Ano passado - 2010 - Peu entrou na escola e, para mim, foi uma fase de ruptura, aprendizado e crescimento - não necessariamente nessa ordem. Integrado, as preocupações eram outras - o desenvolvimento dele e a relação dele com os colegas. Ele é sociável, mas, sua capacidade cognitiva de criança mais velha atrapalha no processo. Já esperava por isso, mas, não estava preparada. Não é fácil ajustar idade cronológica, idade mental, idade cognitiva, idade física com coordenação motora, maturidade e etc. Mas, deu para seguir.
Agora, em 2011, ele entrou numa escola que já queria que ele estudasse e estou super feliz! Gostei muito da do ano passado, mas, a deste ano coloca em prática Piaget, Vygotsky e, agora, fui apresentada, através de uma reunião na escola, a Wallon. Parece que tudo, agora, está no rumo certo. Peu está numa idade onde seu corpo já consegue fazer o que sua cabecinha manda. Os conflitos têm diminuído, assim como sua aceleração - ah, ele ainda é agitado - rs - mas, a cada dia diminui mais e ele pode se apresentar ainda mais lindo e cativante, só que de maneira mais intrigante, questionadora e, em muitos casos e para algumas pessoas, assustadora. Sua inteligência tem se desenvolvido muito mais rápido e sua sagacidade, idem. Parece que ele é um radar ambulante, junto com um rolo compressor e de uma agilidade impressionante. Nada passa despercebido. Parece que tem olhos na nuca e em cada orelha - rsrsrs. Sim, estou empolgada. Interagir com ele nessa fase tem sido maravilhoso. Talvez porque eu tenha recuperado parte de minha vida e recupero mais a cada dia, além de conquistar novidades e aprender a aprender sempre. Cheguei a conclusão prática de que sim, não sabemo de tudo e não, não podemos parar e nos acomodar, sempre podemos ir além se enxergarmos ou definirmos como além o lugar onde vamos ou estamos. Tudo conspira e tudo interfere. Lidar com as características brilhantes de Peu, hoje, eu de novo Pat Lins, faz com que ele sinta que pode contar comigo - mesmo que briguemos, as vezes, e isso, faz parte!
O fato é que acreditar que as coisas podem melhorar e se abrir faz com que, de uma hora para outra, aconteça! E aconteceu, e quase que eu não percebia: consegui colocar Peu na escola que eu tanto queria! Para melhorar, ele está ótimo na nova natação e na casa nova. Tudo novo! Vida nova! Deu até medo ver as coisas acontecendo. Me dei conta: VOLTA AS AULAS, ESCOLA NOVA E VIDA NOVA - não necessariamente nessa ordem - rsrsrs.
Deus sabe o que faz e Ele não escreve certo por linhas tortas, a gente que entorta tudo... Ele escreve certo e pronto!
A escolha da escola certa não é tão fácil, a gente se acomoda muito com o comum, o tradicional... Eu sempre quis o diferente. Precisei me tornar diferente e, hoje, através do meu mestrinho Peu, vejo que é possível ser igual, mesmo sendo diferente e ser diferente, sem medo de não ser igual... igual a ele! Peu é muito especial. Suas colocações oportunas e seus momentos de "lição de sabedoria" me encantam, me envolvem e me dão o limite para entender e compreender que ele, ainda assim, é uma criança, um aprendiz em fase inicial, mas, com páginas já muito bem escritas em sua cabecinha de quem ele é. Portanto, tomo cuidado para manter minha postura de educação para com ele, de hierarquia, respeito e elaboro muito para não ceder àquela mania de toda mãe - de todo ser humano - de jogar no outro suas expectativas e frustrações, por medo de aceitar ser feliz. Ah, quem me dá o sinal? O próprio Peu. Só olhar para ele e ver - nem é preciso se esforçar para lembrar, só olhar e ver - que ele é ele, e não eu. Indivíduo!
A escolha da escola adequada requer pesquisa, referência, observação, confiança, segurança, interação - preciamos nos inteirar da linha pedagógica, psicológica, do ambiente, dos seres humanos envolvidos (observar como os funcionários trabalham e se há troca constante... Rotatividade de funcionários em quantidade e frequencia, para mim, não é bom sinal... Demonstra falta de comprometimento e investimento da instituição), do espaço físico... Enfim, precisamos estar abertos para receber as informações da escola, firmar a parceria e somar. Esse lance de colocar o filho na escola e querer que a escola se adeque à nossa filosofia de vida, às nossas crenças é um pouco demais... Precisamos ver se a proposta da escola se adequa à nossa, antes da criança entrar. Por isso optamos por esta para Peu, porque ela correspondeu a todos os nossos critérios de avaliação. Lembrando que não existe, exatamente, escola ruim, nós precisamos buscar aquilo que tem a ver com o que queremos. Primeiro, precisamos definir o que queremos...
Puxa, quanta coisa essa mudança tem me feito ver... E ainda me falta tanto... Bom, é a vida! Vários momentos!!!
Uma mãe precisa estar bem consigo, como pessoa, com seus valores, sonhos e certeza de que só depende de cada uma de nós ser feliz, bem definidos para podermos ser boas mães. Não adianta pular etapas ou querer fingir, tapando seus buracos frustracionais com suas proles. o lance é real e real é encarar a realidade como aliada, como momentos da vida e pronto!
Vamos nos tornar pessoas melhores a cada dia e, há uma grande chance dos nossos filhos seguirem o mesmo rumo e, daí, será como várias mãos se unindo rumo a mudança por um mundo melhor!
VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO - a começar por cada um de nós!
Saudações maternais,
Pat Lins.
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