Como tema proposto pelo blog ENQUANTO ESPERAMOS, para uma blogagem coletiva, o "Mães na Prática" encarou o delicioso desafio de participar desse "evento" e vai falar sobre "O Tempo de Espera".
Bom, ainda não sei como começar, porque eu, Patricia, simplesmente, não sei esperar e não faço outra coisa na vida, que não seja ESPERAR... Como o "Mães na Prática" fala sobra rotina prática de ser mãe - associada a todas outras personas, facetas e "funções" da mulher, que, por si só é poliapta - onde, em nossa realidade, enquanto esperamos, algo estamos fazendo. No "A DOR SÓ DÓI ENQUANTO ESTÁ DOENDO..." vou falar mais de "Patricia" e a relação com esse tempo interminável em minha vida que é "O TEMPO DE ESPERA".
Toda mãe já nasce mãe esperando. O tempo de espera de uma mãe começa logo após os primeiros sintomas - ou sensação - de que tem algo diferente dentro dela... e, vem logo a dúvida: "será que estou grávida?". Depois, segue durante toda a gestação. Depois, por toda a vida...
Como mulher, penso eu, mesmo que não tenhamos muito tempo para planejar e/ou cogitar uma gravidez - seja por estar solteira; seja por não ter estabilidade financeira; seja pelo projeto de, antes de pensar na maternidade, desejar realizar o máximo de sonhos que puder... - a gente respira uma quase obrigatoriedade e/ou certeza de que seremos "mãe". E esse tempo de espera nasce com a gente... sempre tem sempre alguém esperando que a gente dê continuidade ao "papel" - na verdade um arquétipo que, hoje, através do grito de cosnciência, as mulheres revêm, mas, não tem outro jeito, a única maneira de perpetuarmos a espécie é através da gente e isso, sim, ainda é nosso maior contato com Deus e com os mistérios da vida... somos AS escolhidas para "brincar" de MÃE natureza - de trazer um novo ser ao mundo.
Na verdade, a gente cria a expectativa maior, creio eu, pelo fato parir um novo mundo, dentro do nosso e dentro do Mundo. A gente tem a incumbência de germinar uma sementinha em nosso ventre que sai como sementinha e só brota aqui fora... Daí, nosso tempo de espera passa a ser o de ter o melhor tempo para regar adequadamente, com muito amor, carinho, limites e tudo mais que envolva educação, proteção... Nesse novo tempo, a esperança é que nossa sementinha se torne um bom fruto...
A questão maior é que, quando a gente conclui o tempo de espera do parto, quando a gente carrega nosso baby no colo pela primeira vez, outro tempo de espera começa... o tempo de esperar o melhor. O tempo de espera eterno! Toda mãe, na prática, "padece" dessa virtude de esperar por toda a vida.
Esperamos que nunca fiquem doentes e, qaundo ficam, esperamos e nos entregamos à cura; esperamos que durmam a noite toda, para que recuperemos nossas forças físicas e vitais, mas, precisamos continuar esperando, porque depois que eles nascem, a gente vive a transição para um tempo completamente diferente e acronológico, para sempre. Cronologia é algo que serve apenas na contagem para as festas de aniversário - que, nisso, toda mãe é igual, mesmo sem verba disponível, deixamos de fazer uma coisa aqui e outra ali e a festinha sai. Esperamos que os primeiros dentes saiam e sofremos por saber que precisamos esperar o tempo cumprir seu papel magistral e acompannharmos o "sofrimento" da criancinha. Esperamos o engatinhar, engatinhando com eles. Esperamos os primeiros passos, segurando firme as mãozinhas deles, dando o primeiro apoio. Esperamos que eles se adaptem ao primeiro dia de aula e assim o fazemos até a colação de grau da faculdade... Mas, desde o início, esperamos, ansiosas, pelo primeiro sorriso, depois, pelo primeiro: "mama".
Esperamos cada fase, revivendo cada fase e compreendendo mais nossas mães. Só aí entendemos porque elas nunca dormiam, nos esperando chegar em casa, estarmos bem... para, então, elas respirarem "um pouco" aliviadas. Enfim, elas - agora nós também somos "elas" - nos entregamos ao eterno tempo de esperar sempre o melhor no que diz respeito aos filhos. Curioso é que, desejamos que cresçam logo, mas, quando crescem, desajmos que sejam crianças de novo... Afinal, quando eles crescem, outro tempo começa - para nós e para eles... Nós também crescemos e navegamos nossas vidas. Sabendo que nossos pais sempre serão nosso porto seguro e que, seguindo a lei natural, nós, futuramente, seremos o dos nossos filhos...
O tempo de espera de uma mãe, na prática, é diário, ou a cada segundo. Na verdade, vivemos à espera e, ENQUANTO ESPERAMOS, vivemos, refletimos, aprendemos, trabalhamos - em casa ou fora -, nos cansamos, "descansamos", sofremos, gritamos, sorrimos, choramos, nos alegramos, comemoramos, ensinamos, nos surpeendemos... sempre estamos fazendo algo, porque, nessa nova realidade nova, tudo sempre acontece, está por acontecer e vai acontecer...
Sendo mãe, a gente se acostuma a esperar - sem parar. A gente já respira a certeza de "o que virá", porque, com certeza, em se tratando de filhos, surpresa é algo certo.
Mas, para quem tem apenas um filho, como eu, quando ele começa a crescer, começa outro tempo de espera - além de todos citados acima, que têm a ver com seu desenvolvimento - natural, mas, que nem sempre é possível e, em muitos casos, por "prudência" - quando a gente estabelece alguns critérios de "qualidade de vida" e conhecendo nossa realidade, limitações e limites... prudência é encarar os fatos - fica só no tempo de espera, que é o próximo filho...
O meu tempo de espera, agora, é saber quando ele vai diminuir as traquinagens, porque eu vivo de susto... e, espero, quando vou conseguir respirar aliviada... se é que isso será possível, porque, "crianças crescidas, trabalho dobrado", né isso?! - risos.
Toda mãe, na prática, enquanto espera, vive e sobrevive!
Saudações maternais,
Pat Lins.
Pat,
ResponderExcluirEu aaaaamoooo os seus textos, só vc mesmo com sua sensiblidade e seu talento para escrever para falar o que vai no fundo da nossa alma. Sempre me identifico com tudo que vc escreve. Parabéns, amiga!!!
Silvinha, obrigada! Fiquei toda emocionada, agora! Porque você não participa, também? É uma promoção do blog ENQUANTO ESPERAMOS - tem um link no texto e tem um post com o selo da promoção. Trata-se de uma blogagem coletiva. Vários blogs escrevendo sobre o mesmo tema, até uma data determinada. No caso dela, é até dia 03/07. Aí, você pode falar enquanto espera Isabela. Beijossssss, Pat.
ResponderExcluirPat,
ResponderExcluirSegui sua sugestão e já fiz o meu post sobre o tema. Gostei muito da experiência.
Bjs
Já li e já chorei, também! Tá muito lindo, amiga! Sua emoção toca fundo em cada palavra sincera.
ResponderExcluirBeijos, Pat.