segunda-feira, 7 de março de 2011

FILMES - influenciam, mas, não são determinantes

A gente lê, ouve falar, fica sabendo... que alguns filmes despertam certas emoções nas crianças - bem como nos adultos e assim como leitura, também. Coisa é quando essas emoções acabam sendo mal canalizadas - ou explosivas - e a criança fica acelerada. Imagine, Peu que já é aceleradíssimo e vem diminuindo, à medida que vai crescendo - graças a Deus, melhor do que se ele fosse quietinho, tipo sonso, e piorasse á medida que crescesse... isso é surpresa desagradável... rsrsrs - estava assistindo um filminho - desenho animado - e, meu Pai, nada o tirava da frente da tela da TV. Mas, quando ele era afstado dela, minha nossa, derrubava o mundo. Ele estava acelerado, mas, de uma maneira diferente. Foram mais de duas semanas assim. Detalhe: essas duas últimas. Nada descarregava a bateria dele. Até que, como um insight, meu marido disse: "vamos tirar esse filme, porque está demorando muito de passar e coincidência ou não, depois que ele começou a assistir, ele ficou assim...". Detalhe, o filme/desenho é japonês e cheio de imagens rápidas e muitas luzes.

Bom, lembrei do que uma amiga - que é psicóloga - me falou sobre a leitura de contos de fadas para criança, que, á medida que a criança pedisse para repetir, que eu repetisse, porque, provavelmente, algum conteúdo dele foi tocado e, com a repetição, essa emoção será apaziguada, sem necessidade de racionalizarmos. Quando falei para ela que Peu não era muito de parar para assistir, mas, quando ele gostava de um filme, ele queria que repetisse e repetisse, mas, enjoava e partia para outro. Ela dizia que era normal e me citou a explicação dos "Contos de fadas", me orientando a deixar. Só que este filme em específico, minha nossa, não passa nunca e, ainda por cima, influencia o comportamento dele. Eu sei que somos seres complexos, que somos resultado de tanta coisa. Sofremos influências e, naturalmente, o ambiente intefere e muito em nosso comportamento. Não credito a visão radical de que é determinante, mas, que a influência é muito forte, é.

Se o certo era deixar, até apaziguar, tive que interromper, porque quem já estava perdendo a paz era o lar - duas semanas é muito tempo. Faz dois dias que ele não assite ao bendito filme e a paz está voltando a imperar. Não sei se estou errada em interromper o processo dele, mas, têm horas que a prática requer uma atitude desesperada. Para eu ajudar Peu, preciso ficar tranquila; para eu ficar tranquila, Peu precisa estar tranquilo. Ou seja, outras coisas continuam acontecendo e estava impraticável lidar com as outras demandas em meio a tanto "furdunço".


Certa ou não, precisávamos agir e agimos em conjunto - eu e meu marido - e estamos firme em negar o filme, explicando para ele que o filme o deixou muito acelerado. Difícil segurar a onda, diante da insistência de Peu em querer assistir, mas, o NÃO precisou ser vigoroso e não me culpo, porque vem surtindo um efeito positivo e foi o que pude e soube fazer, na hora do desespero.

Agora, após respirar um pouco, pude redefinir uma mudança de estratégia. Pedi conselho a mesma amiga e ela me disse que posso determinar o tempo dele assistir ao filme e permitir que ele siga o ritmo dele.  Amanhã, coloco em prática essa nova estratégia. Nossa relação tá bacana. Cansativo, desgastante, mas, produtivo. Bom, as coisas tendem a melhorar quando assim queremos... Como diz meu grande ídolo Juracy Tavares: "crescer dentro da dificuldade". Ele me deu conselho, justamente se referindo a Peu aprendendo a andar/correr. CRESCER DENTRO DA DIFICULDADE, dói, mas, dá certo e faz um bem enorme, depois que passa. Não nego o desconforto das atribulações, mas, reconheço que se é assim, que assim seja. Aprender é crescer.

Observar, educar e conhecer um filho vai além de dar banho, alimentação saudável e etc. É estar atento a cada movimento, tentar decodificar cada sinal que eles emitem. Fiquei impressionada porque meu marido, que é totalmente desligado, percebeu. Fiquei feliz, porque ele também se mantém firme e isso tem ajudado. Quando eu preciso ser incisiva sozinha é mais cansativo, mas, dividida a responsabilidade, fica mais fácil. Inclusive Peu está assistindo a outros DVD´s e me pergunta: "esse é tranquilinho, mãe? Posso assistir?" Está linda essa relação. Estamos crescendo a cada dia.

Ser mãe, na prática, é uma arte de descoberta diária.Tudo está interligado.

Saudações maternais,

Pat Lins.

4 comentários:

  1. adorei suas visitas e vim conhecer seu blog. Amei. Até me incentivou a voltar a blogar ...
    bjs
    andrea, mamãe da manu
    manias de ser mãe.blogspot

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  2. É duro mesmo ser mãe, ter que fazer essas escolhas, ser firme, mesmo sem ter certeza que é a melhor saida. Sempre em duvida... Aproveita que voces tiveram que cortar o desenho e conversa com ele sobre isso - o que atrai nele o desenho e o por que de voces terem tirado.
    Vou tentar fazer o texto sim Pat, te mando de noitão. bjs

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  3. OI. Eu acho q se você é o q come, vc tb é o que vê, o que fala, o que escuta... etc.
    Por isso eu cuido MUITO o minhas crianças escutam e assistem. Sou da teoria da Não violência, então até os 4 anos naõ deixei meus filhos verem nada q tivesse brigas físicas. Eu acho q os primeiros anos de vida são super importantes e é neles q se forma o caráter da criança. POr isso tb fiz o meu blog, com dicas para outras mães q tb querem um mondo sem violência, sem maus exemplos: www.kidsindoors.blogspot.com
    Tá até rolando um sorteio!
    bjos, gi

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  4. Gisele, Di e Andrea, obrigada pela visita e pelas dicas.

    Eu achava que esse filme tinha - e tem - uma lição bacana de como respeitar as diferenças, mas, tem muita ação e creio que isso pegou.

    Gisele, estou passando em seu blog para participar do sorteio.

    Bjssss.

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