quinta-feira, 15 de julho de 2010

PAIS NA PRÁTICA - mãenifesto pelos PAIS

Nada mais justo do que lembrarmos que, nesse movimento para a maternidade consciente e a "re-valorização" da mãe,inlcuindo toda a abordagem e realidade contemprânea, dos PAIS. Se para tudo na vida, as referências primárias - binômio pai/mãe ou responsável - são as mais significativas, se desejarmos fazer algo para melhorar esse mundão de meu Deus, que comecemos pela base: família. E, família quer dizer pessoas individuais coexistindo num ambiente, praticamente, coletivo e social. Com papéis e funções legais para todos os envolvidos. Ambas as partes têm o direito de serem felizes juntos ou separados.

No MANIFESTO PELAS MÃES, do GRUPO CRIA, erguemos a bandeira para a chamada de atenção da importância e (re)valorização do papel da mulher, enquanto mãe.

Lógico, peculiaridades a parte, ser mãe muda completamente a vida da mulher - de dentro para fora e de fora para dentro. Outras mudanças em nossas vidas não são tão significativas e radicais quanto esta. Trata-se de um êxodo de nós mesmas para um mundo maior e mais amplo, repleto de diferenças, divergências, dicotomias e pluralidades... sem esquecer da divisa permanente e ainda de difícil ajuste entre individual e coletivo... risos. E isso não quer dizer que não gostemos. Não. Aliás, NÓS AMAMOS! Só não podemos mais continuar a negar o "outro lado" que aparece dia-a-dia em paralelo a todas as nossas tarefas diárias, a verdade que ser mãe é PADECER NO PARAÍSO. Se a "mulher-mãe" trabalha fora - realidade comum e cada vez mais crescente - ela não interrompe o papel de mãe... Já, quando ela sai do trabalho, ela deixa de ser a funcionária, empresária, seja lá o que for... até o dia seguinte e o recomeço do expdiente - salvo algumas situações, como reuniões de negócios e trabalhos informais... horas extras... Enfim... - Mas, não existe uma carga horária limite para ser MÃE, somos o tempo inteiro, estando ou não fisicamente ao lado do filho.

Com todo avanço no papel e reconhecimento - isso ainda é uma estrada longa e labuta constante - da importância e "utilidade" da mulher, os homens também passam por reajustes - ainda estão na fase do desajuste, mas, chegam lá... afinal, nós também estamos ajustando essa nova realidade diária de estabelecermos nosso espaço e exigirmos a justa igualdade, enquanto seres humanos e suas funções... E isso não só no âmbito profissional. No ambiente doméstico, também. Fora no ambiente INDIVIDUAL.

Pois bem, antes de começar o "MÃENIFESTO PELOS PAIS", proposto pelo BLOG DO DESABAFO DE MÃE preciso passar por uma questão de conflito de gerações, que interfere, e muito, em nosso avanço. A "aceitação" das gerações anteriores - nada contra, cada um tem seu jeito e sua(s) necessidade(s), além de maneiras de viver a realidade e saber tirar proveito - acabam sendo um entrave para o nosso avanço. Não radicalizo, afirmando que todas aceitavam e se encontravam no papel de submissão e/ou mãe/mulher. Sei que todo início dessa mudança que hoje despojamos originou-se de alguma precurssora - vixe! Parece discurso feminista... Mas, se cabe,que seja... risos. Não sou contra o feminismo, sou contra qualquer atitude radical. Não penso que precisemos desmerecer a "classe" masculina para "erguer" a feminina... Isso não é justiça, é vingança e igualdade, para mim, não é bem por aí... Por favor, nada de polêmica, apenas pincelo uma situação com fragmentos de minha maneira de pensar... o que pode dar margens para diversas conclusões... Portanto, não há outra conclusão, senão, a de que sou  A FAVOR DA IGUALDADE! - pois bem, de volta ao ponto, antes da interrupção - risos. Esse entrave não é pouca coisa. Uma das grandes dificuldades que a geração de mães atuais encontra é a eterna comparação entre as próprias mães de gerações anteriores, que, entre outros argumentos, acham que nós padecemos da "falta de paciência crônica", porque queremos ser "mulheres modernas" e antigamente não havia nada disso... VERDADE. Mas, também, não havia respeito às nossas vontades... Debates a parte, recebi um e-mail, quase um manifesto, onde mulheres desabafam e se colocam contra a realidade atual da mulher e expressam sua "saudosidade" à época em que o maior trabalho que a mulher tinha era "qual o menu para o jantar?" o que, é uma propagação e nutrição para o machismo, afinal, muitas mulheres são machistas! De fato, em respeito às diferenças, elas têm razão e todo o direito... Mas, diante de minha total parcialidade... ihhh, para mim, são um entrave gigantesco e voz ativa que gera resquícios da repetição de valores do tipo: "Menino veste azul e menina rosa. Meninos brincam de carro e bola. Meninas de boneca e têm que aprender a cozinhar..." Entre outros. Enquanto esse ecos durarem, nossa luta terá um agravante: conflito de interesses no universo materno. E a gente vai continuar a ser "mães diferentes"...

Ora, para os "pais" trata-se de um "prato cheio". Mas, não dá mais para aceitar isso. Meu marido me ajuda muito a cuidar de nosso filho. Arruma os brinquedos espalhados pela casa; falta de jeito a parte, lava os pratos, coloca roupa na máquina, esquenta comida, dá o café de Peu... algumas vezes, dá o almoço... Enfim, ele é companheiro mesmo. Como eu estou desempregada, a gente arruma a casa - na verdade, eu arrumo... Mas, é por uma questão de consciência - não é justificativa ao machismo - de que ele trabalha o dia todo e ainda tem que fazer o grosso das tarefas domésticas? A gente divide muita coisa. E, ele também não "exige" de mim a casa tinindo de limpa. Alguém precisa arrumar a deixar o ambiente limpo. Não é porque eu sou a mulher. Isso é um ponto positivíssimo para ele. Algumas vezes me pego sendo "mãe" dele e volto atrás. Essa questão de que toda mulher tem que ser "meio mãe" do marido é MITO. Balela! A gente é companheira, esposa... Do mesmo jeito que eles são nossos companheiros, esposos. Mas, existem algumas condições para se manter tudo em ordem e quem tem mais jeito estabelece as diretrizes. Em nosso caso, eu, porque ele tem a grande característica nata da bagunça. Mas, com olhares e "delicados" gritos de pedidos para não pendurar camisa nas portas e toalha de banho, após o uso é para estender, tudo se ajeita. Do mesmo jeito que evito deixar calcinhas penduradas no banheiro... DIVISÃO DE TAREFAS. Esse é o ponto do respeito e equilíbrio em qualquer lar. Mas, uma divisão justa. E, divisão justa é aquela onde se pode fazer o que gosta e, caso tenha que abrir mão e fazer o que não gosta, porque alguém tem que fazer, que cada um veja o que é "menos pior" para cada.


A gente conversa muito - algumas vezes não são bbeeemmmmm conversas, né?! Ops! Deixa para lá... risos - e isso ajuda. Ele é aberto e poucas coisas do machismo se entranharam nele. Nesse aspecto a conviência é mais harmoniosa e pacífica.

Ah, quando nos tornamos PAI e MÃE - ou MÃE e PAI... tanto faz - ele me ajudou muito com Peu e, quando eu agradecia, pelo fato de ter levantado para dar mamadeira, um banho ou qualquer coisa que fosse para nosso pequeno, ele sempre me dizia/diz: "não precisa agradecer, Peu também é meu filho. Faz parte..." E fala de uma maneira muito legal. O que me fez ver que eu, sim, estava sendo "machista" em achar que só eu - mãe - posso e sei cuidar da criança. Não, os pais também sabem. Quando nasce a criança, nascem juntos o pai e a mãe. O que antes era o casal, e, aí dentro, já existem necessidades de ajustes permanentes, agora são: dois seres individuais + um casal + um novo ser individual + pai~e mãe + família + universo pluripeculiar  e só a equação RESPEITO + CONSCIÊNCIA + COMPREENSÃO + DIVISÃO JUSTA DE TAREFAS + EQUILIBRIO + HONESTIDADE + ENTREGA + AMOR (não o amor fantasioso e irreal de novelas e filmes... o amor em mais uma faceta... Imensamente maior e mais sublime. Um amor que ainda não aprendemos como viver...) = família feliz e em paz! Ou seja, base de bons valores!

Durante a gravidez ele enchia mais o saco do obstetra - e o meu... risos - do qeu eu! Era uma necessidade de saber o dia exato do nascimento... Não entrava que em gravidez e exames pré-natais, trabalha-se na escala das previsões, não certeza. A natureza é sábia e ciência alguma consegue exatificá-la. Ultrasson mostra o feto, e, em base a "médias", se calcula a provável data/expectatica para o nascimento. Para isso a velha margem de erro: pode nascer duas semanas antes ou duas depois da data "prevista". Ele me acompanhou em cada ultra, em cada consulta. Entrou - e não aceitaria um NÃO que o impedisse de ver o parto - e acompanhou todo o nascimento e grudou na enfermeira, levando Peu para o berçário. Foi me ver no quarto algumas vezes, mas, estava encantado com a "cria". É muito comovente e bonito ver a relação dos dois. Ele sempre se questiona como o pai dele não se permitiu ser assim com ele. "Assim" = amigo, pai, presente, companheiro firme. E Peu se entrega a esse amor.

Foi interessante o conselho que ele deu a um amigo, que é mais jovem, de que ele desse mais atenção à família; que estivesse mais presente, não só para o filho, mas, pela esposa. Se fazemos a opção de casar, é para estar juntos. O amigo ficou de pensar, mas, o argumento e a repatição dos arquétipos machistas estão impregnados nos DNA de muitos homens - e mulheres - o que nos serve como alerta na educação dos filhos - meninas ou meninos - para não alimentarmos essa corrente de perpetuação. Um casal amigo próximo, também mantém essa chama machista acesa. Ele só come se ela colocar... Pelo amor de Deus! Em pleno século XXI? Se fosse uma pessoa com limitação física, vá lá, mas, uma pessoa "inteira"... E ele acha o cúmulo a esposa não saber cozinhar e nem ter jeito para as "prendas" do lar... Ah, isso é característica pessoal. Mas, vamos deixar a vida dos outros, né?! Esses exemplos são só consternação de minha parte e alerta: por que isso continua? Como fazer para extinguir o machismo e estabelecermos a igualdade entre gêneros?

Eu penso que a educação da geração atual vai ser mais um aliado. Vejo os pais levando os filhos para a escola, dando afetuosos beijos de despedida e com muito carinho. Nas reuniões - foram poucas até agora - eles estão lá. Nas festinhas, também. Na festa em homenagem ao "Dia da Mães", meu marido foi e ajudou filmando e fotografando tudo. Qualquer decisão com relação a Peu é discutida entre nós dois. Pitacos externos a parte, dentro de casa a gente fortalece esse vínculo.

Ser pai é aceitar que a vida dele também muda. Meu marido não entende muito a fundo meus "recalques" com a mudança em meu corpo... mas, compreende e me apóia. Já erramos muito. Mas, mais conscientes, estamos no processo de auto-vigilância, num esforço mútuo de nos tornarmos pessoas melhores e, assim, sermos uma referência natural, espontânea e coerente para nosso filho. Isso é muito legal! E, escrever este post PARABENIZANDO-O por ser o paizão que ele é, para mim, é uma pequena homenagem! Não digo justa, porque não consegui expressar em palavras a alegria que tenho em enxergar essa realidade.

Pois bem, entraves e dificuldades naturais a parte, todos nós - mães, pais, avós, tios, tias... - todos, temos papéis importante na construção de um novo ser, sempre partindo de cada um de nós, através de entrega e esforço diário para melhorar como ser.

Na prática, ser mãe, pai ou afim é um "pouco" mais complexo do que ser pessoa, esposo, esposa... é ser um ser humano responsável por boa parte da formação de caráter de um pequeno ser em crescimento. Todos nós somos eternos aprendizes, mas, nessas horas, mesmo sem saber, somos um pouco "mestres" na arte de educar. Precisamos nos esmerar mais. E, PAIS, levem isso mais a sério. Hora de refletir mais sobre a divisão de tarefas, compreensão da pressão emocional nata da mãe - não endosso a justificativa de que devamos viver em surtos... mesmo que assim vivamos, cabe a nós mudarmos essa realidade e, com apoio externo, é uma coisa a menos que precisamos lutar. Para uma maternidade consciente, uma paternidade consciente, também.

Vamos fortalecer essa corrente.

Saudações maternais - inclusive aos pais,

Pat Lins - por um mundo mais justo!

4 comentários:

  1. Uau, Paty, você perambulou por várias nunaces da consciência materna necessária nos pais e vice-versa...Obrigada por ter aceito o desafio...prometo voltar para ler com mais calma e prometo em agosto linkar os posts abrindo assim nossa roda de conversa, ok?
    bjkas e parabéns!

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  2. tem pai que compra a filha no berro ou na grana.não adianta lembrar de coisas e dias maravilhosos.,EU como mãe vou ser sempre para ela nada? nada eDEUS quem julga.fiz dee tudo e ele escolheu a pior das pessoas, comi o pão, más tento estar de pé. estou cansada.ala

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  3. olha ,parem de falar das suas Mães ,,,,,,,,,,,,,eu sei que tem varias que são muito chatas;mais só elas sabem com quem casou e como trepou. covardia filha ficar com o papai por grana .....grana acaba. Amor e eterno.mas cansa. ELES fazem uma bagunça na nossa cabeça;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;começando. amai você como a si próximo; honrar pai em mãe .que merda ,ninguém e assim ;

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  4. eu estou entendendo .essa dor que sinto vc não imagina. perder a guarda de sua filha ........tudo armado.gyuando vc acorda parececque vc viveu um pessadelo.....más a grana fala mais alto .....me matarammm. sou uma máe morta ....AYLA meu nome

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