sexta-feira, 21 de março de 2014

A LUTA JÁ É UMA VITÓRIA...


Imagino que muita gente não entenda, sequer faça ideia do que é ter um filho, digamos, "diferenciado". 

QI elevado, inteligentíssimo, hiperativo, agitado, teimoso, questionador ao extremo... Mas, o que mais percebo é o alerta que esse comportamento traz. O alerta de que toda inquietação necessita de espaço limpo e arejado, de paz e sossego. 

Onde, nesse mundo, as crianças têm tido espaço para serem criança, sem tanta cobrança, sem rótulos? Onde se consegue contar com apoio social, sem julgamento ou condenação?

Muitas pessoas somam nesse processo. Muitas soma contra... Mas, fazer o que, nem todo mundo tem coração e alma, né verdade?

O ato de compreender, aceitar e acolher ajuda e cura qualquer "mal", que nem é tão mau assim. Muitas vezes, transtornos são desencadeados por questões familiares, sim. Mas, aceitar e querer mudar é aqui e agora. 

E por isso que digo, mães na prática, ser mãe é lutar e vencer todo dia! Cada dia, uma batalha. Mas, o amor que recebemos de volta, isso, com  certeza, não tem preço!

Celebremos o amor! Celebremos cada mínimo progresso que os nossos filhos conseguem. Quem não entende, vai dizer: "frescura!". Quem sabe, vai dizer: "que maravilha!". 

Que maravilha que ainda existe o HOJE, para se fazer algo novo!

Feliz HOJE, para cada uma de nós!

Pat Lins.

terça-feira, 18 de março de 2014

MULHERES: ENCONTRO DE GERAÇÕES E MUITA "TRICOTAÇÃO".

Tia bisavó Joana e Pepeu

Olha, realmente, eu vim despida de todo e qualquer tipo de preconceito - aliás, como tudo na vida é dual e somos naturalmente hipócritas, eu discrimino quem discrimina... Não deveria, mas cabe em meu pacotinho: "sou humana e imperfeita, sim, mas me coloco em movimento de melhora a cada dia, aqui e agora!".

Venho de uma família mestiça em TODOS os sentidos! TODOS! Inclusive de cor, credo, instrução, educação e situação financeira. Vivo e convivo com TODOS os tipo de pessoas. E, sinceramente, eu AMO MUITO TUDO ISSO! Tenho o privilégio de saber que tenho acesso aos mundos que gravitam em paralelo ao meu. Tenho consciência de que todos somos peculiares e respeito os espaços de cada um. Lógico que me pego cobrando e criticando um ou outro, mas, como já falei antes: tudo na vida é dual e somos naturalmente hipócritas, eu discrimino quem discrimina... Não deveria, mas cabe em meu pacotinho: "sou humana e imperfeita, sim, mas me coloco em movimento de melhora a cada dia, aqui e agora!".

Bom, me deixa entrar logo no assunto que vim postar...

Estava numa cidade próxima, visitando alguns parentes paternos - que são minha FAMÍLIA - e, em meio a tanta coisa, sentamos eu e irmã para conversarmos com "tatia Joana" - tia avó nossa. "Tatia", como chamamos desde criança, porque era como papai a chamava quando criança, tem 91 anos. Um dia ainda escrevo sobre a vida dela - mulheres "comuns", com vidas "comuns" não têm nada de comum... Pois bem, conversa vai e conversa vem, como de costume, ela puxava o assunto comigo e com irmã, sobre "quando vão ter outro?" - "outro", leia-se "outro filho"... Pois eu tenho um e irmã tem uma. Daí, irmã disse:
- Tatia, não é barato ter e manter filho, não. 

E "tatia" concorda, dizendo que "é verdade, minha filha!". Eu, seguindo a linha de raciocínio que escuto com frequência e pude comprovar em minha infância, digo:

- É, tatia, eu sei que na antigamente era mais fácil. As pessoas se ajudavam mais. Hoje em dia é tanta cobrança, tudo tem que ser pago que ter filho acaba envolvendo condições de manter...

Depois de muitos anos, escutando esse discurso, eu "jurava de pé junto" que ela também pensava assim. Mas, como disse, mulheres comuns, com vidas comuns não têm nada de comum. Ela tem uma vida cheia de emoções - entenda "emoções" como de tudo: boas e ruins. Rompendo esse ciclo vicioso de "as gerações anteriores eram mais felizes" ela revela:

- Eu queria ser é dessa geração agora! Essas meninas têm filho por aí é porque querem! Em minha época, não tinha nada. Ninguém tocava no assunto e a gente era "obrigada" a ter um filho por ano. Era cansativo demais! Marido exigia isso! Me lembro que fui ao médico, naquela época e já nem me lembro quantos filhos eu já tinha - pausa para contar...

- Quantos a senhora teve, tatia? - pergunta irmã

- Vivos nasceram 9 e 2 que nasceram mortos.

- Poxa! - exclamamos juntas, eu e irmã!

- É, minha filha, mas cê pensa que era fácil? Não era não. Quando pedi ao médico: "Dr., dá para o senhor me ver um remédio para eu parar de engravidar?", ele me expulsou da sala, gritando que eu era louca... Hoje, os médicos estão chamando e essas meninas parindo por aí e deixando para a vida cuidar, dizendo que é descuido. Descuido era em minha época, que ninguém sabia de nada. Hoje, com tanta informação, descuido é desculpa!

Veja, quando a gente vai a fundo, a gente descobre que nem tudo era tão bonitinho! Ela, no auge dos seus 91 anos revelou isso, como um desabafo de ANOS! E não foram 20 ou 30 anos... desabafo de 70, 80 anos! Ou dos 91!

A cobrança; o estabelecimento de "metas culturais" enquanto tradição; o sexismo, em forma de "poder machista e heteronormativo", onde o homem,  enquanto ser do gênero masculino "pode tudo!"; o cotidiano com a responsabilidade de já ter que cuidar de filho e casa, ser "esposa" e, com isso, ter todo o tempo ocupado, para não se ter tempo de pensar e refletir, daí, questionar e lutar pela liberdade, emudeceu muitas mulheres, pela falta de "tempo", mesmo. Para se romper com isso - e continua essa luta por tanta ruptura - foi preciso muito "peito" e sutiã queimado. Ainda escuto muitas mulheres de gerações anteriores me dizerem: "era melhor como antes!". Hoje, entendo o que elas querem dizer, só que não sabem expressar bem... O que elas dizem não é querer ser uma mulher tapada pela opressão machista, mas hoje, nós somos, ainda, "cobradas" para atingir um padrão de excelência desumano e sobre humano, onde trabalhamos "fora" e dividimos as contas, mas a casa ainda é nossa responsabilidade. Graças a Deus, algo já começa a mudar com relação aos filhos, justiça seja feita, muitos homens se esforçam para romper com essa ditadura silenciosa e mascarada de séculos, e já assumem-se corresponsáveis pela educação ATIVA e com AMOR dos filhos! 

Ou seja, quando algumas mulheres me dizem isso, vem um adendo: "Pô, meu marido já se aposentou e fica em casa, de pernas para o ar. Eu me aposentei e continuo dona de casa...". Claro que me refiro ao geral, porque as exceções existem, ainda como exceções... 

Eu curto muito conversar com as pessoas. E, se todo mundo der atenção ao idoso ao seu lado, verá um mundo muito maior se abrir. Hoje, minha querida e amada "tatia", pode falar comigo, com irmã sobre isso. HOJE. Mas, por quantos anos e tudo o que ela já viveu - e falo de dor, muita dor e vida sofrida, mas ela sempre forte e com um humor contagiante - ela precisou calar, por sabedoria e por medo?

Hoje, ainda lutamos por igualdade! Só que as pessoas lutam pelo fim da desigualdade, acirrando a desigualdade. Essa contradição e falta - ausência, mesmo - de base, de valores, faz com que essa juventude de hoje tenha ausência de referencial e luta, grita e brada sem mensurar resultados. As gerações anteriores, tinham a base, os valores, mas não tinham a garra, a combustão necessária e em quantidade suficiente para reagir mais, porém, conseguiram, com poucos e com muita vontade dar um ponta pé inicial, um start... adormecido pela nossa atual falta de tempo por ter o tempo integral ocupado!

O importante é estar em movimento. Um dia, as coisas apaziguam e tomam UM rumo, não vários caminhos aleatórios! Hoje, temos abertura para diálogos, para trocas, para se diluir qualquer assunto, esgotar, para não remoer... mas, raramente fazemos... Os encontros de gerações podem ser saudáveis, se assim fizermos!

Hoje, podemos falar, aparentemente protegidos pela Lei, para tanto, precisamos nos salvaguardar para não atingir alguém que se doa por se sentir atingindo, sem ser... A fragilidade da atualidade está na APARÊNCIA DE SER, em vez de ser. Antigamente, as mulheres sofriam caladas, mas tinham uma força maior, uma força que passava para as filhas e filhos, aos poucos, como quem planta sementinhas. Era um movimento muito pequeno, mas para longo prazo. Para, hoje, esbarrar no estágio de mulheres objetos, que querem tudo tão fácil, se vendem como troféu barato e pouco fortalecem o intelecto, a razão e as boas emoções... Aí, enfraquece o movimento... Né, não?

Vamos para frente! Porque a luta é pela igualdade e respeito às DIFERENÇAS. Ou seja, devemos considerar que existem diferentes, mas todos têm o direito de serem quem são - desde que não matem, roubem ou destruam, passando por cima para atingir o que quer... toda liberdade tem limites!

O princípio da liberdade está em aceitar o limite de acesso. 

Que fique claro para cada um de nós: cada geração traz a sua beleza, traz o seu ensinamento... traz lições que nem os contemporâneos se dão conta... de que a dualidade existe por algum motivo. Tudo vem com a "dor e a delícia de ser o que é", como diz Caetano Veloso. O "é" é o que deve ser visto! 

Vivendo e aprendendo com os mais velhos e os mais velhos com os mais novos!

Pat Lins - costurando a minha colcha de retalhos, sem retaliação! 
 

quinta-feira, 6 de março de 2014

MÃES EM BUSCA DE SI MESMAS!


"Uma criança, quando lhe é dada a oportunidade, tem o dom de uma comunicação honesta e direta.
Uma mãe, quando respeitada e aceita com dignidade, sabendo que não será criticada ou censurada, também pode expressar-se com sinceridade."
Virginia M. Axline
trecho do belíssimo livro "DIBS - em busca de si mesmo".

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O QUE O BEBÊ QUER NOS DIZER COM SEU CHORO - Por Thales Pinho

Gente, hoje o nosso post é especial para mamães e papais de primeira viagem! 
Trata-se de um texto escrito por um "pai na prática" sobre "o que os bebês querem nos dizer com seu choro". 
Então, aproveitem as dicas e boa sorte!
Pat Lins.
Imagem: Silent Scream - by Shune
Olá mamães, tudo bem com vocês?
Meu nome é Thales Pinho e sou redator do site Tricae e do blog da Tricae. Estou aqui hoje para fazer um post como convidado da Patrícia Lins sobre cuidados com o bebê e, depois de pensar muito, pensei que um tema interessante para as mamães de primeira viagem seria a interpretação do choro do bebê. Como fui pai recentemente, uma das coisas que mais me tiravam o sono, literalmente, era entender o que minha filha Olívia queria dizer quando estava chorando. Claro que não dá para acertar todas, mas com estas dicas, minha vida e da Marcelle, mamãe da pequena, ficou um tantinho mais tranquila. Espero que vocês gostem das sugestões.
O choro de um bebê é algo que sempre aflige as mamães e papais. Os motivos para tal podem ser os mais diversos possíveis. Mas, afinal, o que ele quer nos dizer? A razão pode ser uma cólica, fome, cansaço e etc. Podemos tentar decifrar este choro com algumas dicas, claro que não são 100% garantidas, é apenas uma forma de tentar interpretar o que a criança quer nos dizer. Abaixo seguem algumas dicas para tentar entender o que o bebê quer nos dizer quando ele está chorando.



Fome



Um choro com um tom mais grave, cujo volume sobe e desce, pode significar fome. Este tipo de choro soa como uma sirene, que a intensidade cresce e diminui, mas sempre fazendo barulho. Se você notar um choro parecido com este, experimente tentar alimentar o bebê, é possível que esta seja a solução para acalmá-lo.



Irritação



Um choro mais histérico, turbulento, pode significar que a criança esteja irritada. Seja pela temperatura do ambiente, por uma posição desagradável, um ambiente muito barulhento ou iluminado. Estes fatores podem contribuir para a irritação do bebê. O ideal é tentar modificar a posição da criança, checar se o ambiente está frio, quente, muito iluminado ou barulhento. Tais elementos são os principais motivos para a irritação do bebê.



Cólica



Um bebê muito agitado entre as 18h00 e 24h00 pode significar que o mesmo esteja sofrendo de cólicas. Outros fatores que pode auxiliar os pais a entenderem que seu filho está com cólica são o choro incontrolável, os gritos e os movimentos de esticar e encolher as pernas. Tais movimentos de perna são um reflexo natural da criança na tentativa de liberar gases. Em média, um em cada cinco bebês sofrem de cólicas, cuja causa não é totalmente esclarecida.



No caso dos bebês que ainda estão mamando no peito, o motivo pode ser a alimentação da mamãe. Evite produtos derivados do leite, café e alimentos gordurosos. Uma chupeta, em alguns casos, pode ajudar a aliviar a dor, bem como deitá-lo de bruços massageando as costas, ou de frente fazendo o movimento de esticar e encolher as pernas. Caso o problema continue, um pediatra pode ter a resposta.



Dor



Quando o bebê está sentindo alguma dor, os gritos agudos, altos e repentinos podem indicar este problema, além disso, há períodos de pausa e o famoso choramingo. A recomendação neste caso é verificar se há algo incomodando a criança, como uma roupa apertada, etiquetas e etc.



Amor, paciência e compreensão



O choro do bebê deixa os pais muito aflitos, principalmente por causa da nossa impotência perante a este fato, pois é muito difícil compreender o que o choro da criança quer nos dizer. Com o tempo aprendemos e conhecemos melhor nossos filhos, o que pode facilitar e muito na hora de interpretar cada tipo de choro. Com muito amor, paciência e carinho, fica mais fácil entender o que eles querem nos dizer.



Gostaram do post? Conte-nos sobre como você interpreta e tenta resolver os motivos do choro do bebê.



Beijos mamães.



domingo, 16 de fevereiro de 2014

É PRECISO DAR TEMPO E ESPAÇO PARA AS CRIANÇAS SE EXPRESSAREM


Como sempre, Peu me ensina algo novo e me faz AMPLIAR as perspectivas. 

Pois é, assistindo "Ponyo - uma amizade que veio do mar" - uma animação infantil que traz uma belíssima mensagem, que não vou começar a falar, senão conto tudo... - pude perceber que, como qualquer mãe, tendencio a fechar, em vez de abrir o foco. Numa determinada cena, Ponyo - um peixinho dourado com cara de gente - decide realizar seu sonho de conhecer o mundo humano. Lá, avista um menininho e se encanta. No trajeto, um barco puxando uma rede sai arrastando tudo o que tem no fundo do mar - inclusive, muita sujeira - e a pequena Ponyo é arrastada, junto. Em meio ao lixo, fica com seu rostinho preso num pote de vidro, num retrato das consequências da poluição que fazemos no mundo vizinho e nunca nos sentimos responsáveis... Nesse momento, ela fica se debatendo e com a cara enorme. Eu só vi o se debater e a morte iminente. Peu, começou a rir. E eu, assustada, comento:

- Filho, ela pode morrer!

Ele, aprendendo a controlar seus excesso e a se expressar em palavras com mais propriedade e clareza, me diz num tom "natural":

- Eu sei, mãe. Eu não estou rindo por ela estar presa, não. É só um desenho e já, já ela sai daí. Eu estou rindo da cara grande e engraçada que ficou. - parou um pouco, como quem reflete e considera o que a MÃE fala e ensina e me perguntou: - Isso é errado, mãe?

Ele queria saber... de tanto aprontar e viver ouvindo reclamação, se viu como algoz, novamente, justamente num momento onde se esforça muito para melhorar sua percepção e suas ações. Vi e percebi o que se processava em sua mente ávida e continuei:

- Claro que está certo, filho! A carinha dela ficou muito engraçada mesmo!

Rimos juntos!

Me veio um pensamento "epifânico": A GENTE JULGA NEGATIVAMENTE E MUITO AS REAÇÕES DAS CRIANÇAS, SEM LHES DAR ESPAÇO E TEMPO PARA EXPLICAÇÕES.

É assim que surgem os estigmas: mantendo a postura fechada e a arrogância "empáfica" - redundância enfática - de que somos "sabedores inquestionáveis"! Somos mestres de quê, minha gente? Somos tão aprendizes quanto nossos filhos. A diferença é que somos mais andados - para não dizer: rodados... - e responsáveis por passar o que já aprendemos. Só não passamos que APRENDIZADO É ALGO QUE SE APRENDE PARA SEMPRE!


Vi que a maioria de nós se apega tanto à vaidade, ao estigma surreal e desumano de que devemos ser perfeitas e infalíveis e que os nossos filhos devem ser a representação clara disso, diante do julgamento alheio, que basta escutar uma coisa "estranha", nos deixamos tendenciar pelo negativo... Mais vale esclarecer do que julgar. Vi Pedro retroceder e ficar com marcas muito fortes e pesadas, que o aprisionaram num mundo dele e de maneira agressiva, por conta de profissionais incompetentes que apenas o julgaram e nunca o enxergaram ou escutaram verdadeiramente... Isso me fez abrir os olhos para o "mais além, bem aqui!". Me fez deixar e dar o espaço e tempo para ele se expressar e se explicar. Tem ajudado. Contei/o, como gosto de deixar muito claro, com apoio de muita gente, para desfazer esse malfeito instalado no pequeno. Por isso que percebo, cada vez mais, a falta de ambientes acolhedores, com mais aceitação e, com isso, espaço para expressão. É assim que se esclarece... o julgamento só aprisiona a uma imagem não real.

Inclusive, no filme, o pai de Ponyo também - com a boa intensão de protegê-la -, passa seus medos como maneira de prisão. Mas, a pequena, escuta sua voz interna e corre em busca de concretizar os seus objetivos... Como toda criança, não tem noção dimensional das consequências das suas ações. Com isso, ela desperta uma força muito grande e poderosa, capaz de destruir o planeta por conta do desequilíbrio natural. Ela quer ser humana. E se joga para isso. Não percebe o quanto destrói ao seu redor, nem como a força do seu mundinho puro e infantil é tão poderosa. Ela apenas se foca no que quer e vai, sem olhar para os lados. Com a ajuda da mãe dela, a qual ela se refere como alguém que é "Adooorrrrooo muito! Mas, às vezes, ela me assusta..." é que se faz a compreensão. Para se restabelecer o equilíbrio, as escolhas - e suas renúncias - devem ser feitas. Apenas o amor verdadeiro e a aceitação do outro como é, pode restabelecê-lo. Outro ponto interessante é quando a mãe de Sosuke - o menininho humano -, diante do estranho que passa à sua frente, o julga, e diz, hipocritamente ao filho: "Sosuke, não devemos julgar pela aparência...". Só assistindo - com o julgamento desligado, apenas se deixando levar pela "ludicidade" - para compreender! Aborda o tsunami e as consequências da nossa "civilização", onde destruimos a natureza e ela se revolta, de maneira muito "natural", apenas exigindo seu espaço. O erro está nas construções desenfreadas e nesse progresso desordenado do uso do solo - além dos aterramentos e afins. Traz a importância da criança como salvadores desse planeta, se conseguirmos passar bons valores para eles. Sosuke aprende muito convivendo com os mais velhos e vice versa. Muito interessante o filme!

A criança tem a emoção como condutor e uma energia novinha e bem ativa para viver. Tudo fresquinho. Nós, adultos, é que desaprendemos com o tempo e alegamos nos tornar mais racionais... Bobagem, a razão existe para equilibrar a emoção, não
para dominá-la. A criança ainda está compondo seu repertório, através de tudo o que vê e vivencia, de tudo o que experimenta. É isso que as impulsiona e abre espaço para o novo. É a força do começar e não temer. Com isso, desenvolvem um bom senso, se o ambiente for limpo, claro, respeitoso e HONESTO. Não sei para onde vamos depois que crescemos, só sei que esquecemos de tudo isso...

Pois é, eu me assumo aprendiz e mestre, ao mesmo tempo!



É PRECISO DAR TEMPO E ESPAÇO PARA AS CRIANÇAS SE EXPRESSAREM. SÓ ASSIM, PODEM NOS OUVIR E, SÓ ASSIM, PODEMOS ORIENTÁ-LAS... QUANDO SABEMOS PARA ONDE QUEREM IR!

Saudações maternais,

Pat Lins.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

APRENDENDO A ENTENDER QUE ESTAMOS DOS DOIS LADOS DE UMA MESMA MOEDA

Imagem: Google: Batata sem umbigo
Para quem pensa que educar filho é algo fácil, simples e que basta seguir à risca o que a ciência descobriu, é importante abrir mais a maneira de pensar... na prática tudo é REAL.

Acredito na ciência, sim, quando entendo que quem se dedicou à pesquisar e dividir essa pesquisa, estudou, observou, investigou e concluiu até ali, num tempo que passa a ser passado, posto que o tempo segue, enquanto se é investigado e observado o até aqui, ou até ali.

Desde que me tornei mãe e, mais especificamente, mãe de Pedro, venho aprendendo muita coisa até aqui - empiricamente, mas com apoio da ciência e da consciência. 

Antes, me recordo perfeitamente, mesmo não sendo eu uma pessoa cruel, me tornava uma, ao me apoiar na teoria de que tudo estava escrito e pronto. Via uma criança birrenta e dizia: "falta de pulso! Ai, se fosse meu!...". Pois é, paguei a língua. Pedro veio para mostrar que, na prática, criança é como ela é, pode melhorar com o ambiente, sim, como pode piorar, sim, mas ela também é genética, é herança genética de sabe Deus qual ente querido ou não... ela é resultado de combinação... é esse conjunto complexo biopsicosocioeconomicojuridicocultural, bem como SOMOS. 

Pois é, como exemplo, trago uma coisinha: dizem que crianças que não gostam de ler é porque não têm esse exemplo dentro de casa... SERÁÁÁÁÁ? Sim, isso pode influenciar. Mas, não pode determinar! Aqui em casa: eu leio. Não só leio, como escrevo. Não só leio, escrevo como ensino. Marido não gostava muito de ler, mas desde que casamos, ele despertou para o hábito - e olha que a mãe dele também gosta de ler. Pois bem, Pedrinho antes dos dois anos estava começando a soletrar, espontaneamente. Entrou na escola e estagnou - devido ao comportamento dele, ansioso e agitado, tanto que já fiz uma bateria de exames físicos e não deu nada patológico; já, emocionalmente, compromete. Ele conseguiu ser conquistado na escola, depois de um trabalho de parceria e esforço das partes, e começou a retomar esse interesse pelo aprendizado, diante do acolhimento em suas necessidades, ele estava já disposto, nitidamente, a se reabrir. Porém - como eu desejo, de alma, que os "poréns" deixassem de existir como algo "ruim que vem logo em seguida..." - , ao passar para o prédio maior dessa mesma escola, com 5 anos, todo o trabalho e progresso que tivemos foi jogado pelo ralo, diante de problemas com as profissionais que conduziram o processo - em vez de acolher e tentar entrar no "mundo" de Peu, debandaram em julgar e condenar... tanto que nós e mais três outros pais tiramos nossos filhos, para protegê-los e poupar a escola de ter que lidar com crianças com características diferentes e problemas, porque era assim que nos sentíamos: pais que deveriam ser dizimados... e, francamente, isso não é estimulante, muito menos positivo - e ele represou, regrediu e se fechou. Não foi fácil lidar com essa questão e, pior, ver que a escola é boa, apenas está com profissionais errado, nos lugares errados... Nem todo mundo tem perfil para lidar com criança - bem como honestidade e humildade para assumir as próprias limitações pessoais e/ou profissionais - e entender que são diferentes e algumas dão muito mais trabalho do que outras e sim, muitos desses problemas são de origem familiar, como podem ser individuais... , mas a questão é aceitar que é preciso saber como acessar a criança - nem preciso repetir que elas não sabiam... e, para piorar, descarregaram nas crianças "problema". Em vez de solução, acirraram e criaram outros problemas.

Tudo isso para dizer que somos muito mais do que empirismo ou ciência, ou herança genética , somos mais, muito mais do que apenas biopsicosocioeconomicojuridicocultural. Somos tudo isso junto e isoladamente. Somos demandas demais. Aceitar isso é o primeiro passo para a compreensão. ACEITAR É ACOLHER. Só assim é possível ajudar. Alertar não é criticar, é dizer: "aquilo que você não vê, não é por isso que deixa de existir, nem de ser como é!". 

Com todos os problemas que passamos, escolhas se fizeram necessárias e vitais. Mesmo tentando ser racional, "cabeça", administrando toda raiva e fúria que me fora despertada por aquela dupla de coordenação - isso ainda me dói... cada dia menos, claro - me ajudou. Sim, há males que vêm para bem. Nos mudamos: literalmente. Colocamos Peu em outra escola, com a mesma linha e ele voltou a se desbloquear. Aos poucos. Em seu ritmo. Em seu tempo, que já foi muito mexido e comprometido - e isso foi levantado numa avaliação psicopedagógica, como um dos fatores e de grande relevância... o que ele passou naquela sala de aula lhe deixou marcas profundas, porém, finalmente, um "porém" positivo, nada é tão profundo que com empenho e dedicação não comece a sublimar... 

Mudamos e valeu, vale a pena. Ficou tudo perfeito? Pedro virou um santo? Eu me tornei uma mãe perfeita? Marido se tornou um pai perfeito? Lógico que não. Estamos caminhando um caminho novo, que vem se abrindo à medida que temos ambiente LIMPO para refazer.

Por exemplo, Pedro entrava na casa de cada vizinho - inclusive escondido...; diante da novidade, ficou eufórico e a ansiedade triplicou. Mas, ao mesmo tempo, algo bom aconteceu: ele começou a ter mais consciência do que faz. Para, escuta e reflete. A sogra de minha nova vizinha me deu umas dicas profissionais e de mãe, também, que vêm ajudando, como entender que ele não tem noção de que ele é apenas uma parte do mundo. Ele se vê como o mundo e o mundo inteiro é ele... Aos poucos, estamos começando a fazê-lo entender essa questão. Os vizinhos, cada um ao seu modo, dentro da sua realidade e temperamento, tem se esforçado em ajudar - lógico que têm os que falam por trás... mas, me apoio nos que falam pela frente e com honestidade, sem intenção de condenar a criança ou os pais, afinal, do mesmo jeito que Peu é diferente em seu comportamento, existem pessoas que envelhecem sendo problemas e se tornam pessoas solitárias, que não sabem ser felizes e nem sabem ser cooperativas. Hoje, por exemplo, o pai de um amiguinho - que faz as mesmas artes que ele - veio nos alertar sobre atitudes de Peu. Ele sabe que o dele também faz as mesmas artes e veio nos alertar, claro, para tomarmos providência - e isso cabe aos pais, mesmo. Bastou sair e virar as costas, o dele veio e entrou escondido aqui em casa... como já tenho carinho pelo menino e já estou acostumada com essa arte dele, conversei com ele e pedi que fosse para casa e Peu não iria sair para brincar para pensar no que ele fez e que ele também precisa aprender a parar de entrar na casa das pessoas, principalmente quando a porta está fechada - como não estava trancada, ele abriu e entrou se esgueirando - e ele se foi. Aos poucos eles vão aprendendo. Como eles são muito próximos, se sentem à vontade para entrar na casa um do outro. Gostei do pai dele ter vindo falar conosco e perguntar se ele faz igual. Na hora eu neguei... bobagem minha, fiquei com receio dele pensar que era orgulho ferido e vaidade, preferi, no momento, não falar. Mas, repensei: do mesmo jeito que eu não sabia e gostei dele ter vindo me falar, me ajudou a ver o que meus olhos não conseguem ver - e não por cegueira, apenas por limitação ocular natural - será que ele aceitaria essa troca? Será? Penso que sim. Mas, tem o outro lado, por mais que o pequeno deles entre escondido aqui em casa, eu vou pedindo que ele não faça mais isso. Me vi sem saber como agir. Essas situações que envolvem crianças danadas são delicadas... ainda mais com "chumbo trocado", pode parecer ataque em legítima defesa... Não queria isso, assim, diante do fato d´eu ter que lidar com Peu, me fez ter que pensar rápido e só dava conta de segurar a raiva e o orgulho que emerge, mesmo, para compreender Peu e estabelecer contato, obrigando-o a refletir e que ele não iria mais sair para brincar, por conta disso. 

A questão é que nós sempre estamos dos dois lados. As crianças aprontam. Por isso os ambientes sociais precisam ser mais acolhedores. Como essa semi-troca que tivemos com o pai do amiguinho de Peu. Honestidade acima de tudo! Ele não veio brigar, apenas conversar. Claro que sei que é incômodo, você estar sem sua casa e uma criança entrar/invadir. O dele, enquanto eles dormem após o almoço, volta e meia escapole e vem aqui para casa. Menino tem arte. Ele, quando vê, conversa com o menino. Ou seja, ele sabe quem é o filho e tenta ajudá-lo, compreendendo que é criança, dando limite com amorosidade e respeito às limitações. E os dois estão aprendendo, com os erros em comum, vendo através do outro. 

Falta isso no mundo atual - se é que já houve isso de verdade, algum dia -, O ACOLHER a criança. O permitir que a criança seja criança, sendo criança. Que pais e mães não devem brigar ou alimentar estresse por conta das atitudes das crianças que, por mais inteligente e espertas, nos lembram que criança é criança e pensa como criança, sem ter noção da dimensão do que fazem... vão aprendendo aos poucos, à medida que são orientadas, dentro das próprias limitações. Deixei claro a Peu que o que ele fez está feito. O conserto é daqui para frente. Agora, redobrar a vigilância, em forma de atenção, no sentido de zelo, para dar base á educação; daí, abrir espaço para a transformação.

Ser mãe é isso: nada de tomar dor ou fazer tempestade em copo d´água. Se a gente quer ensinar aos filhos, vou me apegar ao que diz a ciência, devemos nós aprendermos antes. Ah, e isso requer respeito ao tempo e manter acesa a chama da esperança. 

Primeiro passo é aceitarmos que não somos perfeitas e pronto!

Saudações maternais,

Pat Lins.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

PEU VEIO DE ENCOMENDA

Peu com 2 anos

Se filho já é algo surpreendentemente inexplicável, Peu, meu filho, é ultra mega super inexplicável. Esse veio de encomenda, oh, meu Deus!

Se filho já é um desafio, Peu me é - bem como para todos que convivem com ele, pessoal ou profissionalmente - um baita desafio. No bom sentido, inclusive, com os momentos onde me descabelo...

Em geral, tem uma resposta prática e direta, tão objetiva que assusta os desavisados - ou seja, nada menos do que TODOS AO SEU REDOR.

Há quem não aguente a onda e o julgue mal... mas, quando para e olha mais de perto se sente atraído pelo seu encanto. Ele me lembra um gato. Algumas vezes arisco, diante do que identifica como "alerta" e isso inclui muitas pessoas - nesses casos, ai, meu Deus, tenho até pena dessas pobres pessoas, enquanto a pessoa não acessar o botão HONESTIDADE, ele "castiga". Tudo isso porque ele coloca um espelho tão grande na frente da pessoa, obrigando que se veja. Outras vezes - na maioria - é manhoso e adora um chamego. Ele só fica tranquilo num ambiente limpo, simples e honesto.

Não é fácil enganá-lo, nem ordená-lo. Ele capta, ainda que sutil ou bem escondido, aquilo que a gente precisa liberar para crescer como ser humano. Isso, numa criança, não é fácil. Ser essa pessoa tão espontânea e pura dá trabalho para nós educarmos e conduzirmos. É como se ele soubesse exatamente o que quer e faz. Simples assim. Mas, é preciso se adaptar. Juro: não é fácil para mim encontrar o caminho do meio...

Ele me faz muito bem. Temos uma relação muito forte e de cumplicidade - o que não impede dele esconder coisas, com medo da mãe bruxa...; de termos nossos embates... faz parte do processo dual da vida. Tanto que ele me faz querer ser cada dia melhor. Mais eu mesma. Graças a ele, depois que nasceu e todos os problemas que vivemos juntos, me restaram duas opções: seguir ou sofrer. Sofri para seguir, mas consegui e estou seguindo a Vida, a minha vida! Me abri para minha missão, para o meu talento, para aquilo que sonhava em ser, desde criança: professora que ensine com alma e com ética, passando base moral e virtudes aos alunos, motivando e despertando interesses além do que ensino; e escritora - comecei aqui no blog, agora, parto para os livros e as poesias. 

Dentre vários diálogos surpreendentes que temos, onde ele fala com tamanha naturalidade, esse me diz muito. Estávamos nós esperando o jogo carregar e ele:

- Ah, detesto esperar!

- Mas Peu, tem que esperar. Não é como você quer, não. Você esperou 9 meses para nascer...

- Não, mãe! Eu não esperei nada. Quem esperou foi você. Eu nem sabia que existia...

Ele me instiga. Ele me apoia. Ele me motiva. Ele não me deixa desistir!

Esse é o meu pequeno, que nem é meu, é dele mesmo! Ele É. Apenas é, quem ele é. E é capaz de melhorar.

TE AMO, MEU PINGO DE OURO!

Pat Lins.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

"FROZEN - UMA AVENTURA CONGELANTE" - UM FILME DE AQUECER O CORAÇÃO!


Ai, adoro postar aqui sobre os filmes maravilhosos que assisto com Peu. Mas, FROZEN foi um dos mais sensíveis e lindos! De aquecer o coração, mesmo! Eu, Peu e minha pequena trupe - sobrinha e primo - ficamos todos encantados e com gosto de bis. Gostamos muito do "Bons de bico", mas era comédia meio chavão. 

Pois bem, só de abordar o "amor" como algo maior, além do amor entre homem e mulher e que uma prova de amor incondicional vai além, muito além, do "beijo do amor verdadeiro", já me ganhou!

A história começa com o acordar de duas menininhas lindas e encantadoras, as princesas Elsa e Ana que se dão muito bem. Ana (caçula) acorda a irmã, pedindo que a mais velha use seus poderes especiais de dominar o gelo, para brincarem com neve. O quarto se torna um verdadeiro parque congelado. Durante a diversão pura e inocente, a pequena Ana cai e, com medo da irmã se machucar, Elsa acaba atingindo a cabeça da pequena Ana com uma ponta de gelo. Esta desmaia, quase desfalecendo. Aos prantos e berros, ela chama os pais - os reis de Arendell. Desesperados, eles levam as duas para o centro da floresta, em busca da ajuda dos trolls - seres mágicos da natureza. Apesar da forma dura e grosseira, eles são extremamente gentis e amorosos. O ancião do grupo se aproxima e pergunta o que houve. Quando os pais explicam, ele diz:

- Tem jeito, sim! Como foi na cabeça, da para a gente 'enganar'. Difícil é quando é no coração. É difícil, muito difícil enganar o coração. Esse poder dela é dom ou foi amaldiçoada?

- É dom. Ela ensceu assim. - diz o rei/pai.

- Sendo assim, fica mais fácil. Ela tem um dom muito bonito, mas perigoso. Ela precisa aprender a controlar. Vai crescer. E ela terá que enfrentar muitos desafios. Seu maior inimigo será o medo. Se não dominá-lo, ele vencerá.

Temerosos e querendo ajudar as duas filhas, os reis decidem fechar as portas do castelo. Diminuem a quantidade de empregados. A pequena Elsa se tranca no quarto, para proteger a irmã que tanto ama do seu poder. A pequena Ana, para sobreviver, teve sua memória apagada. Apenas o fato de serem irmãs,  filhas dos reis, de se amarem e a parte da diversão ficaram em sua memória. O resto, inclusive o acidente, precisou ser apagado, para enganar a cabeça e aquecê-la novamente, ressuscitando a pequena. Sendo assim, todas as manhãs, Ana bate a porta de Elsa. Esta, nunca abre e nem responde. Ana cresce presa no castelo. Elsa, presa em seu quarto. O tempo passa. As meninas crescem. Os pais precisam fazer uma viagem real. O navio afunda. Eles morrem. Elsa não vai nem ao enterro. Ana cresce imaginando que a irmã seja uma pessoa "nojenta" e fresca, principalmente, por conta das luvas que se obriga a usar. 

Elsa, como a mais velha, será coroada rainha. Durante a cerimônia, abrem as portas do castelo. Pela primeira vez, em muitos anos, elas estarão entre outras pessoas. Ana fica curiosa e animada. Elsa, temerosa e muito preocupada.

A cerimônia acontece muito bem. Elsa precisa retirar as luvas enquanto o bispo faz o juramento e começa a congelar os objetos em suas mãos. Entregando-os e recolocando as luvas sem que ninguém percebesse o seu dom. Ela fica feliz em rever a irmã, mas se afasta, para protegê-la, como se prometeu.

De repente, Ana sai, inocentemente, e conhece o príncipe Hans, um jovem muito bonito e aparentemente simpático. Diante de tantas "semelhanças", decidem se casar. Vão pedir o consentimento da rainha Elsa e ela se recusa, orientando a irmã de que ninguém se casa com alguém que conheceu no mesmo dia. Revoltada, Ana começa a agredir a irmã e questionar porque ela a odeia tanto... Puxa a luva de Elsa e, assustada, ela pede que se afastem dela. Perdendo o controle, ela explode e lanças de gelo saem do chão, criando um paredão ao redor de Elsa. Ao perceber o que fez e do seu poder, se sente um monstro e começa a congelar todo o reino, sem querer. Transformando o verão num inverno rigoroso.

Assustadíssima, corre para a montanha do Norte, a mais alta da região, a fim de se isolar. Sente-se livre, pela primeira vez na vida, onde pode ser quem é, sem máscaras, sem luvas, sem se esconder. Redescobre-se. Quando somos livres, somos quem somos, sem amarras, sem peso... Mas, ela ainda não estava livre... Ignorando o inverno em Arendell, pensa que está ajudando a irmã. Enquanto isso, Ana decide ir atrás dela, para que ela desfaça o inverno fora de época que congelou o povoado. Deixa o príncipe Hans como seu representante. 

Assim, começa a aventura. Ana conhece Kristoff, um jovem bom, solitário e trabalhador - o mesmo que viu os trolls ajudarem a pequena Ana voltar a viver, porém, não se recorda. O encontro das duas é emocionante, mas o medo, maior inimigo de Elsa, a domina e, assim, aos seus poderes. Ana, Kristoff, Sven - a rena - e Olaf - o boneco de neve feito pela pequena Elsa e desconhecido, até então - são expulsos do reino de gelo erguido pela rainha Elsa.

Durante a conversa, Elsa não percebe, mas arremessa uma lança de gelo em Ana, atingindo o seu coração. Nenhuma das duas percebe. Elsa exige que Ana vá embora e viva a vida dela em Arendell. Quando ela volta com a turma de novos amigos, se sente mais fria, congelando por dentro. Kristoff fica assustado e vê que a mexa de cabelo dela ficou ainda mais branca. Desesperado, a leva para visitar os trolls, por quem fora criado desde pequeno. Os trolls avisam que sendo no coração, só há uma cura: a demonstração do amor verdadeiro - "Só um gesto de amor verdadeiro é capaz de quebrar a maldição de (se ter) um coração congelado!". Seguindo o que os contos de fadas ensinaram, Kristoff a carrega de volta ao reino, para que Hans a beije. Lá dentro, Hans se revela um interesseiro e não beija a jovem princesa. Deixando-a à beira da morte. Hans, sem que ninguém saiba, prende Elsa no calabouço, para matá-la e tomar o reino. Olaf, o boneco de neve sonhador, consegue encontrar Ana e acende a lareira, para aquecê-la, colocando a própria vida em risco. Ela pede que ele se afaste, para não derreter e ele diz que por amor a ela, ele se derreteria. Ela, então, diz que não sabe o que é o amor. E ele explica: "é o que o Kritsoff sente por você, deixando-a para que vive-se com outro, o que você acreditava ser o seu grande amor....". Ela, então, percebe o sentimento pelo jovem corajoso e decidem ir atrás dele, para que ele a beije e possam viver felizes para sempre. Mas, nesse momento, Elsa está desesperada, acreditando ter matado a irmã e consegue aumentar seus poderes, a ponto de fugir em meio a uma forte nuvem de neve e gelo. 

Dentro daquela tempestade, Ana e Olaf seguem ao encontro de Kristoff, que foi convencido pela rena Sven de retornar e lutar pelo seu amor. Por sorte, Olaf consegue ver e leva Ana nessa direção. Ao se encontrarem, ela sua seu último suspiro para chamá-lo, mas, ao olhar para o lado, vê a irmã deitada aos prantos e se depara com Hans e uma enorme espada para atingi-la. Em vez de salvar a própria vida, ela se coloca entre a espada do vilão e a irmã. Consegue impedir a tragédia, mas congela por completo. Elsa entra em desespero, ao ver que sua irmã abriu mão da própria vida por amor e a abraça, culpando-se pela sua morte pela segunda vez. Inesperadamente, Ana volta a si. Elas se abraçam e Olaf fala: "um ato de amor extremo". Essa é uma das cenas mais emocionantes do filme, desde o momento onde Ana fita Elsa sendo atacada pelas costas, se coloca para salvar a vida da irmã e o descongelar, culminando no abraço que ambas esperavam a vida inteira. 

Ana explica que o amor aquece o coração. E Elsa então entende: "amor! Então, é isso!" e deixa-se aquecer por dentro, sem perder seu poder gelado e tudo volta ao normal. O sol brilha com força e todo o gelo cede espaço ao céu azul e a grama verde. Exceto uma nuvem particular para o pequeno Olaf, 

Envolvidos pelo amor puro, todo o reino comemora e as portas dos castelo voltam a ficar abertas.

Só assistindo para se deixar levar por essa aventura congelante de aquecer os corações. 

E vamos assistir de novo! Esse tipo de mensagem aliada a uma belíssima apresentação estética, faz a magia do cinema ser o encanto que é. Beleza, conteúdo, efeitos quase reais... tudo muito bem feito, bem cuidado, bem bolado, bem elaborado, bem produzido. A-DO-RA-MOS!

Achei lindo mostrar o amor fraterno e como a força do amor de uma família, ainda que erre nas escolhas tentando acertar, mas a base sendo o AMOR PURO e desinteressado, ele prevalece! Essa foi a mensagem mais linda que captei do filme!

Saímos de lá com gostinho de quero mais!

Saudações maternais,

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

RECEITA DE BOLO "MÃES NA PRÁTICA" - JUST DO IT!

Imagem: Google - AQUARELA EM CORES

2014 começando e a gente continuando e inovando, renovando.

Muita coisa a gente consegue dar conta. Muita coisa a gente não consegue dar conta. Muita coisa a gente acredita/se ilude que dá conta. Muita coisa a gente nem sabe que é capaz de dar conta. 

Comecei o ano - aliás, passei o final do ano passado - refletindo sobre "preciso de uma receita pronta para saber a melhor maneira de educar meu filho". Parece que a gente progride em tanta coisa e, esbarra naquilo que não depende de nós.

Conversando e observando outras mães - inclusive mães de mães - percebo que não quero essa receita do que está aí. Porém, se a geração atual pede inovação, eu também não sei como acertar sempre e em tudo. Na prática a prática requer muito mais de nós do que nos damos conta.

Assim, me veio um pensamento consolador ao amanhecer o novo dia, o primeiro de um novo ano novo:

SER ORIGINAL NÃO QUER DIZER, APENAS, FAZER AQUILO QUE NINGUÉM FEZ. É MUITO MAIS DO QUE ISSO. É, INCLUSIVE, FAZER O QUE VOCÊ PRECISA FAZER DE ACORDO COM A SUA REAL NECESSIDADE, NA PRÁTICA DIÁRIA. COLOCANDO SUA ENERGIA NA ELABORAÇÃO E CONCEPÇÃO DA AÇÃO. AINDA QUE ALGUÉM JÁ TENHA FEITO ALGO ANTERIORMENTE. SEGUIR E TOMAR COMO REFERÊNCIA NÃO É COPIAR E COLAR, É AJUSTAR. NESSE AJUSTE, SEU CONTEXTO, SUA HISTÓRIA, SUAS CARACTERÍSTICAS... TUDO VEM JUNTO. ALGO NOVO SE CRIA. E O NOVO É A CRIATIVIDADE DE FAZER AQUILO QUE PRECISA, SÓ QUE COM A SUA CARA! DE ACORDO COM A SUA NECESSIDADE.

Ou seja, faça! JUST DO IT!

Nem que seja uma simples brincadeira, ainda que antiga, mas colocada em prática, se entregando ao momento, ela passa a ter você, ela passa a ser você, mesmo não tendo sido inventada por você.

Ter consciência de que mesmo seguindo uma receita o bolo pode solar e que nunca será do mesmo jeito, ainda que misturemos os mesmos ingredientes, sempre.

Ser mãe requer estar aberta para aprender. Estar aberta para escutar. Estar aberta para falar. O grande problema é que a maioria das pessoas só quer julgar, condenar, excluir. Ser mãe, na prática, deveria ser ser mais solidária com outras mães. Não para dizer o que cada uma tem que fazer, mas para estar ao lado e acolher.

Ter gente nos apoiando para fazer frente aos que pesam do outro lado, condenando, vale a pena. 

Se educar um filho já é missão muito maior do que pai e mãe, imagina os filhos desta geração, que ninguém ainda acolheu para saber lidar? Seria tão simples se, e somente si, apenas deixassem de apontar o dedo e julgar.

A dor e o cansaço de ter essa linda e desgastante - e desgastante não é uma palavra pejorativa... apenas uma palavra que quer dizer característica do que é cansativo, ou seja é um adjetivo, ele qualifica o estado do sujeito após repetidos e exaustivos movimentos num mesmo objetivo... - missão, nos faz reféns da sociedade cruel e denota o quanto essa sociedade é leviana. Enquanto a maioria das pessoas alega estar despreparada para uma nova vida, para uma vida virtuosa... essa mesma grande maioria quer massacre, guerras e futebol. E julgam quem está na labuta "tentativa e erro, para aprender, já que não há precedente n história...", como "frescura e melindre de quem não é firme e não sabe dar limite". Leia-se limite como LIMITAÇÃO, castração, e não como algo construtivo, necessário e edificante.

Tudo isso aquece demais o forno e, ou queima o bolo, alegando que a boleira é incompetente ou a obriga a tirar antes... destruindo a boleira, por nem dar chance dela concluir o próprio caminho. Ops! Não seria serviço?! ...

Sinto falta de uma espaço, um ambiente social - no geral - mais amoroso. Apesar de filtrar as pessoas do meu círculo, nem tudo está em nossas variáveis controláveis, né verdade? Assim, estar emocionalmente bem e forte - que não quer dizer frio - ou, no mínimo, considerando que nem tudo depende da gente, não vai evitar que cansemos, mas vai evitar que soframos um desgaste pela poluição social.

Imagem: Google - FRESCURINHAS PERSONALIZADAS
Hummmmmmmmmmmmm! Que cheiro bom! Cheirinho de ano novo saindo do forno. Nova fornada de coisas boas podem vir por aí! Vamos saborear, então, na prática diária de sermos essas guerreiras, desbravadoras e precursoras MÃES NA PRÁTICA. Afinal, é no dia a dia e no se refazer no instante seguinte que nos fazemos NÓS MESMAS!

Então, vamos colocar ainda mais um punhado de amor, com umas pitadas de "muito ajuda quem não atrapalha", bastante doçura, caprichar na apresentação - afinal, o estético acaba revelando o que está dentro... - e servir com muita vontade de querer fazer diferente de uma maneira positiva. Sirvamos essas fatias para todas as pessoas, principalmente, as mais amargas e julgadoras. Quem sabe um pouco de doce traga à tona um coração ou que o faça bater mais forte e ser lembrado... Nós somos mães, não santas, nem perfeitas! Muito menos, capazes de seguir à risca uma receita que nunca deu certo... apenas aparentava ser ideal, desde que ninguém fosse diferente. Para estes, existe o lugar dos diferentes, com um rótulo gigantescos, como uma letra escarlate, e tão danosa quanto, porque marca para que se afastem. Nos aproximemos mais do carinho, com carinho! Do afeto, com afeto. Da ternura, com ternura. Só assim, acessaremos o amor, não a hipocrisia imperante!

Bom, o bolo não fui eu quem fez - nem tenho esse dom... - mas, deu vontade de saborear! 

Saudações maternais e vamos nos fortalecer, em prol de uma maior consciência coletiva colaborativa,

Pat Lins.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

"Infância não é carreira e filho não é troféu"


Lendo o TODA CRIANÇA PODE APRENDER fiquei encantada com a colocação de algo que penso ser fundamental: o respeito às crianças, enquanto crianças e como crianças!

Eis o texto:


Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. Nesse mundo, alguns pais e algumas mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso sim seria então sinal de adequação e o mais importante: de sucesso.
O que uma criança deve saber aos 4 anos de idade? Essa foi a pergunta feita por uma mãe, em um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.
Segundo Alicia Bayer, no artigo publicado em um conhecido portal de notícias americano – The Huffngton Post -, o que não só a entristeceu mas também a irritou foram as respostas, pois ao invés de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com 4 anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.
Para contrapor às listas indicadas pelas mães, em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100, Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem que uma criança deve saber.
Veja alguns exemplos abaixo:
  • Deve saber que a querem por completo, incondicionalmente e em todos os momentos.
  • Deve saber que está segura e deve saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas e em distintas situações.
  • Deve saber seus direitos e que sua família sempre a apoiará.
  • Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilão e utilizar sua imaginação.
  • Deve saber que nunca acontecerá nada se pintar o céu de laranja ou desenhar gatos com seis patas.
  • Deve saber que o mundo é mágico e ela também.
  • Deve saber que é fantástica, inteligente, criativa, compassiva e maravilhosa.
  • Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética. Melhor dizendo, muito mais importante.
E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. A lista do que os pais devem saber:
  • Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos a seu próprio ritmo, e que isso não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente.
  • Que o fator de maior impacto no bom desempenho escolar e boas notas no futuro é que se leia às crianças desde pequenas. Sem tecnologias modernas, nem creches elegantes, nem jogos e computadores chamativos, se não que a mãe ou o pai dediquem um tempo a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se e ler com ela bons livros.
  • Que ser a criança mais inteligente ou a mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Estamos tão obstinados em garantir a nossos filhos todas as “oportunidades” que o que estamos dando são vidas com múltiplas atividades e cheias de tensão como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.
  • Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos e a liberdade para explorá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e eles nem sentiriam falta.
  • Que nossos filhos necessitam nos ter mais. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e prever um sábado ao mês dedicado à família. Que horror! Nossos filhos necessitam do Nintendo, dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé, do grupo para jogar futebol muito menos do que necessitam de nós. Necessitam de pais que se sentem para escutar seus relatos do que fizeram durante o dia, de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Necessitam que passeiem com eles nas noites de primavera sem se importar que se ande a 150 metros por hora. Têm direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que tardemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho. Têm o direito de saber que para nós são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com eles.
Então, o que precisa mesmo – de verdade – uma criança de 4 anos?
Muito menos do que pensamos e muito mais!
Para ver o artigo completo, clique aqui.
Fica a dica!
Saudações maternais,
Pat Lins.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails