terça-feira, 1 de março de 2011

"QUEM NÃO TIVER PECADO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA"

Fonte: JESUS UM AMIGO VERDADEIRO
Não tem frase mais "tapa na cara" do que essa: "QUEM NÃO TIVER PECADO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA".

A gente esquece isso para criticar e quem nos critica, também. Ou seja, todas nós, sempre achamos que somos mães melhores do que a outra e a outra, sempre acha que é melhor do que a gente e parece que há uma competição, com forte apelo ao método comparativo entre os filhos - pobres vítmas da guerra dos egos mal resolvidos - para se medir o "mãeômetro". Lógico que essa característica não é apenas das "mães", é do ser humano. Desde sempre rezamos a cartilha do mundo das aparências. 


Toda criança tem seu ritmo e suas características. Os pais, mães, avós... também têm seu ritmo e características. E o ambiente em que se vive, interfere, influencia - apesar de não ser determinante -, enfim, o ser humano é muito complexo. Venho passando por uma situação muito chatinha, para não usar outro termo mais pesado, de gente mal resolvida que adora se meter onde não deve e nas horas mais inadequadas. Pedro está numa fase que, de repente, não quer comer nada. Sempre foi muito fácil para mim essa parte, porque ele comia tudo - até pedra, se amolecesse. Pois bem, pessoas que pouco convivem comigo - na verdade, UMA  pessoa, de grau de importância elevado na hierarquia familiar... - e pouco dou abertura em minha vida - haja vista o tanto que já tentou interferir, argumentando querer me "ajudar" e mal soube lidar com suas próprias intempéries pessoais e de vida, mas, queria "resolver" a minha vida... - esqueceram de que ele era - ou ainda é, afinal, crianças têm fases e fases, mesmo que fiquemos doidinhas... rs - "bom de boca" e só registrou o aqui e agora, generalizando essa fase de Peu como se sempre tivesse sido assim. Sou defensora do viver aqui e agora, mas, nunca disse que o passado não deva ser levado em consideração. Neste caso, em específico, SABER que meu filho sempre - quer dizer, sempre em seus 4 anos de vida... rs - teve um hábito alimentar maravilhoso e, há pouco tempo - quase 1 (um) ano - está cheio de "manias", "gostos" e "desgostos", é importante enxergar o panorama geral para saber que houve uma mudança - e significativa - em seu comportamento. Pois bem, pessoas movidas pela superficialidade e conveniências - na verdade, essa pessoa em específico - A-DO-RAM encher o saco, acreditando que estão ajudando, mesmo sendo alertadas DIRETAMENTE que não o está, e, já não basta meu dilema e minha dificuldade para tentar compreender o que acontece(u) para essa mudança radical no hábito alimentar do meu pequeno, ainda vem essa enchorrada de encheção de saco. Não adianta eu explicar que eu não sei lidar com isso e já tentei de um tudo, até obrigá-lo a comer e ele colocar tudo para fora - vomitando mesmo -, num ato desesperado e que a única coisa que não posso fazer é abrir a cabecinha dele, portanto, a mim cabe fazer o que venho fazendo: ofereço, coloco no prato, como na frente dele, converso - para saber o que está havendo... - eu deixo claro para Peu que ele pode contar comigo. Pois bem, diante da maneira insuportável dessa pessoa, aliada a minha raiva que vem crescendo por suas atitudes desvairadas e descompensadas de quem foge de si..., até eu estou quase deixando de comer coisas saudáveis - rs. Gente, vocês não têm noção do que é se deparar com essa criatura num almoço, por exemplo, e sentir seu olhar fixo e arregalado em meu filho e seus suspiros exagerados de "hummmm! que delícia! olha, que comida boa! hummmm!". Olha, um dia, dou um ataque de fúria e vomito nela - kkkkkkkkkkkkkk. Vamos ver para onde vão seus "hummmssss". Eu acredito que o movimento precise ser sincero. Se você come algo saboroso, é natural os "hummmmmmmmmmmmm". Ana Maria Braga que o diga - rsrsrsrs. Mas, a cada garfada forçar o diacho do "hummmm" para "estimular" a criança a comer, no caso do meu pequeno, não dá certo e ainda incomoda as pessoas ao redor. Por mais difícil que seja, preciso acreditar que trata-se de uma fase - bem difícil - mas, uma fase. Leve o tempo que levar. Vou rebolando sem baixar a guarda. Respeito o tempo dele, sem deixar de apresentar as opções e instruir sobre a importância de comer bem. Sei que vou errar - como devo estar errando - mas, faço o que está ao meu alcance e me esforço para fazer mais. Ouço algumas sugestões e tento inovar. Mas, sugestões produtivas e edificantes são uma coisa... "hummmmsss" de encheção de saco são encheção de saco e nada mais!

Fonte: MANIAS DE MÃE
Para piorar, ela foi inventar de levantar outra questão: as birras de Peu. Qual criança não faz birra? E, qual pai e mãe que gosta? Ele - Peu - tenta, é o que ele pode fazer e, genioso como é e esperto, como é, quer impor a vontade dele... Não vou negar que muitas vezes perco a paciência e dou uns gritos de "levanta, Peu, senão vai ficar de castigo" e dou aquele olhar de "mãedoida" - rs. Mas, na maioria das vezes, faço uma coisa que me corrói as entranhas, mas, faço das tripas coração e "ignoro", até ele perder a força - essa parte ainda é pior porque sou julgada como quem não tem pulso firme... É fico entre a cruz e a espada. Depois a gente senta e conversa. Algumas vezes, seguro-o firme, olho em seus olhos e chamo a atenção de maneira muito rísída e severa. Normalmente, são as três maneiras que lido com suas birras. Só que, quando ele vê "platéia", as birras extrapolam um pouco. Ele arremeça o que tiver em mãos no chão  e grita, para chamar a atenção. Bom, a depender do meu humor - isso eu não nego, sou humana e, muitas vezes, cedo ao cansaço - chamo a atenção de maneira "curta e grossa" e dou o ultimato: "Para com isso! Coisa mais feia! Parece menino bobo! Levante dái A-GO-RA!" E o "mando" fazer o que havia pedido antes da reação dele. Na maioria das vezes, a gente senta e conversa de verdade. Só que, na frente da pessoa em destaque no parágrafo anterior, parece que a coisa piora - ou, eu já ando tão pilhada que vejo mais do que de fato é... - e ele carrega nas tintas das birras. Então, a pessoa, delicadamente, chamou meu marido para conversar e disse que achava estranho ele agir desse jeito - como já disse, ela convive pouco com ele, portanto, bigbrothermente falando, qualquer atitude dele, é A atitude, não UMA atitude pontual... toma uma proporção muito maior do que de fato vem a ser - e o comparou com uma outra criança, a qual ela convive mais e, mesmo assim, pouco enxerga da criança. Primeiro, ela precisa se manter imparcial diante dessas duas crianças, haja visto que, em experiências anteriores, ela já despertou a inveja na relação de seus dois filhos e eles não se dão bem até hoje... Quando uma parte da relação tem essa característica da inveja é necessário saber lidar, para não alimentar... E, mãe - assim como o amor - precisa ser multiplicado, não dividido... Pois bem, a outra criança também faz birra e chora muito, quando contrariado. De fato, ele não arremeça coisas no chão, como Peu, ele joga direto em quem estiver a frente dele. Ao escutar isso, se calou, como quem opta por não falar mais, afinal, para ela, meu marido não soube aceitar o fato de que o que Peu faz é feio. Isso, a gente não só sabe, como, também, não gosta. Só que nós não negamos que Peu FAZ birra. A gente só não está sabendo como lidar com isso de maneira tranquila. Mas, a gente VÊ quem é o nosso filho, sem máscara porque é nosso filho. A raiva nem foi pela comparação em si, entre as duas crianças, mas, porque eu entendo comparação com critérios e um deles, para mim, é a afinidade. Pessoas diferentes não podem ser comparadas, justamente, porque são pessoas diferentes. Numa seleção de emprego, vá lá, mas entre duas crianças tão diferentes, chega a ser uma crueldade. Ainda mais na posição que ela tem... Mas, voltando ao detalhe pior da comparação é que a criança com a qual Peu foi comparado não é santo. Ele é uma criança como outra qualquer, só que tem um perfil de criança que faz tudo caladinho, mas, faz. E não gosta nem um pouco de ser contrariado, como qualquer criança. Aí, ela foi que  não gostou de escutar que comentar sobre o comportamento de Peu, tudo bem, demonstra preocupação, mas, compará-lo com outra criança, a qual ela encobre suas ações, vamos dizer, negativas, falando que ele não fez nada é que incomoda. Certa vez, ele chutou Peu e, mesmo o menino afirmando e confirmando o que fez, ela dizia: "não, você não chutou não". Onde se pode escutar uma coisa dessa pessoas e aceitar aquilo como "apoio"? Eu penso que quando as crianças se desentedem, cabe aos pais orientarem seus filhos a não repitirem certas ações e tentar explicar o porquê. Agora, negar o que a criança admite ter feito, remete a uma loucura de querer levar adiante a idéia de trabalhar a imagem do que ela quer passar que a criança seja, em vez de ver quem ela é... O problema é: quem vai ser essa criança, educada a esses moldes? Se ele fala: "eu chtei" e escuta de um adulto relevante em sua vida: "não, você não fez" e todo mundo viu que a criança fez, o que vai ser da cabeça dessa criança? Quando falo que nós adultos precisamos nos trabalhar mais para educar uma criança, falo sério. Nossas loucuras podem enlouquecer a criança. O meio pode não ser determinante, mas interfere.

Fonte: Minha história, minha vida!

Pois é, julguei essa outra mãe de mãe, mãe de filho, mãe de filha, pessoa, avó... como defesa, por ter sido tão mal julgada. Ridículo, porque, em geral, não me incomodo com críticas a Peu, porque, provavelmente, já as fiz antes de todo mundo e tento me resolver com ele diretamente. Mas, julguei a comparação mal feita, julguei a maneira injusta como ela age e pelo fato de ter comparado sem critério - rs. E, detalhe, me peguei dizendo: "e ela lá é exemplo para nada? O que ela disser, faço o contrário, para não ver meu filho igual aos dela...". Acho que é por isso que a gente julga tanto: a gente esquece que também erra e que errar faz parte. O problema é errar, comprovar que errou e continuar errando. Para piorar, querem levar seu erro tão adiante que levam para as novas gerações. Mesmo sabendo que acabo perpetuando meu erro, através de minhas ações, ao menos, admito que erro e abro para meu filho: "sua mãe não é perfeita. Eu erro, mas, é importante que você entenda que eu vou aprender. Eu quero muito que você entenda que como sua mãe, preciso te orientar. Quando você for grande, aí sim, você faz o que quiser...". Lógico que ele não entende, só tem 4 anos, mas, sei lá, eu sempre converso com ele sobre isso. São minhas dúvidas, são meus valores. Sou eu. Meu filho e eu temos uma relação muito firme e aberta. Sou a mãe dele e minha vontade é que ele cresça um homem cheio de boas virtudes!

Me sinto mal por ter julgado outra mãe... Mas, sou gente. Por mais que me esforce em ser uma pessoa melhor, é um caminho, é um caminhar... Levanto tanto a bandeira do respeito e feri minha própria "lei magna": desrespeitei e por razões tão pequenas. Bom, na prática, sou gente, de carne e osso. 

Refletindo, vejo que fiz mais tempestade em copo d´água. Um tsunami é preocupante, uma gotinha aqui pode fazer transbordar um cálice cheio, mas, só esvaziar e pronto. Um tsunami inunda e não temos opção. O copo d´água, eu bebo ou derramo. Liberar espaço. As pessoas são o que são, como são e como insitem em ser. Preciso me voltar para mim e deixar o outro ser quem e/ou como é. Na prática, mesmo errando, toda mãe só quer uma coisa: o melhor para seu filho. Só não temos a capacidade real de saber exatemente o que é esse melhor. É, acabei enveredando pelo desabafo que esqueci o real motivo desse post... Talvez este seja o real motivo... Enfim, aceitar as diferenças é mais complicado que realmente nos conscientizamos.

Vou concluir aqui esse post, afinal, ele é mais uma maneira d´eu refletir e ver que tudo isso é tão pequeno.

Para concluir, termino como comecei: 

"QUEM NÃO TIVER PECADO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA"

Cuidado para não atiramos em nós mesmas...

Saudações maternais,

Pat Lins.
Fonte: POEMAS E ENCANTOS

domingo, 27 de fevereiro de 2011

SEM INSPIRAÇÃO... PRECISO DE TEMAS

Oi, amigas!

Estou sem inspiração - apesar de muita coisa para escrever - para posts/textos.

Alguém pode me dar uma sugestão?

Saudações maternais,

Pat Lins.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

VOLTA AS AULAS - EM ESCOLA NOVA

Ano passado - 2010 - Peu entrou na escola e, para mim, foi uma fase de ruptura, aprendizado e crescimento - não necessariamente nessa ordem. Integrado, as preocupações eram outras - o desenvolvimento dele e a relação dele com os colegas. Ele é sociável, mas, sua capacidade cognitiva de criança mais velha atrapalha no processo. Já esperava por isso, mas, não estava preparada. Não é fácil ajustar idade cronológica, idade mental, idade cognitiva, idade física com coordenação motora, maturidade e etc. Mas, deu para seguir.

Agora, em 2011, ele entrou numa escola que já queria que ele estudasse e estou super feliz! Gostei muito da do ano passado, mas, a deste ano coloca em prática Piaget, Vygotsky e, agora, fui apresentada, através de uma reunião na escola, a Wallon. Parece que tudo, agora, está no rumo certo. Peu está numa idade onde seu corpo já consegue fazer o que sua cabecinha manda. Os conflitos têm diminuído, assim como sua aceleração - ah, ele ainda é agitado - rs - mas, a cada dia diminui mais e ele pode se apresentar ainda mais lindo e cativante, só que de maneira mais intrigante, questionadora e, em muitos casos e para algumas pessoas, assustadora. Sua inteligência tem se desenvolvido muito mais rápido e sua sagacidade, idem. Parece que ele é um radar ambulante, junto com um rolo compressor e de uma agilidade impressionante. Nada passa despercebido. Parece que tem olhos na nuca e em cada orelha - rsrsrs. Sim, estou empolgada. Interagir com ele nessa fase tem sido maravilhoso. Talvez porque eu tenha recuperado parte de minha vida e recupero mais a cada dia, além de conquistar novidades e aprender a aprender sempre. Cheguei a conclusão prática de que sim, não sabemo de tudo e não, não podemos parar e nos acomodar, sempre podemos ir além se enxergarmos ou definirmos como além o lugar onde vamos ou estamos. Tudo conspira e tudo interfere. Lidar com as características brilhantes de Peu, hoje, eu de novo Pat Lins, faz com que ele sinta que pode contar comigo - mesmo que briguemos, as vezes, e isso, faz parte!

O fato é que acreditar que as coisas podem melhorar e se abrir faz com que, de uma hora para outra, aconteça! E aconteceu, e quase que eu não percebia: consegui colocar Peu na escola que eu tanto queria! Para melhorar, ele está ótimo na nova natação e na casa nova. Tudo novo! Vida nova! Deu até medo ver as coisas acontecendo. Me dei conta: VOLTA AS AULAS, ESCOLA NOVA E VIDA NOVA - não necessariamente nessa ordem - rsrsrs.

Deus sabe o que faz e Ele não escreve certo por linhas tortas, a gente que entorta tudo... Ele escreve certo e pronto!
A escolha da escola certa não é tão fácil, a gente se acomoda muito com o comum, o tradicional... Eu sempre quis o diferente. Precisei me tornar diferente e, hoje, através do meu mestrinho Peu, vejo que é possível ser igual, mesmo sendo diferente e ser diferente, sem medo de não ser igual... igual a ele! Peu é muito especial. Suas colocações oportunas e seus momentos de "lição de sabedoria" me encantam, me envolvem e me dão o limite para entender e compreender que ele, ainda assim, é uma criança, um aprendiz em fase inicial, mas, com páginas já muito bem escritas em sua cabecinha de quem ele é. Portanto, tomo cuidado para manter minha postura de educação para com ele, de hierarquia, respeito e elaboro muito para não ceder àquela mania de toda mãe - de todo ser humano - de jogar no outro suas expectativas e frustrações, por medo de aceitar ser feliz. Ah, quem me dá o sinal? O próprio Peu. Só olhar para ele e ver - nem é preciso se esforçar para lembrar, só olhar e ver - que ele é ele, e não eu. Indivíduo!

A escolha da escola adequada requer pesquisa, referência, observação, confiança, segurança, interação - preciamos nos inteirar da linha pedagógica, psicológica, do ambiente, dos seres humanos envolvidos (observar como os funcionários trabalham e se há troca constante... Rotatividade de funcionários em quantidade e frequencia, para mim, não é bom sinal... Demonstra falta de comprometimento e investimento da instituição), do espaço físico... Enfim, precisamos estar abertos para receber as informações da escola, firmar a parceria e somar. Esse lance de colocar o filho na escola e querer que a escola se adeque à nossa filosofia de vida, às nossas crenças é um pouco demais... Precisamos ver se a proposta da escola se adequa à nossa, antes da criança entrar. Por isso optamos por esta para Peu, porque ela correspondeu a todos os nossos critérios de avaliação. Lembrando que não existe, exatamente, escola ruim, nós precisamos buscar aquilo que tem a ver com o que queremos. Primeiro, precisamos definir o que queremos...

Puxa, quanta coisa essa mudança tem me feito ver... E ainda me falta tanto... Bom, é a vida! Vários momentos!!!

Uma mãe precisa estar bem consigo, como pessoa, com seus valores, sonhos e certeza de que só depende de cada uma de nós ser feliz, bem definidos para podermos ser boas mães. Não adianta pular etapas ou querer fingir, tapando seus buracos frustracionais com suas proles. o lance é real e real é encarar a realidade como aliada, como momentos da vida e pronto!

Vamos nos tornar pessoas melhores a cada dia e, há uma grande chance dos nossos filhos seguirem o mesmo rumo e, daí, será como várias mãos se unindo rumo a mudança por um mundo melhor!


Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

CRIANÇAS MAIORES E CRIANÇAS MENORES


Este post foi sugestão especial de uma amiga muuuiiiitttto querida - Catia Martins -, para começarmos bem essa troca em 2011.

Estávamos falando da relação entre crianças maiores e crianças menores. Das diferenças e de como a maioria das crianças maiores não gostam de brincar com as menores. A faixa etária que mais me chama a atenção são entre as crianças de 6, 7, 8 e 9 anos, mais ou menos, com os entre 3 e 4. Como se fosse uma necessidade de afirmar que já saíram dessa fase e, portanto, não têm mais a característica de criancinha... - risos.

Quando meu irmão caçula - hoje, já com quase 30 anos - era pequeno, os meninos maiores, nessa diferença que citei acima, o "ignoravam", ou, tentavam. Diziam que ele era "café-com-leite", só para ver se ele "parava de encher o saco, fingindo que brincavam com ele". Pior, que a gente sabe que é uma situação delicada. Cada fase tem sua característica, só que os menorzinhos precisam admirar os maiores e sentem uma vontade danada de estar com essas crianças maiores, que podem brincar como eles não podem. E como fazer para que haja equilíbrio? Deixar a criança menor ser rechaçada, aprendendo a se defender ou pedimos que os maiores - que também não têm consciência, ou maturidade, por ainda serem crianças, também - deixem a criança menor brincar um pouco? Voltando ao meu irmão, ele cresceu e passou a fazer parte desse mesmo grupo que o chutava para escanteio sempre... Como ele mesmo me disse: "depois que cresci, me vinguei..." - risos. Claro que era brincadeira, mas a "vingança" foi ver que depois dessa fase, as diferenças diminuem consideravelmente. 

Vi isso se repetir entre meus primos, os maiores queriam brincar entre eles. E, hoje, os que eram menores, são maiores que o meu pequeno e, hoje, Peu que é colocado de lado, quando lhes convêm. Sim, porque, por conveniência, eles sabem se "aproximar" de Peuzinho. Mas, Peu não conta conversa e faz seu espetáculo e, mesmo entre "bicos e resmungos", fora as caras feias, alguém o coloca no meio e ele se esbalda, seja num "playstation" - que ele nem sabe jogar direito -, seja num bate-bola, seja numa "pega-pega"... enfim, as mães dos maiores são de suma importância, nesse momento, para nós, mães dos menores - risos. O que é certo ou errado a gente não sabe. Eles - os maiores - se sentem injustiçados, não entendem, ainda, que as diferenças precisam ser respeitadas e para manter a paz, ceder um pouco ajuda. Por isso, a presença de mães mais conscientes ajuda. Nessas horas de impasse, o que mais falamos é lembrar aos maiores, que eles já forma pequenos e acontecia a mesma coisa e eles também agiam do mesmo jeito.

Sinceramente, eu não sofro ao ver isso acontecer, porque, dentro de mim rege a certeza de que daqui a alguns anos, Peu vai fazer isso com outra criança. Por mais que eu diga que a orientação que passo para ele não pé essa, parece fazer parte do "ser" criança - risos. Lógico que agirei dizendo a ele o mesmo que dizemos, hoje, aos maiores e por aí vai. Costumo dizer que quando os "assolans" chegarem - os futuros primos de Peu, que não vejo a hora de entrarem na barriga da mãe... risos - serão eles as vítmas,e, justamente, filhos do meu irmão caçula - ops! não, ele não está grávido, nem sua digníssima noiva, que tanto adoro! Mas, gosto tanta dessa cunha, que desejo muito a gravidez dela... Detalhe, bem provável que sejam gêmeos... Mas, gosto dela mesmo. Um amor de pessoa. Ticaaaaaa, amiga, amiga... risos. E aí?! Como será que ele agirá? Lembrará que passou por isso ou cobrará de Peu? Cenas dos próximos capítulos - kkkkkkkkkkk. Pelo que vejo das repetições, todos nós cairemos em cima de Peu, lembrando a ele que os "assolans" precisam da atenção do primo maior e que quando ele passou por isso, teve defesa, também. E a história continua. Mas, me refiro a diferenças de idade nessas fases, não as rixas e divergências comuns entre crianças dentro da mesma faixa. Para mim, depois dos três anos, as diferenças são muito poucas.

Bom, a vantagem é que Peu não fica muito preso a esses detalhes. Ele dá logo o jeito dele.

O mais legal é que depois eles crescem e tudo vira diversão. Passa tão rápido. Se nós, os adultos, não soubermos lidar com isso de maneira mais leve, sem entrar em atritos, sem acirrar guerras, podemos criar uma situação muito desagradável. Precisamos estar atentos a esses pequenos detalhes para ajudarmos nossos pequenos de hoje, se tornarem os adultos de amanhã, da melhor maneira possível. Não precisamos passar - já passando - nossos medos e angústias para eles. Nós precisamos nos melhorar e, naturalmente, eles aprendem que melhorar é possível.

Vamos compreender mais e, com isso, ajudar mais nossos pequenos de hoje. Alguém já parou para pensar em quanto repetimos muito do que criticamos dos nossos pais? Não necessariamente da mesma maneira, mas, o contexto. Por exemplo, minha mãe sempre foi muito zelosa e nos super-protegia - não é uma crítica, era como ela sabia agir - e isso nos bloqueou um pouco. Claro que podemos mudar, depois de adulto e donos da nossa vida. Mas, eu, por exemplo, já tive vontade de morar fora, quando mais jovem, e nunca investi nesse sonho, por temer ficar sem a proteção dela. Com Peu, acabo sendo controladora. Ela - minha mãe - era mais suave, eu, sou mais intensa. Mas, de qualquer maneira, o zelo dela era uma tipo de controle sobre nós - eu e meus irmãos - e eu, o repito em Peu. Muitas mães dizem: deixa o menino solto, o que é que pode acontecer? E me vem mil respostas na cabeça, como argumento ou como réplica... Na verdade, eu o deixo ficar solto, desde que dentro do meu ângulo de visão. Nesse caso, penso o seguinte: o juízo da criança é o adulto responsável... Ou seja, um adulto sem juízo, que responsabilidade ele tem e qual passará. para que o pequeno de hoje já comece a entender e internalizar que para tudo há uma consequência? Isso, para muitos é controle, para mim, é zelo... Viu, repito até a justificativa. Estou certa? Errada? Minha mãe, certa ou errada? Deus é quem sabe. De resto, nenhuma mãe deve julgar a outra, muito menos querer impor a sua maneira de educar como a melhor. Isso não existe. A melhor, para mim, é aquela onde passamos nosso amor, sem podar a criança e passar limite sem limitaçõe. Alguém? Alguém? Alguém tem esse equilíbrio perfeito aí? Não. Mas, com certeza, educamos nossos filhos com o amor que temos e da maneira que conseguimos. Fora que entra aí, também, um lance deveras importante: valores, ética, relações familiares, exemplos, educação social, educação acadêmica, meio social, crenças, etc. Ou seja, muita coisa. Somos infinitamente complexos, portanto, quase impossível estabelecer certos e errados. Mas, sempre existe um "bocão", descompensado e sem "sitocômetro" que insiste em estabelecer seus próprios paradigmas como um norte... E, na maioria dos casos, trata-se de alguém que a maioria das pessoas "condena"... Bom mesmo é "se tocar" e se for para ajudar, fale algo que ajude, mas, se for para se colocar como "a boa" ou "o bom", cai fora. Como exemplo, tem uma pessoa próxima a mim que vive dizendo: "deixa o menino solto, Patricia. Os meus cresceram, aí, oh, e eu, nunca deixei de curtir. Tem que deixar a criança livre..." O detalhe: quem disse que os filhos dela lá são referência para algo? Pois é, melhor não sair atirando pedra no telhado dos outros, porque todos nós temos nossas telhas de vidro. Duro é segurar a língua. Porque, se eu ceder a tentação de "jogar na cara" da pessoa as verdades que vejo do meu ângulo... vai doer. Mas, isso é bom? É nesse sentido que me esforço para ser alguém melhor? O meu "não saber ouvir" também já não denota em mim uma fraqueza que precisa ser trabalhada: mania de me preocupar com o que os outros acham?! Um "que se dane" é infantilidade, então, um "deixa para lá" casa melhor. Portanto, nós, mães mais conscientes do nosso papel e de nossas imperfeição humana, "DEIXEMOS PARA LÁ E SIGAMOS EM FRENTE", porque, literalmente, atrás - ou, ao lado - vem gente: nossos pimpolhos e pimpolhas. Na prática, só o que fica é aquilo feito de coração aberto. o resto que vá para onde tem que ir... Não, não fica bonito dizer aqui neste espaço tão legal - risosssss. Bom, as crianças crescem, né?! Ao menos, é o que se espera... Outras congelam a idade mental e só crescem a idade cronológica...

Então, deixemos que a compreensão seja algo mais forte do que a dor do sofrimento e da auto-punição. Nos libertemos em cada conflito desse. E, com relação às crianças, elas é que sabem nos conduzir. Observemos para agir. Porque, o instinto de sobrevivência permite que a criança cresça, mas, como nós queremos e o que oferecemos para que elas não seja mais um adulto "criança sobrevivente" e sim, um adulto com bons valores?

Saudações maternais e, até os próximos capítulos,

Pat Lins.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

FÉRIAS 2011 - REVIGORANTES

AQUELE ABRAÇO E NOSSOS DESEJOS DE PAZ
Pois é, estávamos de férias! Muita coisa aconteceu do meio do ano passado para cá e nada mais justo do que uns ajustes e férias para revigorar.

Peu está cada dia mais engraçado e com cada tirada que só ele mesmo. Eu, cada dia mais mãe apaixonada. Tenho aprendido muito com ele a ser alguém melhor - mesmo que isso signifique ser "pior" para algumas pessoas... rs.

Como uma mãe na prática, estou na fase de colocar em dia cada aprendizado. Dei uma parada geral aqui e em meu outro blog para me (re)ler mais e mais e, melhor, fazer uma (re)leitura aplicada.

Pedro reflete muito como sou, como me expresso e obervá-lo brincar com seus bonecos ou com seus amigos e primo e repetir muito do que falo me fez parar para reavaliar meu comportamento. Nossa relação está cada vez melhor e mais enriquecedora. Estamos construindo algo muito bacana, mesmo que, nas horas em que lhe nego algo, eu me torne a "malvada"... Mas, é em mim que ele confia e recorre quando o caldo engrossa. E, vá falar mal de mim para ele... Briga na certa. 

O amor de Peu e o meu por ele tem nos ajudado a sermos duas pessoas melhores a cada dia, mesmo que eu continue com inúmeros defeitos, como qualquer ser humano, mas, a auto-observação tem me ajudado muito. Como falei, mesmo que para algumas pessoas isso seja incompreensível... Bom, viver o hoje e o cada dia, se esforçando ao máximo para respeitar o outro como ele é, sem precisar deixar que deitem e rolem no espaço que só diz respeito a mim e a quem eu autorizar. 

É isso, em 2011, começamos com o pé direito e caminhando. Como diz Peu, imitando Buzz Lightyear - Toy Story -: "ao infinito e além!".

Em breve, volto a este cantinho tão especial e retomo nossas trocas.

Saudações maternais,

Pat Lins.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

EDUCANDO UM FILHO

O grande problema de educar um filho é que nos deparamos com o fato de que podemos ser melhores - muitas vezes, isso dói... - e saber que aquele ser é um outro indíviduo que também merece respeito.

A grande maravilha de educar um filho é que nos deparamos com o fato de que podemos ser melhores - muitas vezes, isso dói... - e, que aquele ser é um outro indíviduo que também merece respeito.

Como sempre falo: educar um filho é muito mais do que impor ao outro nossas próprias frustrações e querer que ele resolva... Educar um filho é educar-nos primeiro, como eu gostaria de ser, assumindo para mim quem sou e mudando em mim aquilo que não é construtivo. Educar um filho é dar limites e liberdade... E isso, só se consegue com vontade e honestidade. Mesmo assim, como sabermos a dose exata de limite, para não limitar (podar) e a dose exata de respeitar sua liberdade, sem negligenciar...

Educar um filho é um desafio diário e para sempre, porque precisamos educar o filho que fomos e entender que erraremos com nossos filhos, como nossos pais, tentando acertar e à sua maneira, erraram conosco - em algum momento - e cabe a nós, transformarmos a nós mesmos. É ter plena consciência de que não há fórmula mágica, nem certa. Há caminhos e caminhos para trilharmos. Mas, tendo o amor verdadeiro, tudo se justifica - exceto o que realmente não é amor... Espancar em nome do amor é terror, não amor; destruir em nome do amor é loucura, não amor...

Educar um filho é proteger sem abafar; é ouvir e ponderar, antes de responder; é regar dia-a-dia e, ainda assim, não saber se regou o suficiente... é nunca saber o que fazer, já fazendo.

Educar um filho é nos reeducarmos pela vida a fora e entrarmos no caminho de sermos melhores a cada dia.

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

TRAUMAS, TRAUMATIZAÇÕES, TRAUMATIZADOS, "TRAUMATIZADORES"... - COMO (NOS) LIBERTAR DESSAS DORES (?)

Apesar de vivermos na "era da informação", o cuidado como esta circula, como é elaborada e propagada é bastante preocupante. Ainda mais para nós, mães, tanto neste papel, como no papel de ser humano.

Uma "amiga" blogueira, certa vez, postou um comentário, aqui no blog, expondo esse temor, onde, por ser psicóloga, acabou criando uma "barreira" de como educar o filho. E, me peguei pensando, por ter conhecimento, muitas vezes esquecemos de que, na prática, a aplicação das informações não seguem o mesmo ritmo que desejamos...

E, como estava/estou com muito pouco tempo para me permitir mergulhar aqui, neste espaço que amo escrever meus pensamentos, para me encontrar e me organizar, acabei deixando passar o tal tempo e, hoje, me "obriguei" - no bom sentido... talvez caiba melhor, me comprometi comigo mesma - a escrever um breve esboço do que me veio em mente:

TRAUMAS, TRAUMATIZAÇÕES, TRAUMATIZADOS, "TRAUMATIZADORES"... - COMO (NOS) LIBERTAR DESSAS DORES (?)

Não existe apenas uma causa para se desendaear um trauma... E quem é o agente traumatizador? Os pais, como referência primária, carregam e são cobrados, como reais e possíveis agentes traumatizadores. A questão é que não só os pais atuais, mas, de toda a história. E o "Pai do Céu"? Será que fica feliz em ver o quanto fazemos utilizando do Seu nome????

Fui percebendo que vivemos reféns do "medo" de traumatizar, haja vista tanta informação sobre "como educar seus filhos" de inúmeros e renomados estudiosos do assunto. A ciência, como acredito, tem seu papel fundamenal, de traçar um paralelo, ou, um levantar de informações ou dados, que se repetem e, para isso, busca-se uma explicação para a origem - quando não se deseja provar a própria origem - como única maneira de se encontrar uma solução. Detalhe: como somos bilhares - ou bilhões - de pessoas nessa esfera achatada nos pólos, chamada de Terra - onde se caberia, por coerência à "realidade científica" de que existe mais água, ser chamda de Água... risos -, o que quer dizer, que não tem como algo, ou, alguma manifestação, ser originada de um único ponto... Ter como origem uma única causa. Lógico que para se tratar um problema, é preciso saber qual o problema, para, após diagnosticado, ou, prognosticado, se receitar o remédio mais adequado - mesmo assim, precisamos entender que a ciência (também) é limitada... ela é feita por nós: humanos e os remédios não são elaborados para se resolver um problema... As misturas químicas agem sobre determinado sintoma, ou seja, ele trabalha na consequencia, não na causa... O que resolve parte do problema, bem como a maneira como resolvemos os diversos problemas, em nossas vidas.

Mas, de volta a terra - ou, terra virtual... risos - sobre o tema, refleti que a descoberta de que carregamos "traumas" de infância - ou, qualquer trauma - de maneira inconsciente e que eles se manifestam na nossa consciência através de nossa maneira de agir ou reagir, me levou a ver que não temos para onde correr, a não ser nos cuidar e nos perguntar: POR QUE COSTUMO AGIR DE DETERMINADA MANEIRA? COMO FAÇO PARA COMPREENDER MELHOR A SITUAÇÃO? COMO FAÇO PARA JULGAR MENOS? COMO FAÇO PARA NÃO ME MACHUCAR COM O OUTRO?... Enfim, temos várias perguntas para nos fazermos e, nem sempre, aparecerá uma única resposta, nem virá como palavras escritas... SIMBOLOGIA. Teremos respostas em forma de signos e precisamos saber como decodificar. Essa é a questão que levanto: PODEMOS LEVANTAR AS PERGUNTAS, BUSCAR AS RESPOSTAS, ESPERÁ-LAS E, ENQUANTO O PROCESSO SE DESENCADEIA, PODEMOS IR AGINDO, COM PEQUENAS MUDANÇAS. Muitas vezes, coisas pequenas, palavras escutadas de maneira inesperada... toquem em algum conteúdo magoado e ainda em forma de ferida aberta, e a gente caia, sem saber a razão. Aliás. RAZÃO é algo muito mal empregado pela gente. A razão não é sinônimo de frieza, muito menos de ausência de emoção. Ela é uma capacidade de se refletir a maneira como a emoção funciona e tentar equilibrá-la, ou, administrá-la.

Cheguei no ponto que queria, nos dizer que sempre seremos agentes traumatizadores, que somos seres traumatizados... e, isso tudo, porque somos humanos e nunca saberemos, ao certo, o que está lá dentro, bem guradado e lá no fundinho de nossa cabeça, seja no âmbito da razão, seja no âmbito da emoção. Nós, todos e cada um de nós, não somos apenas os seres individuais, nem apenas o indivíduo em meio ao coletivo - o que nos torna um ser social, além do individual e que coexistem. Nós somos resulado do que trazemos, do que desenvolvemos, do que aprendemos, do que esperam que sejamos, do que queremos ser... Administrar isso requer habilidade que ciência alguma dá conta! Somos demanda de nós mesmos para a vida toda. E, é por isso, que venho aqui, através deste espaço - kkkkkkk, me lembrei dos abaixo-assinados que fazia na época de escola... - clamar que nos ajudemos neste aspecto: NOS CULPAR, NÃO! Chega de carregar na culpa, chega de culpar os outros! Chega! Somos capazes de fazer algo melhor. Somos capazes de usar a tão repetida RAZÃO da meneira racionalmente correta: a nosso favor, enquanto ser individual, ser coletivo e mãe! A culpa é uma consequência emocional de cobranças externas. A gente cresce em meio à cultura do medo. E, em pelna "era da informação" e, em pleno século XXI, a gente ainda trilha e reproduz a cartilha do medo e do julgamento, "em nome de Deus"! Deus quer que sejamos felizes, minha gente! Foi para isso que nos criou! E ser feliz é viver e se entregar ao movimento de ser feliz! De ser e fazer coisas boas e melhores para o bem comum, não se subjugando ou sendo subjugado pelo crivo da severidade desmedida que nos entranharam. Somos reflexo do medo e do temor a uma criação humana. Mas, não vou entrar muito por essa seara. O que quero, de fato, lembrar, aqui, é que, dentro ou fora do papel de mãe, o que caracteriza um trauma é algo não conhecido, ou seja, um mistério e que sempre vai acontecer. O que quero dizer é que a CURA é não se culpar, nem culpa o outro. A CURA é se abrir e se auto-ajudar, com pensamentos melhores, com o esforço de acender a esperança e a ação diária de se fazer uma coisinha boa aqui, outra ali... com o coração aberto e acreditar que podemos mudar o mundo. Não, não agora e imediatamente... Assim como nossos traumas  não surgiram agora e imediatamente, muito menos essa prática mais do que abusiva de julgamento e condenação da vida alheia, surgiram de uma hora para outra... Põe, por baixo, aí, milhares de anos. E olha, não cabe em uma única fase histórica... Está em todas.

Como pessoa, precisamos nos permitir a libertação das dores causadas por traumas, que, na maioria das vezes, nem sabemos que oriundam de trauma... Muitas vezes nem recordamos ou sabemos o que foi esse trauma. Como mãe, precisamos nos libertar do medo de errar com nossos filhos. NÓS VAMOS ERRAR! NÓS ERRAMOS O TEMPO INTEIRO, COM TANTA COISA... Mãe não traz a perfeição. MÃE NÃO É PERFEITA! A gente só pode fazer aquilo que está dentro da gente. Para fazer diferente - de preferência, melhor, é preciso muita busca e muito empenho e se querer melhorar, senão, só poderemos dar esse pouquinho que temos para oferecer, que está na zona do que repetimos vida afora. Eu tive a honra de conhecer uma senhora, dessas muito firmes, porém doces e suaves - o que prova de que firmeza e inflexibilidade e atitudes rudes não são sinônimos - que nasceu em meio ao holocausto e dentro de um campo de concentração. Seus pais a conceberam ali, e, ali, ela nesceu. Seus pais, muito provavelmente, foram executados, mas, ela, fora salva e adotada por um casal de norte-americanos, se não me engano. Segundo informou, era uma criança muito pequena, menos de dois anos, se não me engano. Cresceu num lar mais tranquilo, com pessoas boas e alegres. Teve "de tudo", como nos referimos quando uma criança cresce num ambiente economicamente favorável e que permite que se compre e crie um ambiente confortável. Estudou. Trabalha. Vive bem - em todos os sentidos - porque sabe administrar os percaulços. Ser feliz é ser feliz mesmo com problemas, mas, não quer dizer que tenhamos que ficar sorrindo a toa, ou, fingindo que o empecilho não exista. É encarar e ver como melhor resolver. Pois bem, ela relatou que sentia um medo e uma tristeza que não sabia de onde vinha. Com o tempo, descobriu que era trauma de infância. Tá, nem por isso se deixou abater. Sofreu e sofre as consequências, porque, aquilo que fora vivido/é não se apaga... Mas, ela detecta as recaídas ou os primeiros sintomas - ou sinais - e, não os ignora. Os abraça e se entrega ao movimento de libertação - ou, melhor: auto-libertação. Nós temos isso, do mesmo modo que ocorrem os traumas, temos o kit supera trauma. Isso não impede as manifestações das dores, mas, não podemos nos permitir a perpetuação do sofrimento.
  
Ainda temos muito o que aprender, nessa vida. Agora, que já foi descoberta o estresse pós-traumático, onde a reação/consequência, não se dá no instante, a ciência aceita que algumas ondas de estresse e seus derivados sejam consequência de algo muito anterior. Ou seja, se as gerações anteriores se "gabavam" de educar melhor os filhos, bom se auto-vasculhar aí. Não estou condenando as gerações, mas, lembrando que só podemos dar aquilo que nos permitmos e que acreditamos que só temos aquilo para dar. Impossível dar o que não tem, mesmo sabendo-se que, em algum lugar dentro de nós, tem muito mais a oferecer. Mas, existe um julgamento cruel e uma condenação forte e severa dessas gerações em conflito com a atual, de que "antigamente, não era assim..." Muita coisa não era assim antigamente, muita coisa não precisa ser assim hoje... mas, o que já foi feito, vai reverberar de alguma maneira em algum lugar. Daí a necessidade de assumirmos a responsabilidade pelo caos no mundo. Nós somos seres muito mais coletivos do que individuais, por estarmos em constantes relações sociais, mas, a subjetividade é algo a ser trabalhado individualmente, para se melhorar o coletivo.

Educar um filho é não desistir - nem de você, nem dele. Olha, eu "peno" com Peu, viu?! Ele é turrão, só quer fazer o que acha - e muitas vezes ele tem "razão" - que sabe. Falo, repito, brigo... Mas, sei que um dia ele vai entender que é minha maneira de educá-lo e de protegê-lo. A gente, às vezes, exagera, porque esquecemos que limite é proteção e carregamos no poder. E poder é ego puro. Pior, ego desequilibrado. Muita gente não entende algumas atitudes minhas e, confesso, não "perco meu tempo", tentando explicar... Tem coisas que a gente precisa fazer e não se ocupar com o que se ouve. Depois, entro no processo de compreender que a reação da pessoa foi porque ela age diferente e não sabe respeitar as opções alheias e etc. Enfim, muitas vezes estou exausta e, apesar de manter a minha postura, nessas horas de cansaço, tudo quer emergir e sair pela portinha da baixa de resistência... e acabo carregando nas tintas e na maneira como dou vazão ao que acredito - mas, tem gente que merece que a gente dê uns gritos, né, para ver se, pelo menos assim, mesmo sem consciência, pare um pouquinho... porque, oh gente invasiva, meu Deus... - pois bem, voltando a Peu, duas coisas me chamaram atenção, nesses últimos dias: 1 - estamos nos mudando - aliás, já nos mudamos, apenas em ajuste de casa nova - e isso mexe com tudo, apesar de ter a alegria da novidade motivando, a característica humana de desgaste e cansaço não mudam como chave de voltagem... - pois, nesse processo, precisei pedir água na casa da antiga vizinha - um amor de pessoa - e, ela me deu um copo de vidro. Perguntei, antes de beber, se ele queria, também, e estendi meu copo, ele falou: "não, porque esse não é de plástico".Então, me fiz de esquecida e disse: "Verdade, filho! Olha a cabeça da mamãe. Obrigada, por me lembrar." Ele simplesmente me deu um lindo sorriso e eu entendi: MANIFESTAÇÃO DA EDUCAÇÃO. Por mais que tenha que "brigar" com ele, em casa, explicando que ele ainda é pequeno para beber em copo de vidro, porque o vidro quebra e tal, só na "rua" pude ver o resultado do meu trabalho, que não é só meu, é conjunto. O fato das pessoas ao redor - ao menos algumas - além de terem essa consciência, algumas que acham bobagam não dar copo de vidro a criança, porque não se pode privar... algumas destas, também, respeitam minha conduta e colaboram isso reforça. Mas, aquilo que passamos para eles, as referências primárias, saem da gente - mães/pais - para eles. Tanto coisas boas, quanto coisas, ruins, ou, não tão boas... Isso me levou à segunda percepção: 2 - não existe uma linha rígida, muito menos única, a seguir que determine como o outro, ainda que seja um filho, vai receber o que passamos em nossas ações. Quem recebe é que "determina" se aquilo é condizente ou não.

Mesma coisa as "brincadeiras" que fazemos. Quem acha graça é quem recebe, porque, se você faz, é porque para você é engraçado. Talvez você não se incomode que brinquem com você do mesmo jeito, ou, acha que é tão melhor que pode fazer tudo... Está na hora de perceber e aceitar que o outro tem seu EU e que cada um tem seu jeito. Assim como EU, EU/VOCÊ, VOCÊ/EU, NÓS, ELES/ELAS... Tem gente que conta pidas de humor questionável e chata é a pessoa que não sabe brincar e/ou aceitar aquela brincadeira... Isso cabe aos nossos filhos, também. Minha irmã tem mania de brincar com Peu apertando, "futucando", como ele fala e ele gosta. Mas, quando ele está sonolento, que está desacelerando, ela, adulta, faz a mesma brincadeira e ele não gosta, se irrita. Não adianta avisar que ele está com sono, o que fica é que ele é "chato" e não sabe brincar...  Nos falta bom senso. Nos falta entender que tem hora para tudo, inclusive hora de parar e não se meter! Mania de nos acharmos sempre com "a" "razão". Isso, também traumatiza, mas, há garantias de que traumatize? Como Peu recebe as brincadeiras que fazemos com ele? Como ele recebe as "orientações"? Como ele recebe os "sente ali para refletir o que você fez" - logo após a explicação de que o que ele fez está "errado"? O que é ERRADO - se para ele era certo? Deixa a criança "bater cabeça" para aprender ou interfir? Até onde um limite é um l.imite e não uma limitação? Temos equilíbrio emocional e capacidade - ou maturidade - para dar uma educação pautada na harmonia dessa gama de informações, em meio a rotina diária... ? Muita gente se acha "madura" porque sabe se comportar nos lugares; não falam besteiras; mantêm a aparência de sobriedade... Muita gente confunde maturidade com aparência... Serenidade, bom senso... vai além do básico: educação formal e cordialidade, é questão coerência de desenvolvimento intelectual - tudo que aprendemos - e prática desse desenvolvimento. Quantos de nós faz isso de verdade? Se você nem exitou e gritou: "Eu", um bom começo para se trabalhar. Eu nunca saberei como meu filho recebe o que passo, porque o que vai não é só o que falo, mas, como falo, com a frequência que falo, como faço diante da mesma situação, quem sou, como sou... Engana-se quem acha que o resultado do progresso do outro cabe a nós. Isso não quer dizer para deixarmos "ao léu". Pelo amor de Deus, apenas quero dizer que importa mais a honestidade - se me permite frisar: auto - honestidade primeiro... - e o esforço diário com crescimento gradativo de se dedicar ao movimento de

DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO, a partir de cada ser individual e subjetivo, em prol do coletivo!

A nós, cabe fazer a cada dia, o melhor que pudermos fazer, não aquilo que dói menos. Só assim, com amor e consciência do que é amor, podemos nos libertar e libertar as dores dos traumas, das decepções, das cobranças e dos julgamentos! Amar e educar é muito mais que dizer: "os psicólogos dizem que tem que fazer assim..." É entender que a psicologia, como qualquer outra área do conhecimento, estuda, levanta dados, traça paralelos, reflete, identifica reações comuns... mas, como toda área do conhecimento, também redescobre a pólvora, se adapta a novas realidades, as estuda... Está sempre em evolução, mas, uma nova vertente não anula, por completo uma outra. Tudo se encaixa. Tudo está conectado. Tudo está interligado. Crescer está acima de qualquer teoria. Crescer é movimento pessoal e esforço diário. É trabalho para a vida inteira. O começo de uma novidade não é o fim de algo que já existe. Isso é que é "massa" a gente poder desenvolver nossa maneira de ser, agir e pensar dentro da diversidade, respeitando e sendo respeitado! Um dia, humanidade, chegaremos lá!

Poxa, tanto tempo sem escrever, que hoje, "perdi a mão" e nem falei tudo que queria, nem como queria... Mas, depois volto para desabafar mais e trocar idéias reais aqui no mundo virtual.

Nem todo caminho nos leva a Roma, mas, leva para outro lugar... Quem vai saber qual e melhor maneira de educar um filho? Mal sabemos nos educar... Não podemos empurrar nossos filhos para o sucesso... Precisaríamos saber o que é "sucesso" para ele... Podemos dar base de confiança e firmeza de caráter. Não podemos trilhar o caminho do outro.

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM, O ESPELHO MOSTRA - POR PEDRO HENRIQUE

Filho, mais uma sua, para guardar. Tenho tanta coisa anotada, jurando que um dia paro e passo para o blog, mas, sempre passa o tempo e vou deixando para lá. Como esse blog só tem sentido por conta de sua existência em minha vida, eis aqui mais um registro de suas sacadas.

Estávamos tomando banho e, quando eu terminei, ele me mostrou:

PEU - Mãe, tem um pedaço de coisa em seu rosto. Você não viu, não, não foi, mãe?
EU - Não, filho, não tem como a gente olhar com nossos olhinhos e ver a nossa própria bochecha. Você consegue ver seu nariz? E sua boquinha?
PEU - É mãe, a gente não vê, não, né?! Mas, se eu olhar no espelho, eu consigo, né?!

Achei tão linda a sacada dele que faço o pequeno registro. O olhar de uma criança é tão sagaz e vê possibilidade para tudo. Para ele não existe barreira, muito menos a do preconceito. Limitação é coisa que a gente planta neles. Limite, sim, precisamos dar, por mais difícil que seja fazê-los obedecer.

Beijos da mamãe que te ama - mas, que vai fazer você pagar o maior "mico" - kkkkkk

Pat Lins.

OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS - POR PEDRO HENRIQUE

kkkkk No início do ano, Peu aprendeu, na escola, os órgãos dos sentidos. Passado o tempo, costumava perguntar e ele me respondia, certinho.

Pois, ontem, fui perguntar e obtive respostas inusitadas:

EU - Peu, a mão é o TA...
PEU - ...pão
EU - Não, Peu, TATO.
PEU - (se dobrava na risada)
EU - Peu, a boca é PALA...
PEU - ...vrão
EU - Não, Peu, você esqueceu? É o paladar. E o nariz é o OL-FA...
PEU - ...ce - kkkkkkkkkk
EU - Peu, fale sério que você esqueceu tudo... E os olhos são a VI...
PEU - ...rilha

Eu já nem conseguia corrigí-lo, diante da cara de pau. Cheguei a acreditar que ele havia esquecido, até ele me dizer:

"Oh, mãe, a mão é o tato, aqui, oh! O olfato é o cheirinho, no nariz..." E foi me "ensinando". Mas, o que mais me surpreendeu, foi a arte dele. Creio eu que ele esqueceu, por alguns instantes e improvisou, para não "dar o braço a torcer".

Deixo o registro aqui, para lembrar de mostrar a ele quando for maior.

Peu, Peu, Peu!

Pat Lins.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PARABÉNS PELO DIA DO PROFESSOR! AFINAL, TODA MÃE É UMA PROFESSORA

Mamães: PARABÉNNNSSS!

Se todo professor precede uma profissão, toda mãe precede um professor.

Somos nós as referências primárias e primeiras "guias" do novo ser. Nós é que seguramos aquelas pequenas mãos rumo à vida. Somos nós as primeiras educadoras.

Mesmo quando eles entram na escola, continuamos responsáveis por sua educação de um panorama geral e abrangente, para sempre.

Somos capazes de trocar informações com eles, sigam a área profissional que seguirem. Não, não sabemos de tudo, mas, aquilo que ainda desconhecemos, vamos em busca de informação.

Somos seres em constante atualização e aprendizado, para continuar ensinando e levando adiante. Portanto, somos mãe, as professoras que nunca passam na vida de um filho!

Parabéns aos professores por profissão! Parabéns para as mães: eternas professoras! Que consigamos levar muitas cores, palavras construtivas e atitudes edificantes para formar a base de alegria e força, com bons valores, para as pequenas sementes se tornarem grandes e bons frutos!

Mães unidas, podemos criar uma cobertura 100% favorável para a melhoria do nosso mundo! Vamos colorir cada canto de nossas vidas e, assim, a dos nossos filhos!

Saudações maternais,

Pat Lins.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

COISAS DE CRIANÇA...


Criança sempre nos ensina algo bem fresquinho. Fora a sensibilidade que eles têm em captar, com a maior naturalidade - graças a ausência de preconceito... até a gente começar a passar para eles... -, as "verdades" e as incoerências do mundo que lhes cerca.


Pois bem, estavamos eu e Peu - meu filhote lindo e gostosão - assistindo Pocahontas e ele curtindo muito. Volta e meia ele me perguntava: "lá na curva, o que é que tem, mãe?" E eu não entendia... Até que prestei atenção ao filme e vi que se tratava de uma música... Lição 1: estar atenta só, não basta, tem que mergulhar... - risos.


Daí, ele desandou a perguntar o que são os "índios"; a cantar os trechos das músicas que mais lhe tocaram, como, na hora da preparação para o combate entre brancos e índios, os índios falam que os brancos não são humanos, que o dinheiro é o deus deles... enfim, essa parte ele percebeu bastante e me perguntou: "Por que dinheiro é Deus, mãe?" E, mais uma vez, mamãe não havia prestado a devida atenção... Então, expliquei-lhe que, na verdade, muitas pessoas são "escravas" do dinheiro e, em vez de abrirem seus corações para a vida, fecham-no para a ambição e prendem-se ao dinheiro como lema. Vi que havia falado "adultês" e refiz minha colocação: "é que, em vez deles amarem e ajudarem uns aos outros, filho, muitas pessoas perdem a vida toda querendo só ter dinheiro para comprar um monte de coisa... esquecendo de dar carinho, atenção... e, pior, que a gente faz isso sem perceber. Tem muita gente que só pensa no dinheiro, esquece de idolatrar aquilo que não se compra...". E, só para reforçar, tempo não é algo comercializável... Precisamos saber organizar o nosso para trabalhar, receber dinheiro e investir muito tempo naquilo que nos dá prazer.

Ah, sei que comecei a ver Pocahontas de outra maneira. Já o havia assistido com meus primos - quando ainda eram criança - e, para mim, mais um filme bonitinho e bem feito da Disney, com uma leve mensagem de cunho reflexivo por trás. Assistindo após os comentários de Peu - alguns já nem me recordo - vi que a intenção era mostrar o outro lado da verdade. Coisa que a gente sabe quando é adulto, mas, que as escolas esquecem de permitir se conhecer as duas partes: os "brancos civilizados" se acham. Eles se acham mais espertos; mais capazes; donos do mundo! Dizimaram - dizimam - quantas milhares de pessoas para conseguir o que querem: O NOVO MUNDO - novo para eles... Já era um lugar habitado por seres humanos. E isso é "civilidade"? Pedro perguntava: "Por que ele chamou ela de selvagem, mãe?" Como eles podem esquecer de respeitar as diferenças? Engraçado que, de maneira bem superficial e discreta, o filme tenta resgatar isso: RESPEITO ÀS DIFERENÇAS. Não existe cultura superior ou inferior - existem culturas diversas. Lógico que essa mensagem fica muito por trás do romance entre um branco inglês e uma índia norte-americana. O mote do "amor proibido" pelas diferenças raciais é o destaque. Mas, a mensagem de convivência pacífica, do respeito à natureza, da força de uma amizade... tudo isso está lá. Está na hora em que o indío Kocoum pensa que Pocahontas está sendo atacada e vai "salvá-la" e, ao mesmo tempo, Thomas o mata - demonstrando a supremacia branca das armas de fogo, que, primeiro atiram, para, depois, perguntar - para proteger Capitão John Smith. Este, por sua vez, redefine sua vida e sua maneira de ver os índios através da convivência com Pocahontas e do amor que brota dessa amizade. Até os animaizinhos acabam se entendendo.


Não fosse a limitação que a indústria cinematográfica impõe, o filme poderia explorar mais a mensagem do respeito às diferenças e de que civilização é apenas um termo inventado pelo homem branco, para justificar seus ataques às etnias diferentes. De qualquer maneira, já aborda o tema, quebrando aquele paradigma dos clássicos, onde os brancos eram sempre as vítmas dos índios "maus" e as crianças cresciam acreditando que os índios são os vilões.

Para incrementar, Peu pergunta a minha mãe, no dia seguinte: "Vó, por que eu nasci branco? Eu queria ser preto." Chegamos a pensar que fosse pelo fato do meu pai ser negro e Peu o idolatrar. Mas, na verdade, quando ele veio me perguntar, ele falou: "Mãe, por que eu nasci branco? Eu queria ser da cor de Vitinho - um coleguinha dele -. Branco é mau. Você viu que eles mataram os índios, em Pocahontas?". Eu disse: "Nem todos filho. Existem pessoas boas e pessoas más. A cor não é a gente que escolhe..." Fica a mais uma lição: respeitar ao próximo é muito mais do que dizer que respeita, é saber que o outro é diferente, mas, igual.

Sei que, ao menos, ele já percebe que destruir a vida dos outros para construir a sua não é um caminho do "bem". Aquilo me chamou a atenção. Uma criança de 4 anos perceber isso é muito lindo. Sinal de que educar um filho é perceber que eles já trazem muita sabedoria. E que nós precisamos nos reeducar para termos a mínima capacidade de passar uma boa orientação.

Fica mais uma dica de filme, para quem quiser assistir e passar a mensagem positiva do respeito ao próximo. E fica mais uma lição para refletirmos.

Saudações maternais,

Pat Lins.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"MENINO EM QUADRADINHO" - dica Mães na Prática


Ah, na prática, a gente quer que nossos filhos só assistam a boas produções, né verdade?!

Estava sentada com Peu, assistindo a programação do último domingo - 12/09/2010 -, da TVE Brasil, e, em meio a grade do dia, entra o Curta Criança - "O menino quadradinho" - e vi uma mensagem belíssima sobre a dualidade " ser criança X crescer", onde, o menino, diante do fim dos quadrinhos de um gibi, se vê "obrigado" a conhecer novas palavras e uma gama de novidades através do conhecimento. Uma metáfora brilhante para nos fazer refletir sobre a importância de "novas" e diversas leituras.

Duas frases me chamaram a atenção - lógico, tocaram em algum conteúdo meu e se associaram... risos -, dentre tantas mensagens bacanas: "não temos como viver o mesmo tempo duas vezes, mas, podemos reinventar" e "igual a história da vida... é para criança só no começo".

Ávida por rever aquele curta, corri para o "pai dos burros" da internet, nosso famoso Google e joguei: o menino quadradinho. Depois, fui ao Youtube, e coloquei, aqui, o vídeo, lançando essa dica para mães, pais e filhos. Trata-se de uma produção simples, porém, repleta de simbologia e um texto muito bacana. Lógico, Ziraldo é o "cara". Tem muita coisa boa para a gente levar adiante e apresentar aos nossos filhos - essa novíssima e inovadora geração, que chamo de geração da transição.

Agora, só assistir e se deixar levar pelas palavras e mensagens que esse curta traz e "etc." - risos:


Saudações maternais, com muitos etc,

Pat Lins.

domingo, 12 de setembro de 2010

MINHA MÃE FICOU DOENTE... LEMBREI QUE ELA, TAMBÉM, É GENTE!

mamis e eu
Interessante!

Falo tanto de mim e de minha dificuldade em reestabelecer minha vida após a chegada de minha preciosidade - Pedro Henrique -... conto tanto com a ajuda de minha mãe, que, mesmo sabendo - em teoria - que ela é humana, na prática, me esquecia... Precisou ela ficar doente - virose - para eu me lembrar disso...

Foi lindo quando eu perguntei: "mãe, você estava mal assim? E viajou assim mesmo, mãe?" E ela me respondeu, daquele jeito que só ela mesma - porque eu sou um "pedaço de cavalo"... kkkk -: "...foi. Mas, foi melhor. Se eu ficasse aqui, quem ia cuidar de mim? Lá, mainha fez sopa para mim; os meninos me traziam água de coco o tempo todo..." Gente, minha mãe é GENTE, também! Eu havia, em meio ao meu egocentrismo - eu sei, tá, é humano - só queria tê-la para mim. E, o que achei lindo, é que minha avó - MÃE DE MINHA MÃE - ainda cuida da filha! Já viu lição mais linda? Mãe, minha gente, é um ser a parte, mas, também adoece, tenha a idade que tiver e, quando tem a sorte de ter a própria mãe viva, ainda é uma mãe cuidada pela própria mãe.

eu e mamis
Colo de mãe é um santo remédio. Filha ingrata, eu sou. Vou me esforçar para melhorar. Mamis já está bem, graças a Deus e a "vóvis".

Quero dedicar esse post a essa jóia rara que é minha MÃEEEEE! E dizer para ela que a amo muito. E sim, aprendo muiiitttaaa coisa com ela - exceto criticar os torcedores do Vitória, viu?! kkkkk. Deus te abençoe e proteja, sempre!






Saudações maternais,

Pat Lins.
eu e mamis

sábado, 11 de setembro de 2010

SELINHO DE QUALIDADE

O "primeiro" selo, a gente nunca esquece - risos.

Ingrid - Desconstruindo a Mãe - me "presenteou" com esse lindo selo: SELO DE QUALIDADE. Muito obrigada, querida!

Mas, não basta receber o selo, tem que cumprir algumas regrinhas - bastante fáceis e, ao mesmo tempo, difíceis.. risos - que, se resumem, neste caso, a falar 9 coisas sobre mim - além de tudo que já abro aqui e em meu outro blog - A dor só dói enquanto está doendo... depois, passa!!! - e indicar 9 blogueiras para recebê-lo. Pois então, vamos lá!!!

9 COISAS SOBRE MIM

1. Sou uma pessoa em constante busca pela melhoria e crescimento pessoal;
2. Mãe de Pedro Henrique - coisa mais linda deste mundo;
3. Sou corujona, com senso de justiça - não, não acho que só porque é meu filho ele não "erra"...
4. Me dedico ao movimento VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO, de corpo, alma e atitudes;
5. Amo minha família;
6. Sou louca pelos meus amigos - não sei o que seria de mim sem eles;
7. Curto muita MPB, Pop, Soul, Seresta... vários estilos musicais;
8. Ah, eu gosto de assistir animações!!! Não, não é por causa de Peu... eu sempre gostei - risos;
9. Ah, eu odeio rotina! Ops! Chegou a nona "coisa" sobre mim e ainda não falei quase nada... Pois, é, estou aqui em cada linha dos blogs e em cada passo na vida...

Continuando a "missão quase impossível", indico os blogs e blogueiras abaixo para receberem o SELO DE QUALIDADE, com muito carinho:

1. Jamile, minha primamiga querida, do BABÁ ELETRÔNICA;
2. Nau, do Mães e Muito Mais - muito mais do que um blog; 
3. Mari Carneiro, do maravilhoso, Pequenópolis;
4. Silvinha, amiga de infância, do Vivendo um sonho: ser mãe;
5. Dea, mãe de Nina, do NINA, minha meNINA;
6. Di, do meu "blog" de cabeceira - risos - Mãe Bipolar, Filha Jacaré;
7. Para as meninas do Blog do Desabafo de Mãe - Ceila e Sueli;
8. Chris, do COISA DE MÃE;

Ops! Chegou a nona indicação e ainda falta tanta gente... Ah, 9 é muito pouco! A blogosfera materna é tão rica e vasta, que 9 é muito pouco, mesmo!

Obrigada, Ingrid, por esse presente, pela lembrança e pela escolha!

O "Mães na Prática" agora tem seu primeiro selo!!! Agora, todo cuidado é pouco - risos. Se já escrevia aqui com tanto carinho, agora, tenho mais um motivo para me entregar a este espaço!

Saudações maternais,

Pat Lins.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

NATAÇÃO - muito mais do que aprender a nadar

Meu peixinho lindo!!!

Eu pensava que natação era só um esporte para aprender a nadar e se divertir. Tem disciplina, também. Tem "ordem". Tem orientação. O professor conversa com os alunos; explica o que pode e o que não pode; tem "punição" para quem desobedece, como sair mais cedo da água e não participar do final, onde encerra com brincadeiras... ; trabalha o convívio social; a paciência... Olha, muito bacana, mesmo! E no caso do professor de Peu, ele olha nos olhos da criança para "chamar" a atenção e fala com voz firme, segura, sem ser grosseiro. Deve ter muito preparo.

 Muito se engana quem pensa que a natação não impõe disciplina, nem regras, viu?! É importante procurar uma academia qualificada, também. Não é só colocar uma piscina e alguém que sabe nadar... é preciso estudo, qualificação e experiência, além de jeito, claro.

O importante é incenticar a prática de esporte, de maneira saudável, permitindo que a criança diga o que gosta mais. Tenho planos de colocá-lo no judô, mas, ele ainda é muito pequeno para tantos afazeres. Já basta o que o futuro reserva, que é muito trabalho. Vamos permitir que nossos filhos vivam com o mínimo de carga de estresse possível. Penso que isso vá fazer diferença lá na frente, no adulto que eles serão.

Saudações maternais,

Pat Lins.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

NATAÇÃOOOO

Gente, estou hiper-mega feliz! Consegui colocar Peu na natação.

Ele está amando. Começou na última terça (além da aula experimental, semana passada). Parece um peixinho.

Assim que encontrar o cabo da máquina, coloco as fotos aqui, para que ele possa ver no futuro e saber da alegria da mamãe em conseguir essa vitória, tão simples, de colocá-lo numa atividade física!

Chegou exausto em casa. Engraçado: para "aprontar" suas artes, traquinar, correr e agitar ele não cansa... Ao menos a natação está ajudando a dosar essa descarga de adrenalina que o alimenta - risos.

Quando coloca aquela touquinha e os "oclinhos", meu Deus, fica um espetáculo da natureza! Ele é lindo demais ("benza a Deus" - kkkkkk). Fica todo gostoso nadando, mãe.

Agora, aguardar o tempo e avaliar a mudança de comportamento dele. Como sempre falo, ele é um menino maravilhoso, mas, elétrico ao extremo!

Saudações maternais,

Pat Lins.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails