domingo, 11 de setembro de 2011

"PAI, EU TÔ SENTINDO UMA COISA AQUI NO PEITO QUE NÃO SEI EXPLICAR..."

Aproveitamos a úlitma semana para curtir um Hotel Fazenda maravilhoso, onde todos - eu, Peu e marido - pudemos curtir.

Lógico que quem mais aproveitou foi nosso pequeno. Inclusive, ele fez uma amizade tão linda e emocionante, que precisei registrar aqui, para que, no futuro, lendo este blog, veja um pouco mais sobre sua infância, além dos meus desabafos de sua aceleração... (risos). Lá, ele conheceu uma linda garota, que chama carinhosamente de Lou e se encantou. Não posso deixar que minha racionalidade de adulto queira definir ou conceituar tamanho sentimento numa palavra. Eles brincavam juntos numa entrega e cumplicidade muito linda e livre de qualquer preocupação com o que significa aquilo, apenas, estavam juntos, brincavam e queriam estar juntos o tempo inteiro. Corriam de mãos dadas, livres e felizes. Seja lá o nome desse sentimento, é lindo, forte e muito puro. 

Já em casa, após 5 dias juntos, ao tomar banho com o pai, ele começou a chorar e disse: "Pai, eu quero falar com Lou. Tô com saudade dela. Tô sentindo uma coisa aqui, ó pai - subia e descia o dedinho entre a altura do estômago e  peito - que eu não sei explicar..." Eu precisei telefonar - sorte que troquei o telefone com a tia dela - e deixá-los falar, ao menos, para dar um boa noite. Ele ficou tão emocionado que nem sabia o que falar e mandava ela mudar o canal para ver Faustão... Depois, desligou o telefone, todo nervoso, sem saber o quê fazer. Antes de voltarmos, ele procurou algo no carro e saiu com um carrinho de plástico que encontrou e deu a ela, para que ela lembrasse dele. Ela, por sua vez, guardou com carinho entre seus pertences.

Gente, tem coisa mais linda do que sentimento puro? É isso que falta na gente, essa ausência da maldade e entrega. A nobreza da cumplicidade e da inocência, ali, de mãos dadas, entre brincadeiras e vontade de estarem juntos, unidos por um feriadão, em meio ao "acaso", e ali, se instalou um forte amizade, união, entrega de almas. Foram cúmplices da alegria e da diversão de ter alguém especial com quem compartilhar. Daí, me vi, como a maioria dos adultos, relacionando aquilo com amor de casal, quando eles viveram apenas um amor desempedido de não ter que conceituar nada, apenas, sentir e viver. Ali, nasceu uma grande amizade, um amor que esperamos que continue a crescer, junto com o passar dos anos. Caso não passe desses dias, Vinicius - de Moraes - terá ainda mais razão: "QUE SEJA ETERNO, ENQUANTO DURE". Isso é viver o aqui e agora, apenas cada momento, entregue, livre de ter a obrigação de se enquadrar em algo, apenas, o verbo: ser. Sendo felizes, naquele instante. O instante não é breve, ele é, em sua totalidade, o tempo necessário. O instante é que importa, porque o depois, depende dele. 

Daqui para frente, só mesmo o tempo e o que faremos dele ou com ele, para dizer. Só os próximos instantes é que contam. Toda eternidade está ali, aqui, na hora em que acontece. 

Nesses dias, precisei repensar tanta coisa, e, em meio aos meus instantes, eis que me vêm duas figurinhas me dar um lição de moral: pode não pegar celular, pode não ter internet, mas, quando se tem algo sincero e verdadeiro, o resto é apenas algo que não faz falta, porque tudo está ali: no aqui e agora. O resto fica para depois, para a hora que voltarem à rotina. 

Eu, simplesmente, parei e curti a curtição deles. Não furtando deles o que só era deles e para eles, mas, a lição que as crianças nos passam e nos lembram daquilo que esquecemos no dia a dia e passamos todo o resto do tempo como se fosse todo o tempo. 

Que fique essa lição, onde, daquilo que não se sabe explicar, vive o inexplicável sentimento do gostar, do apenas querer ver, falar ou saber se está bem alguém a quem desejamos todo o bem e que a companhia nos faz bem! Lembrei dos meus amigos de sempre. Hoje, não andamos de mãos dadas, nem abraçados. Nos encontramos quando o "tempo" do nosso tempo dá, permite ou em datas comemorativas. Não corremos e vivemos o ócio produtivo de nos curtirmos sem demais preocupações, sem demais conceitos, sem nada que ultrapasse a linha do estar junto e entregue ao mometo, cúmplices do instante mágico da eternidade de cada momento. Isso sim é. É e pronto. É e nada mais.

Sejamos, pois, pessoas mais livres de entraves. Não digo ingênuos, a ponto de estar vulnerável... o mundo adulto requer de nós um pouco de alerta, mas, podemos ser mais livres de tabus, preconceitos, formatações... Vivamos a liberdade de sermos mais nós mesmos, sem medo do que os outros vão pensar; sem perder a oportunidade de ser feliz, apenas, sendo e vivendo. Sejamos nossa essência e passemos isso para os nossos filhos. O excesso de pudor pode nos privar da busca sincera e da crença que é possível ser feliz, sim e que todos nascemos para sermos felizes, sim. Precisamos saber até onde é maldade de mentes poluídas e como permitir que nossos filhos vivam esses momentos de cumplicidade, com zelo, sem medos descabidos. Lições de instantes eternizados por sentimentos puros, nobres, plenos, totais e completos, ali, no envolver do que se sente e se pode viver: a felicidade!


Não temamos a morte, nem nos apeguemos apenas às tristezas, vivamos cada instante, com totalidade, com verdade; vivamos a vida! Hoje, 11 de setembro, o mundo lembra que devemos viver e seguir em frente. Hoje, não sei se existem anjos, como imaginamos, mas, o que eles representam estão aqui, dentro de cada um de nós, num lugar onde a gente não sabe explicar a razão, mas, que sentimos com força, com a chave que abre esse caminho: o AMOR! Sigamos em frente, de mãos dadas com a liberdade, sem medo. Que a vida nos conquiste e que nos permitamos ser conquistados por aquilo que realmente importa: AMOR.

Saudações maternais,

Pat Lins.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails