terça-feira, 30 de março de 2010

VACINAÇÃO - CUIDADO COM A SAÚDE É COISA PRÁTICA

Como toda mãe, a gente quer o melhor para nossos filhos e para todos ao nosso redor, não é verdade?!


Não é para nos levar a paranóia, mas, para tomarmos consciência de como nos cuidar e evitar a propagação desse vírus. Do mesmo jeito que há anos atrás as campanhas de vacinação ajudaram a controlar e reverter um quadro preocupante de paralisia infantil e outros, agora é a vez de nos aliarmos e fazermos nossa parte no combate à Influenza, ou gripe H1N1, também apelidada de "gripe suína".

COMO LAVAR AS MÃOS:
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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO:
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De acordo com o calendário, os seguintes portadores de doenças crônicas serão vacinados contra a Influenza H1N1:
• Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças, adolescentes e adultos);
• Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
• Asmáticos (formas graves);
• Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;
• Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
• Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
• Diabetes mellitus;
• Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
• Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes em diálise);
• Doença hematológica (hemoglobinopatias);
• Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática autoimune, doença de Kawasaki);
• Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
• Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).
Para mais informações, acesse o site do Ministério da Saúde (http://www.vacinacaoinfluenza.com.br)

Pat Lins

segunda-feira, 15 de março de 2010

XÔ CULPA


Uma forte tendência das mães - e porque não, pais e, quem sabe, família em geral... risos - é carregar uma culpa danada, por não dar conta de tanta demanda.


Falo não só por mim - e nem digo que são todas as mães - fora as que não identificam que estão sofrendo de "culpa"... - falo do que observo e concluo... como é a proposta deste blog, nada aqui é verdade universal... Estamos trocando idéias.


O que me fez escrever este post? Escutar algo do tipo: "hoje em dia os filhos são assim porque não têm limite" - mas, será????? Não vou entrar nessa questão de limite agora, para não embaralhar, mas, a culpa pode se manifestar através de, talvez, não termos serenidade para percebermos que nosso filho pede um freio - mesmo que continue insistindo... ele insiste de lá e eu preciso insistir me mantendo firme de cá... não se trata de uma luta, mas, de um embate entre seres pensantes. Afinal, essa geração vem muito confiante. Coisa que, na geração anterior não existia... Nesse caso, a culpa vem da sensação de fracasso diante da geração anterior... Será que a geração anterior foi tão bem sucedida? Por que, então, desejamos ser e fazer diferente?...


Já escutei comentários que "antigamente era mais fácil" e isso faz com que muitas mães se sintam "culpadas" por não "controlarem" seus filhos como as mães de "antigamente". Dá medo mesmo, eu sei. Assusta encarar a mudança. Ainda mais quando os pais e mães da mudança somos cada um de nós. Mas, cá entre nós, é muito cômodo querer que tudo fique igual se mexemos em tanta coisa. Hoje está difícil, está esse "auê" todo, porque ainda não encontramos o caminho do meio, o da harmonia. Mas, gente, faz parte do processo. Sejamos mais otimistas no sentido de fazermos nossa parte. Cada pequena mudança em cada um de nós, cada auto-avaliação nos fará um pouco mais conhecidos de nós mesmos e,com isso, nossos filhos enxergarão a famosa coerência entre o que falamos e fazemos. Ou, daremos continuidade ao "faça o que eu digo, mas, não faça o que eu faço..."


Temos o poder de escolher como queremos educar nossos filhos, mas, tenha certeza, eles só vão acatar e levar como valor em sua própria vida o que for contundente.


Eu não sou a mãe mais equilibrada... me estresso muito com meu filho, justamente por,também, não ter encontrado o caminho do meio e ele fazer parte dessa geração pensante desde a barriga - risos. Também, não quero dar a educação que recebi, que considero boa, mas, me aprisionou e limitou muito. Taí, tive limite,tanto limite que acabei podada... Meus pais são excelentes e fizeram o seu melhor, mas, gente, todo pai e mãe erra. Não tem esse! Compreender isso me faz sentir menos culpa por não ter o "controle" do meu filho como minha mãe tinha da gente - eu e meus irmãos. Fora que a gente não pode querer que tudo seja igual em fase de tanta mudança.


Muita gente fala da internet como "responsável" por toda essa liberdade. Dúvido que se a internet tivesse o alcance de hoje, em minha infância e adolescência - em minha época não havia o termo "pré-adolescência" difundido... - a gente tivesse essa tal "liberdade" que se questiona hoje. Conheço jovens saudáveis que usam essa ferramenta como deve ser usada. Como também conheço jovens que usam de qualquer jeito e com irresponsabilidade imensurável. Não vou entrar muito nesse assunto, senão, não concluo meu enfoque na "culpa". Pois bem, a internet também não deve ser a vilã. A união, a entrega, a honestidade e o amor podem fazer com que nossos filhos confiem em nós e o medo da internet pode diminuir. Sempre haverá o medo de como educar meu filho a ponto de não temer suas companhias... falta diálogo e confiança - e, em muitos casos, um pouco de desconfiança, por parte do pais... que se permitem ser engados pelos filhos...


Creio que o que falta é o que falei no post anterior, é compreensão e aceitação. A busca pela melhoria e não o insulto a atual geração, como se fôssemos "culpados" pela falta de limite aos nossos filhos. Sim, concordo que muito há de falta de limite - e muito - e casa com a falta de compreensão. Muitttooossss pais e mães, ao meu ver, não assumem tal responsabilidade e nem têm consciência desse fato... ponto negativo. Mas, nem por isso, precisamos nos culpar. É hora de nos entregarmos a busca da solução. Do que adianta apertar a mesma tecla de comparação de gerações se cada uma tem sua peculiaridade? Tudo é consequência de alguma atitude inicial. O lance é levantar a bola para solução. Levantar problema resolve algo? Do que adianta gerar ou alimentar polêmica se não tem algo para resolver? Isso é uma mania da geração anterior - risos - de foco no problema. Agora,não temos tempo para isso - aliás, tempo é algo que muda com o tempo,viu?! Foco na solução! Antigamente, as exigências sociais, econômicas, educacionais... eram outras e a relação de tempo, também. Não levanto a bandeira para mantermos o ritmo estressante da vida atual, mas, que é um fato, isso é! Essa é outra questão que não quero aprofundar, só citar mesmo, porque é necessário pontuar algumas interferências externas que existem hoje e antes, não tinha. Me diga, até década de 90 - ai que horror, a década de 90 foi há 20 anos... risos e parece fazer uma eternidade... tempo, tempo, tempo - mas, sim, na referida década - risos - quem usava cadeira para bebês nos carros? E, nessa época, o mercado de cadeiras apropriadas para os bebês já existia e apontava o sinal de que ia crescer. Ora, afinal, as mulheres condutoras de veículos automotivos aumentam a cada dia e quem vai segurar o bebê?

Tudo interfere em tudo e nada, isoladamente, é causa de tudo: avanço tecnológico; mudança de padrão familiar; desemprego; disparidade social... vários são os fatores "interferentes". Bem como diz a frase do "efeito borboleta" - uma teoria do caos - que "se uma borboleta bater as asas de um lado do mundo, pode causar um tufão no outro lado...". Tudo tem uma interligação e cada ação gera uma consequência. Essa "não" lembrança da realidade das gerações anteriores ainda limitam muito a atual... A sensação que tenho é que alimentar o medo e a obediência como métodos de educação é que dava a nota quando o filho crescia - "viu, aê, te levei na rédea curta e hoje você é uma (a) homem (mulher) de bem". O grau de quanto obedecemos é mais importante do que quanto, de verdade,repetiríamos ou agiríamos se estivéssemos no lugar deles... então, começamos a pensar... e, "de tanto pensar, morreu um burro" - risos.

Hoje, no comando, tentamos fazer do nosso jeito, só que ainda não encontramos o jeito... questão de ajuste temporal e de consciência e auto-avaliação: "como posso fazer melhor?". Remeter a geração anterior só vai aumentar uma dicotomia: "eu não quero repetir os mesmos critérios,porque discordo, mas, me sinto culpada por, mesmo acretidanto que não era adequado, não dou conta de tanta demanda..." E aí?!


Minha sugestão é se esforçar para manter a calma - pelo amor de Deus, manter a calma não me refiro a virar zen - se conseguir, de verdade em em ações, beleza... risos - falo em acreditar e manter a chama acesa de querer fazer o melhor e avaliar tudo: fatores internos - nossos embates, afinal, querer ser diferente exige muito mais do que fazer diferente... - e fatores externos - tudo fora de nós... risos. E mudar. Como? Se vendo, se conhecendo. Admitindo que tem limitações,sim. Admitindo que cansa. Manter a calma não quer dizer que eu não possa falar mais alto, até gritar com o filho, quando chega meu limite - não falo para desencadear um ciclo de gritos e descontrole... eu estou tentando sair, justamente, desse ciclo... - é mantar a calma do tempo. É lembrar que eu não preciso repetir esse erro. É não me culpar por gritar demais e sim, tomar consciência de que grito muito e isso estressa a mim e a meu filho e tentar mudar. Não é fácil. Muita interferência interna e externa. Muita culpa entra na parada, para colocar lenha na fogueira... Manter a calma é acreditar e exercitar a máxima: "foco na solução - o que ou como faço para resolver?" e evitar pendências. Pede perdão ao filho, conversa com ele e segue em frente.


Nada disso é fácil e nem eu estou acima do que escrevi, pelo contrário, faço parte do processo. Toda mãe sempre vai achar que poderia ter feito melhor para o filho e alimentar algum tipo de culpa (seja por ainda não diferenciar o choro da fome com o do xixi... ou, por não conseguir deixá-lo na escola, ao escutar seu chorinho e ter que sair, por saber que ele vai parar... seja por não saber como e quando permitir que ele seja um "adulto", um ser individual e não uma costela nossa... ou, por ter que sair para trabalhar e só voltar à noite... tantos são os tipos de culpa...), por isso que abri esse pensamento, para nos libertarmos. Culpa acumulada, mal-encarada ou desconhecida é um perigo,sempre! Muitas e muitas gerações as mulheres aprenderam a "aceitar" e se submeter. Mesmo trabalhando fora, com direitos iguais, perante a lei, na prática a realidade é outra. E ainda é. Até na maneira como repetimos certos padrões,como "menino não pode ajudar a mãe a arrumar a casa, isso é coisa de menina..."


Vamos ficar de olho em nós mesmas, para nos melhorar, não para nos culparmos de nossos erros. Vamos acertar ou, entrar no caminho de consertar o que já foi feito e vigiar para acertar mais.


Precisamos colocar em prática a teoria da leveza: vamos aliviar! Afinal, na prática, cada mãe é uma pessoa e tem sua própria realidade. Cada geração tem sua característica, suas alegrias, seus dissabores, seus sonhos vividos e não vividos, suas realidades permitidas e não permitidas... abaixo o tabu de assumir a si mesmo! Isso bitola e alimenta esse ciclo de julgar, condenar e massacrar com o argumento de "ter razão"... isso é infelicidade impregnada. Cada uma de nós pode ser mais. Podemos ser felizes e sonharmos com uma vida melhor. E vivermos uma vida melhor.

Hoje os filhos nos incentivam muito mais a sermos felizes, de verdade, e sabe porquê? Porque eles só aprendem com exemplos vivos e reais! Coerência no que falamos, sentimos, agimos e vivemos. O radar dessa galerinha vem mais apurado. Assusta, mas, mais para frente, vamos agradecer. Basta agora a gente fazer algo que valha a pena. Toda essa geração é super ligada e esperta demais! Não tem muito de "meu filho é mais esperto que o de fulana". Parece que eles fizeram um acordo pré-natal - risos - de todos chegarem arrasando a boca do balão, mas, um completar o outro: uns falam demais, outros menos, mas, TODOS, são observadores e sagazes. Os padrões mudaram, não existe mais a "certeza" de que crianças mais caladas são mais observadoras e as mais falantes são menos... Hoje, eles falam e vêem tudo ao redor. E nem a ciência, nem as outras gerações... nem nós damos conta de tanta demanda. Eles enxergam mais do que o que vêem, eles têm a sensibilidade acentuada de escutar os gritos emudecidos por nossos tabus de nossos corações.


A culpa é de ninguém. A solução é de cada atitude. O auto-conhecimento é um bom caminho. O lance é que a culpa destrói e o foco na solução, na reparação, no crescimento, na melhora... constrói. Mas, precisamos nos dar tempo e equilibrar com o tempo cronológico... este pega pesado, passa mesmo! E a gente precisa é construir com as areias do tempo, porque é impossível segurá-las... com as nossas mãos...


VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!


Pat Lins.

sábado, 13 de março de 2010

"OS LIMITES ABRIGAM O INDIVÍDUO, COM AMOR ILIMITADO E PROFUNDO RESPEITO."




"Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.




O grave é que estamos lidando com crianças mais 'espertas', ousadas, agressivas e poderosas do que nunca. Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, SOMOS A ÚLTIMA GERAÇÃO DE FILHOS QUE OBEDECERAM A SEUS PAIS E A PRIMEIRA GERAÇÃO DE PAIS QUE OBEDECEM A SEUS FILHOS. Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o julgo dos filhos. E O QUE É PIOR, OS ÚLTIMOS QUE RESPEITARAM OS PAIS E OS PRIMEIROS QUE ACEITAM QUE OS FILHOS LHES FALTEM COM O RESPEITO.




Na medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais. Mas, a medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, e, ainda que pouco, os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim!!!??? Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm de agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e 'tudo dar' a seus filhos.




Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles. Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como LÍDERES capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca. Apenas uma atitude FIRME E RESPEITOSA lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente LIDERANDO-OS e não atrás, carregando-os e rendidos à sua vontade. Temos que observar que SER FIRME É COMPLETAMENTE DIFERENTE DE SER AUTORITÁRIO OU ESTÚPIDO.




Quando repreendermos uma criança, temos que fazê-lo com serenidade, sem descontrole emocional. E NÃO SE DEVE JAMAIS DIZER A UMA CRIANÇA: 'VOCÊ É UM MENINO INSUPORTÁVEL' OU 'VOCÊ É UM MENINO BURRO!' Isso pode ficar gravado no subconsciente da criança e causar problemas futuros. Deve-se dizer: 'VOCÊ É UM MENINO MUITO BOM E INTELIGENTE, MAS ESTÁ FAZENDO UMA COISA ERRADA, QUE EU NÃO VOU PERMITIR'. FAZER ISSO É ERRADO POR TAIS E TAIS RAZÕES (explicar porque uma atitude está errada é extremamente importante, pois a criança tem um senso de justiça enorme. Mesmo que na hora ela faça malcriação, saberá no íntimo que você tem razão). Tem que ficar claro que o motivo do castigo foi a ATITUDE da criança, não o que ela É.




BATER NOS FILHOS ESTÁ FORA DE COGITAÇÃO, SÓ EM CASOS EXTREMOS! E SÓ A VELHA PALMADA NO BUMBUM OU BATER NOS BRAÇOS OU PERNAS. BATER NO ROSTO OU DA CINTURA PRA CIMA JAMAIS!!!! ISSO PODE DESTRUIR PARA SEMPRE A AUTO-ESTIMA DE UMA CRIANÇA E CRIAR UM SENTIMENTO DE INFERIORIDADE, QUE SE TRADUZ POR UMA FALTA DE PERSISTÊNCIA NOS ESTUDOS, NA BUSCA DE UM TRABALHO OU INCAPACIDADE PARA TOMAR DECISÕES E PLANEJAR A PRÓPRIA VIDA, QUANDO SE TORNAM ADULTOS .




É assim que evitaremos o afogamento das novas gerações no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.




OS LIMITES ABRIGAM O INDIVÍDUO, COM AMOR ILIMITADO E PROFUNDO RESPEITO."


(autoria desconhecida)




Vamos refletir! O texto acima me tocou muito. Leio e releio para aprender e apreender algumas coisinhas que ainda me pego fazendo. Por exemplo, me descontrolo muito diante da insistência de meu filho quando quer alguma coisa. Ele parece ter certeza do que quer e, muitas vezes, sei que ele está certo, se tivesse 7 anos de idade, em vez dos 3 que ele tem... as crianças de hoje questionam com sabedoria e um ar de conhecimento de causa. Isso faz com que eu me canse, já que ele não compreende que ainda é uma criança, ele diz: "eu sou grande, mãe, sou um rapazinho"... ou seja, me coloca contra a parede com um argumento que nada mais é do que uma frase que, inocentemente, repito para ele em outras situações... ele está errado? Não. A questão sou eu tentar explicar que por mais que eu saiba que ele tem razão, ele ainda é pequeno e vai crescer e quando crescer, poderá fazer. Ele não acata. O distraio com outras coisas e, passa o tempo, ele tenta novamente e novamente... até me vencer pelo cansaço. Por mais que eu diga, para mim, que eu preciso não ceder, eu canso. Aí, vejo que ele aprendeu meu "limite" de tolerância - que, em meu caso, não é muito... O que devo fazer? Me trabalhar mais. Extravasar meu estresse. Aliviar minhas angústias... Para ter equilíbrio e manter a firmeza que começo e sucumbo ao final do dia.




Ouço de um tudo, inclusive brincadeiras de que vão chamar a "Super Nanni", para ela dizer: "mãe, você está descontrolada..." ou "se Super Nanni for ver seu caso, será o último programa dela...". Parece engraçado, mas, nada estimulante. Não me magoa conscientemente, até acho graça e dou risada, de verdade, mas, mexe com algo, lá dentro de mim, que especulo ser meu orgulho e me sinto "fracassada"... Fora quando alguém decide "ajudar" tirando minha autoridade - afinal, as pessoas também cansam... pena que não enxergam o que fazem, nem quando fazem... e se eu for falar, "não tenho moral", porque sou estressada - e permitindo que ele faça o que quer. É muito fácil cansar, admito. Mas, as crianças de hoje em dia são ultra-mega-hiper ligadas e espertas. São de uma inteligência "assustadora". Assustadora porque, de verdade, parece que elas vêm com a linda missão de TRANSFORMAR e toda fase de mudança tem suas "vítmas" - que, agora, somos nós, geração atual de pais de crianças até 12, 13 anos. E eles nos lembram a todo instante que o que vale é o exemplo real. A coerência. Na minha época, por mais amor e respeito que tivesse aos meus pais, havia muito do medo, ainda imposto e mantido pela tal "sociedade", instituições de educação e afins. Quando tentávamos - e já éramos um começo dessa geração, mas, sem a convicção e força desta - impor e mostrar que não éramos "páginas em branco" tinhamos duas opções: engolir o que carregávamos, nossa essência ou se tornar um "rebelde sem causa"... Creio que minha geração, final da década de 70, iníco dos anos 80, pós Woodstock, Tropicalismo, pílula antioncepcional, máquina de lavar roupas e emancipação da mulher, onde começou a mudar a "cara" da família e quebrar padrões, foi o início de mais uma mudança no mundo e, como consequência, nossos filhos são nosso reflexo e resultado de nossas crenças, na prática, que ainda estão em fase de desajuste, reajuste e, um dia, ajuste.




Hoje, estamos em busca do equilíbrio e isso é um grande desafio: lidar com a repetição, natural, de padrões - onde acabamos repetindo, mesmo que inconscientemente, parte da educação que nossos pais nos deram e nós tanto questionamos - e a consciência de que não "achamos" certo, nem nossos filhos acatam, essa repetição... O que não necessariamente é falta de firmeza, muitas vezes, como não estamos bem trabalhados - afinal, para muitos até minha geração, há um conflito de que terapia é coisa de doido ou dondoca... - não temos consciência do que precisa e como precisa ser "imposta" ou trabalhada a nossa autoridade. Tudo é ajuste. Tudo é questão de tempo se soubermos nos permitir e não continuarmos a carregar culpa, por não sermos como nossos pais que tinham nosso "respeito" - e, olha que temos uma dificuldade em admitir que sentiamos medo, em muitos casos - e nossa "obediência" e não conseguimos obter o mesmo "sucesso" com nossos filhos... Tudo muito contraditório. Mas, se encararmos como mudança, teremos a facilidade de enxergar que a honestidade com os filhos - isso não fará que eles fiquem "dóceis", mas, os fará enxergar nossa humanidade e fragilidade, sem ser fraqueza... - é nosso maior trunfo. Que aceitarmos que a geração dos nossos netos sim, talvez seja próxima do que vislumbramos e somos precursores.




Por isso o tal limite ainda é tão questionado. A ciência tenta explicar e propor soluções pragmáticas e "certas", tipo "fórmula do sucesso, simples assim"; a escola aprendeu que tem que ser parceira dos pais; muitos de nós ainda não compreenderam que precisamos ser parceiros das escolas, mas, cada um com seu papel e flexibilidade; os amigos que não têm filhos nos dão "receitas" de como é prático ser pai ou mãe, porque leram em alguma matéria algo que dizia algo que pode ser feito e que deu certo com 90% dos pesquisados...; parentes e amigos que têm filhos - que sentam no "próprio rabo", desculpa o termo chulo, para se permitirem dar "lições de moral" - se acham tão perfeitos que nos dizem, não uma receita de sucesso e sim, uma receita do sucesso deles (???) e iniciam a "oficina de sucesso": "comigo?! ah, fulano nem se atrevia, porque sabia quem mandava..." Taí, para encontramos um bom limite, como ponto de equilíbrio ou caminho do meio, precisamos, antes de tudo, compreender, compreender e compreender TUDO isso e o que mais aparecer, compreender todas as pessoas envolvidas - ou que insistem em ultrapassar a barreira do bom senso... talvez por nem saberem do que se trata bom senso... - e ainda termos tempo para elaborar essas questões - que não se tratam de situações isoladas... nem esporádicas... nem tão simples de serem administradas - e sermos "maduros" e adultos em tempo recorde de não passar isso para nossos filhos... pois é, temos, na prática uma missão quase impossível. Sorte que é quase impossível e não impossível! AMOR é palavra chave, para tudo. Até para aceitarmos que erramos, cansamos, caimos... mesmo tentando acertar. Acertamos, quando nos damos tal oportunidade! União precisa ser regra estabelecida com amor. Força é construção diária e a cada instante ou situação-problema.




Ufa! Vou parar por aqui... afinal, tenho que me dar um tempinho para elaborar os acontecimentos recentes.




Por isso que eu digo que na prática, toda teoria é só discurso pronto e nada mais... SOMOS SERES REAIS. HUMANAMENTE, REAIS. Eu amo meus pais, principalmente depois da adolescência, quando vi que eles eram heróis reais e não os "ideais" que eu queria e eles alimentavam... Hoje, os amo com a liberdade de os ver como eles são.




Vamos que vamos, DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!




Beijos, e até o próximo post,




Pat Lins - uma mãe na prática diária de se redefinir, dia-após-dia a ser melhor. Todo presente é um instante de aprendizado e deixar o passado no passado é um desafio e tanto! Futuro é o presente bem aceito e bem vivido! Chego lá!



quarta-feira, 10 de março de 2010

MÃES NA PRÁTICA



Estava conversando com uma "primamiga", Jamille Sodré (http://jamillesodre.blogspot.com), e trocávamos idéias sobre nossos pimpolhos - coisa mais natural para qualquer mãe - quando ela me sugeriu que eu escrevesse em outro blog meu (http://patlins.blogspot.com) sobre esse tema: mães e filhos.


Lá no "A dor só dói enquanto está doendo" (http://patlins.blogspot.com/), falo sobre maternidade, também, mas, seu foco são meus pensamentos e busca por melhoras como pessoa... então, decidi criar outro, com único foco em trocas e idéias entre mães e afins - leia-se: pais, avós, avôs, amigos, amigas, "boadrastas" ou madrastas...


Daí, surge o "Mães Na Prática". Porque na prática, toda mãe é quase igual... risos.


Li um livro interessantíssimo - "Eu era uma ótima mãe até ter meu filho" - que me fez ver que toda mulher é meio mãe, por condição natural, mesmo que nunca tenha parido ou tido contato com crianças, mas, na prática, acabamos achando que não sabemos nada... Fora que todo mundo tem um pitaco a dar e isso acaba dando uma bombardeada nas mães, principalmente, as de primeira viagem. Fica até a sugestão, para quem quiser e puder parar para ler um livro leve e bem descontraído. Não, ele não quer dizer que nós sejamos "péssimas" mães, mas, pura e simplesmente: mulheres, antes de tudo e quando mães, precisamos lembrar que teremos que ser "super", mas, não levar isso tão a sério... a gente nunca sabe quando um super fica "over", até que seja refletido em ações reais...


Antes de vivenciarmos - e isso faz uma diferença significativa, de ordem prática e de responsabilidade - na "própria pele" esse papel - de geramos, adotarmos ou nos responsabilizarmos por uma criança na realidade - acreditamos que é tudo muito fácil de ser resolvido, basta compreendermos que toda criança só chora - quando ainda bebês - se estiver suja - de cocô -, molhada - de xixi ou com fome, então, basta conferir. Simples assim! De fato, isso é um começo, mas, criança chora por outras razões e até identificarmos, "mama mia", socorro! E nos culpamos, por não termos lido, nem trazido - risos - o manual de instrução que toda mulher deve trazer consigo no "bico da cegonha" - risos.


Sobre esses e diversos assuntos de ordem prática é que MÃES NA PRÁTICA pretende falar.


Um espaço livre para trocas de idéias, não para imposições de fórmulas e verdades universais, afinal, trata-se de prática e não de teoria! Nós somos seres reais!


Conto com a sua participação, via e-mail ou comentários aqui no blog, para tecermos essa colcha de retalhos do dia-a-dia e nos sentirmos, de alguma maneira, gente "normal", que mesmo sendo mãe, também comete falhas, sente-se insegura, enfim... vivemos nossa vida e a de nossos filhos.


Beijossss em cada coração e vamos aumentar o movimento que já fazemos em http://patlins.blogspot.com de DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!


Na prática, a cada pequena mudança podemos mudar nosso mundo. Cada mundo mudado, quem sabe muda o rumo da história? Mas, isso é só para quem tem tempo e vontade, de resto, nada pode mudar.
Seja bem-vinda (o) ao nosso cantinho virtual para assuntos reais!

Pat Lins.

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