domingo, 30 de outubro de 2011

TODA MÃE TEM QUE ENTEDER... EU TENHO QUE ENTENDER.

Toda mãe, aliás, todo mundo, precisa entender que as pessoas só vão entender que nós não somos iguais e cada um tem seu tempo, sua história, suas características, seus ambientes (micros e macros; internos e externs; sociais, educacionais, econômicos...) e isso leva cada um a agir de determinada maneira, no dia que entender que todos somos diferentes, cada um tem seu tempo, sua história...

Então, diante de uma mãe que conheço que se pune muito, por conta de acreditar que deixou de dar mais aos filhos - não é dar o naterial, isso, graças a Deus, ela pode dar - acaba querendo ser uma mãe exagerada dos netos. Como a filha gosta da "prega", ela meio que assume, sem assumir ou admitir, ela continua fazendo o mesmo que fazia com os filhos: se dividindo. Todos nós precisamos aprender a nos multiplicarmos, sem perdermos nossa essência, sem nos descentralizarmos - como estou aprendendo com grandes mestres: focar no ponto, sem deixar de ver o que estar ao redor. Pois sim, ao não saber se permitir quebrar em si suas próprias amarras - e eu não digo que seja fácil, nem que não doa, mas, trabalhá-las, cuidar dessas feridas da infância, das frustrações... libertar-se pelo amor e pela transformação real, não aquela de palavras e frases prontas que tanto citamos, como se fossem nossos sentimentos - vai perpetuando suas dores em forma de mal estar. Quer fazer demais e acaba sufocando, porque perde a noção de espaço e acaba - por mais que saibamos que tem boa intenção, sempre inisto que "muito ajuda quem não atrapalha" e ajudar é você fazer aquilo que a pessoa precisa, não o que nossas frustrações querem que façamos para nos auto-afirmarmos, não nos afirmando; nos retalhando ainda mais e retalhando as nossas relações com os outros e o que poderia ser um ambiente saudável e aprazível, se torna tenso e cheios de medos de julgamentos, cheios de julgamentos, cheios de "aquiloquenãoéditoporquenemseiqueestousentindo" e fica no ar aquela nuvem pesada transparente e cinzenta do que não se foi cuidado com o devido carinho e que acaba se esbarrando com pessoas que não aceitam essas interferências e fica um clima chato de que quem não faz parte daquilo e não quer deixar que as situações mal resolvidas dos outros interfiram em suas vidas acaba sendo o algoz da situação, já que está  com o alerta ligado e a "guarda erguida". Assim, num ambiente onde não exite vítma e algoz - afinal, essa condição está em todos os seres humanos: tanto somos vítmas quanto algozes de nós mesmos - acaba se tornando um ambiente daqueles que a gente não quer voltar e acaba levando a "culpa" pelo estresse... Bom, é uma espécie de cadeia ciclíca de acúmulo de sapos engolidos e que, depois de tanto tempo, querem pular e sair da garganta e a pessoa continua segurando, em vez de soltar e se libertar do que realmente causa o mal estar. Ufa! Se é difícil tentar descrever a situação, imgina quem vive - quem são todos os envolvidos direta e indiretamente, afinal, mesmo que eu não tenha pedido isso, acabei sendo envolvida, também - e não tem a menor consciência de que faz tudo isso - que não se trata de opinião minha, apenas... - afirmando que já se trabalhou e aprendeu isso e aquilo com a vida, quando, em verdade, aprendeu, mas, não apreendeu que precisa se libertar de verdade, não de uma nova prisão que tenta negar a anterior... Uma prisão dentro da outra e se tornam escravos dos próprios escravos.

Pois é, naquele momento, vi que para o outro entender que eu não posso carregar o peso dele(a) porque não me pertence e que, se a própria pessoa não o faz, e eu não tenho como ajudar, para piorar, ainda me atrapalha, lógico, que, se não estou forte - afinal, também tenho minhas complexidades humanas e não sei porquê os outros sempre acham que nós somos mais capazes de suportar as dores de suas aflições mais do que eles próprios... penso que todos nós somos um pouco assim... outros mmuuuiiitttooo asssiimmm - então, o ideal é manter a "distância saudável". Se essa situação já é difícil quando envolve apenas pessoas mal resolvidas sob a crença de que são bem auto-trabalhadas, imagina quando se envolvem filhos, netos e tudo mais que ser mãe nos traz. Muitos mundo se encontrando ao mesmo tempo em desequilíbrio... isso só pode dar colisão. E toda colisão, gera abalos de diversas intensidades. 

Ali, minha ficha caiu - grande diferença de quando apenas achamos e quando a informação é processada dentro de nós - e vi que eu é que tenho que entender que ninguém tem que entender o que vejo, mas, cada um tem que entender que é responsável por seus atos e só cada um pode transformar e refazer seus passos e que eu tenho que entender isso também. 

A GENTE NÃO PRECISA QUERER QUE OS OUTROS ENTENDAM PORQUE AGIMOS COMO AGIMOS E EDUCAMOS NOSSOS FILHOS COMO CONSEGUIMOS. A GENTE TEM É QUE ENTENDER QUE A GENTE SÓ PODE ENTENDER TODO ESSE PROCESSO NO DIA EM QUE A GENTE ENTENDER QUE A GENTE TEM QUE ENTENDER A GENTE MESMO. SÓ ASSIM, PODEREMOS ENTENDER O OUTRO. ÃO QUE FIQUE MAIS CLARO, MAS, FICA MAIS CLARO QUE O OUTRO TEM LÁ SUAS DIFICULDADES E AQUILO NÃO NOS INCOMODARÁ MAIS, PORQUE ENTENDEMOS QUE NÓS NÃO PRECISAMOS LEVAR AQUILO PARA A GENTE, NEM NOS SENTIRMOS CULPADO PELOS PROBLEMAS MAL RESOLVIDOS DOS OUTROS OU ACEITAR SER ENVOLVIDO PELOS PROBLEMAS MAL RESOLVIDOS QUE SE TORNARAM LOUCURAS E DESEQUILÍBRIOS EDUCADAMENTE NÃO ADMITIDOS DESSES MESMOS OUTROS. MAS, ISSO, EU SÓ VOU ENTENDER, NO DIA QUE ENTENDER A MIM MESMA, PORQUE, NESSE DIA, NÃO É QUE ESTAREMOS FRIOS E DISTANTES, MAS, NA TEMPERATURA CERTA E NA DISTÂNCIA EXATA PARA QUE O OUTRO TENHA A POSSIBILIDADE DE SE VER E NÃO NOS ATINJA E VICE-VERSA.

E ser mãe em meio a essa turbulência quer dizer: como proteger meu filho desses ambiente? Não existe proteção, assim eu penso. Mas, eu opto pela cautela e pela distância saudável. Nesse caso específico, sondo o ambiente e vejo o dia mais adequado para os encontros. Como: primeiro eu preciso saber como eu estou, porque, sim, é possível aumentarmos e carregarmos nas tintas quando não estamos num estado normal... afinal, também somos humanos falho e pequenos; depois, vejo o grau de aceleração da pessoa em questão; por fim, dou uma analisada no geral, tipo, quem mais estará presente, por quanto tempo e etc. faço tudo isso para promover um encontro sem grandes abalos. Assim, evito entrar em assuntos muito profundos, porque esses requerem um pouco mais de tempo e cuidado, não podem ser expressos de qualquer maneira - essa pessoa não entende isso e insiste em aprofundar em temas com frases e citações, em vez de dar atenção ao neto... depois, não curte nem ao neto, nem conclui os "pensamentos" profundos, ficando tudo no ar, pela metade e um clima cansativo. Nesse momento, dou o ponto final e me despeço, para que se termine o encontro de maneira ainda com algo bacana, senão, fica a marca do cansaço e daquilo que não deu tempo de ser dito. Essa pressa e mania de querer fazr tudo em pouco tempo é que acaba. 

Como mãe, vejo que lidar com todas essas questões fazem parte de minha vida por conta do meu filho, afinal, não posso impedí-lo de ter vínculo com essas pessoas. Mas, confesso, por mais que tente lidar minizando o que está descarrilhado antes de minha chegada, mesmo assim, não é fácil ter que conviver com pessoas que falam tanto e respeito e nem percebem que nem respeitam o espaço do outro, nem o próprio. Se ser mãe já traz um monte de coisa para administrar, imagina ter que estar o tempo todo com uma balança na mão para não ser injusta e priver meu filho da convivência com essas pessoas da família que, para mim são indiretas, mas, para ele, são diretas? Como protegê-lo, sem afastá-lo? Faço como consigo e, depois de ontem, vi que já não carrego mais culpa. Já entendi como fazer com que eles tenham contato entre si sem que ela precise ver como é e como age de um jeito, fala outro e parece pensar outro e sem atingir meu filho: média de tempo. Estabeleci, após observar nos últimos anos e vi que a média de tempo estável nesses contatos é de mais ou menos 2 horas de contato em ambiente tumultuado e uma média de 3 horas em ambiente mais neutro, como na casa dela, sem a presença dos outros filhos e dos outros netos. Porque, quando se tem mais gente, mais essa pessoa se divide entre os filhos e netos e com essa divisão, ela se pauta na culpa o tempo inteiro e acaba se deixando levar  mais para um lado do que para outro e impera a falta de senso do que é esquilíbrio, justo e belo e fica o tormento, a ansiedade, as comparações, a agonia e o peso. O que percebo é que uma mãe que apreende que é necessário se multiplicar sem perder o seu centro - mesmo que não de maneira natural, mas a duros esforços - dá muito menos dor de cabeça para mim. Eu não entendo como é se dividir, do mesmo jeito que ela não deve entender que mesmo que eu me multiplique, tudo tem um limite e eu, respeito muito o meu, por isso, sei o que é respeitar o do outro. Observo que, mesmo sendo e tendo falhas como qualquer um, eu tento ter o máximo de consciência no que faço, mesmo que isso desperte umas doreszinhas em algumas poucas pessoas, porque, na verdade, não sou eu quem causa essas dores, é a pessoa que já está dolorida e quando não encontra espaço para agir, se bate com um muro de proteção. E, digo, tento ser uma mãe justa para meu filho - mesmo cometendo erros, são os erros que ainda não consegui transformar - para que ele possa interagir com todos os lados das famílias e desenvolva laços com todos, sem cair no peso da obrigação penosa, mas, pela satisfação de estar com. Seria muito mais fácil fechar e cortar o vínculo, aí, eu não precisaria me repetir: "não é comigo, é com ela(s)". "Eu não causei esse mal estar, ele já estava lá, eu só não aceitei trazer um peso que não me cabe". Vejo nitidamente como sou tida como "a mãe que não  deixa o filho..." quando, nesse caso, sou a mãe que se multiplicou diminuindo as forças e limitando meu campo de ação ao tempo médio que dá para ficar sem perder a razão. Haja cabeça para lidar com tudo isso e com o fato de que, quando Peu chega nesses ambiente, ele fica ainda mais acelerado, como se captasse toda a aceleração desordenada do ambiente e ficasse ainda mais "over" do "over" que ele já é de natureza. 

Outra cosia que vi é que essas pessoas da família são as que menos sabem lidar com o agito dele e, sem preceber, não sabem lidar porque suas mentes são tão agitadas quanto os movimentos de Pedrinho. Ou seja, foi dali que ele herdou essas agonia toda de querer tudo para ontem e agir por impulso, só depois pensar no que deu. Uma ansiedade sem tamanho e sem foco na solução; onde confundem instinto com intuição. Foi aí que vi que ser mãe requer de mim liberar minha mente para que a intuição seja mais forte do que os instintos. Daí, vendo e convivendo com pessoas que querem que todos endendam o que nem eles sabem dizer o que quer que entendamos, porque, não se entendem direito consigo, que entendi que eu posso até entender suas limitações, as minhas, as de Peu, as de meu marido e tanta limitação junta acaba gerando um grande circo de limitações com todos os envolvidos estão no picadeiro e na platéia. Aproveito esses momentos, seja em minha família ou nas que entrei por opção, para me ver cada vez mais. Isso não impede de que dores sejam desencadeadas e que eu também erre em algumas frases colocadas para fora, em vez de deixá-las serem diluídas dentro de mim e transformadas em um pensamento nobre, só que, para isso, é necessário um tempo e espaço adeuqados, mas, num momento de pressão, de muita confusão, de muitas mentes confusas, num momento alguns pensamentos escapam e falo aquilo que vai atingir diretamente na ferida da pessoa. Num misto de defesa, para que os ataques sejam aniquilados; de orgulho em alta e dominante - eu me lembro que também sou humana e minhas fraquezas também reagem. Impossível administrar as ações e reações dos outros. Mal consigo dominar as minhas.



E isso é o que eu quero deixar para meu filho: mesmo que tenhamos que lidar com os problemas dos outros, antes, precisamos cuidar dos nossos. Aprendi a libertá-lo de querer viver e ser leal, mesmo sem perceber, ao quê e como eu ajo, dizendo para ele: "filho, sinto muito, mas, essa é maneira como a mamãe consegue fazer, mas, mamãe quer aprender a fazer mais e eu consigo. Você vai ter que fazer seu caminho. Mamãe vai estar ao seu lado, mas, só você poderá saber o que fazer.". Falo porque é o que e como eu me determino a viver em verdade e com esforço diário. Esse é o caminho que me disponho. E isso tenho que entender que eu preciso entender mais e mais a cada dia e viver mais e mais a cada dia, para não cair no lugar comum de toda mãe que acredita estar ido além, quando, na verdade, está muito aquém do que pregamos. Como mãe, antes de tudo, preciso aprender a ser como pessoa alguém mais íntegra e coerente. Essa incoerência acaba se revelando através de ações e atitudes que a pessoa nems e dá conta. Eu, só percebo depois que já fiz ou agi. Há quem diga que já é um caminho. Porque, na hora, somos muito mais impulsivos e instintivos do que conscientes e intuitivos. Só que, eu me determino a isso. E, como mãe, vejo que já alcança Pedrinho. Tudo que eu quero é que ele saiba que sinto muito, mas, não sou perfeita. 

Ser mãe é ter que se entender para entender e saber lidar com o filho, entendendo que talvez ele não entenda nada... risos. Ser mãe é entender que nem tudo é entendível, porque nem todas nós estamos dipostas a nos transformarmos a fundo, como pessoa, antes de tudo.

Saudações maternais,

Pat Lins.

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