Criança sempre nos surpreende. Peu sempre foi muito elétrico e era/é difícil para mim lidar com isso, porque ele nunca cansa e eu, canso... Já nem vou repetir que ainda tem o cansaço das cobranças externas, porque, finalmente, aos poucos, estou começando a saber como lidar com isso EM MIM.
Mas, não foi para falar do que já falo aqui repetidas vezes que sentei para registrar esse momento. É que, como ele está crescendo, nossa relação melhora a cada dia. E, não sei se o fato d´eu aceitá-lo como é - elétrico, mesmo - ajuda ou o fato dele estar crescendo a eletricidade vai diminuindo... Elocubrações a parte, é fato que ele vem melhorando, mas, a esperteza cresce, também. Já haviam me dito - duas psicólogas - que ele tem uma capacidade cognitiva de uma criança com o dobro da idade dele. Bom, isso não tem a ver com inteligência... Inteligente, todo ser humano é, só que esquece isso no decorrer do crescimento cronológico... Inteligência, para mim, é a capacidade de discernimento do que é, do que o que não é e aplicação, na prática, do que sabemos o quê, como e quando dever ser feito. Enfim, não era para falar sobre, isso, também... Retomando a capacidade cognitiva, a percepção dele vem ficando cada vez mais aguçada. E, como todo filho, ele tráz muita característica genética, muita característica própria e muita característica desenvolvida e apreendia no meio onde vive, ou seja, o ser humano já nasce na complexidade dos outros seres ao seu redor... Essa falta de consciência dos adultos é que faz com que os novatos - os bebês - cresçam por repetição de complexidade... Eles até insistem em nos lembrar o que é importante para educá-los, mas, a gente já está num grau de cegueira tão elevado que só o esforço em querer enxregar já dói e muitos de nós para no primeiro desafio. Parando, também, a possibilidade de resgate pessoal e de outro tipo de construção para a criança.


Pedro e eu temo trocado muitas lições. E, por mais que seja traquina e desobediente, que eu perca as "estribeiras" com ele, que me desgaste, que canse e peça socorro a Deus para ter forças e sabedoria para responder seus eternos "Por quê? ... E se?", de um questionamento inesgotável e insaciável, de uma profunda e sedenta vontade de saber, nós temos uma relação forte e de confiança sólida. Naquela troca de olhares, eu vi isso, vi o quanto sou o porto-seguro dele. Daí, me veio a mente as duas vezes que ele teve - suponho eu - pesadelo e me gritou: "Mãeeee!" Correndo para o meu colo, no escuro e se jogando por cima de mim e me abraçando aos soluções, apenas me abraçando. Quando eu perguntei o que havia acontecido, ele apenas me dizia:"Nada, mãe. Já passou. Posso dormir abraçado com você?". Essa confiança, essa base, essa troca é resultado não só do meu amor, mas, do cuidado, mesmo na época das minhas crises de DPP que ele vivenciou, em ser franca e honesta com ele. Isso me fez ser e querer sempre ser coerente no que falo e faço, nem que seja afirmar para ele que tenho minhas dificuldades e não sei de tudo, mas, posson produrar saber, sempre.
Penso que tudo isso fez com que ele entendesse que o mal também sabe fazer carinho. Mas, o que me veio depois é que, se todos nós temos a essência boa e viemos para fazer o bem, o carinho sincero pode ser a arma contra o mal. Só o amor constrói os caminhos do bem! Veja que ele nem quetionou o fato de o corcunda ser "feio" e deformado... ele só via que Quasi - como Peu já chama - era uma pessoa boa e Frollo, todo bem vestido e falando bem, era uma pessoa "má". Ou, uma pessoa que não sabia mais o que era o "bem".
Muita cosia pode ser apreendida através dos símbolos. Isso, com as crianças, é ainda mais forte. Então, precisamos de muito cuidado em nossas ações, porque elas trazem as verdades que estão dentro de cada um de nós!
Saudações maternais,
Pat Lins.
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