sexta-feira, 9 de julho de 2010

EU TINHA UMA WEBCAM, UM MICROFONE... HOJE, EM COMPENSAÇÃO, EU TENHO PEU...

Peu com 9 meses

Este post é um daqueles pots que parecem "nada a ver"... risos. Mas, para mim, diz muito, porque na prática, a gente esquece muitas vezes de ver o lado bom de tudo.

Estava conversando com um grande amigo e irmão por opção, Marquinhos, tentando remarcar uma reunião, por não ter quem ficasse com Peu. Como os outros integrantes do projeto não podiam remarcar e, se protelássemos, correria o risco de "debandar", a reunião ficou marcada e eu participarei através de "vídeo conferência". Chique, né?! Coisas boas que a tecnologia nos permite. A gente vai, mesmo não estando - kkkkkkk.

Detalhe: após solução encontrada, novo problema surge... Eis que eu não me recordava que a webcam está quebrada, o microfone fora babado e, portanto, inutilizado... e me lembrei que havia perdido dois celulares, um armário de banheiro, feches das janelas, o pc por pouco não pifou... Ops! Isso não vem ao caso... ou vem? Talvez. O autor das minhas novelas "era uma vez... eu tinha" é meu filhote amado.

Pois é, antes eu tinha tudo em ordem - quando eu era pequena eu tinha, mas, precisava esconder de minha irmã para continuar tendo, qualquer coisa, porque ela tinha a mania de quebrar, perder, destruir... - e vi que é minha sina! Em compensação, hoje eu "tenho" Peu, que não me deixa faltar nada, só a paciência e a razão - risos. Ele não me deixa faltar alegria, motivo para querer ser melhor... Me falta um monte de coisa, na verdade, mas, ele me faz sentir que já tenho TUDO que preciso: eu mesma.

Só ele tem a capacidade de me fazer entrar em desespero com suas traquinagens intermináveis, mantendo minha taxa de estresse sempre elevada e sem pausa para recuperação, o que causa em mim um descontrole natural e diminuição na capacidade de ser algo próximo de "normal" - risos - e, ainda assim, só ele consegue me fazer rir, tempos depois, do que antes era motivo de reclamação, cenho franzido e voz "grossa" - como ele descreve. Ele me ensinou o que é amar de verdade. Sem fingir, sem máscaras. Amar através dos desgaste do dia-a-dia, de toda fúria pela perda de controle da situação... amar, amar e amar. Muita gente estranha, porque vivo chamando a atenção dele - lógico, mãe também precisa exercer o papel chato de "regrar", dar limites, reclamações... - para quem está de fora, fica o julgamento; para quem está por dentro, o necessário e o que eu, mãe/pessoa, posso e sei fazer; para Peu, mamãe reclamando de novo; para mim, Peu aprontando de novo; para nós dois, situação pontual - ou, situações pontuais, após sequência desvairada... risos -; para nós dois, passado o tempo de chamar a atenção, tempo de dar carinho, sentar no chão e brincar de carrinhos, bolas, montar... criar... a gente se entrega a plenitude em tudo. É, só a gente se entende. E, na prática, para quê mais alguém entender?

minha vidinha: te aaammmooo!!!

Mãe e filho é isso, um binômio eterno regado a dicotomias intermináveis. Mas, guiados e protegidos pelo amor que só essa dupla - ou trio, quarteto... - sabe tirar proveito!

Pois é, eu tinha um monte de coisa que ele quebrou aprontando das suas, mas, tenho outro monte de coisa em mim que só ele é capaz de me fazer lembrar e enxergar. O material se compra, quando der, mas, o que já existe... JÁ EXISTE e está em cada uma de nós: um ser, SER MÃE.

Na prática, eu sou uma mãe na prática como toda mãe, que tinha uma vida e hoje tem duas, pelo menos.

Saudações maternais,





Pat Lins.

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