Imagem: FAZENDO ARTE TERAPIA |
Matriculei Peu na "Equoterapia" e uma mãe me perguntou: "ele não é doente, porque está aqui?". Eu respondi que era por uma questão comportamental.
Interessante é que poucas pessoas sabem dessa parte da "equoterapia". Estou coletando mais informações sobre o assunto e depois escrevo aqui. Para mostrar que trabalho bonito e os resultados gratificantes.
Lá, Peu tem contato com crianças "diferentes", especiais e com limitações de ordem física e motora, mas, crianças e jovens especialmente lindos, com a missão de nos fazer ver que a vida é mais do que o que tentamos definir. Existem coisas que não têm uma única explicação. E vejo pessoas perdendo tempo tentando explicar sem, sequer, investigar, sobre o desenvolvimento das doenças. Para mim, tem algo muito maior, além da nossa vã compreensão.
Mas, o que me levou a escrever aqui foi um alerta: SER DOENTE NÃO DEVERIA FAZER DIFERENÇA! Vejo o cuidado com que as mães tratam seus filhos, com um amor enorme. Parece que o amor dobra para dar força àquelas mulheres. E o trabalho dos profissionais que cuidam dessas crianças, com tanto carinho e dedicação que nos comove.
Esse contato com essas crianças tem enriquecido o mundo de Peu e o meu. Ele que é "diferente" para aqueles que têm o mesmo padrão de comportamento, é "normal", no sentido de ser "diferente", para os portadores de alguma doença. Mesmo assim, nesse mundo, não há discriminação por parte das crianças, nem dos pais. Eles estranharam Peu lá, mas, nem por isso o trataram de maneira discriminatória. Isso é uma grande lição. Todos deveríamos nos ver como semelhantes, não procurando deixar todo mundo "igual" como rotulação e/ou segregação.
Como pais, mães, família e etc, devemos nos unir, num movimento sincero e interno de lidar com as "diferenças" como algo natural e com as exigências exageradas de padrão normótico - consumismo exagerado e afins - como algo antinatural.
As crianças especiais são especiais para nos fazer lembrar que mesmo com as dificuldades elas vivem intensamente, ao contrário de "nós" que passamos a vida inteira fugindo da vida verdadeira!
Isso me faz ver que as crianças não têm o preconceito em si, quem preconceitua algo são os adultos que sentem necessidade de conceituar algo, ainda que previamente, para julgar e não para entender e aceitar as diferenças para saber lidar com elas. Por isso, como pais, mães e afins, devemos rever nossos valores e, com isso, permitir que nossos filhos cresçam num mundo melhor, humanamente melhor!
Saudações maternais,
Pat Lins.
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