terça-feira, 16 de novembro de 2010

TRAUMAS, TRAUMATIZAÇÕES, TRAUMATIZADOS, "TRAUMATIZADORES"... - COMO (NOS) LIBERTAR DESSAS DORES (?)

Apesar de vivermos na "era da informação", o cuidado como esta circula, como é elaborada e propagada é bastante preocupante. Ainda mais para nós, mães, tanto neste papel, como no papel de ser humano.

Uma "amiga" blogueira, certa vez, postou um comentário, aqui no blog, expondo esse temor, onde, por ser psicóloga, acabou criando uma "barreira" de como educar o filho. E, me peguei pensando, por ter conhecimento, muitas vezes esquecemos de que, na prática, a aplicação das informações não seguem o mesmo ritmo que desejamos...

E, como estava/estou com muito pouco tempo para me permitir mergulhar aqui, neste espaço que amo escrever meus pensamentos, para me encontrar e me organizar, acabei deixando passar o tal tempo e, hoje, me "obriguei" - no bom sentido... talvez caiba melhor, me comprometi comigo mesma - a escrever um breve esboço do que me veio em mente:

TRAUMAS, TRAUMATIZAÇÕES, TRAUMATIZADOS, "TRAUMATIZADORES"... - COMO (NOS) LIBERTAR DESSAS DORES (?)

Não existe apenas uma causa para se desendaear um trauma... E quem é o agente traumatizador? Os pais, como referência primária, carregam e são cobrados, como reais e possíveis agentes traumatizadores. A questão é que não só os pais atuais, mas, de toda a história. E o "Pai do Céu"? Será que fica feliz em ver o quanto fazemos utilizando do Seu nome????

Fui percebendo que vivemos reféns do "medo" de traumatizar, haja vista tanta informação sobre "como educar seus filhos" de inúmeros e renomados estudiosos do assunto. A ciência, como acredito, tem seu papel fundamenal, de traçar um paralelo, ou, um levantar de informações ou dados, que se repetem e, para isso, busca-se uma explicação para a origem - quando não se deseja provar a própria origem - como única maneira de se encontrar uma solução. Detalhe: como somos bilhares - ou bilhões - de pessoas nessa esfera achatada nos pólos, chamada de Terra - onde se caberia, por coerência à "realidade científica" de que existe mais água, ser chamda de Água... risos -, o que quer dizer, que não tem como algo, ou, alguma manifestação, ser originada de um único ponto... Ter como origem uma única causa. Lógico que para se tratar um problema, é preciso saber qual o problema, para, após diagnosticado, ou, prognosticado, se receitar o remédio mais adequado - mesmo assim, precisamos entender que a ciência (também) é limitada... ela é feita por nós: humanos e os remédios não são elaborados para se resolver um problema... As misturas químicas agem sobre determinado sintoma, ou seja, ele trabalha na consequencia, não na causa... O que resolve parte do problema, bem como a maneira como resolvemos os diversos problemas, em nossas vidas.

Mas, de volta a terra - ou, terra virtual... risos - sobre o tema, refleti que a descoberta de que carregamos "traumas" de infância - ou, qualquer trauma - de maneira inconsciente e que eles se manifestam na nossa consciência através de nossa maneira de agir ou reagir, me levou a ver que não temos para onde correr, a não ser nos cuidar e nos perguntar: POR QUE COSTUMO AGIR DE DETERMINADA MANEIRA? COMO FAÇO PARA COMPREENDER MELHOR A SITUAÇÃO? COMO FAÇO PARA JULGAR MENOS? COMO FAÇO PARA NÃO ME MACHUCAR COM O OUTRO?... Enfim, temos várias perguntas para nos fazermos e, nem sempre, aparecerá uma única resposta, nem virá como palavras escritas... SIMBOLOGIA. Teremos respostas em forma de signos e precisamos saber como decodificar. Essa é a questão que levanto: PODEMOS LEVANTAR AS PERGUNTAS, BUSCAR AS RESPOSTAS, ESPERÁ-LAS E, ENQUANTO O PROCESSO SE DESENCADEIA, PODEMOS IR AGINDO, COM PEQUENAS MUDANÇAS. Muitas vezes, coisas pequenas, palavras escutadas de maneira inesperada... toquem em algum conteúdo magoado e ainda em forma de ferida aberta, e a gente caia, sem saber a razão. Aliás. RAZÃO é algo muito mal empregado pela gente. A razão não é sinônimo de frieza, muito menos de ausência de emoção. Ela é uma capacidade de se refletir a maneira como a emoção funciona e tentar equilibrá-la, ou, administrá-la.

Cheguei no ponto que queria, nos dizer que sempre seremos agentes traumatizadores, que somos seres traumatizados... e, isso tudo, porque somos humanos e nunca saberemos, ao certo, o que está lá dentro, bem guradado e lá no fundinho de nossa cabeça, seja no âmbito da razão, seja no âmbito da emoção. Nós, todos e cada um de nós, não somos apenas os seres individuais, nem apenas o indivíduo em meio ao coletivo - o que nos torna um ser social, além do individual e que coexistem. Nós somos resulado do que trazemos, do que desenvolvemos, do que aprendemos, do que esperam que sejamos, do que queremos ser... Administrar isso requer habilidade que ciência alguma dá conta! Somos demanda de nós mesmos para a vida toda. E, é por isso, que venho aqui, através deste espaço - kkkkkkk, me lembrei dos abaixo-assinados que fazia na época de escola... - clamar que nos ajudemos neste aspecto: NOS CULPAR, NÃO! Chega de carregar na culpa, chega de culpar os outros! Chega! Somos capazes de fazer algo melhor. Somos capazes de usar a tão repetida RAZÃO da meneira racionalmente correta: a nosso favor, enquanto ser individual, ser coletivo e mãe! A culpa é uma consequência emocional de cobranças externas. A gente cresce em meio à cultura do medo. E, em pelna "era da informação" e, em pleno século XXI, a gente ainda trilha e reproduz a cartilha do medo e do julgamento, "em nome de Deus"! Deus quer que sejamos felizes, minha gente! Foi para isso que nos criou! E ser feliz é viver e se entregar ao movimento de ser feliz! De ser e fazer coisas boas e melhores para o bem comum, não se subjugando ou sendo subjugado pelo crivo da severidade desmedida que nos entranharam. Somos reflexo do medo e do temor a uma criação humana. Mas, não vou entrar muito por essa seara. O que quero, de fato, lembrar, aqui, é que, dentro ou fora do papel de mãe, o que caracteriza um trauma é algo não conhecido, ou seja, um mistério e que sempre vai acontecer. O que quero dizer é que a CURA é não se culpar, nem culpa o outro. A CURA é se abrir e se auto-ajudar, com pensamentos melhores, com o esforço de acender a esperança e a ação diária de se fazer uma coisinha boa aqui, outra ali... com o coração aberto e acreditar que podemos mudar o mundo. Não, não agora e imediatamente... Assim como nossos traumas  não surgiram agora e imediatamente, muito menos essa prática mais do que abusiva de julgamento e condenação da vida alheia, surgiram de uma hora para outra... Põe, por baixo, aí, milhares de anos. E olha, não cabe em uma única fase histórica... Está em todas.

Como pessoa, precisamos nos permitir a libertação das dores causadas por traumas, que, na maioria das vezes, nem sabemos que oriundam de trauma... Muitas vezes nem recordamos ou sabemos o que foi esse trauma. Como mãe, precisamos nos libertar do medo de errar com nossos filhos. NÓS VAMOS ERRAR! NÓS ERRAMOS O TEMPO INTEIRO, COM TANTA COISA... Mãe não traz a perfeição. MÃE NÃO É PERFEITA! A gente só pode fazer aquilo que está dentro da gente. Para fazer diferente - de preferência, melhor, é preciso muita busca e muito empenho e se querer melhorar, senão, só poderemos dar esse pouquinho que temos para oferecer, que está na zona do que repetimos vida afora. Eu tive a honra de conhecer uma senhora, dessas muito firmes, porém doces e suaves - o que prova de que firmeza e inflexibilidade e atitudes rudes não são sinônimos - que nasceu em meio ao holocausto e dentro de um campo de concentração. Seus pais a conceberam ali, e, ali, ela nesceu. Seus pais, muito provavelmente, foram executados, mas, ela, fora salva e adotada por um casal de norte-americanos, se não me engano. Segundo informou, era uma criança muito pequena, menos de dois anos, se não me engano. Cresceu num lar mais tranquilo, com pessoas boas e alegres. Teve "de tudo", como nos referimos quando uma criança cresce num ambiente economicamente favorável e que permite que se compre e crie um ambiente confortável. Estudou. Trabalha. Vive bem - em todos os sentidos - porque sabe administrar os percaulços. Ser feliz é ser feliz mesmo com problemas, mas, não quer dizer que tenhamos que ficar sorrindo a toa, ou, fingindo que o empecilho não exista. É encarar e ver como melhor resolver. Pois bem, ela relatou que sentia um medo e uma tristeza que não sabia de onde vinha. Com o tempo, descobriu que era trauma de infância. Tá, nem por isso se deixou abater. Sofreu e sofre as consequências, porque, aquilo que fora vivido/é não se apaga... Mas, ela detecta as recaídas ou os primeiros sintomas - ou sinais - e, não os ignora. Os abraça e se entrega ao movimento de libertação - ou, melhor: auto-libertação. Nós temos isso, do mesmo modo que ocorrem os traumas, temos o kit supera trauma. Isso não impede as manifestações das dores, mas, não podemos nos permitir a perpetuação do sofrimento.
  
Ainda temos muito o que aprender, nessa vida. Agora, que já foi descoberta o estresse pós-traumático, onde a reação/consequência, não se dá no instante, a ciência aceita que algumas ondas de estresse e seus derivados sejam consequência de algo muito anterior. Ou seja, se as gerações anteriores se "gabavam" de educar melhor os filhos, bom se auto-vasculhar aí. Não estou condenando as gerações, mas, lembrando que só podemos dar aquilo que nos permitmos e que acreditamos que só temos aquilo para dar. Impossível dar o que não tem, mesmo sabendo-se que, em algum lugar dentro de nós, tem muito mais a oferecer. Mas, existe um julgamento cruel e uma condenação forte e severa dessas gerações em conflito com a atual, de que "antigamente, não era assim..." Muita coisa não era assim antigamente, muita coisa não precisa ser assim hoje... mas, o que já foi feito, vai reverberar de alguma maneira em algum lugar. Daí a necessidade de assumirmos a responsabilidade pelo caos no mundo. Nós somos seres muito mais coletivos do que individuais, por estarmos em constantes relações sociais, mas, a subjetividade é algo a ser trabalhado individualmente, para se melhorar o coletivo.

Educar um filho é não desistir - nem de você, nem dele. Olha, eu "peno" com Peu, viu?! Ele é turrão, só quer fazer o que acha - e muitas vezes ele tem "razão" - que sabe. Falo, repito, brigo... Mas, sei que um dia ele vai entender que é minha maneira de educá-lo e de protegê-lo. A gente, às vezes, exagera, porque esquecemos que limite é proteção e carregamos no poder. E poder é ego puro. Pior, ego desequilibrado. Muita gente não entende algumas atitudes minhas e, confesso, não "perco meu tempo", tentando explicar... Tem coisas que a gente precisa fazer e não se ocupar com o que se ouve. Depois, entro no processo de compreender que a reação da pessoa foi porque ela age diferente e não sabe respeitar as opções alheias e etc. Enfim, muitas vezes estou exausta e, apesar de manter a minha postura, nessas horas de cansaço, tudo quer emergir e sair pela portinha da baixa de resistência... e acabo carregando nas tintas e na maneira como dou vazão ao que acredito - mas, tem gente que merece que a gente dê uns gritos, né, para ver se, pelo menos assim, mesmo sem consciência, pare um pouquinho... porque, oh gente invasiva, meu Deus... - pois bem, voltando a Peu, duas coisas me chamaram atenção, nesses últimos dias: 1 - estamos nos mudando - aliás, já nos mudamos, apenas em ajuste de casa nova - e isso mexe com tudo, apesar de ter a alegria da novidade motivando, a característica humana de desgaste e cansaço não mudam como chave de voltagem... - pois, nesse processo, precisei pedir água na casa da antiga vizinha - um amor de pessoa - e, ela me deu um copo de vidro. Perguntei, antes de beber, se ele queria, também, e estendi meu copo, ele falou: "não, porque esse não é de plástico".Então, me fiz de esquecida e disse: "Verdade, filho! Olha a cabeça da mamãe. Obrigada, por me lembrar." Ele simplesmente me deu um lindo sorriso e eu entendi: MANIFESTAÇÃO DA EDUCAÇÃO. Por mais que tenha que "brigar" com ele, em casa, explicando que ele ainda é pequeno para beber em copo de vidro, porque o vidro quebra e tal, só na "rua" pude ver o resultado do meu trabalho, que não é só meu, é conjunto. O fato das pessoas ao redor - ao menos algumas - além de terem essa consciência, algumas que acham bobagam não dar copo de vidro a criança, porque não se pode privar... algumas destas, também, respeitam minha conduta e colaboram isso reforça. Mas, aquilo que passamos para eles, as referências primárias, saem da gente - mães/pais - para eles. Tanto coisas boas, quanto coisas, ruins, ou, não tão boas... Isso me levou à segunda percepção: 2 - não existe uma linha rígida, muito menos única, a seguir que determine como o outro, ainda que seja um filho, vai receber o que passamos em nossas ações. Quem recebe é que "determina" se aquilo é condizente ou não.

Mesma coisa as "brincadeiras" que fazemos. Quem acha graça é quem recebe, porque, se você faz, é porque para você é engraçado. Talvez você não se incomode que brinquem com você do mesmo jeito, ou, acha que é tão melhor que pode fazer tudo... Está na hora de perceber e aceitar que o outro tem seu EU e que cada um tem seu jeito. Assim como EU, EU/VOCÊ, VOCÊ/EU, NÓS, ELES/ELAS... Tem gente que conta pidas de humor questionável e chata é a pessoa que não sabe brincar e/ou aceitar aquela brincadeira... Isso cabe aos nossos filhos, também. Minha irmã tem mania de brincar com Peu apertando, "futucando", como ele fala e ele gosta. Mas, quando ele está sonolento, que está desacelerando, ela, adulta, faz a mesma brincadeira e ele não gosta, se irrita. Não adianta avisar que ele está com sono, o que fica é que ele é "chato" e não sabe brincar...  Nos falta bom senso. Nos falta entender que tem hora para tudo, inclusive hora de parar e não se meter! Mania de nos acharmos sempre com "a" "razão". Isso, também traumatiza, mas, há garantias de que traumatize? Como Peu recebe as brincadeiras que fazemos com ele? Como ele recebe as "orientações"? Como ele recebe os "sente ali para refletir o que você fez" - logo após a explicação de que o que ele fez está "errado"? O que é ERRADO - se para ele era certo? Deixa a criança "bater cabeça" para aprender ou interfir? Até onde um limite é um l.imite e não uma limitação? Temos equilíbrio emocional e capacidade - ou maturidade - para dar uma educação pautada na harmonia dessa gama de informações, em meio a rotina diária... ? Muita gente se acha "madura" porque sabe se comportar nos lugares; não falam besteiras; mantêm a aparência de sobriedade... Muita gente confunde maturidade com aparência... Serenidade, bom senso... vai além do básico: educação formal e cordialidade, é questão coerência de desenvolvimento intelectual - tudo que aprendemos - e prática desse desenvolvimento. Quantos de nós faz isso de verdade? Se você nem exitou e gritou: "Eu", um bom começo para se trabalhar. Eu nunca saberei como meu filho recebe o que passo, porque o que vai não é só o que falo, mas, como falo, com a frequência que falo, como faço diante da mesma situação, quem sou, como sou... Engana-se quem acha que o resultado do progresso do outro cabe a nós. Isso não quer dizer para deixarmos "ao léu". Pelo amor de Deus, apenas quero dizer que importa mais a honestidade - se me permite frisar: auto - honestidade primeiro... - e o esforço diário com crescimento gradativo de se dedicar ao movimento de

DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO, a partir de cada ser individual e subjetivo, em prol do coletivo!

A nós, cabe fazer a cada dia, o melhor que pudermos fazer, não aquilo que dói menos. Só assim, com amor e consciência do que é amor, podemos nos libertar e libertar as dores dos traumas, das decepções, das cobranças e dos julgamentos! Amar e educar é muito mais que dizer: "os psicólogos dizem que tem que fazer assim..." É entender que a psicologia, como qualquer outra área do conhecimento, estuda, levanta dados, traça paralelos, reflete, identifica reações comuns... mas, como toda área do conhecimento, também redescobre a pólvora, se adapta a novas realidades, as estuda... Está sempre em evolução, mas, uma nova vertente não anula, por completo uma outra. Tudo se encaixa. Tudo está conectado. Tudo está interligado. Crescer está acima de qualquer teoria. Crescer é movimento pessoal e esforço diário. É trabalho para a vida inteira. O começo de uma novidade não é o fim de algo que já existe. Isso é que é "massa" a gente poder desenvolver nossa maneira de ser, agir e pensar dentro da diversidade, respeitando e sendo respeitado! Um dia, humanidade, chegaremos lá!

Poxa, tanto tempo sem escrever, que hoje, "perdi a mão" e nem falei tudo que queria, nem como queria... Mas, depois volto para desabafar mais e trocar idéias reais aqui no mundo virtual.

Nem todo caminho nos leva a Roma, mas, leva para outro lugar... Quem vai saber qual e melhor maneira de educar um filho? Mal sabemos nos educar... Não podemos empurrar nossos filhos para o sucesso... Precisaríamos saber o que é "sucesso" para ele... Podemos dar base de confiança e firmeza de caráter. Não podemos trilhar o caminho do outro.

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM, O ESPELHO MOSTRA - POR PEDRO HENRIQUE

Filho, mais uma sua, para guardar. Tenho tanta coisa anotada, jurando que um dia paro e passo para o blog, mas, sempre passa o tempo e vou deixando para lá. Como esse blog só tem sentido por conta de sua existência em minha vida, eis aqui mais um registro de suas sacadas.

Estávamos tomando banho e, quando eu terminei, ele me mostrou:

PEU - Mãe, tem um pedaço de coisa em seu rosto. Você não viu, não, não foi, mãe?
EU - Não, filho, não tem como a gente olhar com nossos olhinhos e ver a nossa própria bochecha. Você consegue ver seu nariz? E sua boquinha?
PEU - É mãe, a gente não vê, não, né?! Mas, se eu olhar no espelho, eu consigo, né?!

Achei tão linda a sacada dele que faço o pequeno registro. O olhar de uma criança é tão sagaz e vê possibilidade para tudo. Para ele não existe barreira, muito menos a do preconceito. Limitação é coisa que a gente planta neles. Limite, sim, precisamos dar, por mais difícil que seja fazê-los obedecer.

Beijos da mamãe que te ama - mas, que vai fazer você pagar o maior "mico" - kkkkkk

Pat Lins.

OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS - POR PEDRO HENRIQUE

kkkkk No início do ano, Peu aprendeu, na escola, os órgãos dos sentidos. Passado o tempo, costumava perguntar e ele me respondia, certinho.

Pois, ontem, fui perguntar e obtive respostas inusitadas:

EU - Peu, a mão é o TA...
PEU - ...pão
EU - Não, Peu, TATO.
PEU - (se dobrava na risada)
EU - Peu, a boca é PALA...
PEU - ...vrão
EU - Não, Peu, você esqueceu? É o paladar. E o nariz é o OL-FA...
PEU - ...ce - kkkkkkkkkk
EU - Peu, fale sério que você esqueceu tudo... E os olhos são a VI...
PEU - ...rilha

Eu já nem conseguia corrigí-lo, diante da cara de pau. Cheguei a acreditar que ele havia esquecido, até ele me dizer:

"Oh, mãe, a mão é o tato, aqui, oh! O olfato é o cheirinho, no nariz..." E foi me "ensinando". Mas, o que mais me surpreendeu, foi a arte dele. Creio eu que ele esqueceu, por alguns instantes e improvisou, para não "dar o braço a torcer".

Deixo o registro aqui, para lembrar de mostrar a ele quando for maior.

Peu, Peu, Peu!

Pat Lins.

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