Faz tempo que queria falar desse assunto "1º, 2º, 3º... filho", mas, por ser um tema do qual não possuo experiência - do âmbito materno - resisti. Tenho a experiência da observação - que, lógico, na ordem prática de quem sente e vive é diferente... - por ser a filha mais velha de três, posso dizer alguma coisa... Fora o fato de conhecer outras tantas pessoas que encararam esse desafio e tiveram mais de um filho. Cada uma por uma razão - e, até sem razão... ou, razão "acidental"... risos. O que me dá um parâmetro - de ordem teórica - sobre a questão.
Algumas mães pensam que só o fato de colocar filho no mundo é ser mãe... De fato é, mas, no sentido pleno da palavra, poucas de nós conseguem ser aquele ser que sabe quem é e consegue estabelecer uma ponte para estimular seu rebento, sem invadir demais ou ser superficial demais... O ponto de equilíbrio que permite ser o filho quem é, sem se doer e/ou temer que ele ganhe o mundo como ser individual e deixando de tapar nossos buracos de carência - se observarmos, fazemos muito isso... normal, somos todos carentes de algo e de algum jeito tentamos "tapar" esses buracos, em vez de construirmos o que falta... Ou seja, ser mãe é respeito a si e aos seus, que não são seus...
Mas, quem é mãe de mais de um filho, como é? Conheço mães que não sabem multiplicar o amor, por não saber lidar consigo, e acabam dividindo. Não se divide amor entre os filhos, se multiplica. A opção pela divisão gera ciúmes, invejas e disputas entre os rebentos. Lógico que considero a característica pessoal de cada ser envolvido - tantas mães multiplicadoras de amor se vêm rodadas com crises de ciúmes entre seus filhos, afinal, cada um traz seu próprio traço.
E não sou o perfil ciumenta. Sou mais devoradora, autoritária... ansiosa... Mesmo assim, minha mãe sempre teve o cuidado natural e espontâneo de não alimentar esse tipo de sentimento entre nós três. Havia um senso de justiça e equilíbrio muito grande em sua educação para conosco. Apesar de recebermos a mesma educação, a maneira como apreendemos foi diferente, assim como somos diferentes, mas, ao mesmo tempo, parecidos. Viu, todo ser humano é assim, resultado de um monte de coisas legais e outras nem tanto... mas, somos todos dotados da mesma capacidade e característica de sermos melhores.
Recebi um texto muito bem humorado a respeito dessa questão da ordem de nascimento dos filhos. Fora um texto brilhante que li em O BLOG DO DESABAFO DE MÃE , onde a autora "desabafa" sua experiência e questiona "É MAIS FÁCIL?" ter o segundo filho? Bom, se e/ou quando eu tiver um segundo filho, poderei dar minha opinião prática...
Agora, sim, me "calo" - risos - para deixar a mensagem falar por si... Infelizmente, não sei de quem é a autoria... quem souber, por favor, me diga, para que possa citar o devido crédito. Mas é muito bom:
"Como diz o ditado, o 1º filho é de vidro, o 2º é de borracha, do 3º para frente é de ferro.
*A ordem de nascimento das crianças*
Irmãos mais velhos têm um álbum de fotografia completo, um relato minucioso do dia que vieram ao mundo, fios de cabelo e dentes de leite guardados.. Já os caçulas penam para achar fotos do primeiro aniversário e mal sabem a circunstâncias em que chegaram à família.
*O que vestir *
- 1º bebê - Você começa a usar roupas para grávidas assim que o exame dá positivo
- 2º bebê - Você usa as roupas normais o máximo que puder
- 3º bebê - As roupas para grávidas SÃO suas roupas normais
*Preparação para o nascimento *
- 1º bebê - Você faz exercícios de respiração religiosamente
- 2º bebê - Você não se preocupa com os exercícios de respiração, afinal lembra que, na última vez, eles não funcionaram
- 3º bebê - Você pede a anestesia peridural no oitavo mês
*O guarda-roupas *
- 1º bebê - Você lava as roupas que ganha para o bebê, arruma de acordo com as cores e dobra delicadamente dentro da gaveta
- 2º bebê - Você vê se as roupas estão limpas e só descartas aquelas com manchas escuras
- 3º bebê - Meninos podem usar rosa, né?
*Preocupações *
- 1º bebê - Ao menor resmungo do bebê, você corre para pegá-lo no colo
- 2º bebê - Você pega o bebê no colo quando seus gritos ameaçam acordar o irmão mais velho
- 3º bebê - Você ensina o mais velho a dar corda no móbile do berço
*A chupeta *
- 1º bebê - Se a chupeta cair no chão, você guarda até que possa chegar em casa e fervê-la
- 2º bebê - Se a chupeta cair no chão, você a lava com o suco do bebê
- 3º bebê - Se a chupeta cair no chão, você limpa na camiseta e dá novamente ao bebê
*Troca de fraldas *
- 1º bebê - Você troca as fraldas a cada hora, mesmo se elas estiverem limpas
- 2º bebê - Você troca as fraldas a cada duas ou três horas, se necessário
- 3º bebê - Você tenta trocar a fralda antes que as outras crianças reclamem do mau cheiro
*Atividades *
- 1º bebê - Você leva seu filho para as aulas de musicalização para bebês, teatro, contação de história...
- 2º bebê - Você leva seu filho para as aulas de musicalização para bebês
- 3º bebê - Você leva seu filho para o supermercado, padaria...
*Saídas *
- 1º bebê - A primeira vez que sai sem o seu filho, liga cinco vezes para casa para saber se ele está bem
- 2º bebê - Quando você está abrindo a porta para sair, lembra de deixar o número de telefone de onde vai estar.
- 3º bebê - Você manda a babá ligar só se ver sangue
*Em casa *
- 1º bebê - Você passa boa parte do dia só olhando para o bebê
- 2º bebê - Você passa um tempo olhando as crianças só para ter certeza que o mais velho não está apertando, beliscando ou batendo no bebê
- 3º bebê - Você passa um tempinho se escondendo das crianças
*Engolindo moedas *
- 1º bebê - Quando o primeiro filho engole uma moeda, você corre para o hospital e pede um raio-x
- 2º bebê - Quando o segundo filho engole uma moeda, você fica de olho até ela sair
- 3º bebê - Quando o terceiro filho engole uma moeda, você desconta da mesada dele."
O texto acima é uma sátira e não, necessariamente, uma realidade, muito menos uma verdade universal! Mas, aborda um tema e passa uma mensagem sobre as fantasias criadas em torno do universo materno.
Independente da quantidade de filhos, antes de tudo, precisamos nos preparar não para sermos mãe, porque isso é esforço e desafio diário... mas, para ser alguém conhecida de si mesma. Muitas "brechas" em como lidar com a maternidade são desencadeadas pela falta de consciência. Por isso curto tanto o MÃE E MUITO MAIS, que incentiva essa busca pela m(p)aternidade consciente.
Para tudo o equilíbrio. Para tudo a busca, a identificação a aceitação da realidade e a permissão de sonhar o real e sonhar a fantasia!
Em toda e qualquer situação, o mais importante é deixar germinar a sementinha da mudança, da amizade verdadeira, da união sincera, da entrega do que há de melhor em si, do carinho, da devoção, do compahneirismo, do coletivismo, do individual em harmonia com o social... enfim, só se abrir, mesmo!
Saudações maternais,
Pat Lins.
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