terça-feira, 16 de outubro de 2012

"NÃO ENTENDI, MÃE. EU CHAMO PELO NOME!"


Após  um belo recesso/feriadão em comemoração ao DIA DAS CRIANÇAS e DIA DO PROFESSOR, acordo Pedro - que geralmente acorda sozinho... mas, estava hiper-mega-cansado - para a volta as aulas: "BOM DIA, FLOR DO DIA!". Pergunto o de todo dia: "dormiu bem, meu bem?" "Sonhou com o quê?" e etc. Ele responde, sorri, me abraça e me beija, como toda manhã. Gosto de fazer assim para ele começar o dia com calma, respirando, sem agitação.

Enquanto isso, ele foi despertando e perguntei: "está com saudade da escola, meu amor?" e ele, prontamente: "Muita!". 

Daí, abrimos um diálogo muito interessante:

- Filho, está com saudade da turma, da pró e das tias?

- Estou! Estou morrendo de saudade de Lene, de Aline, de Lídice, de Adriana...

- Oh, Peu, por que você as chama pelo nome? Por que não chama "pró Lene", "tia Aline"...?

- Não entendi, mãe. Eu chamo pelo nome delas. E os nomes são: Lene, Aline, Lídice, Adriana...

- É verdade, Peu. É o nome delas, mesmo.

- Então, eu estou certo, mãe?

- Sim, filho, está. É o nome delas, né verdade?

- Pois é.

Fez um breve silêncio e me disse:

- Se eu estou certo, então, você está errada, mãe?

- Não filho. Estamos os dois certos. Quando eu era criança, me ensinaram a chamar os adultos de "tio", "tia" e os professores sempre de "pró" ou "professor", antes do nome, em sinal de respeito ao adulto.

- Mas, eu respeito elas...

- Eu sei, meu filho. Não é isso. Foi como me foi ensinado e eu também não tenho uma explicação melhor para te dar... E respeito vai além de um nome, né verdade? Então, vamos combinar o seguinte: você pergunta para elas se incomoda chamá-las pelo nome, afinal, é o nome delas. Se a pró explicar que prefere que a chame de "pró", o certo fica sendo o que combinarem, combinado?

- Certo!

- Certo!

Certo!


Será que alguém sabe me dar a real explicação do motivo que nos ensinam a chamar, quando criança, todo adulto de "tio" e "tia"? Olha, esse "Não entendi, mãe. Eu chamo pelo nome delas" também é um argumento forte. Ele não estava ofendendo, xingando ou colocando apelido... Engraçado que quando ele gosta de uma pessoa e não sabe o nome, ele chama de "minha amiga da sala de informática", "minha amiga da secretaria"... 

É, Peu, você também está certo. Alguém pode dizer que ele está errado, com essa linha de raciocínio? É, Sandra Márcia, você também está certa em gostar quando ele te chama: "Márcia, venha cá!" e você adora...  Pedro, Pedro, Pedro...

Saudações maternais,

Pat Lins.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails