sábado, 10 de dezembro de 2011

"FILHO É PARA QUEM PODE" - por Mônica Montone

Vi esse fragmento no facebook, através de um amigo e achei interessante partilhar. Não partilho o radicalismo, nem me parece ser a proposta do texto. Achei de uma honestidade elementar e concordo com o ponto de vista da autora em vários sentidos, inclusive o de lembrar a responsabilidade de ser mãe. Não basta colocar no mundo, tem que saber que se trata de cuidar, educar, dar uma boa formação de caráter - para tanto, há de se ter essa boa formação... - e enfim, não colocar para fora um "pedaço" de gente que achamos ser um pedaço da gente para tapar um buraco que não soubemos qual peça colocar. Filho não é uma peça coringa que se encaixa onde não encontramos a parte certa. Ver uma pessoa assumir isso, que não tem perfil para ser mãe pode assustar muita gente, mas, para mim foi lindo. Não acho que toda mulher tenha que carregar essa incumbência e essa onda de obrigação na perpetuação da espécie, para mim, é muito simplório e cai e novo na questão dos buracos e pouco avançaremos se ali nos mantivermos. Se a mulher não tem perfil "mãe", não seja. Assuma-se honestamente e não carregue culpa, porque não há do que ser culpada. O perfil honestidade e consciência, para mim, permeiam e deveríam ser a base de qualquer construção em nossas vidas. 

Tenho andado com a cabeça envolvida nessa nova fase de minha vida - que estou podendo viver na prática tudo que venho partilhando aqui e em meu outro blog, nesses últimos anos e tem sido recompensador, pena que não consigo organizar meu tempo mental para parar e escrever. Estou cheia de idéias e anotando cada uma delas para que nasçam no momento propício e maduras. Eu, como mãe na prática, tenho me permitido enxergar isso - o que espanta muitas pessoas, mas, fazer o quê... - de que eu sou mãe de um indivíduo, não de uma rolha para tapar meus buracos. Em vez de suprir minhas carências naturais e inerentes a qualquer ser humano - cada um tem lá as suas - com meu filho, trilho meu caminho em paralelo ao dele. O meu, deixo bem claro para ele com minhas ações, é o meu, o dele, é o dele, mas, comigo no comando do que penso ser um norte. A base da educação que dou a Peu, vejo ao receber de volta em suas ações e isso muito me alegra. Lógico que falta muito, porque nem tudo vem pronto, aliás, nada vem pronto. Muito trilhamos. Muito nos esforçamos e continuamos. Tem gente que acha que conseguir é dizer que conseguiu e acreditar no que diz, apenas... Para mim, o esforço é diário e constante, e chegar lá é chegar lá todo dia e ver que sempre temos que ir, estar e chegar em algum "lá". Não basta chegar, temos que continuar, manter e superar muito mais e muito mais "lás".

Enfim, ser mãe, não é só para quem quer, é para quem "pode", ser mais do que apenas um ser carente que quer cumprir a missão de dar continuidade a espécie. Fica a pergunta: QUE ESPÉCIE QUEREMOS PERPETUAR, MESMO? Bom, uma observação importante: nada de radicalismo! É para reflexão, é para ler, não punir, condenar, julgar ou interpretar como se queira. A gente tem mania de pensar que educação boa é aquela na escola mais cara do País - ou de outro País; que poder ter filho é ter como pagar um plano de saúde bom, comprar roupa da moda, levar para comer em lugares caros e proporcionar um futuro brilhante com pós graduação em Harvard. E Valores em nós? E entender que filho não é um pedaço da gente, é gerado na gente um pedacinho de gente que vai crescer e ser um ser... Enfim, só um trecho para reflexão e ver se conseguimos romper com esse ciclo de que toda mulher pode ser mãe, desde que saiba dar banho e comida...



Na prática, ser mãe é ser uma mulher que sabe que pode gerar um novo ser não como realização pessoal de satisfação social, mas, uma pessoa capaz de amar e dedicar sua vida na criação de outro ser através de seu ventre e de seus exemplos. Ser mãe não transforma a mulher em uma pessoa melhor, só porque pariu, amamentou, trocou fralda ou optou por uma alimentação saudável... ser mãe é ser uma mulher, que é gente, que tem suas qualidades, defeitos, buscas e missões de vida. Ser mãe é uma missão muito especial e deveríamos compreender isso sempre. Ser mãe não muda quando os filhos crescem, seremos sempre. E, cá entre nós, nos falta essa honestidade para conosco de ser humano e nossa busca pessoal. Ser mãe às vezes vem como um escudo para alegramos não termos tempo de crescer porque estamos criando e vendo crescer um outro ser que poderá ser aquilo que não fomos... Já começa errado. Nós é que devemos ser quem queremos ser, não um filho. O filho deve ser o que ele quiser ser: um ser. QUEM SOU? É por aí que devemos começar, não: quem não fui, para meu filho ser? Sejamos quem somos, não quem nossos pais queriam que fôssemos. E, isso não tem a ver com algum movimento feminsita ou de qualquer outro teor de fuga que se ataca uma condição para afirmar a própria... O que vi no texto é apenas uma mulher expondo seu ponto de vista. Porque, existe esse outro lado, também. O que levanto a bandeira aqui é com relação à honestidade de si para consigo, para não jogar nas costas de um filho o fardo de ser a salvação da minha frustração. Isso não me impediu de querer ter meu filho, viver as dificuldades de adaptação, porque eu sabia que queria ter e pronto. Posso ter usado vários argumentos falidos para justificar a mudança que teria em minha vida e vivo em ajuste constante. Mãe é isso. Amo ser mãe e quero ser de novo. Mas, se não der, não vou sofrer, nem me martirizar. Devemos saber o que queremos e assumirmos isso para a gente mesmo. Tem gente que usa o argumento de não ser mãe por medo e frustração pessoal e alega todo tipo de coisa. Melhor assim, do que ter e fazer parte desse baralhão de mães vazias que colocam crianças escudos no mundo e se chocam aos ver as crianças-bombas dos países tidos como radicais - como se não fôssemos radicais, também... principalmente na falta de ideal. Por isso que clamo: não ao radicalismo. Sim a reflexão. Pontos de vista são hipóteses pessoais. Até que expõe pode - ou não - mudar, um dia. Tudo é válido para reflexão!

Saudações maternais,

Pat Lins.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

MÃE EM CONSTRUÇÃO

De tempos em tempos, páro para avaliar a maneira como educo Peu e como faço para ter a colaboração - principalmente dos "perfeitos" de plantão - para, no mínimo, não atrapalharem.

Mas, o grande lance é que tento corrigir, em mim, aquilo que preciso ensinar a Peu e isso requer um tempo de dedicação que não tenho, mas, me empenho em conseguir e consigo.

Daí, de tempos em tempos fico mais na prática, com ele. 

Faz um tempinho que pouco escrevo aqui, por conta disso, mas, volto, assim que retomar um ritmo e consegui lidar com as mudanças recentes que acontecem em nossas vidas. Mudança boa é sempre algo bom! 

Por isso, a mamãe aqui, na prática, está se esforçando para ser uma pessoa melhor e, assim, ser um exemplo vivo para meu pequeno grande filho! - e diga-se de passagem, ele está cada vez mais engraçado e vivo. 

MÃES NA PRÁTICA em reconstrução - ou, desconstrução... construção... Enfim, pit stop do bem, para o bem da mãe, do filho e de toda a família!

Saudações maternais,

Pat Lins.

domingo, 30 de outubro de 2011

TODA MÃE TEM QUE ENTEDER... EU TENHO QUE ENTENDER.

Toda mãe, aliás, todo mundo, precisa entender que as pessoas só vão entender que nós não somos iguais e cada um tem seu tempo, sua história, suas características, seus ambientes (micros e macros; internos e externs; sociais, educacionais, econômicos...) e isso leva cada um a agir de determinada maneira, no dia que entender que todos somos diferentes, cada um tem seu tempo, sua história...

Então, diante de uma mãe que conheço que se pune muito, por conta de acreditar que deixou de dar mais aos filhos - não é dar o naterial, isso, graças a Deus, ela pode dar - acaba querendo ser uma mãe exagerada dos netos. Como a filha gosta da "prega", ela meio que assume, sem assumir ou admitir, ela continua fazendo o mesmo que fazia com os filhos: se dividindo. Todos nós precisamos aprender a nos multiplicarmos, sem perdermos nossa essência, sem nos descentralizarmos - como estou aprendendo com grandes mestres: focar no ponto, sem deixar de ver o que estar ao redor. Pois sim, ao não saber se permitir quebrar em si suas próprias amarras - e eu não digo que seja fácil, nem que não doa, mas, trabalhá-las, cuidar dessas feridas da infância, das frustrações... libertar-se pelo amor e pela transformação real, não aquela de palavras e frases prontas que tanto citamos, como se fossem nossos sentimentos - vai perpetuando suas dores em forma de mal estar. Quer fazer demais e acaba sufocando, porque perde a noção de espaço e acaba - por mais que saibamos que tem boa intenção, sempre inisto que "muito ajuda quem não atrapalha" e ajudar é você fazer aquilo que a pessoa precisa, não o que nossas frustrações querem que façamos para nos auto-afirmarmos, não nos afirmando; nos retalhando ainda mais e retalhando as nossas relações com os outros e o que poderia ser um ambiente saudável e aprazível, se torna tenso e cheios de medos de julgamentos, cheios de julgamentos, cheios de "aquiloquenãoéditoporquenemseiqueestousentindo" e fica no ar aquela nuvem pesada transparente e cinzenta do que não se foi cuidado com o devido carinho e que acaba se esbarrando com pessoas que não aceitam essas interferências e fica um clima chato de que quem não faz parte daquilo e não quer deixar que as situações mal resolvidas dos outros interfiram em suas vidas acaba sendo o algoz da situação, já que está  com o alerta ligado e a "guarda erguida". Assim, num ambiente onde não exite vítma e algoz - afinal, essa condição está em todos os seres humanos: tanto somos vítmas quanto algozes de nós mesmos - acaba se tornando um ambiente daqueles que a gente não quer voltar e acaba levando a "culpa" pelo estresse... Bom, é uma espécie de cadeia ciclíca de acúmulo de sapos engolidos e que, depois de tanto tempo, querem pular e sair da garganta e a pessoa continua segurando, em vez de soltar e se libertar do que realmente causa o mal estar. Ufa! Se é difícil tentar descrever a situação, imgina quem vive - quem são todos os envolvidos direta e indiretamente, afinal, mesmo que eu não tenha pedido isso, acabei sendo envolvida, também - e não tem a menor consciência de que faz tudo isso - que não se trata de opinião minha, apenas... - afirmando que já se trabalhou e aprendeu isso e aquilo com a vida, quando, em verdade, aprendeu, mas, não apreendeu que precisa se libertar de verdade, não de uma nova prisão que tenta negar a anterior... Uma prisão dentro da outra e se tornam escravos dos próprios escravos.

Pois é, naquele momento, vi que para o outro entender que eu não posso carregar o peso dele(a) porque não me pertence e que, se a própria pessoa não o faz, e eu não tenho como ajudar, para piorar, ainda me atrapalha, lógico, que, se não estou forte - afinal, também tenho minhas complexidades humanas e não sei porquê os outros sempre acham que nós somos mais capazes de suportar as dores de suas aflições mais do que eles próprios... penso que todos nós somos um pouco assim... outros mmuuuiiitttooo asssiimmm - então, o ideal é manter a "distância saudável". Se essa situação já é difícil quando envolve apenas pessoas mal resolvidas sob a crença de que são bem auto-trabalhadas, imagina quando se envolvem filhos, netos e tudo mais que ser mãe nos traz. Muitos mundo se encontrando ao mesmo tempo em desequilíbrio... isso só pode dar colisão. E toda colisão, gera abalos de diversas intensidades. 

Ali, minha ficha caiu - grande diferença de quando apenas achamos e quando a informação é processada dentro de nós - e vi que eu é que tenho que entender que ninguém tem que entender o que vejo, mas, cada um tem que entender que é responsável por seus atos e só cada um pode transformar e refazer seus passos e que eu tenho que entender isso também. 

A GENTE NÃO PRECISA QUERER QUE OS OUTROS ENTENDAM PORQUE AGIMOS COMO AGIMOS E EDUCAMOS NOSSOS FILHOS COMO CONSEGUIMOS. A GENTE TEM É QUE ENTENDER QUE A GENTE SÓ PODE ENTENDER TODO ESSE PROCESSO NO DIA EM QUE A GENTE ENTENDER QUE A GENTE TEM QUE ENTENDER A GENTE MESMO. SÓ ASSIM, PODEREMOS ENTENDER O OUTRO. ÃO QUE FIQUE MAIS CLARO, MAS, FICA MAIS CLARO QUE O OUTRO TEM LÁ SUAS DIFICULDADES E AQUILO NÃO NOS INCOMODARÁ MAIS, PORQUE ENTENDEMOS QUE NÓS NÃO PRECISAMOS LEVAR AQUILO PARA A GENTE, NEM NOS SENTIRMOS CULPADO PELOS PROBLEMAS MAL RESOLVIDOS DOS OUTROS OU ACEITAR SER ENVOLVIDO PELOS PROBLEMAS MAL RESOLVIDOS QUE SE TORNARAM LOUCURAS E DESEQUILÍBRIOS EDUCADAMENTE NÃO ADMITIDOS DESSES MESMOS OUTROS. MAS, ISSO, EU SÓ VOU ENTENDER, NO DIA QUE ENTENDER A MIM MESMA, PORQUE, NESSE DIA, NÃO É QUE ESTAREMOS FRIOS E DISTANTES, MAS, NA TEMPERATURA CERTA E NA DISTÂNCIA EXATA PARA QUE O OUTRO TENHA A POSSIBILIDADE DE SE VER E NÃO NOS ATINJA E VICE-VERSA.

E ser mãe em meio a essa turbulência quer dizer: como proteger meu filho desses ambiente? Não existe proteção, assim eu penso. Mas, eu opto pela cautela e pela distância saudável. Nesse caso específico, sondo o ambiente e vejo o dia mais adequado para os encontros. Como: primeiro eu preciso saber como eu estou, porque, sim, é possível aumentarmos e carregarmos nas tintas quando não estamos num estado normal... afinal, também somos humanos falho e pequenos; depois, vejo o grau de aceleração da pessoa em questão; por fim, dou uma analisada no geral, tipo, quem mais estará presente, por quanto tempo e etc. faço tudo isso para promover um encontro sem grandes abalos. Assim, evito entrar em assuntos muito profundos, porque esses requerem um pouco mais de tempo e cuidado, não podem ser expressos de qualquer maneira - essa pessoa não entende isso e insiste em aprofundar em temas com frases e citações, em vez de dar atenção ao neto... depois, não curte nem ao neto, nem conclui os "pensamentos" profundos, ficando tudo no ar, pela metade e um clima cansativo. Nesse momento, dou o ponto final e me despeço, para que se termine o encontro de maneira ainda com algo bacana, senão, fica a marca do cansaço e daquilo que não deu tempo de ser dito. Essa pressa e mania de querer fazr tudo em pouco tempo é que acaba. 

Como mãe, vejo que lidar com todas essas questões fazem parte de minha vida por conta do meu filho, afinal, não posso impedí-lo de ter vínculo com essas pessoas. Mas, confesso, por mais que tente lidar minizando o que está descarrilhado antes de minha chegada, mesmo assim, não é fácil ter que conviver com pessoas que falam tanto e respeito e nem percebem que nem respeitam o espaço do outro, nem o próprio. Se ser mãe já traz um monte de coisa para administrar, imagina ter que estar o tempo todo com uma balança na mão para não ser injusta e priver meu filho da convivência com essas pessoas da família que, para mim são indiretas, mas, para ele, são diretas? Como protegê-lo, sem afastá-lo? Faço como consigo e, depois de ontem, vi que já não carrego mais culpa. Já entendi como fazer com que eles tenham contato entre si sem que ela precise ver como é e como age de um jeito, fala outro e parece pensar outro e sem atingir meu filho: média de tempo. Estabeleci, após observar nos últimos anos e vi que a média de tempo estável nesses contatos é de mais ou menos 2 horas de contato em ambiente tumultuado e uma média de 3 horas em ambiente mais neutro, como na casa dela, sem a presença dos outros filhos e dos outros netos. Porque, quando se tem mais gente, mais essa pessoa se divide entre os filhos e netos e com essa divisão, ela se pauta na culpa o tempo inteiro e acaba se deixando levar  mais para um lado do que para outro e impera a falta de senso do que é esquilíbrio, justo e belo e fica o tormento, a ansiedade, as comparações, a agonia e o peso. O que percebo é que uma mãe que apreende que é necessário se multiplicar sem perder o seu centro - mesmo que não de maneira natural, mas a duros esforços - dá muito menos dor de cabeça para mim. Eu não entendo como é se dividir, do mesmo jeito que ela não deve entender que mesmo que eu me multiplique, tudo tem um limite e eu, respeito muito o meu, por isso, sei o que é respeitar o do outro. Observo que, mesmo sendo e tendo falhas como qualquer um, eu tento ter o máximo de consciência no que faço, mesmo que isso desperte umas doreszinhas em algumas poucas pessoas, porque, na verdade, não sou eu quem causa essas dores, é a pessoa que já está dolorida e quando não encontra espaço para agir, se bate com um muro de proteção. E, digo, tento ser uma mãe justa para meu filho - mesmo cometendo erros, são os erros que ainda não consegui transformar - para que ele possa interagir com todos os lados das famílias e desenvolva laços com todos, sem cair no peso da obrigação penosa, mas, pela satisfação de estar com. Seria muito mais fácil fechar e cortar o vínculo, aí, eu não precisaria me repetir: "não é comigo, é com ela(s)". "Eu não causei esse mal estar, ele já estava lá, eu só não aceitei trazer um peso que não me cabe". Vejo nitidamente como sou tida como "a mãe que não  deixa o filho..." quando, nesse caso, sou a mãe que se multiplicou diminuindo as forças e limitando meu campo de ação ao tempo médio que dá para ficar sem perder a razão. Haja cabeça para lidar com tudo isso e com o fato de que, quando Peu chega nesses ambiente, ele fica ainda mais acelerado, como se captasse toda a aceleração desordenada do ambiente e ficasse ainda mais "over" do "over" que ele já é de natureza. 

Outra cosia que vi é que essas pessoas da família são as que menos sabem lidar com o agito dele e, sem preceber, não sabem lidar porque suas mentes são tão agitadas quanto os movimentos de Pedrinho. Ou seja, foi dali que ele herdou essas agonia toda de querer tudo para ontem e agir por impulso, só depois pensar no que deu. Uma ansiedade sem tamanho e sem foco na solução; onde confundem instinto com intuição. Foi aí que vi que ser mãe requer de mim liberar minha mente para que a intuição seja mais forte do que os instintos. Daí, vendo e convivendo com pessoas que querem que todos endendam o que nem eles sabem dizer o que quer que entendamos, porque, não se entendem direito consigo, que entendi que eu posso até entender suas limitações, as minhas, as de Peu, as de meu marido e tanta limitação junta acaba gerando um grande circo de limitações com todos os envolvidos estão no picadeiro e na platéia. Aproveito esses momentos, seja em minha família ou nas que entrei por opção, para me ver cada vez mais. Isso não impede de que dores sejam desencadeadas e que eu também erre em algumas frases colocadas para fora, em vez de deixá-las serem diluídas dentro de mim e transformadas em um pensamento nobre, só que, para isso, é necessário um tempo e espaço adeuqados, mas, num momento de pressão, de muita confusão, de muitas mentes confusas, num momento alguns pensamentos escapam e falo aquilo que vai atingir diretamente na ferida da pessoa. Num misto de defesa, para que os ataques sejam aniquilados; de orgulho em alta e dominante - eu me lembro que também sou humana e minhas fraquezas também reagem. Impossível administrar as ações e reações dos outros. Mal consigo dominar as minhas.



E isso é o que eu quero deixar para meu filho: mesmo que tenhamos que lidar com os problemas dos outros, antes, precisamos cuidar dos nossos. Aprendi a libertá-lo de querer viver e ser leal, mesmo sem perceber, ao quê e como eu ajo, dizendo para ele: "filho, sinto muito, mas, essa é maneira como a mamãe consegue fazer, mas, mamãe quer aprender a fazer mais e eu consigo. Você vai ter que fazer seu caminho. Mamãe vai estar ao seu lado, mas, só você poderá saber o que fazer.". Falo porque é o que e como eu me determino a viver em verdade e com esforço diário. Esse é o caminho que me disponho. E isso tenho que entender que eu preciso entender mais e mais a cada dia e viver mais e mais a cada dia, para não cair no lugar comum de toda mãe que acredita estar ido além, quando, na verdade, está muito aquém do que pregamos. Como mãe, antes de tudo, preciso aprender a ser como pessoa alguém mais íntegra e coerente. Essa incoerência acaba se revelando através de ações e atitudes que a pessoa nems e dá conta. Eu, só percebo depois que já fiz ou agi. Há quem diga que já é um caminho. Porque, na hora, somos muito mais impulsivos e instintivos do que conscientes e intuitivos. Só que, eu me determino a isso. E, como mãe, vejo que já alcança Pedrinho. Tudo que eu quero é que ele saiba que sinto muito, mas, não sou perfeita. 

Ser mãe é ter que se entender para entender e saber lidar com o filho, entendendo que talvez ele não entenda nada... risos. Ser mãe é entender que nem tudo é entendível, porque nem todas nós estamos dipostas a nos transformarmos a fundo, como pessoa, antes de tudo.

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

MONSTER HIGHLLOWEEN - porque ser diferente é bem legal

Monster Highlloween - ser diferente é bem legal
  A Mattel do Brasil está com uma promoção super bacana: 

concurso cultural
 

O objetivo dessa promoção é falar diretamente com os jovens, incentivando a reflexão sobre como ser diferente pode ser legal. 

COMO PARTICIPAR:

-   Efetuar o cadastro no site www.meuestiloassustador.com.br - de 1 a 30 de outubro de 2011;
-   Criar um monstro com as ferramentas disponíveis;
-   Responder a pergunta: “O que faz você monstruosamente legal?”

PRÊMIO:

O participante com a melhor frase e monstro ganha uma festa de Monster Highlloween com um show exclusivo para celebrar com 30 amigos, não é demais!

OBSERVAÇÃO:
O concurso cultural foi criado para crianças e adolescentes entre 07 e 15 anos, mas, os papais, mamães... podem dar uma força. Além de se trabalhar o respeito e aceitação às diferenças, pode ser uma boa oportunidade de se estar junto.

Visite o site e participe!

Pat Lins.

domingo, 11 de setembro de 2011

"PAI, EU TÔ SENTINDO UMA COISA AQUI NO PEITO QUE NÃO SEI EXPLICAR..."

Aproveitamos a úlitma semana para curtir um Hotel Fazenda maravilhoso, onde todos - eu, Peu e marido - pudemos curtir.

Lógico que quem mais aproveitou foi nosso pequeno. Inclusive, ele fez uma amizade tão linda e emocionante, que precisei registrar aqui, para que, no futuro, lendo este blog, veja um pouco mais sobre sua infância, além dos meus desabafos de sua aceleração... (risos). Lá, ele conheceu uma linda garota, que chama carinhosamente de Lou e se encantou. Não posso deixar que minha racionalidade de adulto queira definir ou conceituar tamanho sentimento numa palavra. Eles brincavam juntos numa entrega e cumplicidade muito linda e livre de qualquer preocupação com o que significa aquilo, apenas, estavam juntos, brincavam e queriam estar juntos o tempo inteiro. Corriam de mãos dadas, livres e felizes. Seja lá o nome desse sentimento, é lindo, forte e muito puro. 

Já em casa, após 5 dias juntos, ao tomar banho com o pai, ele começou a chorar e disse: "Pai, eu quero falar com Lou. Tô com saudade dela. Tô sentindo uma coisa aqui, ó pai - subia e descia o dedinho entre a altura do estômago e  peito - que eu não sei explicar..." Eu precisei telefonar - sorte que troquei o telefone com a tia dela - e deixá-los falar, ao menos, para dar um boa noite. Ele ficou tão emocionado que nem sabia o que falar e mandava ela mudar o canal para ver Faustão... Depois, desligou o telefone, todo nervoso, sem saber o quê fazer. Antes de voltarmos, ele procurou algo no carro e saiu com um carrinho de plástico que encontrou e deu a ela, para que ela lembrasse dele. Ela, por sua vez, guardou com carinho entre seus pertences.

Gente, tem coisa mais linda do que sentimento puro? É isso que falta na gente, essa ausência da maldade e entrega. A nobreza da cumplicidade e da inocência, ali, de mãos dadas, entre brincadeiras e vontade de estarem juntos, unidos por um feriadão, em meio ao "acaso", e ali, se instalou um forte amizade, união, entrega de almas. Foram cúmplices da alegria e da diversão de ter alguém especial com quem compartilhar. Daí, me vi, como a maioria dos adultos, relacionando aquilo com amor de casal, quando eles viveram apenas um amor desempedido de não ter que conceituar nada, apenas, sentir e viver. Ali, nasceu uma grande amizade, um amor que esperamos que continue a crescer, junto com o passar dos anos. Caso não passe desses dias, Vinicius - de Moraes - terá ainda mais razão: "QUE SEJA ETERNO, ENQUANTO DURE". Isso é viver o aqui e agora, apenas cada momento, entregue, livre de ter a obrigação de se enquadrar em algo, apenas, o verbo: ser. Sendo felizes, naquele instante. O instante não é breve, ele é, em sua totalidade, o tempo necessário. O instante é que importa, porque o depois, depende dele. 

Daqui para frente, só mesmo o tempo e o que faremos dele ou com ele, para dizer. Só os próximos instantes é que contam. Toda eternidade está ali, aqui, na hora em que acontece. 

Nesses dias, precisei repensar tanta coisa, e, em meio aos meus instantes, eis que me vêm duas figurinhas me dar um lição de moral: pode não pegar celular, pode não ter internet, mas, quando se tem algo sincero e verdadeiro, o resto é apenas algo que não faz falta, porque tudo está ali: no aqui e agora. O resto fica para depois, para a hora que voltarem à rotina. 

Eu, simplesmente, parei e curti a curtição deles. Não furtando deles o que só era deles e para eles, mas, a lição que as crianças nos passam e nos lembram daquilo que esquecemos no dia a dia e passamos todo o resto do tempo como se fosse todo o tempo. 

Que fique essa lição, onde, daquilo que não se sabe explicar, vive o inexplicável sentimento do gostar, do apenas querer ver, falar ou saber se está bem alguém a quem desejamos todo o bem e que a companhia nos faz bem! Lembrei dos meus amigos de sempre. Hoje, não andamos de mãos dadas, nem abraçados. Nos encontramos quando o "tempo" do nosso tempo dá, permite ou em datas comemorativas. Não corremos e vivemos o ócio produtivo de nos curtirmos sem demais preocupações, sem demais conceitos, sem nada que ultrapasse a linha do estar junto e entregue ao mometo, cúmplices do instante mágico da eternidade de cada momento. Isso sim é. É e pronto. É e nada mais.

Sejamos, pois, pessoas mais livres de entraves. Não digo ingênuos, a ponto de estar vulnerável... o mundo adulto requer de nós um pouco de alerta, mas, podemos ser mais livres de tabus, preconceitos, formatações... Vivamos a liberdade de sermos mais nós mesmos, sem medo do que os outros vão pensar; sem perder a oportunidade de ser feliz, apenas, sendo e vivendo. Sejamos nossa essência e passemos isso para os nossos filhos. O excesso de pudor pode nos privar da busca sincera e da crença que é possível ser feliz, sim e que todos nascemos para sermos felizes, sim. Precisamos saber até onde é maldade de mentes poluídas e como permitir que nossos filhos vivam esses momentos de cumplicidade, com zelo, sem medos descabidos. Lições de instantes eternizados por sentimentos puros, nobres, plenos, totais e completos, ali, no envolver do que se sente e se pode viver: a felicidade!


Não temamos a morte, nem nos apeguemos apenas às tristezas, vivamos cada instante, com totalidade, com verdade; vivamos a vida! Hoje, 11 de setembro, o mundo lembra que devemos viver e seguir em frente. Hoje, não sei se existem anjos, como imaginamos, mas, o que eles representam estão aqui, dentro de cada um de nós, num lugar onde a gente não sabe explicar a razão, mas, que sentimos com força, com a chave que abre esse caminho: o AMOR! Sigamos em frente, de mãos dadas com a liberdade, sem medo. Que a vida nos conquiste e que nos permitamos ser conquistados por aquilo que realmente importa: AMOR.

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

"MÃE, O MAL TAMBÉM SABE FAZER CARINHO..." - Pedro assistindo "Cordunda de Notre Dame"

 

Criança sempre nos surpreende. Peu sempre foi muito elétrico e era/é difícil para mim lidar com isso, porque ele nunca cansa e eu, canso... Já nem vou repetir que ainda tem o cansaço das cobranças externas, porque, finalmente, aos poucos, estou começando a saber como lidar com isso EM MIM. 

Mas, não foi para falar do que já falo aqui repetidas vezes que sentei para registrar esse momento. É que, como ele está crescendo, nossa relação melhora a cada dia. E, não sei se o fato d´eu aceitá-lo como é - elétrico, mesmo - ajuda ou o fato dele estar crescendo a eletricidade vai diminuindo... Elocubrações a parte, é fato que ele vem melhorando, mas, a esperteza cresce, também. Já haviam me dito - duas psicólogas - que ele tem uma capacidade cognitiva de uma criança com o dobro da idade dele. Bom, isso não tem a ver com inteligência... Inteligente, todo ser humano é, só que esquece isso no decorrer do crescimento cronológico... Inteligência, para mim, é a capacidade de discernimento do que é, do que o que não é e aplicação, na prática, do que sabemos o quê, como e quando dever ser feito. Enfim, não era para falar sobre, isso, também... Retomando a capacidade cognitiva, a percepção dele vem ficando cada vez mais aguçada. E, como todo filho, ele tráz muita característica genética, muita característica própria e muita característica desenvolvida e apreendia no meio onde vive, ou seja, o ser humano já nasce na complexidade dos outros seres ao seu redor... Essa falta de consciência dos adultos é que faz com que os novatos - os bebês - cresçam por repetição de complexidade... Eles até insistem em nos lembrar o que é importante para educá-los, mas, a gente já está num grau de cegueira tão elevado que só o esforço em querer enxregar já dói e muitos de nós para no primeiro desafio. Parando, também, a possibilidade de resgate pessoal e de outro tipo de construção para a criança. 

Mas, sim, Peu está numa fase ainda melhor para "troca" de idéias. Ele sempre quis trocar, mas, era tanta informação de vez que seu corpinho não dava conta. Agora, mais articulado, ele consegue falar e fazer muito do que a cabecinha manda. Bom, com relação às emoções, tem a vida inteira para aprender e praticar. Impossível eu passar para meu filho um manual de algo que nem eu, adulta, tem domínio e que nenhum adulto ou idoso o tenha... temos até o final da vida para descobrirmos tanta coisa em nós. Ainda assim, não conheceremos tudo. Daí eu já diminuo a culpa em 90% - risos. Voltando: além das histórias que ele adora ouvir - seja de livros, seja as que criamos juntos, com um tema que vem na cabeça dele na hora e desenvolvemos -, curtimos muito incenar e assistir filmes juntos. E é bárbaro! Ontem, mesmo, ele que raramente para para assitir a TV aberta - normalmente, assiste mais DVD ou canal de desenho animado - , estava falando comigo: "chora, neném..." Por causa da propaganda, onde a mulher vê seu time ganhando e o do marido perdendo... Pois, fomos locar alguns DVD´s, como costumanos fazer. Ele viu e pediu o "Corcunda de Notre Dame", mas, era o 2 e ele falou: "se tem esse dois, aqui, tem um antes..." Como estava locado, ele propôs na locadora - risos: "vou levar esse e, na volta, vocês guardem o 1 para mim, viu?" . Quando fomos locar novos filmes, ele viu o 1 e pegou: "Olha, mãe! É esse que vem antes?" Imagino que, como o 1 não tem o algarismo 1, ele ficou na dúvida... Assistiu com muita atenção e concentração. Parecia buscar relação com o que aconteceu no 2. Muito lindo! O mais legal foi quando ele me chamou para ver uma cena que estava "pausada". Sentei e fui ver. Ele me disse: "Você tá vendo, mãe? O mal também sabe fazer carinho..." - se referindo a Frollo, o arquidiácono da Catedral de Notre Dame, que criou Quasimodo, um bebê cigano que Frollo matou os pais. Bom, Frollo matava em nome de Deus e da Igreja, mas, na verdade, estava tomado pela ilusão de que "tudo podia", já que tinha o "poder". Enfim, ele aprisiona o pequeno Quasimodo na catedral e o ensina que "lá fora" só tem gente má... Daí, Quasimodo, o corcunda de Notre Dame, que toca divinamente os sinos daquela catedral, sente-se "tentado" a conhecer mais e ir além das portas e janelas, ele sente necessidade de fazer parte da vida "lá fora" e, com isso, Frollo o deixa sofrer graves situações, sem ajudá-lo... depois, vai ter uma conversa com um Quasimodo grato pela "proteção" que o sarcástico Frollo lhe dava e magoado com as pessoas "lá de fora" e, nessa cena, Frollo coloca as mãos nas costas do corcunda e começa a conversar e fazer o jovem se sentir culpado por ter desejado viver além daquele "santuário", como lhe é colocado por toda a vida. Percebi sua dúvida e disse: "Filho, o mal gosta de enganar. Aquilo que ele faz não é carinho, é apenas um toque. Um carinho vem daqui, do coração e sai até as pontas dos dedos. Por isso você gosta dos meus carinhos, porque vão com todo meu amor, para você, pelo meu toque...". Ele me deu um sorriso tão lindo e seus olhinhos traziam um brilho tão "brilhante" - essa redundância era nacessária... - que eu vi que ele havia entendido a diferença. Daí, associei a tal capacidade cognitiva avançada que ele tem... Mas, depois, constatei que não, que se tratava da transparência em nossa relação. Na troca de olhares, não vi apenas um menino esperto e sagaz, mas, um indivíduo sensível e que confia tanto na mãe a ponto de dizer, num simples olhar que acredita e entende o que falo para ele, porque falo com meu coração. Vi ali uma parte de mim se manifestando. Como se fossemos um, apenas. Um entendimento tão lindo e perfeito que não se faziam mais necessárias palavras, apenas, era. O tal do "verbo", que quando é, é.

Pedro e eu temo trocado muitas lições. E, por mais que seja traquina e desobediente, que eu perca as "estribeiras" com ele, que me desgaste, que canse e peça socorro a Deus para ter forças e sabedoria para responder seus eternos "Por quê? ... E se?", de um questionamento inesgotável e insaciável, de uma profunda e sedenta vontade de saber, nós temos uma relação forte e de confiança sólida. Naquela troca de olhares, eu vi isso, vi o quanto sou o porto-seguro dele. Daí, me veio a mente as duas vezes que ele teve - suponho eu - pesadelo e me gritou: "Mãeeee!" Correndo para o meu colo, no escuro e se jogando por cima de mim e me abraçando aos soluções, apenas me abraçando. Quando eu perguntei o que havia acontecido, ele apenas me dizia:"Nada, mãe. Já passou. Posso dormir abraçado com você?". Essa confiança, essa base, essa troca é resultado não só do meu amor, mas, do cuidado, mesmo na época das minhas crises de DPP que ele vivenciou, em ser franca e honesta com ele. Isso me fez ser e querer sempre ser coerente no que falo e faço, nem que seja afirmar para ele que tenho minhas dificuldades e não sei de tudo, mas, posson produrar saber, sempre. 

Penso que tudo isso fez com que ele entendesse que o mal também sabe fazer carinho. Mas, o que me veio depois é que, se todos nós temos a essência boa e viemos para fazer o bem, o carinho sincero pode ser a arma contra o mal. Só o amor constrói os caminhos do bem! Veja que ele nem quetionou o fato de o corcunda ser "feio" e deformado... ele só via que Quasi - como Peu já chama - era uma pessoa boa e Frollo, todo bem vestido e falando bem, era uma pessoa "má". Ou, uma pessoa que não sabia mais o que era o "bem".

Muita cosia pode ser apreendida através dos símbolos. Isso, com as crianças, é ainda mais forte. Então, precisamos de muito cuidado em nossas ações, porque elas trazem as verdades que estão dentro de cada um de nós!

Saudações maternais,

Pat Lins.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SORTEIO DE LIVRO - KIDS INDOORS

Divulgando sorteio e doida para ganhar os livros, também!

O blog é maravilhoso! Sigo há um tempo e curto muito as dicas da Gi!



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"O SEGREDO DOS 5 FURIOSOS" - Dica de Filme MÃES NA PRÁTICA


Para aprender o segredo dos 5 furisos, há de se aprender a arte do Kung Fu. Luta? Briga? Não! Sabedoria!

A animação mostra a ansiedade dos pequenos em achar que apenas pela força bruta se é vencedor e como os seus ídolos se tornaram mestres do Kung Fu, onde a luta é apenas uma parte - e a menor, como Pô deixa claro - dessa arte. Nas histórias ele mostra a importância de se conhecer, viver e praticar essas virtudes:

- PACIÊNCIA;
- CORAGEM;
- CONFIANÇA;
- DISCIPLINA;
- COMPAIXÃO.

Cada um precisou superar suas dificuldades e só assim puderam crescer e tornaram-se os mestres d Kung Fu! E o lindo é a maneira como Mestre Shifu leva Po para sua maior e mais difícil missão: ensinar introdução ao Kung Fu aos jovens aprendizes, aquelas "doces crianças"... risos.
Todas as virtudes precisam ser desenvolvidas e aplicadas em nossas vidas, só que umas mais do que outras. Vi que para mim, como mãe, mulher... pessoa, falta a paciência. Em Peu, ele precisa controlar a força do "tigre" e trabalhar a disciplina. Muito bacana, mesmo! Um filminho aparentemente para criança, que traz uma mensagem muito linda e vem de encontro a esses desenhos vazios de lutas e lutas sem controle, sem objetivo, sem trazer esse resgate.


"O segredo dos 5 furiosos" é um algo mais ao Kung Fu Panda, que nos mostra como cada um chegou onde chegou e a importância de uma educação firme e uma boa formação de caráter para os nossos pequenos que levarão para toda a vida! É lindo ver como o louva-Deus precisou aprender a ter paciência; como a pequena víbora sem presas aprendeu a ter coragem e ensinou que para se vencer é muito melhor agir com inteligência do que com força bruta; como a garça deixou de ser sem graça e, apesar de ser diferente do que os outros esperam, era capaz e só lhe faltava confiança - quebrando paradigmas e superando o preconceito; como a tigresa era tida como um monstro, apenas por não ter tido alguém que lhe ensinasse a lidar com sua força e era isolada... até receber a ajuda do mestre Shifu e com disciplina, concentração e coração presentes, aprendeu a controlar sua força, saindo do isolamento; e o macaco, que precisou aprender e receber aquilo que lhe negaram a vida inteira e por isso ela havia se transformado na maldade imposta da falta de compaixão. Só quando ele recebe compaixão, ele aprende a dar. E ele deixa de ser mau, para ser bom. A linguagem é jovial e arrojada, mas, não deixa de passar a mensagem positiva e profunda com extrema leveza!

Assitam com os pequenos e divirtam-se aprendendo algo construtivo!

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

MUTIRÃO DE CIRURGIA PEDIÁTRICA - SALVADOR

Reecebi por e-mail e repasso aqui, porque acredito ser um trabalho de utilidade pública e humana muito importante:


A CIPE / AssociaçãoBrasileira de Cirurgia Pediátrica todos os anos a nível nacional, realiza um mutirão de Cirurgia Pediátrica. Aqui em Salvador, a CIPE - BA, assume a direção do mutirão. Este ano o mutirão será realizado dia 22 de agosto.

Já estão confirmados para participar: o Hosp. da Criança de Irmã Dulce, o Hosp Martagão Gesteira e o HUPES (Hosp das Clinicas) da UFBA.

Gostaria de convidá-los como parceiros e contar com a colaboração de vocês para divulgação, pois realmente trata-se de um evento de utilidade pública. Muitas crianças que estão na fila aguardando cirurgias de hernias, hidroceles, fimose e outras cirurgias de pequeno e médio porte terão a oportunidade de serem operadas.

Os pacientes interessados deverão procurar os ambulatórios de Cirurgia Pediátrica:

Hosp. de Irmã Dulce
Segundas - pela manhã
Terças - tarde
Quartas - manhã e tarde
Quintas - manhã
Sextas - manhã

Hosp. das Clinicas (HUPES)
Quintas às 13h

Hosp. Martagão Gesteira
Pelas manhãs de segunda a sexta.


Atenciosamente,
Maria do Socorro Mendonça de Campos
Presidente da CIPE - BA / Associação Bahiana de Cirurgia Pediátrica

HORA DE DIVULGARMOS E PRATICARMOS - DICAS DE CIDADANIA


sábado, 6 de agosto de 2011

CONTROLE - perder e recuperar

Vez ou outra perco o controle com Pedro. O cansaço é meu argumento... Mas, eu penso ser desnecessário. Preciso ficar mais atenta a mim mesma. Ser mãe, na prática, é isso também, entender que de fato não somos perfeitas e errar faz parte do processo. Identifiquei mais um descontrole, chorei, chinguei, ofendi... me arrependei, pedi perdão e me policio para não fazer mais a mesma coisa. Falo para Pedro: "desculpa a mamãe! eu perdi a paciência porque você fica correndo para lá e para cá, sem parar e essa agitação, esses gritos, toda hora eu falo:'filho, para um pouco. senta, um pouco...' e você fica correndo, sem parar... mamãe errou por não saber te parar, e, por isso, peço desculpas, filho! Peço também que faça a sua parte. Não precisa viver na correria. Tem hora para tudo. Se um amiguinho não quer brincar, você precisa entender e não ficar em cima dele, enchendo o saco..." 

Não é fácil ser mãe - imagino que nunca tenha sido, em tempo algum - porque o desafio maior está em nos conhecermos e conhecermos o filho. Precisamos respeitar as peculiaridades de cada criança, sem deixar de dar o limite.

Evito estimular Pedro com qualquer coisa que seja agitado. Os filmes que ele assiste, seleciono antes. Evito lugares muito agitados, principalmente, festa de adulto - que não é lugar, nem horário para criança -, evito casa de amigos e parentes que despertem essa agitação nele, pela agitação do próprio adulto - que, em muitos casos, são infatis e incapazes de perceber que estão atiçando uma criança e que quando esta reage, se fazem de vítma, dizendo que só estava brincando com a criança e esta não entendeu... Convivo com muitos "adultos" assim... - pois é, uso a "distância saudável" para Pedro, também. Adianta todo um trabalho para formar bem uma criança se algum adulto do meio ensina algo questionável? Por exemplo: fazer cocô de cócoras no vaso sanitário... Quando vi, estava Peu agachado em cima do vaso, se segurando para frente e para trás... Nem vou comentar o que pensei... Mas, o que pensam esses adultos? Já pedi, inúmeras vezes a minha irmã que pare de brincar de bater, de empurrar, de segurar a cabeça de Peu ou qualquer coisa desse tipo. Porque ele fica agitado e quer brincar igual... Graças ao bom Deus, ela, finalmente, tem visto que ele vem melhorando o comportamento e começou a colaborar. É preciso limpar o ambiente para a criança se desenvolver bem. Muitos adultos vivem num mundo teórico e cheio de frases de efeito, cheios de sugestões que alguma pessoa falou, que alguma corrente de psicologia afirma ser correta... e nunca abrem a consciência para a prática. Somos seres complexos e nossos filhos já nasem nesse ambiente complexo, assim como nós nascemos, nossos pais, também, etc. Engana-se aquele que diz: "a educação do meu filho só diz respeito a mim". Por melhor que façamos, nós não somos as únicas referências que eles têm. Até porque também somos imperfeitos e isso quebra as coerências necessárias para a base de uma educação sólida. Quantos pais e mães são presentes na vida dos filhos, sem perceber que não sabe se multiplicar entre eles e, associado a uma característica genética ou de temperamento, os filhos desenvolvem um ciúme grave um do outro e levam isso para a vida inteira? E, aí, os pais dizem: "eu sempre estive ao lado deles..." Mas, nunca se avaliou: como agia com os filhos? Se sentia culpada por dar uma coisa a um e tinha que dar ao outro? Não é fácil, não. Vivemos na luta: nossas, como pessoas e como pais e mães, responsáveis pela educação e formação de caráter de um novo ser. 

Tem horas que precisamos saber e lembrar que somos feitos de carne, osso e dia a dia. Mãe também pode cansar, até da repetição de ser mãe. Todo mundo precisa romper com a rotina para dar aquele gás. Ou, dar uma renovada. Uma revitalizada! O cansaço e a perda de controle me fizeram ver que pouco tenho me dado oportunidade de lazer e de momentos para mim, enquanto pessoa. Muitas mães, de gerações anteriores, não aceitam essa necessidade, porque, para elas, assumir algo assim, vinha uma gama de culpa que as diminuia, então, pensar nisso, nunca! O peso que colocam em cima das mães é desumano. Não fujo à minha responsabilidade como tal, nem quero que ninguém assuma o que eu tenho que estar a frente. Mas, momento a sós é importante para todo mundo: estudante tira férias; trabalhador tira férias... e mãe? Mãe abre mão da, vida, por um tempo, porque é necessário e com prazer. Mas, em algum momento, diante de tanta função acumulada - afinal, ser mãe não descarta o resto de nosso ser, apenas reorganizam a ordem de prioridade -, temos a necessidade de fazer algo individual. Nossa mente precisa de cuidado, para poder dar uma educação coerente para o pequeno ser em formação. 

Tenho me esforçado muito para lidar com o temperamento agitado de Peu e trabalhado cada atividade para ele, com zelo e objetivo. Essa é minha maneira de agir. Dou amor e amor para ele, em forma de carinho e limite, também. Por que o limite é tão temido e tão confundido com limitação? Por que tememos tanto sermos felizes e, com isso, não sabemos passar para os nossos filhos que eles nasceram para isso: ser feliz! Quando perdi o controle, há poucos dias, percebi que muita coisa não está bem resolvida em mim. Vi esse conflito do querer ser feliz e ter aprendido, como todo mundo, a temer esse estado de espírito. Vi que eu, também, não sei ser feliz e me cobro uma perfeição que não tenho. Vi que explodi porque estava cheia e a última gota d´água foi perder a paciência com Pedro, numa festa de criança, com muita agitação e algumas pessoas enchendo o saco... Não estou dizendo que ele não estava prontando - nesse dia ele aprontou e muito - mas, por saber que minha demanda com ele e seu temperatento é muito grande, eu preciso me propor um estilo de vida mais light. Eu preciso estar bem para lidar bem com meu filho e tudo mais na vida. Afinal, nada vai mudar se eu não me esforçar e trabalhar na prática para tanto. Comecei a observar as mães ao meu redor e vejo suas fragilidades estampadas nos filhos. Mas, por eles não serem acelerados como Peu, é possível estabelecer uma zona de conforto... isso me fez ver e agradecer a Peu por ele ser assim: eu estou sempre em movimento - seja caindo ou reerguendo - em busca de uma vida boa, bela e justa. Não posso cair na zona de conforto e, ainda, sou estimulada a todo instante a sair das outras de toda a minha vida. Ou seja, apesar do caminho exaustivo, estou aprendendo a todo instante. Sempre com prova de fogo. Provavelmente, eu disse a Deus que queria uma vida com emoção - risos.

Bom, é isso: eu tenho que estar sempre em alta e, para isso, preciso me cuidar, afinal, é o que minha vida exige de mim - CRESCER!

Cresço junto com meu filho. Humildade é algo que tenho sido obrigada a saber o que quer dizer na prática, haja vista que sou muito julgada, por dar espaço, e o orgulho quer que eu finja ser o que não sou ou não estou ainda. O orgulho atrapalha tudo. Escutar que "meu filho é mais calmo..." Não pode me fazer achar menor... Meu filho é agitado e essa é minha realidade. Para quê vou comparar que além do agito ele tras outras características riquíssimas como simpatia, inteligência, sensibilidade, etc e que essa outra criança mais calma não tem... Dá vontade de listar as qualidade do meu e defeitos do outro - nesse caso, a mãe se queixa da falta de confiança do filho nela... e o menino é calmo... Depois, paro e penso: tenho que observar quem Pedro é. É com ele que lido. Ele é meu filho. Tenho que saber quem eu sou, para saber lidar com quem Pedro é. Há um caminho que nos une e é nele que caminhamos. Não vai me ajudar, em nada, lidar com Peu com quem eu queria que ele fosse... Como fazer para educá-lo assim? Depois de ter perdido o controle nessa festa, onde vi a hora de arrancar meus cabelos de desespero por Pedro não ser uma criança que me permitisse curtir a festa em paz, vi que infelizmente, eu teria que sair e abrir mão de estar num ambiente agitado e conturbado e que isso não é o fim do mundo. Em outras festas ele se comporta bem, nessa, não. E justamente quando eu quero "mostrar" para todos que meu filho é uma coisa que ele não é. Ser obrigada a rever os conceitos vem de várias maneiras. Aceitar, só depende de mim. E o mais difícil não é lidar com Peu e seu temperamento... é lidar com os adultos ao redor que além de não saber ajudar, ainda atrapalham. Então, me firmo em mim: hora de não dar ouvidos a essas pessoas. Porque eu vejo as aparências que querem mostrar e vejo que ao darem suas fórmula de sucesso que não existem, querem mesmo é se convencer de que agem de maneira certa... Ou seja, estão tentando se afirmar. Bom, no dia que entender isso de verdade, com certeza viverei melhor... Bom, meu processo de abrir minha consciência é meu e, lógico, vai incomodar quem não se permite e essas pessoas serão minha prova de fogo. E isso reverbera em meu universo materno, também, afinal, eu sou apenas uma com vários papéis. 

Ser mãe, na prática, é ser uma pessoa em busca de viver e ser uma pessoa melhor na prática, além do que li num livro ou escutei alguém falar. É ver e viver. É ler e viver. É sair do potencial e ir para o real. É SER. Apenas isso. Mas, ser de maneira legal, com verdade na entrega, na devoção, em busca de investigar, tirar aas dúvidas e servir! Quando alguém busca se melhorar e enche o saco dos outros, como ainda faço, é porque ainda não se conscientizou e precisa se auto-afrirmar pelos outros... É isso que eu também preciso superar: meu parâmetro sou eu mesma! A mãe ideal precisa dar lugar a mãe ideal real e isso só é possível me tornando uma pessoa melhor na prática diária da busca constante!

Saudações maternais,

Pat Lins.

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