Então, o que precisa mesmo – de verdade – uma criança de 4 anos?
Muito menos do que pensamos e muito mais!
Para ver o artigo completo, clique aqui.
Fica a dica!
Saudações maternais,
Pat Lins.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

NATAL: "BENDITO É O FRUTO DO VOSSO VENTRE, JESUS!"


A gente esquece, mas Natal é a comemoração do nascimento do Cristo há 2013 anos.

Minha versão para a versão que conhecemos:

Era uma vez, há 2013 anos, uma jovem mulher, chamada Maria. Um jovem homem, chamado José. Eles eram noivos. Maria, através de um sonho, descobre que está grávida!

- Grávida?! Como assim?

E Gabriel, o anjo de Deus, avisa que Jesus é o filho dos céus, do Pai Celestial.

José, apesar de bom, tomou um baita susto!

- Maria! Como assim?

- Pois é, José!

E José aceita, acredita e assume ser o pai do filho do Pai. Dizem que Gabriel precisou aparecer para ele...

Foi difícil! O machismo é coisa antiga.

Para Jesus nascer, eles precisaram fugir da cidade, para proteger o pequeno rebento que estava ameaçado de morte... bem antes de nascer.

Jesus veio com uma linda missão, mas com a marca de ser DIFERENTE! Não liberaram nem a ele... rotularam, pesado!

Nasceu numa manjedoura, em meio a um ambiente simples. Viveu de maneira simples. Morreu de maneira complexa...

Seu nascimento é comemorado numa data aproximada, aqui no Ocidente, no dia 25 de dezembro.

Mas, a data certa não importa, importa o espírito natalino. Importa o nascimento. Importa a mensagem. Importa a fé. Importa o amor. Importa a amizade. Importa o caminho, a verdade e a vida.

Maria foi uma mãe na prática árdua - para nós, mas para ela apenas era a vida dela - de colocar no mundo um filho ameaçado de morte pelo terror do poder do mal. Sem medo de ser feliz, Maria, José e Jesus seguiram suas vidas e se fez a mudança que conhecemos... deturpada pelos que ficaram. Deturpada pelos que deturparam.

Jesus nasceu, cresceu e morreu com 33 anos, mas isso fica para depois.

Salve, Maria, mãe de Jesus!

Saudações maternais,

Pat Lins.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

DESABAFO DE UMA MÃE NA PRÁTICA


Pois é, 2013... muitos anos até aqui. Muitos desafios. Muita dor. Muitas perdas. Muitas alegrias. Muito aprendizado... Muito de tudo... que vai ficar por aqui. Não por uma questão temporal, por uma questão moral: chega de tudo igual! Já começamos a mudar.

Sabe, algumas vezes nos deparamos - não é bem essa a palavra... não é algo consciente ou que se escolha... é algo que vem, por algum motivo, só que a gente nem sabe, nem sabe como fazer e o que fazer... - com desafios tão grandes que esbarramos no desânimo do cansaço diário de uma prática desgastante por conta de tanta prova. "Prove que é capaz! Acredite, você é! E só há uma maneira de descobrir: passando por isso. Escolha como!". Geralmente, é isso que fica "entendido" diante da realidade.

Às vezes, me questiono se é falta de amor ou apenas desgaste... Não permitem às mães o cansaço. Se cansa, nos impõem que é falta de amor. Daí, vem o dilema: será? Discordo! Eu me canso e amo! E amo muito! Meu amor é humano, eu cobro, cobro que se ame, se cuide, se zele.

Às vezes, entender e aceitar que existe um limite de ação, que desafios que envolvem as "escolhas" do "outro", requerem do outro a própria força para transformar, ou, saber lidar. Quando essa dificuldade do outro vira um problema no coletivo, me pergunto: o que fazer? Mania de ser correta em tudo. Isso me cria um quê de inflexibilidade, me parece. 

Não é fácil fazer escolhas, muito menos, concretizá-las.

Não é fácil manter acesa a chama de uma esperança comprometida pela razão, pelas cobranças externas, e por obstáculos externos que pressionam os frágeis obstáculos internos. Essas provas de resistência diárias na vida de um ser humano já é puxado, imagina na vida das mães na prática atual de ser mãe?

Sim, não é falta de amor! É cansaço! É cansaço humano. É frustração diante de umas simples e "inocentes" expectativas: como ajudar o meu filho em seu processo de crescimento e desenvolvimento? Como ajudá-lo a ser uma pessoa melhor, mesmo sendo eu uma pessoa em processo de crescimento e desenvolvimento como todo ser humano? Como protegê-lo dele mesmo e das suas ações sem consciência dos atos e suas consequências? Como criar um ambiente limpo para um filho? E quando esse filho vem com uma energia inesgotável - e não se trata de hipérbole... - , como dar conta sem cansar? Como deixar solto? Como dar limite? O que é limite? O que é castração por pressão social?

Em meu caso: como não admirá-lo? Como não amá-lo? Como não sentir raiva? Como não deixar a raiva passar? COMO NÃO CANSAR? Como? O quê?

Meu Deus, muitas vezes me vejo fraquejar: não sei se dou conta. O tempo passa e: dei! Não sozinha. Não estou só. Não sou só. Muita gente ajuda. A educação de um filho é muito maior do que um casal de pai e mãe. Interessante, volto a questionar, como a sociedade cruel cobra tanto, tantos papéis a exercer, tantas regras castradoras, tantas exigências, tantas cobranças sociais e individuais e além de não ajudar, ainda cria um obstáculo muito maior para pressionar o que já é pressão por si só. Conto com apoio e colaboração de tanta gente, que motiva continuar. Em contrapartida, muita gente precisando de ajuda a atrapalhar... (feridas abertas e revolta... porque diante de tanto empenho, tanto esforço de anos e 1 ano e meio de destruição... ai, arrependimento! Vai passar!) retardou o que estava em progresso e, simplesmente, atrapalhou. Tudo tem conserto, eu sei. Mas, e o cansaço? E a indignação que causa um cansaço ainda maior? Passa. Passa. Passa. Até uva passa...

Certos desafios parecem, num primeiro, segundo, terceiro e muitos instantes, punição, castigo e, ao mesmo tempo, uma bênção, uma oportunidade para se melhorar. Profundo? Filosófico? Retórica? Real! Cai/levanta/cai/levanta. Impossível odiar o que mais se ama! Mesmo que se percam as estribeiras de tanta raiva, de tanta pressão, mesmo que caia no desespero de tanto cansaço, de tantas crenças limitantes - afinal, como humana, penso que minhas forças são esgotáveis e, quando a gente acredita, passa a ser - a vontade de continuar surge, emerge!

Estou já nem sei onde... porque já ultrapassei o meu limite do limite do limite, há anos.

Eu canso.

Assumo.

Eu grito!

Eu choro.

Eu brado!

Eu persisto!

Desabafo. Coloco para fora o peso do que não conheço, a dor do que não dou conta, o desespero de ter que entender e aceitar que eu só posso fazer o que consigo fazer, entendendo que sou pequena diante de quem sou, diante de tanta coisa que ainda tenho para viver!

Peço perdão a Deus por reclamar, por me enfurecer, por me cansar, por achar que não tenho mais forças, nem fé. Agradeço! Gratidão, meu Deus porque sei e confio, ainda que cansando, que em algum momento, ainda que não seja permitido o entendimento do porquê, saberei como lidar! Epifanias acontecem de tempo em tempo... chego lá!

É preciso ser livre para libertar!

Me libero da culpa e do culpar.

Cansaço de final de ANOS. Final de ciclo! Renovar!

Mães na prática, somos humanas, gente, de carne e osso, com demandas emocionais, sociais, profissionais, interpessoais, espirituais, culturais, políticas, econômicas, materiais... somos demais! Somos ultra mega super! Somos MÃES, NA PRÁTICA REAL DE QUEM EDUCA E AMA SEUS FILHOS!

Fácil? Difícil? Vou vivendo!

Saudações maternais,

Pat Lins.


sábado, 14 de dezembro de 2013

AMAMENTAÇÃO - RUMO A 2014 E OS MESMOS TABUS?


A foto "polêmica" da top brasileira. (Foto: Reprodução/ Instagram) - CLIQUE AQUI PARA ENTENDER MAIS
 Engraçado que as pessoa vão as ruas reivindicar direitos, mas ninguém fala de cumprimento do dever.

Gritam, manifestam e exigem liberdade de expressão, mas uma mãe não pode amamentar seu filho, um ato super natural, sem maldade ou segundas intenções.

Pois é, a amamentação em público, hoje em dia, é UM GRANDE TABU. Logo um ato tão natural, que espanta esse tipo de reação, de questionar que uma mãe deveria procurar um lugar mais reservado para dar mama ao filho... seria o machismo ainda mais egoísta e tapado do que é, a ponto de só querer o "peito" para eles? Francamente, isso me choca profundamente! Essa maneira de ver esse ato como vulgar...

Eu não entendo o motivo de tanta gente ter pavor ao ato de amamentação... A tendência ao superficial e não natural já subiu e se instalou na cabeça das pessoas. Gente, essas atitudes, esse pavor em ver uma mãe amamentar... é pura estupidez.

Caras de nojo e "eca", como se a mãe estivesse dando alguma porcaria ao filho. Essas pessoas não sabem o que é respeito! Só sabem, nesse caso, o que é "peito". O "res" é resto, é nada!

Imagino quando se depararem com o ato natural dos pinguins de alimentar seus filhotes, dedicando a própria vida para conseguir se alimentar, numa jornada dura de meses indo e vindo, debaixo de um frio congelante, caso estejam sozinhos, onde a força do amor e união provam que o mais importante é entender que "juntos somos mais!".  Essas pessoas vão sair exigindo que a extinção dos pinguins seja imediata... E os partos? Serão proibidos e vão desenvolver uma técnica de materialização de bebês do nada? Ou, apenas robôs serão aceitos?

O que falta é AMOR. Simples assim. Falta capacidade de olhar e não julgar, nem condenar. Garanto que se fosse a cena de um homem espancando uma mulher, ficariam parados, olhando e pensando: "ela merece!". 

Isso me assusta!

Essas pessoas - qua estão em todos os lugares,  níveis acadêmicos, classes sociais, econômica e credos -  são a destruição, o verdadeiro FIM DO MUNDO! São pessoas tão vazias que qualquer atitude de amorosidade é como uma facada no fígado e outra em cada rim! Essas pessoas devem colocar um saco na cabeça para se olharem nos espelho. Não devem ter mau hálito ao acordar e nem soltam gases... Provavelmente, não fazem as necessidades fisiológicas número 1 e número 2... vivem tão cheios e entupidos de resíduos tóxicos e dejetos que se sentem mal por existirem e chama isso de felicidade! Devem chegar ao êxtase quando tomam um laxante para a mente... porque é lá que estão os dejetos que deveriam SAIR do nosso corpo... nesses casos, sobe para a cabeça! Francamente! Eu não penso assim só porque eu sou mãe... isso é porque eu sou filha, sou pessoa e sou mãe, também! Isso é porque eu penso e sinto! Isso é porque eu não sou doente.

Essas pessoas carecem de colo, e, quando descobrirem que colo é deitar num busto sem conotação ou denotação sexual, vão tomar um susto! Mas, se se permitirem sentir as batidas do coração que pulsa logo ali, debaixo do peito, quem sabe se sintam acolhidos e tocados,  e sintam algo de bom e sintam que também têm coração batendo neles/nelas. 

O SENTIR sempre foi ensinado como prazer e pecado... ou seja, é um erro em cima do outro. A solução é muito simples, porém, desafiadora: consciência!  Não se é possível ver as coisas com olhos limpos e bons?

Para agora e que continue em 2014, 2015, 2016... desejo um mundo mais amoroso! Um mundo onde as pessoas aceitem que são imperfeitas e aceitem que sempre podem e têm - podemos e temos - muito a aprender. Que as virtudes deixem de ser palavras em um dicionário e se tornem vivas e ativas, em nossas ações. Que bons valores deixem de ser relacionadas a contas bancárias com muito dinheiro ou preços altos e sejam o que são: valores, normas de conduta baseadas em virtudes!

Amemos! Amamentemos! 

Pat Lins.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

RETROSPECTIVA 2013 QUE VENHA 2014!



Pois é... este ano foi meio puxadinho para a mamãe aqui, daí o blog ter ficado meio que negligenciado... Foi fácil, não. EM NADA! Com relação ao âmbito mãe, tivemos - em família - que fazer grandes mudanças - inclusive, de casa... Limpamos o ambiente geral. Lógico que as consequências e os resultados se estabeleceram, mas, novas tentativas e novos sucessos. Fracasso? Lógico: a relação com uma escola que confiei tanto... que nos fez Experimentar o amargo e o doce de ter que ser muito firme e consciente num processo conturbado. Mas, está tudo melhorando e dando certo - ainda que muitas perdas sendo colhidas... mas, nada melhor do que reverter em ganho. Sem falso otimismo, com pés no chão e seguindo em frente, para frente! 

Essa geração de hoje em dia é um grande desafio a pais, amigos, educadores e coordenadores pedagógicos, também - aquelas que carregam a arrogância de saberem tudo, porque aprenderam em algum mestrado, essas acabam sabotando e muito essas crianças.

Mas, isso não é desculpa para não dar limite e ser firme, muito menos me impede de dar LIMITE com AMOR - mesmo que perca as estribeiras muitas vezes e fale "grosso", como diz Peu.


Eles são ávidos por viver. São ansiosos elevados à 18ª potência. Não desligam fácil. Geralmente, são arrebatados pelo sono. Acordam cedíssimo e sempre elétricos. Mas, quando bem conduzidos, usam seu potencial de segurança e autonomia, com capacidade de investigar e descobrir - Peu diz que vai ser cientista.

São artistas, EM TUDO. Sensíveis, ligados, antenados... porém, geniosos e prepotentes, porque acham que sabem de tudo. Eles vêm sabendo muito mais do que a gente sabia que sabia na infância.

As crianças de hoje em dia não apenas sabem o que querem, como sabem brigar por isso. Eles precisam de DIÁLOGO. Explicando eles COMPREENDEM. Mas, explicando com HONESTIDADE. A gente não convence essas crianças, elas já são convencidas de si... a gente expande consciência, com DIÁLOGO, sempre! E isso nos leva, algumas vezes a quase perda de auto controle... Toca fundo e não para. É um excesso de atenção e extrema vigilância que desgasta, sim. Eles, sim, nos ensinam o que a máxima "padecer no paraíso" quer dizer... a gente morre de cansaço. Mas, eles clamam por cultura, por arte, por beleza, por sol, por alegria! Eles clamam por CONTEÚDO! E um conteúdo que não seja estanque. Um conteúdo que se atualize e que considere que existe o "Muito mais do que isto aqui!"

Pois é, eles querem nos dizer algo. Eles querem nos fazer sair desse lugar chato e entediante, chamado de "zona de conforto". Na companhia deles, das duas uma: ou você ama ou você cai fora... É duro afirmar, até para uma pessoa autoritária, líder e firme como eu, mas eles SABEM o que querem e não aceitam ordens. Descobri com Peu que ele aceita orientação. Só que são crianças e também tem a questão da birra, da pirraça... do TESTAR LIMITES, como qualquer criança. A diferença? Eles só querem saber em quem confiar, porque, afinal, eles já sabem o que querem... 

Penei muito, ano passado, 2012, com relação à escola - ah, a propósito, precisei tirá-lo no meio do ano, mesmo confiando muito na professora deste ano, mas, existe uma coisa que se chama ranço e falta de humildade em (re)conhecer as próprias falhas da direção e coordenação e o quanto comprometeram o desenvolver de Pedrinho, apenas por não saberem que não sabiam o que fazer e duvidavam de quem o acompanhava, como a psi, uma equipe que trabalha com equoterapia, etc... Enfim, estávamos todos errados, apenas elas certas... e errando e eu, que precisei ser radical, pensei: "Melhor salvar meu filho! Limpar ambiente! Começar do zero!". Isso foi necessário, porém, tardio, porque o estrago estava feito. Mas, tudo ao seu tempo e sempre tem solução - e retomando sobre o início do parágrafo: e vi, na prática, o quanto a parceria com pessoas interessadas faz diferença. Tudo o que batalhamos, para lidar com o comportamento do meu filho - que é um grande desafio, diante de tamanha inteligência e capacidade de articular o que pensa e como pensa e do quanto ele entende o que acontece ao seu redor - foi comprometido em 2012 e início de 2013 por conta da falta de preparo e boa vontade da equipe da escola - que é muito boa, sim, porém, está comprometida pela cegueira e falta de humildade em assumir as próprias limitações... êta, que esse fechamento de ano está amargo... por enquanto. Pois sim, isso quer dizer que essas crianças atuais demandam de um tratamento igual, mas diferenciado... Falta equilíbrio, porque ainda não se sabe como lidar com eles, mas uma coisa já é comprovada: os métodos conhecidos não são efetivos de maneira positiva e construtiva... Caminhemos! A luta foi por compreensão e parceria... mas, virou briga e medição de forças, por falta de profissionalismo e humanismo. Para ser profissional, não tem que deixar de ser humano. E para ser humano não precisa ser cego e tacanho... Entende?! 

Um profissional seguro, aberto... é capaz de ter afeto, sim, mas isso não o impede de ser eficiente... já alguns que se gabam de "manter a distância" como sinônimo de frieza e incompetência, esses, perdem MUITO com essa nova geração, porque não conseguem fazer o que precisa ser feito e perdem a chance de conhecer um mundo novo que surge já, agora! Pena que nos faz perder, também...

Fazer escolhas conscientes e o processo constante de auto busca e autoconhecimento me ajudam muito a lidar com meu filho. A melhor maneira de ensinar é SENDO exemplo. Olha o verbo no gerúndio: é enquanto estamos crescendo e isso é todo o dia.

A nova escola me remete aos cuidados que ele teve com a equipe inicial da escola anterior: assume o desafio como desafio, assume o que se sabe até ali e assume que está ali, junto, em parceria, sem julgamento e condenação, com o tom pesado de culpa e culpado... retomamos, com essa parceria, o tom de "estamos juntos para ajudar!". 

A mudança foi positiva, apesar das consequências do que fora feito e os danos causados... daqui para frente é reconstruir. Melhor, construir. Precisamos derrubar as paredes tortas e erguemos novas e retas.

Estou escrevendo e preparando meus livros, para lançar ano que vem - assim espero!

O que mais aprendi, como mãe, é que filhos diferentes dão um mega trabalho, mas quando olhamos bem para eles e os sentimos, acredite, um mundo rico, lindo e novo é aberto. 

Para 2014? Desejo que os frutos, agora plantados, apareçam. Desejo a paz no mundo, começando pelos apaziguamentos dos mundos individuais de cada ser humano. Desejo desejar apenas o necessário! Nada de ilusão e fantasia que desviem do real. Consciência! Clamo pela consciência em todos nós!

Que 2014 venha com portas abertas para o apaziguar de ânimos. Que venha com AMOR, gente! Isso está sendo esquecido. Logo o AMOR... Desejo "queda aos rótulos"! Isso é para produtos, para nos orientar... não serve para nós, humanos!

Enfim, caso eu não consiga voltar no Natal, fica aqui o meu voto de um mundo mais acolhedor! Desejo acolhimento com consciência e amor!

Pois é: levanta, sacode a poeira e faz o que precisa ser feito!

Ano que vem, algumas novidades...

Saudações maternais,

Pat Lins.

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